Caju/Aberta a campanha de comercialização e exportação
2023
Bissau,03 Abr 23(ANG) – A
campanha de comercialização e exportação da castanha de caju do ano em curso
foi aberta oficialmente no dia 31 de Março, numa cerimónia restrita realizada
na sala de reunião do Ministério do Comércio em Bissau.
O ato contou com as
presenças do ministro do Comércio Abás Jaló, da Agricultura e Desenvolvimento
Rural, Botche Candé e do Secretário de Estado do Orçamento e Assuntos Fiscais,
João Alberto Djata, para além dos responsáveis das diferentes associações
ligadas a fileira de caju.
Na ocasião, o ministro do
Comércio disse que a campanha de comercialização da castanha de caju do ano
2022, não obstante alguns percalços que poderiam comprometer a exportação, teve
um desfecho aceitável, porque os objectivos em termos quantitativos foram
alcançados.
“É importante sublinhar que
para 2022, a estimativa de exportação de
200 mil toneladas está quase atingida
com a exportação de 99 por cento do
produto até a presente data”, disse o governante.
Adiantou que, aquando da
adopção pelo Conselho de Ministros do Relatório Preliminar da campanha de
comercialização e exportação da castanha 2022, os dados apontavam para uma
exportação de 185 mil toneladas e um remanescente de 55 mil toneladas.
Segundo Abás Jaló, entre
Janeiro e Fevereiro de 2023 foram exportadas 26,370 toneladas de castanha.
O ministro do Comércio disse
que a fixação do preço mínimo de compra do caju junto ao produtor para 2023, à 375 francos CFA por quilograma foi uma
decisão que talvez não seja favorável mas necessário para se encontrar um ponto de
equilíbrio que não penalizasse muito os produtores e que permitisse o sector
privado ter uma certa margem.
“A realidade conjuntural
exige de nós um certo sacrifício para garantir a paz social, condição
indispensável para proporcional um ambiente de negócio propício e tranquilo”, referiu.
Por sua vez, o Presidente da Associação
Nacional de Agricultores da Guiné-Bissau (ANAG), exigiu que haja transparência
nas cobranças de taxas a fazer durante a campanha de comercialização de
castanha de caju no país.
Jaime Boles Gomes afirma que
é urgente inverter o cenário tendo em conta a atual situação de velhice em que
se encontram alguns pomares de caju no país.
“É urgente mesmo mudar o
cenário porque estamos num período muito crítico e doloroso em que as
estruturas de custos não estão a ser cumpridas, segundo os fins indicados”, alertou.
Na mesma ocasião, o Secretário
de Estado do Orçamento e Assuntos fiscais, João Alberto Djatá, em representação
do ministro das Finanças, garantiu para este ano, uma boa gerência na campanha,
superando os problemas do ano passado.
“Queremos garantir que vamos
acentuar um dispositivo que vai permitir não só o seguimento da campanha, mas
também nas coordenações para que a gerência deste ano seja melhor em relação ao
ano anterior”, garantiu
O governo fixou em 375
francos CFA o preço mínimo para a comercialização da castanha de caju junto ao
produtor .
O caju é o principal produto
de exportação da Guiné-Bissau. ANG/ÂC//SG
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