RÚSSIA/Grupo paramilitar Wagner diz controlar Bakhmut, Kiev nega
Bissau,
03 Abr 23 (ANG) - O grupo paramilitar russo Wagner afirmou hoje ter
tomado a cidade de Bakhmut, mas a Ucrânia disse que ainda detinha a cidade, no
leste dos país, palco de combates nos últimos meses.
"No
sentido legal, Bakhmut foi capturada. O inimigo está concentrado nas áreas
ocidentais", disse o líder do Wagner, Yevgeny Prigozhin, na plataforma
Telegram.
Num
vídeo, que acompanhava a mensagem, Prigozhin hasteou uma bandeira russa com uma
inscrição em honra de Vladlen Tatarsky, um 'blogger' militar russo e apoiante
da ofensiva da Ucrânia, morto por uma explosão, no domingo. O ataque no centro
histórico de São Petersburgo também deixou cerca de 30 pessoas feridas.
"Os
comandantes das unidades que ocuparam a Câmara Municipal e todo o centro irão
levantar esta bandeira", disse Prigozhin. "Esta é a empresa militar
privada Wagner, estes são os tipos que tomaram Bakhmut". De um ponto de
vista legal, é nossa", afirmou.
Algumas
horas antes, a defesa ucraniana tinha afirmado o contrário: "o inimigo não
deteve o assalto a Bakhmut. No entanto, os defensores ucranianos mantêm
corajosamente a cidade, repelindo numerosos ataques inimigos", disse o
estado-maior ucraniano na rede social Facebook, no domingo à noite.
Bakhmut,
uma cidade de cerca de 70 mil habitantes antes da guerra, tem sido palco de
combates durante meses. Devido à duração da batalha e às pesadas perdas
sofridas por ambos os lados, a cidade tornou-se o símbolo da luta entre russos
e ucranianos pelo controlo da região industrial de Donbass.
As
tropas russas têm vindo a avançar a norte e a sul da cidade nos últimos meses,
cortando várias rotas de abastecimento ucranianas, ao mesmo tempo que assumem o
controlo da parte oriental. A 20 de março, Yevgeny Prigozhin afirmou que a
Wagner controlava 70% de Bakhmut.
Apesar
de vários aliados e analistas defenderem que as forças ucranianas deviam
abandonar Bakhmut, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, recusa-se a
entregar a cidade, que se tornou num símbolo da resistência à invasão russa,
apesar de, no discurso de domingo à noite, ter reconhecido que a situação em
Bakhmut era difícil para as tropas do país.
A
ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do
ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança
mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). ANG/Lusa
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