Irão/Líder Khamenei nega envolvimento do seu país no ataque do Hamas a Israel
Bissau, 10 Out 23 (ANG) - O 'Ayatollah' Ali Khamenei, a autoridade máxima do Irão, negou hoje que o seu país tenha estado por trás do ataque lançado no sábado pelo Hamas contra Israel, mas reforçou o apoio iraniano aos palestinianos.
"Apoiantes do regime sionista e outros
têm espalhado rumores nos últimos dois, três dias, incluindo que o Irão estaria
por trás desta ação. Estes rumores são falsos", disse o Ayatollah Khamenei
num discurso numa academia militar.
Outras autoridades iranianas já haviam rejeitado na segunda-feira as acusações
de envolvimento iraniano na preparação do ataque do Hamas, um movimento que
Teerão defende abertamente há muitos anos, mesmo que as suas relações tenham
vivido altos e baixos.
Khamenei declarou ainda que Israel
"sofreu um fracasso irreparável nos campos militar e de informação"
após esta ofensiva do movimento palestiniano.
"Insisto no termo 'irreparável'",
acrescentou o líder iraniano.
"É evidente que defendemos a
Palestina, defendemos as suas lutas. Nós beijamos os rostos e os braços dos
promotores [do ataque] e dos corajosos jovens palestinianos. Mas aqueles que
dizem que o trabalho foi realizado por não palestinianos, "não conhecem a
nação palestiniana e estão a cometer um erro", acrescentou.
"É claro que todo o mundo muçulmano é
obrigado a apoiar os palestinianos", segundo o líder supremo do Irão.
Para o Ayatollah Khamenei, que defende regularmente o fim do Estado de Israel,
"este desastre foi causado pelas ações dos próprios sionistas".
"O ato corajoso e altruísta dos
palestinianos é uma resposta aos crimes do inimigo usurpador, que duram há anos
e tem piorado nos últimos meses", afirmou.
Khamenei também descreveu como um
"erro de cálculo" o facto de Israel "apresentar-se como
vítima" após o ataque, sendo "um pretexto" para multiplicar os
seus crimes.
As autoridades israelitas confirmaram mais
de 900 mortos e 2.700 feridos desde o início da ofensiva do Hamas, lançada no
sábado e apoiada pelo grupo Jihad Islâmica, enquanto mais de 680 palestinianos
e 3.700 ficaram feridos na sequência de bombardeamentos e ataques de Israel
contra a Faixa de Gaza, aos quais se somam mais de 15 em operações e confrontos
com forças israelitas na Cisjordânia ocupada. ANG/Angop
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