Israel/Netanyahu defende “governo de unidade nacional de emergência”
Bissau, 10 Out 23 (ANG) - O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, defendeu hoje a formação de um “governo de unidade nacional de emergência”, no terceiro dia da ofensiva desencadeada pelo movimento islâmico palestiniano Hamas, que deixou pelo menos 800 mortos em Israel.
“Apelo aos líderes da oposição para que formem imediatamente um governo de unidade nacional de emergência, sem condições prévias”, disse Netanyahu num discurso televisivo.
Netanyahu,
que lidera uma coligação de direita, extrema-direita e partidos ultraortodoxos,
enfrenta uma das maiores crises da história do país.
Na
sua intervenção, o chefe do governo israelita detalhou os cinco pontos de seu
programa: recuperar o controlo do território e “eliminar os terroristas” ainda
presentes em Israel; realizar um ataque “massivo” contra o Hamas com “uma força
inédita”; “reforçar as frentes” ao norte e contra o Hezbollah e na Cisjordânia;
continuar a campanha para garantir o apoio da comunidade internacional; e
finalmente “a unidade do povo” com a formação de um governo de unidade
nacional.
O
grupo islâmico palestiniano Hamas, considerado terrorista pela União Europeia e
Estados Unidos, lançou no sábado um ataque surpresa contra o território
israelita, sob o nome de operação “Tempestade Al-Aqsa”, com o lançamento de
milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em
resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou por via aérea várias instalações
do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como “Espadas de Ferro”.
Benjamin
Netanyahu, declarou no sábado que Israel está “em guerra” com o Hamas e iniciou
um contra-ataque com forças aéreas, navais e terrestres sobre a Faixa de Gaza,
e a perseguição aos membros do movimento islamista em território israelita.
O
número de mortos do lado israelita ascendeu a 300 nas primeiras 24 horas da
escalada, e aumentou já para mais de 900, incluindo 100 corpos hoje encontrados
pela organização de resgate judaica Zaka numa pequena quinta comunitária
(kibutz) que antes do ataque tinha 1.000 pessoas.
ANG/Inforpress/Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário