Política/Grupo parlamentar da Coligação PAI-Terra Ranka acusa Madem-G15 de estar a fabricar crise no país
Bissau, 02 Out 23 (ANG) – O grupo parlamentar da Coligação Pai –Terra Ranka no Governo acusou,domingo, o principal partido na oposição, o Movimento para Alternância Democrática MademG-15 de estar a fabricar crise no país para que a Assembleia Nacional Popular (ANP), eleita há quatro meses, possa ser dissolvida.
Segundo a Lusa que cita uma nota, a acusação foi feita na voz do secretário da bancada parlamentar da PAI-Terra Ranca, Mário Mussante da Silva, em reação ao pedido de dissolução do parlamento feito dias antes pelo José Carlos.....da bancada parlamentar do Madem G-15, que ainda ameaça promover manifestação de rua se o Presidente da República não atender o seu pedido.
Mussante da Silva disse que o grupo parlamentar da Coligação entende
que esta posição tem o “fim de forçar uma crise institucional com objectivo de
dissolver a Assembleia eleita nas legislativas de 04 de Junho do ano corrente .
“Os eleitos da coligação no
Governo entendem que o Madem G-15 quer é obter a maioria para formação de outro
Governo fora do processo democrático ,como já ocorreu na legislatura passada,com alegações de que o Presidente da ANP, Domingos Simões Pererira,
não cumpriu o regimento do parlamento na organização das comemorações dos 50
anos da independência”, disse.
O secretário da bancada
parlamentar da coligação Pai Terra Ranka salientou que o Dia da Independência da
Guiné-Bissau ,mais do que para polémicas estéreis e crises institucionais
artificiais, devia servir para celebrar um feito histórico e inédito conseguido
por Amílcar Cabral e pelos combatentes da liberdade da Pátria.
O deputado frisou ainda que
as comemorações que decorreram a 23 e 24 de Setembro no lugar simbólico
(Lugadol Madina de Boé),foram preparados com o conhecimento e a participação de
todos, incluindo o Madem-G-15 que só decidiu não marcar presença no evento na véspera,
realçando que as discussão dos parlamentares deve assentar nos temas e
problemas de interesse do povo guineense.
As comemorações dos 50 anos
da independência tem agitado a vida política guineense nos últimos dias, com
confronto de palavras entre o Chefe do Estado Umaro Sissoco Embalo e o
Presidente da ANP Domingos Simões Pereira .
Na semana passada o
Presidente da República considerou de uma manifestação de um partido numa referência
ao PAIGC, as comemorações promovidas pela ANP em Boé, tendo anunciado na
ocasião a data das próximas eleições presidenciais para o dia 24 de Novembro de
2025 afirmando –se como candidato e vencedor logo a primeira volta.
Por seu turno, o Presidente
da ANP considerou as declarações do Chefe de Estado de “inadequada e
inaceitável”, da mesma forma que as considerações que se seguiram, tanto em
relação a data das eleições como ao facto de já haver um vencedor antecipado, e
à primeira volta, são informações mal enquadradas e que a ANP não os aceita.
As eleições legislativas
passadas foram ganhos pela coligação Pai Terra Ranka liderada pelo PAIGC com a
União para a Mudança(UM),o Partido Social Democrática (PSD), o Partido da
Convergência Democrática (PCD) e o Movimento Democrático Guineense (MDG) e mais
tarde uniram-se a esta Coligação o
Partido da Renovação Social (PRS) e Partido dos Trabalhadores Guineenses(PTG).ANG/MSC/ÂC//SG
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