ANP/Deputados da Coligação
PAI-Terra Ranka, PRS e PTG aprovam o Programa do Governo na ausência da Bancada
do MADEM G15
Bissau,16 Nov 23(ANG) - O programa de governo liderado por Geraldo
Martins foi aprovado, quarta-feira, por 66 deputados presentes na
sala, das bancadas parlamentares da Coligação-PAI Terra Ranka,
do Partido da Renovação Social (PRS) e do Partido dos Trabalhadores
Guineense(PTG).
A bancada parlamentar do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM
G-15), abandonou a sessão plenária, depois da apresentação do
programa pelo chefe do Executivo.
Após a aprovação do instrumento de governação, Geraldo Martins
disse, numa curta declaração à imprensa, que depois de um debate aturado dos
deputados, a partir de agora, o Executivo tem legitimidade para
governar”.
“O programa mereceu a aprovação da maioria dos representantes
do povo e estou satisfeito”, vincou.
O chefe do Executivo enfatizou que os deputados foram
muito rigorosos na apreciação do programa e disse acreditar que os seis
eixos foram praticamente explorados, quer a questão das instituições,
passando pelas infraestruturas e crescimento económico, quer pelo
desenvolvimento do setor produtivo.
O líder do governo da Coligação admitiu que foram também
lançados vários desafios, chamadas de atenção e sugestões naquilo que deve merecer
prioridade nessa primeira fase.
“Tomamos boa nota e vamos levar em consideração as recomendações
e sugestões apresentadas, quer na finalização do próprio programa, como também
na preparação para a sua execução”, assegurou.
Durante a apresentação, o primeiro-ministro destacou os seis principais
eixos de governação, a começar pela consolidação do estado de direito
democrático, a reforma e modernização das instituições
públicas, o que passa pela reforma do sistema político, dos
setores da justiça, da defesa e segurança, da administração pública, de
regulação da administração territorial, da restruturação da comunicação social,
da inovação e da governação eletrónica.
O segundo eixo é a promoção do crescimento económico e a
redução da pobreza, estando prevista a adopção de políticas macroeconómicas, a gestão das
finanças públicas, políticas públicas de incentivo à criação de emprego e
a promoção do emprego jovem, bem como a criação de riqueza, redução da
pobreza, a promoção das finanças inclusivas, do setor privado e a
diversificação da economia.
“O terceiro eixo fala sobre o desenvolvimento do setor
produtivo e a infraestruturação do país, nomeadamente a
agricultura, agroindústria e
pecuária, a proteção fitossanitária, o turismo, minas
e indústria, telecomunicações, estradas e pontes, portos e aeroportos e
o desenvolvimento urbano”, acrescentou.
No quarto, o governo prioriza a
valorização do capital humano e a melhoria das condições de vida
dos cidadãos, a educação de qualidade, um sistema nacional de saúde
estável, proteção social, juventude, habitação social,cultura e
desporto.
Martins informou que no quinto eixo as apostas do executivo
vão para a redinamização da política externa, a integração
regional e sub-regional, a cooperação internacional e a diáspora guineense.
A preservação da biodiversidade surge como um dos desafios do
sexto eixo,sobre o qual Geraldo João Martins fala das políticas
sustentáveis de desenvolvimento, de proteção do ecossistema e das
áreas protegidas, dos recursos florestais, dos recursos haliêuticos,
da costa do país, devido à erosão, e o ambiente urbano.
O chefe do Executivo afirmou que o país dispõe de um
setor mineiro que ainda não está a
ser explorado, nomeadamente o bauxite em Boé, fosfato
de Farim.
Segundo Geraldo Martins, é a criação do
quadro legislativo institucional para a exploração dos
recursos mineiros, começando com a área pesada para depois
gradualmente passar à exploração do fosfato, que “tem um estudo mais
avançado e, posteriormente, bauxite e prospeção do
petróleo”.
Anunciou que, ao longo da décima primeira legislatura, o Governo
quer construir mil quilómetros de estradas alcatroadas, entre as quais algumas
cinturas em Bissau, autoestrada a sul, a norte e a leste, como forma
de alargar a rede de estradas para suportara evacuação dos produtos,
estimular a produção agrária e criar as condições para
melhor circulação de bens e serviços da população guineense.ANG/ÂC//SG
Sem comentários:
Enviar um comentário