Bélgica/UE alerta Hungria que facilitar entrada de russos e bielorrussos pode comprometer segurança
Bissau, 02 Ago 24 (ANG) – A Comissão Europeia alertou hoje a Hungria
que facilitar a entrada de cidadãos russos e bielorrussos no Espaço Schengen
através das fronteiras húngaras pode comprometer a segurança de todos os
Estados-membros e requisitou informações detalhadas.
De
acordo com uma carta endereçada pela comissária para os Assuntos Internos, Ylva
Johansson, ao ministro do Interior húngaro, Sándor Pintér, o executivo
comunitário reconheceu que a definição de regras para entrada de cidadãos
estrangeiros “continua a ser uma competência nacional”.
“Mas
também está sujeita à obrigação de uma cooperação sincera e não pode colocar em
colocar em causa o efeito útil das provisões da legislação” da UE, incluindo no
que diz respeito ao Espaço Schengen, advertiu a comissária europeia.
Com a
decisão húngara de facilitar a entrada de cidadãos bielorrussos e russos no
território da UE, Ylva Johansson “convidou as autoridades [húngaras] a
contactarem” a comissária para averiguar os riscos para a segurança da decisão
até 19 de agosto com informações concretas.
O
objetivo é avaliar se a decisão de facilitar a entrada de cidadãos da Rússia e
Bielorrússia é compatível com as regras do Espaço Schengen, com as sanções
impostas e com a política de segurança atual vigente nos Estados-membros.
Em
causa está a decisão por parte do Governo da Hungria de facilitar a concessão a
cidadãos bielorrussos e russos, em contraciclo com aquela que é a política dos
Estados-membros da UE, que apertaram as regras para estes cidadãos desde o
início da invasão russa da Ucrânia, há dois anos e meio.
“A
extensão da facilitação dos processos de vistos de residência e de trabalho
para cidadãos da Rússia e da Bielorrússia pode, de facto, levar a um contorno
das restrições que a União impôs. Os cidadãos destes países têm de ter um visto
para entrar nas fronteiras do Espaço Schengen e estão, por isso, sujeitos a um
nível elevado de escrutínio”, sustentou Ylva Johansson.
A
comissária acrescentou que o escrutínio também determina se esses cidadãos
“apresentam um risco para a segurança dos Estados-membros”. ANG/Lusa
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