Cabo Verde/Governo
solicita esclarecimentos sobre eventuais restrições à entrada nos Estados
Unidos
Bissau, 17 Mar 25 (ANG) - O governo de Cabo Verde “vai encetar
diligências” junto das entidades norte-americanas para obter esclarecimentos
detalhados sobre as preocupações que levaram à inclusão de Cabo Verde na lista
de países que poderão ter restrições de viagem para os Estados Unidos.
Em causa está a recente
publicação do jornal New York Times que refere a existência de uma proposta de
países categorizados por níveis de gravidade (vermelho, laranja e amarelo),
cujas viagens para os Estados Unidos poderão ser proibidas ou restringidas.
Cabo Verde encontra-se incluído nessa lista
no nível amarelo, o que significa que existem preocupações que poderão ser
sanadas em diálogo com as autoridades norte-americanas num prazo de 60
dias.
Esta manhã, em declarações à rádio pública
cabo-verdiana, o embaixador de Cabo Verde nos Estados Unidos, José Luís
Livramento, anunciou que os diplomatas da representação do arquipélago em
Washington reúnem-se, esta segunda-feira, com o Departamento de Estado
norte-americano para saber se de facto Cabo Verde está na lista amarela e quais
são os motivos.
Este encontro deve decorrer "para sabermos qual é o motivo pelo qual
constamos na lista e pela certa que não será grandes motivos, porque eu não
estou a ver grandes motivos para tal, e pela certa que iremos corrigir em
diálogo com as entidades americanas a possível situação", declarou o diplomata.
Na mesma entrevista, o embaixador de Cabo
Verde José Luís Livramento garantiu que os cidadãos cabo-verdianos nos Estados
Unidos da América são cumpridores com a lei.
De
acordo com o jornal New York Times, para além de Cabo Verde, Angola, São
Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial são alguns dos 43 países cujos cidadãos
podem vir a enfrentar restrições à entrada nos Estados Unidos.
Durante a campanha para a sua reeleição, Donald Trump deu conta da sua intenção de restaurar a lei proibindo os cidadãos de uma série de países de viajar para os Estados Unidos. Durante o seu primeiro mandato, entre 2017 e 2021, o magnata implementou uma primeira vez este tipo de dispositivo, alegando pretender "proteger os Estados Unidos dos terroristas estrangeiros e outras ameaças à segurança nacional e pública".ANG/Lusa
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