Moçambique/"Encontro com Mondlane vai permitir estabilizar Moçambique", diz Chapo
Bissau, 26 Mar 25 (ANG) - O Presidente de Moçambique
disse que encontro com Venâncio Mondlane foi positivo e abre caminho para a
estabilização do país. As declarações de Daniel Chapo foram feitas nesta
terça-feira, 25 de Março, no visita da visita de dois dias de trabalho que
realizou à província de Niassa, no extremo norte de Moçambique.
O chefe de Estado moçambicano aproveita a conferencia de
impressa do encerramento da visita ao Niassa para anunciar medidas contra a
corrupção e falar sobre o encontro no domingo, 23 de Março, com o ex-candidato
às eleições presidenciais. Daniel Chapo afirmou que a reunião com Venâncio
Mondlane foi positiva e vai contribuir para a estabilização do país.
“Foi um bom
encontro positivo e vai permitir estabilizar Moçambique politicamente,
socialmente e economicamente. Vamos continuar a trabalhar, todos nós como
moçambicanos, para desenvolvermos Moçambique. Se cada um dos candidatos,
desculpe a relevância, se candidatou-se para ser Presidente da República de
Moçambique [é porque] tem ideias”, afirmou.
O presidente de Moçambique defendeu que a paz é a base para o
desenvolvimento de Moçambique, sublinhando que pensar de forma diferente
contribuirá para criar o odio entre aqueles que são filhos da mesma pátria.
“Não há nenhum
país, no mundo, que se desenvolve sem a paz e segurança. Por isso, ao assumir a
direcção do país, na tomada de posse, deixei claro que a paz e a segurança
seriam a prioridade das prioridades”; reiterou.
O silencio do chefe de Estado moçambicano já tinha sido
critivcado. Em entrevista à RFI, Edson Cortez, director-geral do Centro de
Integridade Pública de Moçambique, disse que seria importante que Daniel Chapo
viesse explicar aos moçambicanos o que foi discutido no encontro.
“Tenho pena que o
Presidente da República, depois desse acordo, não tenha vindo a público falar
sobre o que foi discutido. Penso que seria importante, num contexto de total
descredibilização da classe política e das instituições públicas, que o
Presidente comunicasse, para não criar falsas expectativas. [Ele] devia dizer o
que é que falaram, as medidas que vão ser tomadas, quando será o próximo
encontro e qual será a agenda do próximo encontro”, referiu.
No inicio desta semana, os detalhes da conversa foram revelados
por Venâncio Mondlane, que falou num acordo assumido para pôr fim ao clima de
violência, nas garantias de assistência médica aos feridos, compensações aos
familiares dos mortos e indultos a detidos no contexto dos
protestos. Garantias que não foram, até ao momento, evocadas por Daniel
Chapo.
De acordo com a Plataforma Decide, uma ONG moçambicana que acompanha os processos eleitorais, desde Outubro, pelo menos 353 pessoas morreram, incluindo cerca de duas dezenas de menores. O Governo moçambicano confirmou pelo menos 80 óbitos, além da destruição de 1.677 estabelecimentos comerciais, 177 escolas e 23 unidades sanitárias durante as manifestações.ANG/RFI
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