Diplomacia/"Nunca
houve sanções impostas à Guiné-Bissau", diz Embaixador dos EUA
Bissau, 19 Mar 25(ANG) - Os
Estados Unidos da América (EUA) nunca impuseram sanções à Guiné-Bissau por
falhas no combate ao tráfico humano ou outras razões, disse terça-feira o
embaixador norte-americano para o Senegal e Guiné-Bissau, Michael Raynor.
O diplomata foi terça-feira recebido
pelo Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, e, depois da audiência no
Palácio da Presidência, falou aos jornalistas sobre as relações dos dois
países.
"Quero agradecer a oportunidade de esclarecer
que nunca houve sanções impostas à Guiné-Bissau sobre o tráfico de pessoas ou
outras quaisquer", afirmou.
O embaixador respondia a uma
pergunta sobre uma notícia de 2023 que dava conta de que os EUA anunciaram
sanções a vários territórios, entre os quais Guiné-Bissau, por falhas na luta
contra o tráfico humano.
Michael Raynor explicou que
os Estados Unidos da América fazem uma avaliação anual do desempenho dos países
sobre o tráfico de pessoas. Segundo disse, "os países colocados num nível mais baixo não são alvo de sanções, mas sim
de restrições nas relações e parcerias com os EUA".
Foi
o que aconteceu em 2023 com a Guiné-Bissau, como apontou, adiantando
que no ano passado (em 2024), o país africano "fez bons esforços no combate ao tráfico de pessoas", o
que o "retirou de uma
categoria menor e eliminou as restrições".
Michael Raynor disse que na
conversa de terça-feira com o Presidente guineense agradeceu os progressos e
pediu que continue os esforços para que a Guiné-Bissau se mantenha nesta
posição.
De acordo com o diplomata,
no encontro no Palácio da Presidência falaram ainda das dinâmicas políticas dos
dois países, das prioridades políticas da nova administração do Presidente
Trump, em Washington.
Falaram ainda sobre
aprofundar a cooperação e parcerias, particularmente em desenvolver o setor
privado na Guiné-Bissau com a possibilidade de empresas norte-americanas se
instalarem no país.
"Trazer a alta qualidade da tecnologia e
padrões dos EUA e criar empregos na Guiné-Bissau", concretizou
o embaixador.
O diplomata norte-americano
disse que expressou, também, "admiração"
ao Presidente Embaló pelos esforços deste "para promover a paz e estabilidade em todo o mundo".
Sobre ainda as relações dos
dois países, indicou que "falam
regularmente, incluindo os presidentes Embaló e (Donald) Trump", sobre assuntos de
interesse para ambos, nomeadamente a estabilidade na sub-região africana.
No final deste encontro, falou apenas o embaixador dos EUA e os jornalistas tiveram direito a apenas uma pergunta.ANG/Lusa
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