Portugal/Rússia pede fim do uso da força no Iémen, EUA rejeitam novos ataques dos Huthis
Bissau, 17 Mar 25 (ANG) – O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, pediu ao secretário de Estado dos EUA o fim do uso da força no Iémen, mas Marco Rubio garantiu que Washington não tolerará novos ataques dos Huthis a navios norte-americanos.
Numa
conversa telefónica no sábado à noite, que decorreu por iniciativa de
Washington, Rubio informou Lavrov sobre as operações militares contra os Huthis
do Iémen, assegurando ao seu homólogo russo de que Washington não permitirá que
o grupo rebelde continue a atacar alvos norte-americanos no Mar Vermelho e
arredores.
“O
secretário de Estado informou a Rússia sobre as operações militares de
dissuasão dos EUA contra os Huthis apoiados pelo Irão e sublinhou que os
contínuos ataques dos Huthis a navios militares e de carga dos EUA no Mar
Vermelho não serão tolerados”, avançou uma porta-voz do departamento
norte-americano, Tammy Bruce, em comunicado.
Num
outro comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo refere que, “em
resposta ao argumento apresentado pelo representante dos EUA, Sergei Lavrov
enfatizou a necessidade de todas as partes cessarem imediatamente o uso da
força".
Lavrov
instou ainda o seu homólogo americano a envolver-se num "diálogo político
para encontrar uma solução que evite mais derramamento de sangue" no
Iémen.
Durante
o mesmo telefonema, Rubio e Lavrov partilharam ainda propostas e ideias para o
futuro das suas relações com a Arábia Saudita, com o objectivo de dar “passos”
para dar seguimento aos recentes encontros na Arábia Saudita.
"Foram
discutidos aspectos específicos da implementação dos acordos alcançados na
reunião de altos funcionários russos e norte-americanos, a 18 de Fevereiro, em
Riade. Lavrov e Rubio concordaram em manter-se em contacto", refere a
declaração russa.
Pelo
menos 31 pessoas morreram e outras 101 ficaram feridas numa nova operação
militar ordenada no sábado pelo Presidente norte-americano, Donald Trump,
contra posições dos insurgentes houthis na capital do Iémen, Sana'a.
De
acordo com Trump, trata-se de uma “acção militar decidida e decisiva” contra a
insurreição Huthi do Iémen, em represália pela sua campanha de ataques a navios
no Mar Vermelho, mas cujo pano de fundo é, em última análise, um sério aviso ao
Irão, a principal potência que apoia os milicianos iemenitas.
ANG/Inforpress/Lusa
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