terça-feira, 12 de novembro de 2013

Salários




Funcionários públicos preocupados com a falta de pagamento

Bissau, 12 Nov. 13 (ANG)- Os funcionários públicos estão preocupados com o salário em atraso referente ao mês do Outubro último e  culpam os actores do levantamento militar de  12 de Abril de 2012 por essa   situação.

Daniela Sambo, uma funcionária publico que falou à ANG, lamentou que passados já 12 dias sobre o mês vencido, nenhum sinal ainda se vislumbra e sem qualquer explicação do executivo. 

Acrescentou que a cada dia que passa o custo de vida aumenta.

 “Mesmo sendo muito pouco o salário deve ser pago a tempo porque resolve uma parte das despesas de um funcionário. 

Por seu lado o jornalista do jornal Nô Pintcha, Aliu Baldé destacou que os guineenses, para além das crises, estão a sofrer devido aos reflexos das sanções impostas ao país na sequência do golpe de 12 de Abril de 2012.  

 O salário é um direito que qualquer funcionário tem perante o seu patronato e é uma violação grave quando não se usufruiu do seu ordenado”, disse. 

Balde disse ser de momento sua maior preocupação o facto de não haver uma oposição ao governo para criticar o sistema de governação.

“Todos fazem parte do governo e resolvem os seus problemas pessoais e não do povo”, disse

Por seu turno Daniel J.Gadanho, funcionário da Inacep EP confirmou que já estão no quarto mês sem receber.

“A situação está muito péssima, as receitas entram pouco quando è assim não cobrem as despesas da empresa”, referiu.

Também acusou aos autores da revolta militar de 12 de Abril do ano passado de serem os provocadores dessa situação de extrema crise, porque “o país actualmente não beneficia da ajuda de outros países” .

ANG/AALS/SG

Novos Escritórios da UNIOGBIS





Ramos Horta reafirma apoio à Guiné-Bissau

Bissau, 12.Nov.03 (ANG) – O José Ramos Horta disse ser  um compromisso do Secretário-Geral das Nações Unida (ONU) e da Comunidade Internacional  ajudar as autoridades nacionais na normalização da situação e retorno à ordem democrática constitucional, para que a Guiné-Bissau possa, de novo, ser um membro orgulhoso da União Africana (UA), da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e da ONU”.

 O Chefe do Gabinete Integrado das Nações Unidas de Apoio a Consolidação da Paz no País (UNIOGBIS), Ramos Horta falava na cerimónia de inauguração de novo  escritório regional   em Bafatá.

O Prémio Nobel da Paz voltou a defender  que “os políticos devem ouvir a sociedade civil e que tem de haver diálogo com os militares, bem como entre a sociedade civil e os militares, para que não haja desconfianças, procurando deixar para trás as tragédias do passado porque, caso contrário, muito dificilmente, mesmo depois das  eleições, se chegará à paz, à eliminação da pobreza e ao desenvolvimento sustentável”.

Em Buba, onde foi igualmente aberto um escritório para a região de Quinará,  o Governador local, Amadu Camará, realçou a importância da “implementação eficaz dos programas de desenvolvimento, com vista a  melhorar as condições de vida das populações”.

ANG/QC/SG


Caso Orlando Viegas




Ramos Horta reitera condenação do espancamento do ministro

Bissau, 11 Nov. 13 (ANG) – O responsável máximo do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz, José Ramos Horta   reiterou  recentemente a sua condenação ao  espancamento  do Ministro de Estado, dos Transportes das Telecomunicações e Comunicações, Orlando Mendes Viegas, que ainda se encontra em estado grave em Lisboa para onde fora evacuado.

Segundo um comunicado deste órgão político da ONU,  para além de encorajar as autoridades judiciárias na investigação dos recentes casos de espancamento no país, Ramos Horta se predispôs  a assistir à Procuradoria-geral da República, caso esta achar necessário,  com peritos internacionais, que “poderiam deslocar-se à Guiné-Bissau no quadro dos esforços de investigação pertinentes”

Segundo o documento do UNIOGBIS, Ramos Horta manteve um encontro com o ex-Presidente da República, Kumba yalá com quem   abordou assuntos relacionados “a necessidade de as elites políticas dialogarem entre si, tal como as elites militares e a própria sociedade civil, de forma a eliminar desconfianças e ultrapassar diferenças, para que os esforços de todos se centrem nas eleições, previstas para o primeiro trimestre de 2014, e que decorram com total tranquilidade e sem que haja vencidos”.
O comunicado acrescenta que Kumba Yalá terá garantido à Ramos Horta que a  sua intenção é de ajudar na consolidação da paz e democracia.

Neste sentido, de acordo com a nota, o Represente Especial de Ban ki-mon reafirmou a convicção de que, “dada a complexidade e dimensão dos desafios de toda a ordem que a Guiné-Bissau enfrenta, nenhum partido poderá ter a veleidade de reclamar para si a exclusividade da posse de soluções, devendo portanto estender a mão a outras forças políticas ou personalidades independentes para, juntos, estabelecerem uma governação estável e eficaz”.

ANG/QC/SG

Ameaça de greve




“Função Pública pode ser paralisada caso Governo não cumpre suas obrigações”, adverte Secretário-geral da CGSI-GB

Bissau, 12 Nov. 13 (ANG) – A Confederação-geral dos Sindicatos Independentes da Guiné CGSI-GB ameaçou accionar mecanismos conjuntamente com a UNTG para paralisar a Função Pública caso o Governo não pagar aos funcionários públicos. 

Filomeno Cabral que falava esta manhã em exclusivo à ANG disse que o executivo de Transição, liderado por Rui Duarte Barros não está a cumprir as suas obrigações para com os trabalhadores uma vez que nos últimos quatro meses, o pagamento, tanto dos salários como dos subsídios ainda estão em atraso em alguns casos.

O sindicalista acusa ainda que no último acordo com os Professores, o Governo tinha anunciado o pagamento de seis meses aos docentes contratados, novos ingressos e aos professores doentes, mas pelo que apurou, alguns estão a receber três e outros quatro meses sem qualquer justificação.

Filomeno Cabral evocou ainda o facto dos preços dos produtos de primeira necessidade estarem a aumentar-se agravando o custo de vida dos trabalhadores.

ANG/AISG  

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Macau



Cooperação empresarial

Bissau, 11 Nov (ANG)- Empresários da China , de países  de língua portuguesa e as respectivas câmaras de comercio assinaram recentemente  em Macau, um Protocolo Suplementar de Cooperação para o incremento das trocas comercias e promoção de investimentos.

A assinatura do referido protocolo ocorreu no âmbito de um seminário sobre bolsas de contactos sobre projectos do Fundo da Cooperação para o Desenvolvimento, criado em Junho deste ano.

A Guiné-Bissau esteve representada no acto por uma delegação que integra empresários, representantes da Câmara do Comércio Agricultura e Serviços  e o Director-geral da Promoção de lnvestimento Privado, Eduardo Pimentel.

Falando a Agência de Noticias da Guiné-ANG, Pimentel disse ter feito uma abordagem geral sobre as diligencias que o governo tem feito para facilitar os investimentos na Guiné-Bissau, nomeadamente a criação de um centro de formalização de empresas, e de um novo código de investimento, que considera muito atractivo.

“Hoje criamos empresas num dia e mais barato: Antes eram preciso mais de 200 dias”, destacou.

Pimentel declarou que trouxe mas de 40 projectos do sector privado, relativos as áreas agro-industrial, pecuária, transporte, hotelaria, turismo, comunicação e energia.
 
Eduardo Pimentel anda não tem informações sobre a taxa de juros, o valor máximo e mínimo de financiamento, os sectores elegíveis, e se há ou não período de carência.

“Em todo o caso a expectativa é grande. Assistimos a assinatura de um acordo entre a banca chinesa e os nosso amigos de Moçambique .Esperemos que no futuro seja assinado também um acordo entre a banca chinesa e o sector privado guineense”, desejou.

Para o efeito, segundo Pimentel,  será preciso a elaboração de projectos aceites pela banca .”Só trouxemos ideias de projectos”.

As possibilidades , através da Guiné-Bissau, de acesso aos mercados da Uemoa e  Cedeao que contam com 250 milhões de consumidores são outras atracções ao investimento na Guiné-Bissau, destacadas por Eduardo Pimentel.

Presentemente mas de 300 projectos concorrem ao Fundo de Cooperação para o Desenvolvimento, entre os quais 60 de investimentos.

Da parte chinesa os empresários de países de língua portuguesa receberam a promessa do Presidente do Conselho para a Promoção do Comercio internacional , Wan Jifei , de desempenho de um papel mais activo no desenvolvimento das relações económicas e comerciais com  países de língua Portuguesa.

ANG/SG