sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Presidenciais 2019


Presidente da República cessante recebe chefes das forças armadas da CEDEAO

Bissau, 15 nov 19 (ANG) – O Presidente da República cessante recebeu hoje em audiência, os Chefes de Estados-maiores das Forças Armadas do Níger, Nigéria, Togo que se encontram no país no âmbito de uma missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

À saída da audiência os chefes de Estado-Maior General das Forças Armadas de países da  CEDEAO não prestaram  declarações à imprensa.

Os três chefes militares da CEDEAO estão no país desde sábado para dar a conhecer ao Chefe de Estado cessante da Guiné-Bissau e candidato às eleições presidenciais de 24 de Novembro José Mário Vaz das decisões saídas na recente Cimeira Extraordinária, da organização realizada em Niamey(Níger), sobre a actual situação política na Guiné-Bissau.

Nesta cimeira a CEDEAO decidiu reforçar a sua missão militar na Guiné-Bissau (ECOMIB) “para acompanhar e garantir que as eleições presidenciais de 24 de novembro sejam livres, justas e transparentes.

Esta decisão é  criticada pelos partidos de oposição e alguns candidatos às eleições presidenciais de 24 de mês em curso.

Entretanto, Seis chefes de Estado da CEDEAO chegam sábado à  Bissau para analisar a situação política vigente no país.ANG/LPG/ÂC//SG
  

Campanha eleitoral


Úmaro Sissoco Embaló promete  estabilidade política no país caso for eleito Presidente da República

Bissau, 15 Nov 19 (ANG) – O candidato do Movimento para Alternância Democrática MADEM G15, às eleições presidenciais de 24 de Novembro, prometeu aos populares de Sector de Canchungo, trabalhar para garantir a estabilidade e o respeito à Constituição, caso for eleito Presidente da República.

Sissoco Embalo, que falava quinta-feira num comício da campanha eleitoral perante milhares de populares vindo de diferentes secções que compõe aquele sector nortenho, disse que se for eleito novo Chefe de Estado da Guiné-Bissau, no dia 24 de Novembro, vai criar uma política facilitadora para permitir que os filhos de Canchungo e de outras secções emigrantes na Europa  possam regressar para investirem nas suas próprias comunidades.

Acrescentou  que a Guiné-Bissau precisa de cooperar com os seus parceiros para poder desenvolver, mas não trazendo outras forças estrangeiras como se o país estivesse em guerra.

“As nossas Forças Armadas foram humilhadas durante alguns anos que passaram, entretanto, convido-os a se demitirem das suas funções como oficiais, já que o governo da Guiné-Bissau não tem  confiança de permitir que garantem a segurança ao país”, sustentou o candidato.

Por seu turno, o Coordenador de Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15) Braima Camará, que pela primeira vez tomou parte e usou de palavra na campanha eleitoral de Umaro Sissoco Embaló, pediu aos populares de Sector de Canchungo, a confiarem em Umaro Sissoco Embaló, na qualidade de “candidato jovem que apresenta melhores condições para conduzir o país”.

Braima Camará realçou por outro lado que o momento é de grande responsabilidade, e que é preciso que os eleitores coloquem as suas mãos na consciência.

“Porque está em causa as grandes conquistas de combatentes de liberdade da pátria, e a vontade do povo, assim como a liberdade de expressão, a justiça, saúde e educação. Acima de tudo, está  em causa, a honra de povo guineense que tem a ver com a sua soberania”, vincou.

Braima Camará apelou entretanto aos guineenses para irem votar massivamente no dia 24 de Novembro no candidato jovem como Umaro Sissoco Embalo, para mais tarde salvar o país dos riscos que indicou atrás. ANG/LLA/ÂC//SG      

Campanha Eleitoral


    José Mário Vaz volta a questionar  do  paradeiro do dinheiro de Estado

Bissau 15 Nov 19 (ANG) – O Presidente da República cessante e candidato independente às presidenciais de 24 de Novembro voltou a  questionar quinta-feira o paradeiro do dinheiro provenientes de cobranças de diferentes impostos cobrados no país.

José Mário Vaz que falava num comício de campanha eleitoral  na cidade de Gabú, leste do país, afirmou  que os dinheiros provenientes dos impostos não estão a ser canalizados para o cofre de Estado, mas sim para os bolsos dos governantes, frisando que quando era ministro das Finanças pagava salários à 25 de cada mês e dava subsídios de 600 milhões de francos CFA aos funcionários públicos.

Disse que agora estas mesmas pessoas estão a tentar comprar a consciência dos eleitores, tendo-os aconselhados a receberem o dinheiro mas para não votarem nestes candidatos.

“Nas minhas andanças pelo país constatei que não há estradas, hospitais, escolas e não há energia eléctrica. E questiono do paradeiro do dinheiro dos impostos que alguns dirigentes metem nos bolsos para resolver seus problemas e das suas famílias deixando o povo na penúria”, disse.

Jomav afirmou que as seguranças da Presidência da República não recebem subsídios há muito tempo, frisando que até o dinheiro para combustível não recebem do Executivo, tendo perguntado que, se ele conseguia pagar salários quando era ministro das Finanças,  porquê que os outros não o podem fazer hoje.

Pediu a população para não entregar o lugar de Presidente da República à qualquer um, para não  fazer o país voltar para os tempos das matanças ou momentos em que se ouvia dizer: “sabem quem eu sou e de que família pertenço”, salientando que esta época já não vai voltar nunca mais.

Disse que não  pode haver guineenses de primeira, segunda ou terceira classe e nem guineenses da cidade e de tabanca.

“Não devemos deixar que ninguém nos divida. Conseguimos ter cinco anos de paz e estabilidade, tranquilidade e de liberdade ou seja conseguimos estabilizar a Guiné-Bissau. Agora o que pedimos é a confiança do povo rumo ao desenvolvimento do nosso país apostando na educação porque só pondo os nossos filhos na escola é que podemos almejar o progresso que todos querem “,frisou.

O Presidente da República cessante disse que no segundo mandato, caso for eleito, será de trabalho, sublinhando que o ponta pé de saída será a partir do campo, dando primeiro as populações a auto-suficiência alimentar criando riqueza para o país.

Disse que o país não pode continuar tal com como se encontra, acrescentando que não será ingrato para o PAIGC que o colocou na cadeira presidencial.

Vaz disse que a maneira como os libertadores estão a dirigir o país não o agrada.

Questiona  como  um partido que quer ser forte e estável pode expulsar  militantes destacados como  Botche Cande, Satu Camará, Marciano Silva Barbeiro e outros.

Afirmou que no dia 24 de Novembro, numa alusão clara ao candidato do PAIGC, Domingos Simões Pereira,  além de perder as eleições presidenciais, vai igualmente perder o partido que lidera.

Jomav disse estar mais confiante na vitória agora depois de apalpar o pulso da população, salientando que sentiu que o povo está com ele ao contrário do que muitos querem fazer parecer.

Por seu turno, o régulo de Gabú, Aladje Saico Embalo agradeceu ao José Mário Vaz por aquilo que considera de inédito ou seja durante o seu mandato nenhuma mulher chorou a morte do seu marido ou filho, tendo pedido paz, sossego e tranquilidade para a Guiné-Bissau..ANG/MSC/ÂC//SG

Campanha Eleitoral


Director Nacional de Campanha de José Mário Vaz confia na vitória na primeira volta

Bissau 15 Nov 19 (ANG) - O Director Nacional de campanha do candidato independente às eleições presidenciais de 24 de Novembro disse esta quinta-feira que a vontade e  determinação do Povo em relação ao seu candidato demonstram que José Mário Vaz vai ganhar eleições logo na primeira volta.

Botche Candé convidado pela imprensa a fazer um balanço da campanha até ao momento, disse que foi muito positivo uma vez que passaram pelas regiões de Oio, Cacheu, Bafatá e agora  em Gabú e sentiram que o Povo está com José Mário Vaz agora mais do que nunca.

“Ou seja pelas conquistas conseguidas durante os cinco anos do seu mandato onde conseguimos ter a paz, tranquilidade e amizade, acabando com guerras, assassinatos, o povo reconheceu estes feitos e esforços do Presidente em fazer subir o preço da castanha de cajú e da batata doce”, enalteceu.

Candé disse que  o Povo entendeu por bem que se deve dar uma segunda oportunidade à este homem para que a vida da população guineense possa mudar para melhor.

Declarou que de maneira como foram recebidos nas zonas onde passaram, mostra de que o candidato José Mário Vaz vai ganhar as eleições logo a primeira volta no dia 24 de Novembro, salientando que, se isso não acontecer ,então as pessoas devem começar a pensar com quem ele vai disputar a segunda volta .

O ex-ministro do Interior afirmou que se não houver  sabotagem e se as pessoas respeitarem a vontade do povo, José Mário Vaz vai ganhar as eleições logo a primeira volta, tendo apeladoa o povo guineense principalmente das regiões de Biombo, Bolama Bijagós, Quinará e Tombali onde o candidato ainda não chegou a receberem  José Mário Vaz tal como as de outras regiões o receberam.

“O povo já mostrou, de forma clara,  que quem  preferem que continue a frente da Nação guineense como  Primeiro Magistrado é o José Mário Vaz”, disse Botche Candé tendo agradecido à todos os que reconhecem e lutam pela renovação do mandato de Jomav que será um mandato de construção do país uma vez que já existe paz e amizade  no país”, disse à concluir Candé. ANG/MSC/ÂC//SG


quinta-feira, 14 de novembro de 2019

UNIOGBIS


“Evolução dos direitos humanos no país é caracterizado por avanços e recuos nos últimos tempos” ,diz Mireya Peña Guzmán

Bissau, 14 nov 19 (ANG) – A Chefe da Seção de Direitos Humanos do Gabinete Integrado das Nações Unidas para Consolidação da Paz (UNIOGBS), disse que nos últimos anos o quadro global dos direitos humanos e evolução política, social e económica na Guiné-Bissau é caracterizado por avanços e recuos.

Mireya Peña Guzmán que falava hoje na cerimónia de abertura de uma formação de Monitorização dos Direitos Humanos no Contexto Eleitoral organizada pelo UNIOGBS e Rede de Defensores dos Direitos Humanos destinados às organizações da Sociedade Civil, justificou a afirmação com a constatação da instabilidade política sobretudo no período pós eleitoral.

Disse que as eleições marcadas para 24 de Novembro devem servir para inverter essa tendência e construir alicerces sólidas para a construção de uma sociedade fundada nos valores de paz, democracia e direitos humanos.   

“A estabilidade e a paz dependem da ação de cada membro da sociedade, pois, a participação cívica não se resume apenas nas eleições, é muito mais que isso ou seja constitui um processo contínuo e fundamental para consolidação do sistema democrático”, afirmou.

Disse que a sociedade guineense aguarda, com muita expectativa, a conclusão do processo eleitoral e consequente estabilização política do país.

Acrescentou que a mesma preocupação foi partilhada pela comunidade internacional que continua determinada em apoiar as autoridades guineenses assim como as organizações da sociedade civil, na consolidação da paz e do Estado de Direito.

“As eleições são universalmente aceites como um ato de máxima importância em qualquer sociedade democrática, na medida em que constituem um mecanismo único legal de transição pacífica do poder e uma fonte de legitimidade dos titulares dos cargos públicos”, disse Peña Guzmán.

Aquela responsável salientou que nesta perspectiva, as Nações Unidas e a Comunidade Internacional atribuem atenção especial ao processo eleitoral no sentido de contribuir para a participação ativa, informada e igualitária dos cidadãos.

 Apelou a sociedade civil e em particular aos jornalistas no sentido de se absterem de discursos capazes de incitar ódio, violência ou a descriminação, sublinhando que os interesses para as disputas eleitorais são ideias, programas e projectos políticos voltados para promoção do desenvolvimento, estabilidade e justiça social.  

Mireya Peña Guzmám sublinhou ainda que o papel da sociedade civil é fundamental para o equilíbrio do processo eleitoral, acrescentando que esta participação deve respeitar os princípios de objectividade, imparcialidade e a independência face aos interesses públicos.

Justificou que só assim a sociedade civil pode representar genuinamente a vontade do Povo e defender os valores democrático aos princípios estruturante do Estado do Direito.

“Espera-se que este seminário proporciona um ambiente propício de debate, análise e definição de estratégia conjunta para participação mais ativa das organizações da sociedade civil no processo eleitoral em curso em prol da paz, estabilidade e desenvolvimento”, aconselhou.

Por sua vez, Victorino Indeque, em representação da Rede dos Defensores dos Direitos Humanos, considerou de perdido um país onde os direitos humanos não são respeitados e em que as pessoas não têm cultura de proteger e promover o direito humano.

Declarou ainda que o referido seminário vai ajudar na melhoria das competências dos participantes que vão ter um trabalho muito importante para o país no que diz respeito ao monitoramento do contexto eleitoral.

Pediu aos guineenses, em particular aos participantes, a trabalharem para  melhorar a imagem do país, frisando que os políticos devem ser chamados a atenção de que este momento é de suma importância e de muita responsabilidade.

“Ganhar ou perder eleições não é de uma pessoa só, mas sim, o país que ganha com isso. Por isso é que quando perdemos devemos ter muita experiência e mais força de poder ajudar o país. E cada um tem que fazer o que puder para que a Guiné-Bissau seja um país mais democrático e mais próspero para os guineenses”, frisou.

Durante os dois dias do seminário, os participantes vão debruçar-se sobre os temas: Noções básicas sobre eleições e direitos humanos, Padrões internacionais de direitos humanos e aspectos a monitorizar no contexto eleitoral, Monitorização durante as diferentes fases do processo eleitoral, entre outros.  ANG/DMG/ÂC//SG

Presidenciais 2019





Bissau,14 Nov 19(ANG) - A Célula de Monitorização Eleitoral da Sociedade Civil da Guiné-Bissau fez hoje um balanço positivo da campanha eleitoral para as presidenciais de 24 de novembro, mas condenou a “violência verbal” utilizada por alguns candidatos.
 
"Durante os primeiros 12 dias, o balanço que fazemos é positivo não registámos situações de grande preocupação, mas há aspetos que podemos salientar como  “violência verbal” e a falta de apresentação de manifestos das candidaturas", afirmou Mamadu Queita.

"Lamentamos a utilização de violência verbal e apelamos às candidaturas e apoiantes para evitarem aquele tipo de linguagem", salientou.

Segundo Queita, na generalidade, as candidaturas não está a apresentar de "forma coerente e explícita" os seus manifestos.

Outra situação destacada pelo Grupo das Organizações da Sociedade Civil foi a utilização de meios do Estado durante a campanha eleitoral, nomeadamente viaturas, e a sobreposição de cartazes eleitorais.


A Célula de Monitorização Eleitoral da Sociedade Civil tem 20 monitores em todo o território nacional a acompanhar as candidaturas.

A campanha eleitoral para as presidenciais de 24 de novembro teve início no passado dia 02 e termina em 22 de novembro.

Participam na campanha eleitoral 12 candidatos aprovados pelo Supremo Tribunal de Justiça. ANG/Lusa


CEDEAO


           Chefes das Forças Armadas de quatro países  já estão em Bissau

Bissau,14 Nov 19(ANG) – Os chefes do Estado-maior General das Forças Armadas do  Níger,  Nigéria, Senegal e Togo chegaram quarta-feira à Bissau para uma série de reuniões com as autoridades políticas e militares da Guiné-Bissau, disse a Lusa fonte do Governo guineense.

Encontro dos chefes militares da CEDEAO com Aristides Gomes
Segundo a mesma fonte, já se encontram numa unidade hoteleira em  Bissau, os chefes dos Estados-Maiores Generais das Forças Armadas  dos quatro países da CEDEAO, que a organização decidiu enviar,  numa cimeira extraordinária sobre  a situação política na Guiné-Bissau.

A comitiva é composta pelos generais Ahmed Mohamed, do Níger, Abayomi Gabriel Olonishakin, da Nigéria Cheikh Gueye, do Senegal, , , Félix Abalo Kadangha, do Togo e é integrada também pelo general Usman Yussuf, chefe do Estado-Maior das Forças da CEDEAO.

Os responsáveis militares vão ter uma série de contactos com as autoridades políticas guineenses, entre quinta e sexta-feira, nomeadamente com o Presidente cessante da República, José Mário Vaz, com o Primeiro-Ministro Aristides Gomes e com os ministros da Defesa, Luís Silva de Melo e do Interior, Juliano Fernandes.

A delegação dos chefes militares antecede a visita, no sábado, dos presidentes da Costa de Marfim, Gâmbia, Guiné-Conacri, Gana, Níger e Nigéria, com a finalidade de informar ao José Mário Vaz das decisões da Cimeira da CEDEAO realizada no dia 08, no Níger, em que se discutiu a crise política na Guiné-Bissau. ANG/Lusa

OMS/Saneamento


  Relatório  denuncia horror das condições dos trabalhadores  em nove países

Bissau, 14 nov 19 (ANG) – Um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) hoje divulgado expõe o horror das condições em que laboram os trabalhadores de saneamento em nove países em desenvolvimento, sem direitos garantidos e correndo risco de vida.
Directora Regional da OMS para África
“Saúde, Segurança e Dignidade de Trabalhadores de Saneamento – Uma avaliação inicial” é o nome do relatório da OMS que avaliou as condições destes trabalhadores no Bangladesh, Bolívia, Burkina Faso, Haiti, Índia, Quénia, Senegal, África do Sul e Uganda.
Trata-se sobretudo de indivíduos que desempenham o trabalho de esvaziamento de poços e tanques, transportam o lodo fecal e procedem à manutenção de esgotos.
De acordo com o sumário do documento, estes trabalhadores “fornecem um serviço público essencial, mas muitas vezes à custa da sua dignidade, segurança, saúde e condições de vida”.
“São alguns dos trabalhadores mais vulneráveis” que muitas vezes realizam um trabalho “não quantificado e ostracizado e muitos dos desafios que enfrentam têm origem na falta fundamental de reconhecimento”, prossegue o relatório.
Estes trabalhadores estão expostos a “riscos profissionais graves” e a “perigos para a saúde ambiental, risco de doença, ferimentos e morte”.
Os autores do documento indicam que estes trabalhadores do saneamento pertencem ao sector público ou são empregados privados. Os empregados informalmente têm baixos salários e poucos benefícios, existindo casos em que são pagos em alimentos em vez de dinheiro.
“Os trabalhadores do saneamento fazem uma contribuição fundamental para a saúde pública em todo o mundo, mas ao fazê-lo colocam sua própria saúde em risco, o que é inaceitável”, afirmou a directora do Departamento de Saúde Pública e Meio Ambiente da OMS, Maria Neira.
E prosseguiu: “Precisamos de melhorar as condições de trabalho dessas pessoas e fortalecer a força de trabalho do saneamento, para que possamos cumprir as metas globais de água e saneamento”.
Este relatório, que resulta de um trabalho conjunto da Organização Internacional do Trabalho (OIT), WaterAid, Banco Mundial e OMS, pretende “aumentar a conscientização sobre estas condições de trabalho desumanas” e promover a mudança.
Os autores do documento recordam que o mau saneamento causa até 432 mil mortes diarreicas anualmente e está ligado à transmissão de outras doenças como a cólera, a disenteria, a febre tifóide, hepatite A e poliomielite.
Os trabalhadores do saneamento “desempenham um papel valioso na melhoria da saúde e do bem-estar das populações em todo o mundo e têm o mesmo direito a uma boa saúde”, lê-se no comunicado que divulga o relatório.
“Os resíduos devem ser correctamente tratados antes de serem eliminados ou utilizados. No entanto, os trabalhadores muitas vezes entram em contacto directo com resíduos humanos, trabalhando sem equipamento ou protecção para removê-lo à mão, que os expõe a uma longa lista de riscos à saúde e doenças”.
Estes trabalhadores são ainda alvo de estigma social, pelo que o trabalho de saneamento é muitas vezes feito à noite.
Para melhorar a situação destes trabalhadores, os autores do documento estabelecem quatro áreas-chave de acção para municípios e parceiros de desenvolvimento: reforma da política, legislação e regulamentação, desenvolvimento e adopção de directrizes operacionais para os trabalhadores e advocacia e empoderamento dos trabalhadores de saneamento para reivindicar os seus direitos. ANG/Inforpress/Lusa

Campanha eleitoral


Domingos Simões Pereira pede participação massiva da população no acto de votação do dia 24 de novembro

Bissau, 14 nov 19 (ANG) – O candidato apoiado pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira pediu  quarta-feira à população da região de Oio, concretamente dos sectores de Farim e Mansaba a participarem massivamente no processo de votação do dia 24 de novembro.

Num comício de caça ao voto, Domingos Simões Pereira declarou que pretende ser um Presidente diferente, que vai ajudar os mais carenciados através das suas ações para que estes se sintam que dispõem de um chefe de Estado que está preocupado em resolver os seus problemas.

Para tal, garantiu que se for eleito vai reforçar a diplomacia para ajudar o governo a ultrapassar algumas dificuldades para que quando os guineenses, sobretudo as mulheres e crianças, olhassem para o Palácio Presidencial sintam que estão bem representados.

Simões Pereira prometeu não responder nenhuma acusação e provocação de ninguém, em comprimento dos conselhos dados pelos anciãos do sector de Farim.

“Durante a campanha eleitoral, vou apenas preocupar-se com a situação que o país enfrenta”, disse o líder do PAIGC.

 Apelou aos populares a se mobilizarem para ir votar no dia 24 em quem representa os seus desejos e capaz de criar condições para que o governo possa implementar o seu programa de governação, a bem do país e não aquele que vai permitir que a Guiné-Bissau continue tal como está.

Em Farim, Domingos Pereira reuniu-se com alguns chefes tradicionais, e disse que ouviu destes todas as preocupações tendo prometido encontrar soluções  caso for eleito Presidente.

A Directora Nacional Adjunta da campanha de Domingos Simões Pereira,  Dam Ialá aconselhou aos populares do sector de Farim à exigirem dos candidatos a apresentação dos  seus respectivos manifestos políticos ao cargo do Presidente,  a semelhança de Domingos Simões Pereira.

No comício de Farim, usaram também de palavra o Presidente do Movimento Democrático Guineense (MDG) Silvestre Alves que e disse que Domingos Simões Pereira é capaz de tirar o país ou seja salvar o Povo da situação de dificuldade que enfrenta.

Outro apoiante e ex-presidente do Sindicato Nacional dos Professores(Sinaprof),Luís Nancassa exortou os alunos no sentido de votarem na pessoa  de Domingos Simões Pereira para que as aulas possam funcionar normalmente, e que os professores  possam recuperar a dignidade perante os seus familiares .ANG/LPG/ÂC//SG

Espanha


                     Socialistas e esquerda radical tentam coligação
Bissau, 14 nov 19 (ANG) - O presidente do Executivo em final de mandato e líder socialista, Pedro Sánchez, e o chefe da esquerda radical do Podemos, Pablo Iglesias, alcançaram um pré-acordo para compor um governo de coligação na Espanha.
O anúncio foi feito  terça-feira (12), dois dias após a eleição legislativa que consolidou o enfraquecimento das legendas tradicionais e a alta da extrema direita no país.
"Alcançamos um pré-acordo para compor um governo de coligalição progressista na Espanha, (...) que combina a experiência do Partido Socialista com a coragem do Podemos", disse o chefe da esquerda radical, Pablo Iglesias, após a inesperada assinatura do documento no Parlamento espanhol.
"Este novo governo vai ser um governo categoricamente progressista", pensado para durar os quatro anos da legislatura, porque "a Espanha precisa de um governo estável, não interino, um governo sólido, e precisa já", defendeu Pedro Sánchez. Ambos os líderes disseram que, nas próximas semanas, vão detalhar o programa e a estrutura do governo.
O partido de Sánchez venceu as eleições de domingo (10), mas não obteve maioria e saiu enfraquecido do pleito. A possível coligação é uma tentativa de colocar um ponto final em meses de bloqueio político na quarta economia da zona euro. Mas, para isso, o possível governo precisará do apoio de outros partidos para obter a aprovação da Câmara Baixa, renovada do fim de semana.
Os socialistas já haviam tentado, sem sucesso, negociar a formação de um governo de coaligação com o Podemos após as legislativas anteriores, em abril. As negociações fracassaram, porém, devido a divergências sobre qual papel o partido da esquerda radical teria no Executivo. O desentendimento levou o país de volta às urnas.
O novo acordo "é tão promissor que supera qualquer tipo de divergência que possamos ter tido nos últimos meses", disse Sánchez, que selou o pacto com um abraço em Iglesias.
Mas, além das declarações otimistas, os líderes da esquerda também se unem para evitar o fortalecimento da extrema direita do partido Vox. A legenda foi a verdadeira vencedora do pleito de domingo, já que duplicou sua representatividade e se tornou a terceira força política do país.
O líder do Vox, Santiago Abascal, defende suspender a autonomia catalã e quer prender o presidente da região, Quim Torra. Ele também promete tornar ilegais os partidos soberanistas.
Os socialistas e o Podemos reúnem 155 deputados, motivo pelo qual vão precisar conquistar apoio de outras siglas para alcançar a maioria absoluta de 176, em um Congresso de 350 cadeiras. A preferência dos socialistas é um apoio dos liberais do Cidadãos, que foram esmagados no domingo. Dos 57 deputados que haviam conquistado em abril, a legenda passa a ter apenas dez assentos.
Sánchez também espera poder contar com outros partidos nanicos para não dependerem dos separatistas catalães, que contam com 23 vagas. ANG/RFI/AFP

CAN 2021


                           Guiné-Bissau vence  Essuantini por  3 - 0

Bissau, 14 Nov 19 (ANG) – A Selecção Nacional de Futebol da Guiné-Bissau, recebeu e derrotou em casa por 3-0, a sua congénere de Essuantini anteriormente conhecido por  “Suazilândia”, na primeira partida do grupo I da fase de apuramento para o próximo Campeonato Africano das Nações (CAN) 2021, a ter lugar nos Camarões.

Selecção da Guiné-Bissau
O seleccionar nacional dos “djurtus” apresentou o onze inicial com Jonas Azevedo Mendes guarda-redes, o quarteto defensiva constituído por Marcelo Amado Djaló, Juary Marinho Soares, Nanu e Mamadu Candé.

Para a posição dos médios, o técnico guineense Baciro Candé alinhou com Pelé, Burá, Moreto Moro Cassama e Jorge Fernando Barbosa Intima(Jorginho), e no ataque o Piquete Djassi e Joseph Mendes.

Ao passo que os visitantes alinharam com Mathabela Knowledge na Baliza, Dlamini Melusi Frank, Gamedze Sandile, Mamba Siboniso Ntokozo, Fanelo Mamba, Shabangu Sylvester Wandile, Mlamuli Msibi, Mzuandile Derrick Mabelesa, Phumlane Lwazi Dlamini, Sifiso Samu Matse e na ponta de lança jogou o Phinda Mhlonishwa.

No 1º tempo do jogo, a Selecção Nacional da Guiné-Bissau comandou na partida, avisando o adversário que está mesmo a jogar em sua casa, e que os seus adeptos precisavam de vê-los a vencer, para ficarem animados.

Com um bom futebol apresentado pela equipa de casa, o primeiro golo da partida surgiu somente nos minutos 31 da primeira parte do encontro, marcado por intermédio do centro campista Jorginho, que depois de ter efectuado o primeiro dos “Djurtus” foi imediatamente substituído por João Mário Nunes, por motivo de lesão na perna.

Depois do primeiro golo apontado pela Selecção Nacional, os pupilos de Baciro Candé não demoraram muito para marcar o seu segundo golo  nos minutos 36 da 1ª parte, por intermédio de Piquete Djassi, o jogador mais aplaudido pelos adeptos.

Entretanto, o segundo tempo do jogo não mudou muito porque a Selecção de “Essuantini” poucas vezes chegava à baliza de Guiné-Bissau, e a equipa de casa continuava a se impor no jogo, até que nos minutos 74 da segunda parte apontou o seu terceiro golo da partida, por intermédio de João Mário, jogador que entrou na segunda parte do jogo.

No final da partida, o técnico guineense Baciro Candé, parabenizou a equipa, acrescentando que o momento agora é para pensar no próximo jogo contra o Congo-Brazaville, no próximo domingo, dia 17 do corrente mês.

“Agora não é como dantes, porque a Guiné-Bissau, é uma equipa que está á crescer num bom ritmo, e todos os seus adversários já perceberam isso”, disse Candé, acrescentando que,  quem tiver que jogar com ele, saberá de princípio que vai defrontar uma equipa, que merece  respeito.

O Capitão da turma nacional, Mamadú Candé disse à imprensa que é um prazer ter marcado pala sua selecção, realçando que desde pequeno que sonhava poder ,um dia,se  juntar ao grupo de trabalho da sua selecção nacional de futebol.

Questionado sobre os outros encontros que a Guiné-Bissau terá pela frente, o Capitão dos “Djurtus” disse que, agora, não têm medo  de enfrentar qualquer equipa porque tem jogadores preparados para qualquer disputa.  

De acordo com o calendário, os Djurtus vão ainda deslocar a República vizinha do Senegal, visto como o favorito do grupo, em partida  agendada para Agosto de 2020. 

O grupo “I” de apuramento para o próximo CAN-2021 está composto pela Guiné-Bissau, Congo Brazaville, Essuantini e Senegal.ANG/LLA/ÂC//SG

Franco CFA


            Presidente do Benim quer reforma das reservas de câmbio
Bissau, 14 nov 19 (ANG) - O ministro francês da Economia Bruno le Maire, declarou recentemente  em Bruxelas que a França não pretende impor o que quer que seja para reformar o franco CFA.
Bruno le Maire
O governante francês reagia às declarações do Presidente do Benim, Patrice Talon, que em entrevista à RFI anunciou uma importante mudança no funcionamento da moeda africana.
"Não compete à França fazer propostas que são da alçada dos Estados membros da zona franca", sublinhou o ministro francês reagindo a declarações do Presidente do Benim, Patrice Talon. 
Em entrevista à RFI e France 24, o chefe de Estado do Benim, anunciou a retirada das reservas de câmbio do franco CFA que se encontram em França.
Segundo o presidente beninês, o Banco central dos países da África da UEMOA, União económica monetária oeste africana passará a gerir a totalidade dessas reservas de divisas para as repartir entre os diversos Bancos centrais no mundo.
"Esta reforma que quer que não haja contas de operações e que o Banco Central dos Estados da África do Oeste da UMOA, deixem de guardar uma parte dessas reservas de câmbio junto do Tesouro francês, é uma reforma desejada por todos, inclusivé, pelo actual governo francês e pelo Presidente Macron. Estamos unanimemente todos de acordo sobre este assunto para pôr termo a este modelo, que, na verdade, tecnicamente, não era um problema”,disse.
Este estado de coisas , segundo Talon, tornou-se um problema para o CFA, mas na verdade não é um problema técnico.
“Para mim tudo ficará claro rapidamente, logo, o Banco central dos países da UMOA, vai gerir a totalidade dessas reservas de divisas e vai reparti-las pelos diversos Bancos centrais parceiros em todo o mundo. Já está acordado e é vontade de todos e aliás a França vai também retirar-se das estruturas de governação da moeda quanto à sua cessão”, referiu.
Não foi avançada qualquer data para esta reforma mas se vier a concretizar-se será todo o funcionamento do franco CFA a ser reformado.
De notar que por ora os Estados africanos devem depositar 50% das suas reservas em França, obtendo em contrapartida uma convertibilidade ilimitada com o euro que lhes dá uma certa credibilidade internacional. ANG/RFI


Campanha eleitoral


Candidato do PUSD Gabriel Indi promete promover a Unidade Nacional, caso for eleito

Bissau, 14 Nov 19 (ANG) - O candidato apoiado pelo Partido Unido Social Democrática (PUSD) às eleições presidenciais prevista para 24 do corrente mês prometeu esta quarta-feira promover a Unidade Nacional ,caso venha a ser eleito.

Gabriel Fernandes Indi fez a promessa , na secção de Quissete, sector de Prábis, região de Biombo, norte do país no quadro da campanha eleitoral para eleições presidenciais de 24 de Novembro em curso.

“Caso venho a ser eleito Presidente da República da Guiné-Bissau, vou usar a minha influência junto do governo para que nenhum governante faça  tratamento médico no estrangeiro, porque só assim é que os mesmos vão pensar em desenvolver o sistema de saúde nacional”, garantiu aquele candidato.

Fernandes acrescentou que a missão de um governante deve consistir em servir o seu povo e não em procurar os bens pessoais, tal como é o hábito dos políticos da Guiné-Bissau.

“Um Presidente da República não deve pertencer ao partido A ou B,  deve apenas pertencer ao seu país, uma vez que tem a responsabilidade de fiscalizar a governação e de tomar certas decisões para o progresso de um do país”, sustentou.

Acrescentou que  um Presidente não deve priorizar simplesmente o derrube dos governos como forma de resolver os problemas, porque isso acaba por complicar as coisas em muitos casos a causar  crise institucional.

O candidato disse ainda que sendo ele o Presidente da República vai respeitar a Constituição da República e a vontade do Povo, tendo justificado que os governantes existem para serem escravos do Povo, uma vez que estão no poder simplesmente por  serem escolhidos pela própria sociedade.

“Há um factor bastante alarmante que se verifica na sociedade guineense, que é a questão étnica. Só quero dizer que isso não deve ser prioridade para o Povo devido ao mal que pode causar na sociedade”, avisou.

Gabriel Fernandes disse que, um voto deve ser baseado nos projectos que podem desenvolver a Guiné-Bissau em geral, porque só assim o Povo terá a paz e a segurança interna.

Por outro lado, Gabriel Indi depois de ter auscultado as preocupações da população de secção de Quissete, prometeu usar a sua influência para melhorar as suas dificuldades junto do governo caso venha a ser vencedor das presidenciais.

Gabriel apelou os seus homólogos no sentido de respeitarem o Código de Conduta Eleitoral que proíbe uso de  palavras  insultuosas durante a campanha eleitoral.

“Fazer campanha não significa falar mal de um terceiro, mas sim mostrar o que pode fazer para progredir o país”, disse o candidato apoio pelo Partido Unidos Social Democrata(PUSD). ANG/AALS/ÂC//SG