quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Navegação aérea


Representante da ASECNA considera de positivo 13 anos de exercícios da organização na Guiné-Bissau

Bissau, 11 Dez 19(ANG) – O representante da Agência  para a Segurança da Navegação Aérea em África e Madagáscar(ASECNA) considerou  terça-feira de positivo os treze anos de exercícios desta organização no país, “porque permitiu um investimento imediato  em equipamentos modernos e  de capacitação efetiva dos recursos humanos”.

Vista da sede de ASECNA em Bissau
Marcos Alexandre Galina Lopes Correia que falava aos jornalistas na abertura do ato de celebração dos 60 anos  de  existência daquela organização africana de navegação e segurança  aérea, disse que, em todos os aeroportos em que ASECNA opera, existe a mesma qualidade de serviço e equipamentos e capacitação dos recursos humanos.

Informou que a missão principal da ASECNA é de garantir o controlo e a segurança aérea em todos os Estados membros,  desde a descolagem do avião da pista até a sua aterragem e parqueamento.

Acrescentou que neste momento o país dispõe de alguns equipamentos uniformizados  da última geração para segurança aérea nomeadamente um radar inaugurado recentemente no aeroporto internacional de Bissau.

Aquele responsável disse  ainda que a ASECNA tem sete padrões emanados pela Aviação Civil, nomeadamente a navegação aérea, gestão da informação aeronáutica, manutenção dos equipamentos de ajuda à navegação, infraestruturas aeroportuárias, metrologia aeronáutica e  investigações técnicas dos incidentes e acidentes da aviação civil.

Afirmou  que a contribuição da  Guiné-Bissau na ASECNA tem uma percentagem muito baixa, mas isso não implica que no orçamento global da organização  haja algum impacto, frisando que o que se faz é um saco comum onde entra todas as receitas.

Marcos Correia explicou que apesar  de algumas melhorias no volume de tráfico, a Guiné-Bissau  está muito longe da expectativa almejada em termos do potencial, “porque as infraestruturas e  as instabilidades políticas ainda pesam muito”.

Questionado sobre as possibilidade de  aumento de tráfico aéreo no país respondeu que isso não depende da sua organização, mas sim de questões políticas  e do Ministério dos Transportes e Comunicações. ANG/JD/ÂC//SG

Argélia


                      Antigos governantes condenados por corrupção
Bissau, 11 dez 19 (ANG) - A justiça argelina condenou, na terça-feira, antigos dirigentes políticos – incluindo dois antigos primeiros-ministros - e empresários de renome a pesadas penas de prisão no âmbito de um processo por corrupção e abuso de poder.
A sentença é conhecida dois dias antes das eleições presidenciais na Argélia, um escrutínio considerado como uma farsa pela população que continua a reclamar, nas ruas, uma mudança dos dirigentes políticos depois de ter conseguido a demissão do antigo presidente Abdelaziz Bouteflika, em Abril.
Esta é a primeira vez, desde a independência em 1962, que foram julgados dirigentes de topo, considerados intocáveis há menos de um ano.
No banco dos réus estavam 18 personalidades acusadas de corrupção na indústria automóvel e de financiamento ilegal da última campanha eleitoral do antigo Presidente Abdelaziz Bouteflika, candidato a um quinto mandato em Abril antes de ter sido obrigado a renunciar face à pressão dos protestos populares.
Ahmed Ouyahia foi, entre 1995 e 2019, quatro vezes primeiro-ministro, três das quais durante a presidência de Bouteflika. Foi condenado a 15 anos de prisão efectiva.
Abdelmalek Sellal dirigiu o governo entre 2014 e 2017 e liderou quatro campanhas eleitorais do ex-presidente. Foi condenado a 12 anos de cadeia.
Também os antigos ministros da Indústria Mahdjoub Bedda e Youcef Yousfi foram condenados a 10 anos de prisão e uma ex-governadora civil Nouria Yamina Zerhouni a cinco anos de cadeia.
O antigo presidente da principal organização patronal argelina, o Forum dos Chefes de Empresa, e CEO do líder do sector da construção civil, Ali Haddad, foi condenado a sete anos de prisão efectiva.
Outros três destacados homens de negócios, Ahmed Mazouz, Hassen Arbaoui e Mohamed Bairi, todos proprietários de fábricas de montagem de carros, também tiveram penas de 7, 6 e 3 anos de prisão.
Um alto funcionário do ministério de Justiça foi condenado a 5 anos e o antigo director de um banco público argelino a 3 anos.
A sentença foi conhecida dois dias antes das eleições presidenciais na Argélia, um escrutínio denunciado como uma continuação do regime anterior pelos manifestantes, cujos protestos levaram à demissão de Abdelaziz Bouteflika, em Abril, após várias semanas de contestação.
O procurador denunciou que a indústria automóvel teve importantes vantagens fiscais e que é um sector dominado pelo “nepotismo e favoritismo”.
 O escândalo neste sector teria provocado um rombo de 975 milhões de euros nos cofres do Estado e o alegado financiamento ilegal da última campanha eleitoral de Bouteflika teria provocado uma perda no Tesouro de cerca de 830 milhões de euros, ainda de acordo com o procurador. ANG/RFI

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Sociedade


Associação Anticorrupção defende aplicação da  lei de Declaração de Bens pelos titulares de cargos públicos 

Bissau, 10 dez 19 (ANG) – O Presidente de associação Guineense Anticorrupção disse que, desde a sua aprovação, não está a ser cumprida a lei que obriga aos titulares de cargos públicos a declararem os seus bens antes de ocuparem os lugares para que foram nomeados.

 Joel Alo Fernandes manifestou esta preocupação no âmbito da celebração do dia internacional de luta contra a corrupção no mundo.

 Segundo a Rádio Sol Mansi, Fernandes disse que desde que o país aderiu à Organização da Convenção de Luta contra Corrupção, em 2007 nunca viu um “acto concreto” do Governo  nem da Assembleia Nacional Popular para lutar contra o fenómeno de corrupção.

“Estamos a assistir na Guiné-Bissau os gastos de sucessivos Governos com compras de carros, cujos usos não são controlados. Também a lei que obriga os titulares de cargos públicos a declarem os seus bens antes de ocuparem os lugares administrativos, não é aplicada, está morta”,disse Joel Fernandes.

Defendeu  que  os cidadãos não têm contribuído com  denúncias de actos de corrupção porque, segundo ele, “não existe lei de protecção das testemunhas”.

“Estamos a exigir que a Assembleia Nacional Popular crie uma lei de protecção das testemunhas. Nas últimas campanhas políticas, apesar da existência da lei eleitoral que diz que os candidatos devem declarar os bens usados nas campanhas,  habituamos a assistir campanhas de biliões de proveniências duvidosas, e que nem sabemos a origem destes dinheiros”, referiu.

Para a comemoração do dia internacional de luta contra a corrupção no mundo a Associação Guineense Anticorrupção realizou, esta manhã, uma marcha no itinerário  Espaço Verde, do bairro d´Ajuda / Assembleia Nacional Popular, com objectivo de chamar a atenção sobre a  necessidade do envolvimento de todos os cidadãos no combate à corrupção.  ANG/LPG//SG


JOGOS/Tóquio 2020


        Guiné-Bissau com esperança de marcar  presença em três modalidades

Bissau, 10 dez 19 (ANG) - A Guiné-Bissau "espera e está a trabalhar" para participar nos Jogos Olímpicos Tóquio2020, com atletas do judo, luta e atletismo, disse hoje à agência Lusa o secretário-geral do Comité Olímpico guineense.

Eugénio Lopes afirmou que está em marcha um "plano estratégico para possibilitar a qualificação direta" dos atletas das três modalidades que se encontram em treinos em centros de alto rendimento em Portugal e Marrocos.

Só se não conseguirem a qualificação direta, através dos mínimos exigidos por cada modalidade, é que a Guiné-Bissau admite participar através de convites por quotas continentais, assinalou ainda Eugénio Lopes.

Os atletas Taciana Baldé e Diogo Lacerda, ambos judocas, e Jéssica Inchudé, do lançamento e peso, que competem por clubes portugueses, "constituem as grandes esperanças" do país, observou o secretário-geral do Comité Olímpico guineense.

Em Marrocos, estão também dois atletas guineenses, no centro de alto rendimento, com bolsas da solidariedade olímpica, onde treinam e procuram mínimos exigidos para que possam estar nos jogos de Tóquio, referiu ainda Eugénio Lopes.

Eugénio Lopes exorta o Governo a comparticipar nos treinos e nas competições dos atletas que evoluem fora da Guiné-Bissau, lembrando que aqueles poderão ser "bons embaixadores do país se forem aos Jogos".

O responsável do Comité Olímpico guineense destacou ainda que a meta fixada "é estar ao mesmo nível ou melhor" do que a última participação nos jogos do Rio de Janeiro, no Brasil, em 2016, em que a Guiné-Bissau, pela primeira vez, esteve representada por três atletas qualificadas diretamente: Taciana Baldé, do judo, Augusto Midana e Blopasse, ambos de luta olímpica.

O velocista Holder da Silva e a lançadora Jéssica Inchude estiveram no Rio, mas a convite da organização.

A Guiné-Bissau participou, por convite, pela primeira vez nos Jogos Olímpicos, em 2004, em Atenas na Grécia, com o lutador Talata Balde, tendo estado, a partir daí, sempre representado, mas ainda não alcançou qualquer medalha. ANG/Lusa


Saúde Publica


“O bolo orçamental para o sector da saúde não é suficiente para financiar actividades”, diz Magda Robalo

Bissau, 10 dez 19 (ANG) – A ministra da saúde publica disse que os fundos  provenientes do Orçamento Geral do Estado para o sector sanitário não são  suficientes para financiar as actividades de saúde.

Foto Arquivo
 Magda Nely Robaldo Silva acrescenta que que, por causa disso,o sector  depende muito dos seus parceiros de financiamentos e de apoios técnicos e materiais dados à  Guiné-Bissau.

Afirmou que a nova dinâmica do governo  em relação ao sector está centrada em dar “mais e melhor saúde para todos os guineenses”, porque essa nova dinâmica “faz parte do plano Terra Ranka”,  que  valoriza o capital humano, sem distinção de raça, etnia, côr ou sexo,”.

A governante sublinhou que é importante falar com os parceiros para que a governação do sector possa ser transparente e eficaz,permitindo atingir os objectivos e, sobretudo, que a saúde chegue ao guineense  esteja ele onde estiver.

“ A minha visão sobre o sistema nacional de saúde é de fazer chegar os cuidados de saúde que  cada guineenses precisa, esteja ele ou ela onde estiver.“Ainda temos  muitos guineenses longe dos sistemas de saúde, guineenses que não recebem os cuidados com   qualidade, carinho e a dignidade de que precisam: Temos ainda muito trabalho a fazer para que as estruturas de saúde possam fornecer os serviços de que precisamos”, afirmou.

Para tal, de acordo com a Magda Nely Silva, é preciso muito boa gestão, e gerir bem o pouco que existe, “porque pode se fazer muito mais e melhor com o pouco que temos”.
. “Mas temos gerido muito mal e temos que melhorar a gestão para que,  pouco a pouco, o guineense não precisa mais de ir para fora do país”, referiu.

Por outro lado, reconheceu que as greves que se tem verificado no sector de saúde tem limitado as prestações de serviços e condicionado a qualidade dos serviços de saúde que o país tem conseguido prestar à população.

Segunda Magda Silva esses problemas são sistemáticos e afectam a estrutura não só do financiamento como também da prestação dos cuidados.

Salientou que não  são problemas novos,mas sim problemas que  vêm arrastando e que têm a ver com a forma como as pessoas são recrutadas para o sistema de saúde, com as cobranças do dinheiro e com a má utilização dos financiamentos e desvios de fundos  para outros fins.
A ministra assegurou que está-se a  trabalhar para pôr termo à essas práticas, para que as pessoas sejam recrutadas para o sistema com base na meritocracia e para que os financiamentos sejam geridos de forma transparente e que quando uma pessoa eventualmente for apanhada a desviar fundos de sistema de saúde, que seja punida conforme manda a lei.

“Estamos a viver uma situação muito difícil,porque, de facto, há pessoas que estão onde não deviam estar e há pessoas que gastaram dinheiro indevidamente, quando não o deveriam ter feito, e nós vamos pôr cobro à essa situação, porque não podemos continuar a tolerar a impunidade no país”, assegurou.

Apesar dos acordos assinados com os sindicatos do sector,os trabalhadores de saúde continuam a exigir do governo o pagamento de salários e satisfação de outras  reivindicações.

Em reacção a essa questão, a ministra confirmou que chegou a sentar-se com os sindicatos e chegado ao acordo com os mesmos,porém lamenta que apesar dos acordos que o governo já tinha feito e pagamentos realizados como tinha sido acordado com os sindicatos,esses apresentam  cada vez mais reivindicações , sendo algumas delas, segundo Magda,  inaceitáveis”.

“ Já fizemos o pagamento de um mês e estamos em vésporas de fazer o próximo pagamento. Por isso, penso que os sindicatos devem ser mais razoáveis nas suas reivindicações,porque também sabem que as dívidas salariais já vêm de vários meses e que estamos a fazer esforços para poder pagar salários em atraso.Tambem sabem que os cofres do hospital Simão Mendes estavam praticamente vazios e que nós temos feito um esforço nos ultimos três meses para recolher receitas”, disse.

Magda Nely Robaldo Silva criticou a atitude dos sindicatos e presume que algumas das reivindicações desencadeadas estejam a ser levadas para o lado pessoal, individual, e que “injustamente” estão a ser introduzidas no pacote reivindicativo, e a  condicionar a prestação dos serviços no hospital Simão Mendes.

Garante que o Ministerio vai voltar a sentar-se à mesa com os sindicatos para negociar, e disse esperar  que se possa cumprir , quando os acordos são firmados.

Disse que a Guiné-Bissau está como está,porque o pouco que tem recebido dos parceiros para a saúde “não tem sido aplicado para a saúde”. ANG/ “ O Democrata”


Ensino público


      CONAEGUIB apela ao governo para evitar nova paralisação no sector

Bissau, 10 Dez 19 (ANG)- A Confederação Nacional das Associações Estudantis da Guiné-Bissau (CONAEGUIB) apelou esta terça-feira ao governo  no sentido de negociar com os sindicatos do sector de educação para evitar as paralisações  prevista para  16 à 20 do corrente mês.

foto ilustrativo
O apelo foi feito pelo Presidente da CONAEGUIB, Bacar Darame,   na conferência de imprensa  realizada hoje.

“O governo deve chamar os sindicatos para negociarem com a finalidade de evitar novas paralisações no sector educativo, porque os prejudicados com sucessivas ondas de greve são sempre os estudantes”, disse aquele responsável.

Acrescentou que a preocupação da CONAEGUIB singe mais no próximo ano lectivo, tendo justificado que, se os professores retomarem as ondas de paralisações, isso pode afectar o novo ano lectivo.

 O desenvolvimento de qualquer que seja país está na educação. Assim sendo, cabe aos governantes priorizarem a área educativa para que a Guiné-Bissau possa ter progresso.
“É grave quando os futuros dirigentes deste país ficarem parados alguns meses para depois retomarem as aulas. Isso provoca falta de vontade aos estudantes, provoca igualmente dificuldade na assimilação das matérias lectivas nas  diferentes escolas públicas do país”, considerou Bacar.

Questionado qual será o próximo passo  da CONAEGUIB, se o problema de constantes greves persistir no sector da educação, respondeu que farão de tudo para encontrar uma solução na base de dialogo e que, se isso veio a não surtir efeitos, vão  fazer  marchas e outros tipos de protestos como forma de exigir a escola para os que querem estudar.

Os sindicatos do sector do ensino já entregaram ao governo um pré-aviso de greve para levar a cabo mais uma série de paralisações no sector, em protesto a falta de pagamento de salários e de cumprimento do acordo para implementação da Carreira Docente.ANG/AALS/LPG//SG


Saúde publica


Ministra da saúde denuncia desaparecimento de mais de 600 milhões de fcfa nos cofres do hospital Simão Mendes

Bissau, 10 dez 19 (ANG) - A Minstra da Saúde Pública, Magda Nily Robaldo Silva denunciou segunda feira que mais de 600 milhões de fcfa despareceram nos cofres do Hospital Simão Mendes.

Segundo o  Jornal “O Democrata”, Magda  Robaldo  revelou que o dinheiro desapareceu há um ano e oito meses e que é do contribuinte guineense que foi canalizado para os cofres do hospital Nacional Simão Mendes.

A ministra prometeu  descobrir os mecanismos que fazem com que seja possível desviar montantes enormes de dinheiro que entram nos cofres deste hospital para  fechar as “torneiras” e permitir a utilização desses fundos em beneficio dos necessitados.

Questionado se já fez ou não denuncia junto do Ministério Publico sobre esses desvios, assegurou que o caso já foi denunciado, está no relatório do Tribunal de Contas e que o governo está a tomar as devidas providencias para que todos os desvios dos fundos serem traduzidos a justiça.

Magda Nily Robaldo Silva revelou igualmente que a sua direcção encontrou no Ministério “ buracos orçamentais”, ou seja, financiamento de vários milhões de francos CFA que foram dados ao Ministério de saúde para a implementação de programas e actividades, mas cuja utilização não foi justificada.

“ Nós precisamos de trabalhar e voltar a dar confiança aos parceiros para que eles acreditem em nós e saibam que se nos financiarem para fazer actividade,  vamos fazé-las”, enfatizou a governante na sua declaração aos jornalistas no final do encontro  com os  parceiros bilaterais e multilaterais de desenvolvimento do sector, nomeadamente a OMS, Banco Mundial, Unicef, Plan Internacional, a delegação da União Europeia no país, FNUAP, ongs entre outros.

Nesse encontro foram analisadas as principais actividades do Ministério de saúde e a coordenação da execução dos planos de actividades programadas. ANG/ “O Democrata


Ensino público


Governo promete aumentar salário dos professores em mais de 30 mil FCFA

Bissau, 10 dez 19 (ANG) – O governo prometeu aumentar em mais de 30 mil francos cfa,o salário de 70 por cento dos professores colocados em todas as regiões do pais, excepto os da  região de Biombo e do Sector autónomo de Bissau.

foto arquivo
As garantias, segundo a Rádio Solmansi, foram dadas no último fim de semana pelo ministro da Educação, Dautarin da Costa, em declarações à imprensa.

“Vamos aumentar salários a   94 por cento dos professores colocados na região de Bafata, 88 por cento na Região de Bolama, 94 por cento na região de Cacheu, 95 por cento na Região de Gabu, 98 por cento  em Oio, 90 por cento em Quinará, Tombali 96 por cento e na sub-região de Bubaque e Ingoré 90 por cento do  salário dos professores beneficiarão deste aumento”, disse Dautarin da Costa.

Segundo o ministro, trata-se de um subsídio de isolamento que não abrange docentes colocados na região de Biombo e Sector Autónomo de Bissau,  “porque estão no centro”.

“Chegou a hora dos sindicatos começaram a modernizar e  melhorar a forma de intervenção para a melhoria do sistema do ensino. A Guiné-Bissau é o unico país no mundo onde se continua a discutir problemas de greve, onde acontece uma pequena coisa docentes avançam com uma paralisação de três meses e quando se paralisa o sistema o lesado são os estudantes e não o ministro ou governo”, disse.

Dautarin diz  que chegou a hora de os sindicatos sentarem a mesa com o governo para, em conjunto, debaterem e definir  uma metodologia capaz de gerar soluções para os problemas que afectam o sector da educação.

Os sindicatos ameaçam avançar com nova paralisação do sector a partir do próximo dia 16, e já projectam uma outra de 60 dias a partir de Janeiro, caso  as suas reivindicações não forem atendidas. ANG/LPG//SG

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Religião/Peregrinação à Cacheu 2019


Igreja Católica  espera a normalização da vida dos guineenses com a realização da segunda volta das presidenciais

Bissau, 09 dez 19 (ANG) – O Bispo Auxiliar da Diocese de Bissau, Dom José Lampra Cá disse esperar que, com a segunda volta das presidenciais de 29 do mês corrente, o país volte a normalidade de vida, à semelhança de outros países, sem sentir inferior por maus comportamentos dos seus filhos.

Dom Lampra Cá  falava no fim de semana, em Cacheu, ao presidir a missa da peregrinação 2019, sob o lema: “Batizadu i inviadu Suma Maria, nô ianda djuntu tras di Jesus”, e co-celebrada pelos Bispos de Bissau, Dom Camnaté Na Bissing e de Bafatá, Dom Pedro Carlos Zilli.

Essa celebração  foi antecedida da  marcha de Capó à Capela de Natividade no dia 6 e 7, e a missa foi marcada pela  presença da comunidade muçulmana e juntava mais de 3 mil peregrinos vindos de diferentes partes do país e da vizinha república de Senegal.

Lampra Cá ainda disse que a escolha que irá ser feita a segunda volta das eleições presidenciais “é responsabilidade de cada cidadão”.

“Não podemos dizer para alguém fazer escolha tal, mas aquilo que fazemos é educar a consciência para uma escolha positiva. E cada um, com a sua própria cabeça, escolhe o melhor para o país”, sublinhou.

Exortou ao candidato que irá ser escolhido no próximo dia 29 do mês em curso a trabalhar para que o país possa encarar, a sério, o desenvolvimento sobretudo, o económico.

Disse que a diferença étnica e religiosa não é relevante no contexto político, justificando que é a cidadania que determina.

“As vezes são levantadas estas questões, talvez a gente não sabe qual é a especificidade da política. Na política, sobretudo na democracia representativa, o que é posto em evidência é a cidadania e não outros aspectos”,frisou Lampra Cá.

Dom Lampra sublinhou que falar na religião é uma perda de tempo, e pede aos guineenses para que tomassem como exemplo a Associação dos Líderes Religiosos, acrescentando que a religião tem o seu campo diferente da política.

Disse ainda que escolher um cristão ou muçulmano não tem validade na política, mas que se escolha  um cristão ou muçulmano com valores políticos, que seja honesto, o homem que encarna valores de cidadania  e que  pode desenvolver o país.

Disse que uma das razões da referida peregrinação é rezar para o país para que o Senhor dê ao Povo guineense um Presidente da República que vai preocupar com o país, adiantando que, só o Altíssimo conhece a consciência e o interesse de cada um.

Segundo o Vigário Pastoral de Diocese de Bissau, António Imbombo a Igreja do país está a crescer não só em número mas também  na maturidade espiritual.

“Digamos que a Igreja está a crescer quando é capaz de assumir a sua própria vida. Vejamos a contribuição dos cristãos nesse ano, que para nós é muito importante”, referiu.

Os cristãos católicos de grupos de diferentes paróquias de duas dioceses nomeadamente de Bissau e Bafatá contribuíram para a peregrinação mariana 2019, com cadeiras, guarda-sol,  entre outros materiais, que dantes eram comprados   pelas dioceses.

Imbombo desafiou ainda aos fiéis cristãos a fazeram mais gestos na peregrinação do próximo ano.

Pediu aos guineenses a colocar a Pátria em primeiro lugar, sobretudo ao que querem chegar ao alto cargo da magistratura do país, para que temem à Deus, e aconselha-os a deixarem de lado os  interesses pessoais.

Exorta aos dois concorrentes da segunda volta  a apresentarem projectos válidos para a  edificação de todos os guineenses, em toda parte do país.

Questionado sobre os 25 por cento de abstenção obtidas nas presidenciais de 24 de novembro passado, António Imbombo disse que os guineenses devem ter amor a sua terra, deixando de se abster na tomada de decisão, principalmente numa decisão crucial como as eleições.

Em 1984 iniciou a peregrinação mariana à Cacheu a pedido do primeiro Bispo de Bissau, o falecido, Dom Settímio Arturo Ferrazzeta.

O Santuário de Nossa Senhora de Natividade de Cacheu foi a primeira Igreja do país constituída pela família de Honório Barreto, antigo governador da referida região, em 08 de setembro de 1590, e esta cidade foi a primeira onde os missionários iniciaram a evangelização da Palavra de Deus, em 1590.

ANG/DMG//SG   

PNUD


    “A Guiné-Bissau não tem avançado no seu desenvolvimento humano” diz Tjark Egenhoff
 Bissau, 09 dez 19 (ANG) – O Representante residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Tjark Egenhoff disse hoje que a Guiné-Bissau não tem avançado no seu desenvolvimento humano, e que as disparidades no desenvolvimento humano se mantêm
amplas, apesar das conquistas registadas na redução de privações extremas.

Tjark Egenhoff  falava esta segunda-feira à imprensa sobre o  lançamento do Relatório de Desenvolvimento Humano 2019 que terá lugar em Bogotá, Colombia, sob o lema: “Além do rendimento, além das médias, além do tempo presente: desigualdades no desenvolvimento humano no século XXI”.

Falando da posição da Guiné-Bissau no Índice de Desenvolvimento Humano disse que constata-se  que não houve progresso, sublinhando que o país tem que esforçar mais para alcançar níveis de desenvolvimento humano e o Objectivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS) no ano 2030.

Disse que o PNUD quer continuar a ser o parceiro da Guiné-Bissau para alcançar esse objetivo.

Acrescentou que a Guiné-Bissau é um país vulnerável a perder espaços que até hoje são habitados, e que o combate a pobreza extrema continua sendo um objectivo fundamental no país.

Aquele responsável sustentou que apenas três por cento das crianças nascidas em países com um desenvolvimento baixo têm acesso ao ensino superior contra 55 por cento dos países com desenvolvimento elevado.

Segundo ele, esta situação compromete o futuro das crianças.

“A desigualdade começa ainda antes do nascimento com consequências drásticas nas oportunidades das pessoas. Por isso, as políticas públicas que tomam em conta a desigualdade precisam investir especialmente na educação, saúde e nutrição das crianças desde muito pequenas”, referiu.

Disse  que a desigualdade de renda e riqueza são frequentemente traduzidas em desigualdades política e de participação, dando mais espaços a certos grupos de interesse para tomar decisões em seu favor.

“Os privilegiados podem capturar o sistema, desenhando as suas preferências, e consequentemente promovendo uma agudização da desigualdade”, disse Tjark Egenhoff.

Segundo o relatório, a desigualdade enfraquece a coesão social, perturba a confiança no governo e nas instituições como também a confiança entre os cidadãos e impede que todos os membros de uma sociedade tenham acesso a desenvolver o seu potencial e essa desigualdade é bloqueio no caminho para o alcance dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável. ANG/DMG//SG

Política


        Movimento de Salvação do PRS declara apoio ao Domingos Simões Pereira

Bissau, 09 dez 19 (ANG) – O Movimento de Salvação  do Partido da Renovação Social e da Memória de Kumba Yala, declarou o seu apoio à candidatura de Domingos Simões Pereira à segunda volta das eleições presidenciais marcadas para  29 de dezembro de 2019.

“o movimento salvação de prs em memoria de Kamba Iala, apos uma reflexão seria e profundo, tendo como sempre o pressuposto do desenvolvimento e os interesses da Guiné-Bissau acima de tudo, decidiu tornar publico e manifestar o seu total apoio à candidatura de Domingos Simões Pereira, na segunda volta as eleições”, afirmou Ibraima Sori Djaló em conferencia de imprensa sábado, em Bissau.

Disse que  Domingos Simões Pereira é uma personalidade com profundo conhecimento da realidade guineense que nutre a simpatia da população e com experiência académica e política reconhecida nacional e internacional .

Ibraima Sori Djaló  disse que Domingos Simões Pereira está determinado e dedicado ao serviço da nação e, que, de momento, é capaz de estabelecer compromissos e criar pontes para um efectivo entendimento entre a população e contribuir para dar os passos necessarios rumo ao desenvolvimento almejado por todos.

“Por isso, chegou a hora de  fazermos a escolhe certa, porque o Domingos Simões Pereira  será o presidente que o país necessita”, afirmou.

O antigo presidente da Assembleia Nacional Popular sustenta que  o futuro politico está em grande medida ligado ao esforço conjunto de todos , na procura de uma melhor via para o fortalecimento da coesão interna enquanto guineenses.

O Partido da Renovação Social apoiou na primeira volta o candidato derrotado Nuno Nabian, líder da formação política APU-PDGB. E nesta segunda volta,o seu líder Alberto Nambeia, serviu de testemunha do acordo que o líder da APU-PDGB assinou recentemente em Dacar, no Senegal para apoiar o candidato suportado pela segunda maior força política do país, o Madem G-15, Umaro Sissoco Embaló.

Sissoco Embaló, que obteve 27 por cento dos votos na primeira volta das presidenciais, realizadas em novembro passado vai defrontar o candidato do PAIGC, Domingos Simões Pereira, vencedor da primeira volta mas com apenas  40 por cento de votos, insuficientes para se ser  presidente da república já na primeira volta.

A lei exige  50+01 por cento dos votos para se vencer logo à primeira.ANG/LPG//SG

Política


Juventude Democratica Apuana acusa Domingos Simões Pereira de tentativa de suborno ao líder  da APU-PDGB

Bissau, 09 Dez 19(ANG) – A Juventude Democrática Apuana (JUDA) acusou esta segunda-feira o presidente do Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC)  Domingos Simões Pereira de tentativa de  suborno ao líder  da Assembleia do Povo Unido- Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) com dois milhões de dólares americano,  para apoiá-lo na segunda volta da eleição presidencial.

A acusação foi feita hoje em conferência de imprensa  pelo segundo vice-presidente da JUDA,  Caustar Dafá, na qual afirmou que a juventude do referido partido vai seguir o seu líder ou seja vão apoiar na segunda volta das eleições presidenciais, o candidato do MADEM-G15 Umaro Sissoco Embalo.

Caustar Dafá  diz que o líder do PAIGC é  falso e traidor, porque segundo ele “pretende usar  Nuno Gomes Nabiam com o objectivo único de alcançar o poder e depois deixá-lo à sua sorte, como fez na nona legislatura com José Mário Vaz, Adja Satu Camará, Baciro Djá,Luís Oliveira Sanca entre outros”.

“ Antes das eleições de 10 de Março último, prometeu que, se não ganhar com maioria absoluta ou qualificada, não vai governar. O que não aconteceu pediu apoio ao líder dos apuanos para formação do governo,” disse Dafá.

Caustar Dafá  afirmou  que Domingos Simões Pereira pretende aniquilar Nuno Gomes Nabiam e o partido APU-PDGB na política e que agora  veio pedir o apoio do Nuno e APU-PDGB nesta segunda volta antes da publicação oficial dos resultados eleitorais, violando assim as regras eleitorais do país.

Disse que o Comissão Permanente de  APU-PDGB reuniu-se em Abril deste ano e reforçou o poder ao  presidente daquela formação política para negociar, apoiar, e pedir apoio de qualquer que seja força política na Guiné-Bissau, e que está decisão foi também aceite pelo Conselho Nacional do mesmo partido na sua reunião de 15 de Outubro de 2019.

É nesta base que segundo Caustar Dafé, Nuno Gomes Nabiam assinou recentemente, em Dacar, no Senegal, o acordo em nome do partido para apoiar o candidato suportado pelo MADEM-G15, Umaro Sissoco Embalo na segunda volta das eleições presidenciais , marcadas para 29 de dezembro deste ano.

 “Aquando da assinatura do Acordo de incidência parlamentar rubricado entre as duas formações não passou pela discussão e aprovação de nenhum   dos órgãos deste partido, mas,  ninguém contestou na altura e não é agora que os militantes oportunistas, infiltrados e sem consciência de gratidão vão criticar,” disse Caustar Dafé. ANG/JD/LPG//SG