“A
Guiné-Bissau não tem avançado no seu desenvolvimento humano” diz Tjark Egenhoff
Bissau, 09 dez 19 (ANG) – O Representante
residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Tjark
Egenhoff disse hoje que a Guiné-Bissau não tem avançado no seu desenvolvimento
humano, e que as disparidades no desenvolvimento humano se mantêm
amplas, apesar
das conquistas registadas na redução de privações extremas.
Tjark Egenhoff falava esta segunda-feira à imprensa sobre o lançamento do Relatório de Desenvolvimento
Humano 2019 que terá lugar em Bogotá, Colombia, sob o lema: “Além do
rendimento, além das médias, além do tempo presente: desigualdades no
desenvolvimento humano no século XXI”.
Falando da posição da
Guiné-Bissau no Índice de Desenvolvimento Humano disse que constata-se que não houve progresso, sublinhando que o
país tem que esforçar mais para alcançar níveis de desenvolvimento humano e o
Objectivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS) no ano 2030.
Disse que o PNUD quer
continuar a ser o parceiro da Guiné-Bissau para alcançar esse objetivo.
Acrescentou que a
Guiné-Bissau é um país vulnerável a perder espaços que até hoje são habitados,
e que o combate a pobreza extrema continua sendo um objectivo fundamental no
país.
Aquele responsável sustentou
que apenas três por cento das crianças nascidas em países com um
desenvolvimento baixo têm acesso ao ensino superior contra 55 por cento dos
países com desenvolvimento elevado.
Segundo ele, esta situação
compromete o futuro das crianças.
“A desigualdade começa ainda
antes do nascimento com consequências drásticas nas oportunidades das pessoas.
Por isso, as políticas públicas que tomam em conta a desigualdade precisam
investir especialmente na educação, saúde e nutrição das crianças desde muito
pequenas”, referiu.
Disse que a desigualdade de renda e riqueza são
frequentemente traduzidas em desigualdades política e de participação, dando
mais espaços a certos grupos de interesse para tomar decisões em seu favor.
“Os privilegiados podem
capturar o sistema, desenhando as suas preferências, e consequentemente promovendo
uma agudização da desigualdade”, disse Tjark Egenhoff.
Segundo o relatório, a
desigualdade enfraquece a coesão social, perturba a confiança no governo e nas
instituições como também a confiança entre os cidadãos e impede que todos os
membros de uma sociedade tenham acesso a desenvolver o seu potencial e essa
desigualdade é bloqueio no caminho para o alcance dos Objectivos de
Desenvolvimento Sustentável. ANG/DMG//SG
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