Prossegue onda de
contestação contra nova lei de nacionalidade
Bissau, 20 dez
19 (ANG) - A nova lei da nacionalidade continua a desencadear uma onda de
protestos através do país e violentos recontros entre manifestantes e as forças
policiais na Índia.
Paralelamente
restrições do acesso à rede internet são aplicadas em
várias partes da Índia,
designadamente no nordeste e no estado de Uttar Pradesh,onde reside uma
importante minoria muçulmana.
Aprovada no dia 9 de Dezembro,pelo
parlamento indiano, a nova lei da cidadania do país do sudeste asiático, que
exclui os refugiados muçulmanos residentes na Índia, provoca há mais de uma
semana, manifestações e confrontos com as forças da ordem.
A fim de conter a reacção popular, as
autoridades indianas restringiram o acesso à rede internet e mobilizaram
importantes forças policiais.
Na quinta-feira, manifestantes foram para
as ruas nos estados indianos de Uttar Pradesh, Gujarat e Karnataka. Os
contestários que desafiariam a proibição de reunião pública, decretada pelas
autoridades, acusam o Primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, de implementar
uma política anti-muçulmanos.
Em Nova Deli, capital da Índia,as forças
policiais obrigaram os manifestantes a entrar em autocarros, estações de
metropolitano foram encerradas e a rede de telemóvel foi cortada nalgumas
áreas.
As actuais manifestações foram
despoletadas pela nova lei da nacionalidade que prevê facilitar o acesso à
cidadania indiana à pessoas de três países vizinhos que fugiram de
perseguições, com excepção dos muçulmanos.
Os manifestantes, no seio dos quais estão
muitos estudantes, têm denunciado a brutalidade das forças policiais, que
operam nos últimos dias, nos estados de Uttar Pradesh e Bangalore, regiões do
nordeste, bem como em Bihar, New Deli, Haiderabade e Chennai.
Durante os protestos da semana passada
morreram seis pessoas e dezenas ficaram feridas.
A importante minoria,de 200 milhões de
indianos muçulmanos, receia que a política de Modi resulte na implementação de
um ficheiro nacional, que permitirá expulsar a partir de 2024 todos os
indivíduos considerados como infiltrados pelas autoridades. ANG/RFI
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