quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Ensino


CAAEPP-GB considera de “roubo”  cobranças de 4 mil francos CFA aos alunos  do Liceu Samora Machel

Bissau, 18 Dez 19(ANG) – O Presidente da Confederação das Associações dos Alunos das Escolas Públicas e Privadas da Guiné-Bissau (CAAEPP-GB), considerou esta quarta-feira de “roubo” as cobranças de quatro mil francos CFA para exames de segunda época aos alunos,  pela direcção do Liceu Samora Moisés Machel.

Alfa Umaro Sow que falava em conferência de imprensa afirmou que tiveram informação que o referido Liceu, depois de publicar os resultados finais, fez uma cobrança de quatro mil francos CFA para exame de segunda época que habitualmente era somente de dois mil fcfa.

Aquele responsável revelou que fizeram um inquérito em todas as escolas públicas da capital, e descobriram  que o  Liceu Samora Machel é o único que cobrou o referido montante,razão pela qual denunciaram essas cobranças ao  Ministério da Educação.

Sow criticou também o prazo limite de menos de 24 horas  dado aos alunos para que  fizessem  reclamações, frisando que a maioria ficou de fora mesmo tendo notas para transitar de classe.

“A escola não é lugar de buscar lucros ou de tirar proveitos. Em algumas escolas os professores estão a cobrar explicações  no valor de mil até cinco mil francos CFA por cada aluno, por dia, para provas de segunda época. Os que não pagarem estão sujeitos a reprovação e os que pagaram têm garantia de aprovação automática,”afirmou.

Acrescentou  que este tipo de comportamento   de alguns professores só contribui para a  degradação do sistema de ensino no país.

“Os certificados também fazem parte dessas  cobranças ilícitas por parte  das direcções das escolas públicas. Descobrimos que  cobram cinco mil francos aos alunos, enquanto que a confecção de um certificado nas gráficas não custa mais que dois mil fcfa,” frisou.

O presidente da CAAEPP-GB chamou a atenção ao Ministério da Educação para cumprir com o  Plano de Estabilização do Sistema de Ensino na Guiné-Bissau e de gestão educativo, no que tange com a matricula automática.

Em relação ao ano lectivo 2018/2019, aquele responsável estudantil disse que não foi cumprido como previsto no Plano porque devia terminar no dia vinte de Dezembro, mas que felizmente os alunos concluíram  todas as avaliações continuas  e as escolas estão prontos para publicar os resultados, porque  as provas globais não serão realizadas.

Exortou a direcção do Liceu Samora Moisés Machel a devolver dois mil francos à todos os alunos que pagaram a quantia de quatro mil,desde os de sétimo até ao nono  ano de escolaridade, “o mais rápido possível”.

 Alfa Umaro Sow pediu à todos para resolverem o problema da greve nas escolas públicas, sem guerras, mas com um diálogo franco e sério, a fim de se garantir  um sistema de ensino de qualidade.

Os professores observam uma paralisação de cinco dias iniciada segunda-feira. Reivindicam entre outros compromissos assumidos pelo governo, a implementação da Carreira Docente, já promulgado e publicado no Boletim Oficial. ANG/JD/ÂC//SG


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