Presidente
da República cessante “com lágrimas nos
olhos”, diz que nunca deixa de acreditar
na Guiné-Bissau
Bissau,31 Dez 19(ANG) – O
Presidente da República cessante afirmou hoje que nunca deixará de acreditar na
Guiné-Bissau porque é o soldado da pátria e estará sempre ao serviço do país e
do Povo guineense.
“Lá onde eu estiver, em
Bissau, ou na minha tabanca, no meu escritório ou na minha bolanha, cada cidadão,
cada dirigente, cada um que acredita na Guiné-Bissau poderá contar sempre
comigo e com a minha solidariedade fraternal”, prometeu José Mário Vaz em
lágrimas, durante a sua tradicional mensagem à Nação por ocasião do fim do ano.
O Presidente da República
cessante sublinhou que este será o sua última mensagem à Nação
por ocasião do Novo Ano, enquanto chefe de Estado, salientando que
dentro de pouco dias vamos conhecer oficialmente o resultado das eleições
presidenciais e saber quem será o novo Presidente da República da Guiné-Bissau
democraticamente eleito.
“Fazendo uma breve análise e
uma retrospectiva do meu percurso de cinco anos e meio, deixarei as minhas
funções de mais Alto Magistrado da Nação de consciência tranquila e com o
profundo sentimento do dever cumprido”, frisou.
José Mário Vaz fez questão
de afirmar que sempre agiu no exclusivo
interesse da Pátria e dos seus concidadãos, sem atender à interesses que lesam
a soberania guineense e as Leis do Estado, e que por isso, não aceitou servir
outra causa, senão para a qual foi eleito, ou seja de servir o país e ao Povo,
na base da verdade.
“Agradeço a todos os
guineenses que me acompanharam nesta caminhada para a realização dos desígnios
nacionais de Liberdade, Paz Civil e Tranquilidade Interna”, frisou.
“Nem sempre estivemos todos
de acordo, e escutamos vozes de guineenses a discordar, a insultar o Presidente
da República.Mas o mais importante para mim foi que todos puderam esgrimir as
suas razões e exercer o seu direito de
expressar livremente as suas opiniões, sem que isso provocasse perseguição,
espancamento ou outras formas de repressão como prisões arbitrárias, mortes por
razões políticas ou abandono do país
como exilados políticos”, salientou.
José Mário Vaz sublinhou que, pela primeira vez, na história da
Guiné-Bissau em 46 anos de Independência, o país não teve um Presidente da República “acima de cidadãos”,
acrescentando que desde as primeiras eleições multipartidárias em 1994, ou
seja, há 24 anos nunca antes se tinha
chegado ao termo de uma legislatura ou de um mandato presidencial sem
interrupções de ciclo político e sem golpes de Estado.
“O meu muito obrigado às
nossas Forças de Defesa e Segurança e em especial ao Chefe de Estado Maior
General das Forças Armadas, Biaguê Na Ntan e igualmente aos chefes dos Ramos,
que ao longo destes cinco anos conseguiram manter a acalmia nos quartéis e
afastar os militares das crelas políticas”, elogiou.
O Presidente da República
cessante disse acreditar que, doravante, esse será o timbre do comportamento e
da postura das Forças Armadas que têm por missão Constitucional assegurar a tranquilidade dos guineenses.
José Mário Vaz sublinhou
que 2019 foi marcado fundamentalmente
pela realização de exercício democrático, reerindo-se as eleições legislativas
e presidenciais.
“Os guineenses deram sinal
de maturidade, as nossas campanhas eleitorais bem como a ida às urnas
decorreram na normalidade, ou seja num clima de serenidade e tranquilidade”,
enalteceu.
José Mário Vaz convidou no
entanto à todos e sem excepção para que continuem serenos enquanto se aguarda os resultados oficiais das eleições presidenciais.ANG/ÂC//SG
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