terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Mensagem à Nação


Presidente da República cessante  “com lágrimas nos olhos”, diz que  nunca deixa de acreditar na Guiné-Bissau

Bissau,31 Dez 19(ANG) – O Presidente da República cessante afirmou hoje que nunca deixará de acreditar na Guiné-Bissau porque é o soldado da pátria e estará sempre ao serviço do país e do Povo guineense.

“Lá onde eu estiver, em Bissau, ou na minha tabanca, no meu escritório ou na minha bolanha, cada cidadão, cada dirigente, cada um que acredita na Guiné-Bissau poderá contar sempre comigo e com a minha solidariedade fraternal”, prometeu José Mário Vaz em lágrimas, durante a sua tradicional mensagem à Nação por ocasião do fim do ano.

O Presidente da República cessante sublinhou que este será o sua última mensagem à  Nação  por ocasião do Novo Ano, enquanto chefe de Estado, salientando que dentro de pouco dias vamos conhecer oficialmente o resultado das eleições presidenciais e saber quem será o novo Presidente da República da Guiné-Bissau democraticamente eleito.

“Fazendo uma breve análise e uma retrospectiva do meu percurso de cinco anos e meio, deixarei as minhas funções de mais Alto Magistrado da Nação de consciência tranquila e com o profundo sentimento do dever cumprido”, frisou.

José Mário Vaz fez questão de afirmar  que sempre agiu no exclusivo interesse da Pátria e dos seus concidadãos, sem atender à interesses que lesam a soberania guineense e as Leis do Estado, e que por isso, não aceitou servir outra causa, senão para a qual foi eleito, ou seja de servir o país e ao Povo, na base da verdade.

“Agradeço a todos os guineenses que me acompanharam nesta caminhada para a realização dos desígnios nacionais de Liberdade, Paz Civil e Tranquilidade Interna”, frisou.
“Nem sempre estivemos todos de acordo, e escutamos vozes de guineenses a discordar, a insultar o Presidente da República.Mas o mais importante para mim foi que todos puderam esgrimir as suas razões e exercer o seu direito  de expressar livremente as suas opiniões, sem que isso provocasse perseguição, espancamento ou outras formas de repressão como prisões arbitrárias, mortes por razões políticas  ou abandono do país como exilados políticos”, salientou.

José Mário Vaz sublinhou  que, pela primeira vez, na história da Guiné-Bissau em 46 anos de Independência, o país não teve  um Presidente da República “acima de cidadãos”, acrescentando que desde as primeiras eleições multipartidárias em 1994, ou seja, há 24 anos nunca antes se  tinha chegado ao termo de uma legislatura ou de um mandato presidencial sem interrupções de ciclo político e sem golpes de Estado.


“O meu muito obrigado às nossas Forças de Defesa e Segurança e em especial ao Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, Biaguê Na Ntan e igualmente aos chefes dos Ramos, que ao longo destes cinco anos conseguiram manter a acalmia nos quartéis e afastar os militares das crelas políticas”, elogiou.

O Presidente da República cessante disse acreditar que, doravante, esse será o timbre do comportamento e da postura das Forças Armadas que têm por missão Constitucional assegurar  a tranquilidade dos guineenses.

José Mário Vaz sublinhou que  2019 foi marcado fundamentalmente pela realização de exercício democrático, reerindo-se as eleições legislativas e presidenciais.

“Os guineenses deram sinal de maturidade, as nossas campanhas eleitorais bem como a ida às urnas decorreram na normalidade, ou seja num clima de serenidade e tranquilidade”, enalteceu.

José Mário Vaz convidou no entanto à todos e sem excepção para que continuem serenos enquanto se aguarda  os resultados oficiais  das eleições presidenciais.ANG/ÂC//SG



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