Citadinos de Bissau perspectivam pior Natal dos últimos
anos
Bissau,
24 dez 19 (ANG)- Os citadinos de capital Bissau consideram de pior o Natal 2019,
por falta de recursos financeiros,
motivado pelo não pagamento atempado de
salários aos funcionários públicos.
As
declarações feitas hoje ao repórter da ANG, que saiu às ruas de Bissau para
saber das perspectivas do Natal dos cidadãos moradores da capital.
Segundo
alguns, face essa situação,só pedem que
haja saúde e paz.
António
Pedro Delgado disse que, a sua expectativa quanto ao Natal deste ano é fraca,
porque a situação da empresa onde trabalha não está boa pelo que não vai
alimentar grandes expectativas.
"Os
funcionários têm salários atrasados, e eu como responsável na minha empresa
estou um pouco inibido de enfrentar este período de natal onde todos precisam
ter dinheiro para fazer despesas na festa," lamentou Pedro Delgado.
Ainda
disse que, não vai ter um natal tranquilo com funcionários sem receber seus salários e acrescentou
que como é festa de Cristo tem a fé que ele vai conseguir fazer com que o ano
novo seja melhorar.
Para Walter
Mendonça, o Natal deste ano é um pouco complicado por coincidir com período da
campanha eleitoral, em que toda a gente virou a atenção para a política.
Mendonça espera que seja um Natal que vai virar a página da história da Guiné-Bissau,
apesar da dificuldade financeira de momento.
"O importante é para cada um ter vida e
saúde, para que tudo corra bem e que as eleições corram bem para se poder mudar
o rumo do país e torná-la num país melhor, e sairmos, de vez, neste ciclo de instabilidade crónica e de conflitos.
Que os cidadãos façam boa escolha no dia
29 de Dezembro", realçou Mendonça.
Cátia
Correia deseja boa saúde à todos e para cada um conformar com aquilo que
conseguiu, porque na Guiné-Bissau é assim, tem que se conformar com tudo.
"Não
tenho nada até ao momento, estou a vender para ver depois se vou conseguir
comprar algo para fazer celebrar o Natal. Pelo menos um quilo de peixe para
fazer um bom caldo para comer," disse Cátia Correia.
Apela aos
Guineenses para se conformarem com aquilo que têm, e pôr a mão na consciência,
no sentido de reflectirem melhor para saber quem escolher no dia 29.
Para
Esolina Gomes, vendedeira de peixe, a dificuldade este ano é enorme devido ao
fraco poder de compra no mercado, por falta de meios financeiros dos
compradores.
"Tenho
as crianças na mão, e até hoje não tenho nem roupa para elas. Se o Estado
pagasse aos funcionários poderia haver uma família que vai me oferecer dinheiro
para comprar algo e passar bem a festa com as crianças," lamentou Esolina
Gomes.
Apela o
Estado no sentido de ajudar para que essa situação possa melhorar, e disse que
o dinheiro só está a movimentar na campanha e que os funcionários estão sem
salário.
A ANG
soube através de uma fonte do Ministério da Economia e Finanças que os salários
de novembro foram pagos aos servidores no decurso desta semana, devendo o mês
de Dezembro ser pago na próxima semana.ANG/MI/ÂC//SG
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