Governo Maduro acusa Brasil de abrigar “terroristas” após acolher militares
Bissau, 30 dez 19 (ANG) - O governo da Venezuela criticou o abrigo
dado pelo governo brasileiro aos cinco militares venezuelanos encontrados na
fronteira, noticiou a AFP. Num comunicado divulgado por Jorge Arreaza, ministro de
Relações Exteriores da Venezuela, domingo, o governo vizinho diz "rechaçar
categoricamente a decisão do governo da República Federativa do Brasil de dar
condição de refugiados a cinco terroristas".
Os militares são
acusados de um ataque registado no domingo passado, dia 22, contra uma unidade
militar no estado de Bolívar (sul).
Um militar foi morto e
fuzis e lança-foguetes foram roubados. Seis militares foram detidos.
"A República
Bolivariana da Venezuela denuncia ante a comunidade internacional esta insólita
decisão que confirma o padrão de protecção e cumplicidade de governos satélites
dos Estados Unidos para agredir a paz da Venezuela através de mercenários que
confessaram seus crimes, continua a nota.
A nota acrescenta que
sobre os quais, existe demonstrada convicção de provas, treinados, pagos e
protegidos por governos de países vizinhos.
O Itamaraty não
confirmou ter concedido status de refugiados aos militares.
O Ministério das
Relações Exteriores afirmou no sábado que os cinco militares venezuelanos que
foram localizados pelo Exército brasileiro numa reserva indígena em Roraima no
dia 26 de Dezembro iniciarão procedimentos para solicitar refúgio no Brasil,
"a exemplo de outros militares venezuelanos em situação similar".
Nenhuma nova informação
foi divulgada da parte do governo brasileiro.
Domingo, três militares
reivindicaram a autoria do ataque realizado no último dia 22. Através de um
vídeo, José Hidalgo, Franklin Caldera e Russo Cárdenas garantiram terem sido os
líderes do grupo rebelde que levou as armas, que asseguraram terem sido
utilizadas para proteger a população venezuelana.
"Nos vimos
obrigados a fazer uso da força em terra para defender e fazer respeitar nossa
Carta Magna, de quem tem sequestrado os poderes públicos da nação, por meio da
fraude e da manipulação das leis", afirmou Hidalgo, lendo um texto diante
da câmara.
Pelo ataque, 12 pessoas
foram detidas, incluindo o parlamentar de oposição Gilber Caro.
O governo liderado por
Nicolás Maduro aponta que Brasil, Colômbia, Equador e Peru foram cúmplices dos
rebeldes. Todas as nações acusadas negaram envolvimento com a acção do dia 22.ANG/Angop
Sem comentários:
Enviar um comentário