sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Ensino público


Cerca de 46 por cento dos guineenses consideram de “muito má” o sistema  nacional

Bissau, 20 dez 19 (ANG) – Os resultados do inquérito divulgado  pela Associação Nacional dos Inquiridores (ANIGB) indica que 45,1 por cento dos guineenses consideram de “muito má” o sistema de ensino, 28,0% o considera de “péssimo”, 25,1% ,de “má” e  1,7%, de “boa”.
A informação consta numa nota à imprensa da ANIGB à que a ANG teve acesso esta sexta-feira, segundo a qual os 178 chefes de famílias inquiridos do país e que não são professores, nem directores de escolas, nem funcionários da educação antes das últimas legislativas, foram solicitados a responder sobre “Como acha que está a educação na Guiné-Bissau e o que o Governo deve fazer no sector?”

O mesmo documento refere  que a região de Bolama e Quinará consideram de “bom”, o sistema nacional de educação, enquanto que as restantes regiões, inclusive o Sector Autónimo de Bissau (SAB) consideraram “negativo” o sistema.

Acrescenta que nas regiões de Gabu e Bafatá  as apreciações sobre o sistema de ensino são as mais negativas: são “péssimo” e “muito mau”, respectivamente.

No documento os inquiridos consideram que o sistema da educação está mal concebido, tem pouca qualidade, fracos resultados e que as greves promovidas pelos sindicatos em defesa dos professores também contribuíram para esta situação.

Os agregados familiares, segundo a mesma nota, afirmam que um país sem sistema de ensino não combate as desigualdades, a pobreza e nem consegue uma independência real em muitos sectores de actividade onde são precisos conhecimentos e capacidades.

Como alternativa,os inquiridos sugerem ao governo a melhoria e pagamento  à tempo de salários  aos professores, a construção e apetrechamento de  escolas com materiais didácticos  (quadros, carteiras, livros, etc) e formação contínua dos professores,  entre outros.

Segundo  o inquérito feito pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) em 2014, a taxa de escolarização líquida no ensino básico  é de 62,5%, o que significa que em cada três crianças, uma conclui o ciclo, outra começa mas não completa ou abandona, e outra nem sequer se matricula.

Os inquiridores  escolheram as famílias aleatoriamente, estratificadas por chefes homens e mulheres, em zonas urbanas e rurais, de acordo com o recenseamento de 2009.ANG/DMG/LPG//SG

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