Cerca de 46 por cento dos guineenses consideram de “muito má” o
sistema nacional
Bissau, 20 dez 19
(ANG) – Os resultados do inquérito divulgado pela Associação Nacional dos Inquiridores (ANIGB)
indica que 45,1 por cento dos guineenses consideram de “muito má” o sistema de
ensino, 28,0% o considera de “péssimo”, 25,1% ,de “má” e 1,7%, de “boa”.
A informação consta
numa nota à imprensa da ANIGB à que a ANG teve acesso esta sexta-feira, segundo
a qual os 178 chefes de famílias inquiridos do país e que não são professores, nem directores de escolas, nem funcionários da educação antes das últimas
legislativas, foram solicitados a responder sobre “Como acha que está a
educação na Guiné-Bissau e o que o Governo deve fazer no sector?”
O mesmo documento refere
que a região de Bolama e Quinará
consideram de “bom”, o sistema nacional de educação, enquanto que as restantes
regiões, inclusive o Sector Autónimo de Bissau (SAB) consideraram “negativo” o
sistema.
Acrescenta que nas
regiões de Gabu e Bafatá as apreciações sobre
o sistema de ensino são as mais negativas: são “péssimo” e “muito mau”,
respectivamente.
No documento os inquiridos consideram que o sistema da educação está mal concebido, tem pouca
qualidade, fracos resultados e que as greves promovidas pelos sindicatos em
defesa dos professores também contribuíram para esta situação.
Os agregados
familiares, segundo a mesma nota, afirmam que um país sem sistema de ensino não
combate as desigualdades, a pobreza e nem consegue uma independência real em
muitos sectores de actividade onde são precisos conhecimentos e capacidades.
Como alternativa,os inquiridos sugerem ao governo a melhoria e pagamento à tempo de salários aos professores, a construção e apetrechamento
de escolas com materiais didácticos (quadros, carteiras, livros, etc) e formação
contínua dos professores, entre outros.
Segundo o inquérito feito pelo Instituto Nacional de
Estatística (INE) em 2014, a taxa de escolarização líquida no ensino
básico é de 62,5%, o que significa que
em cada três crianças, uma conclui o ciclo, outra começa mas não completa ou
abandona, e outra nem sequer se matricula.
Os inquiridores escolheram as famílias aleatoriamente,
estratificadas por chefes homens e mulheres, em zonas urbanas e rurais, de
acordo com o recenseamento de 2009.ANG/DMG/LPG//SG
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