terça-feira, 13 de maio de 2025

Regiões/Supervisora de Vacinação contra Febre-Amarela em Canchungo pede colaboração da população local

Cacheu, 13 Mai 25 (ANG) – A Supervisora da Campanha de Vacinação contra a Febre-Amarela na área sanitária de Canchungo, região de Cacheu, norte do país, pediu esta segunda-feira a adesão dos jovens e adultos daquela localidade ao processo de vacinação, “para proteger a saúde pública”.

O pedido da Maria Jesus foi feito em entrevista ao Correspondente da ANG naquela região e foi justificada com a constatação de fraca comparência de jovens e adultos para vacinação, sobretudo nos bairros de Pendai, Cachobar, Betame e Pendingulo, da cidade de Canchungo .

A Supervisora disse que durante os dias úteis da semana vão concentrar as equipas de vacinação nas escolas públicas e privadas para atendimento de  crianças .

Maria  Jesus disse que, na área sanitária de Canchungo, prevê-se a vacinação de 31.416 pessoas de idades entre nove meses e 60 anos .

A campanha iniciada no passado dia 09 de Maio deve encerrar no próximo dia 18, em todo o território nacional com a vacinação de, pelo menos, dois milhões de pessoas.

ANG/MSC/AG/ÂC//SG



ONU/Guterres pede mais financiamento e apoio político para missões da organização

Bissau, 13 Mai 25 (ANG) - O secretário-geral da ONU pediu hoje mais financiamento e apoio político para as missões de paz, num momento em que o mundo regista o maior número de conflitos simultâneos desde que a organização foi fundada, há 80 anos.

 

“Estamos a enfrentar o maior número de conflitos desde a fundação das Nações Unidas e um número recorde de pessoas está a fugir e a atravessar fronteiras, em busca de segurança e refúgio", afirmou António Guterres, no início de uma reunião ministerial, em Berlim, para abordar a temática da paz.

Depois de observar um minuto de silêncio pelos 4.400 capacetes azuis (como são conhecidos os elementos que integram as missões de manutenção da paz da ONU) que morreram em serviço, o secretário-geral da organização destacou algumas das áreas onde são necessárias reformas.

Desde logo, é necessário estudar como as missões de paz podem operar de forma mais adaptável, flexível e resiliente e ser adaptadas a cada conflito, observou Guterres, citando, como inspiração, o plano de adaptação recentemente desenvolvido pela Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL).

Em segundo lugar, Guterres levantou a necessidade de estabelecer "regras e processos mais flexíveis" para fazer um bom uso dos "recursos, cada vez mais limitados", disponíveis para estas operações, que exigem contribuições previsíveis e duradouras, tanto financeiras como logísticas.

Isto implica, entre outras coisas, "garantir que os novos mandatos podem ser alcançados com os recursos disponíveis" e são organizados em coordenação com os Estados-membros e o Conselho de Segurança, afirmou.

Por último, Guterres sublinhou que as operações de manutenção da paz não podem ter sucesso sem uma solução política para o conflito em causa, sendo necessário mobilizar um maior apoio internacional para a alcançar.

"Procurar estas soluções políticas exige uma abordagem apropriada para conduzir as nossas operações, o que inclui apoio político unificado dos Estados-membros, uma liderança forte, tropas bem treinadas, equipamento e tecnologia", defendeu.

Os gastos em missões de manutenção da paz representam apenas 0,5% do total das despesas militares, embora estas operações continuem a estar entre as ferramentas mais eficazes e económicas para construir paz e segurança, segundo frisou o secretário-geral da ONU.

"Infelizmente, as operações de manutenção da paz estão a enfrentar graves problemas de liquidez", lamentou o ex-primeiro-ministro português, apelando a todos os Estados-membros para que respeitem as suas obrigações financeiras, pagando as suas contribuições atempadamente e na totalidade.

"Agora, mais do que nunca, o mundo precisa das Nações Unidas", concluiu.

Na quarta-feira, que será o segundo e último dia desta reunião ministerial a decorrer em Berlim, os Estados-membros participantes deverão anunciar novos contributos financeiros para as missões de paz da ONU.ANG/Lusa

 

   França/Cannes acolhe o mundo do cinema para um festival de estrelas

Bissau, 13 mai 25 (ANG) – O festival de Cinema de Cannes abre  esta terça-feira com  muitas  estrelas da sétima arte a pisar o tapete vermelho.

 Pesos pesados de França e do resto do mundo darão corpo a um certame que não deixa de fora nem África, nem a lusofonia.

O famoso actor francês Laurent Lafitte faz as honras da casa para a abertura do certame.

A não menos célebre cantora Mylène Farmer, interpreta uma música composta para o efeito.

O filme de abertura traz para o ecrã uma outra estrela da música francesa: Juliette Armanet, numa comédia romântica: a primeira longa metragem de Amélie Bonnin.

O núumero de realizadoras continua a crescer, elas são 7 nos filmes em competição oficial, contra 15 homens.

É também uma mulher a presidir o júri: a actriz gaulesa Juliette Binoche.

Como nas últimas edições a questão do assédio sexual volta a pairar sobre Cannes, com o caso do actor Gérard Depardieu, suspeito de agressão sexual à margem da rodagem de um filme, a voltar à ribalta.

A partir desta querta-feira começa a competição oficial com 22 filmes seleccionados e abrem as demais mostras paralelas deste festival de referência mundial.ANG/RFI

  Timor Leste/Presidente  diz que MP deve cumprir lei e atuar de forma isenta

 Bissau, 13 Mai 25 (ANG) - O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, afirmou hoje que o Ministério Público deve atuar com base na lei e não de forma sectária, especialmente em relação ao setor político.


"O Ministério Público deve pautar a sua atuação pelo estrito cumprimento do princípio da legalidade, evitando que processos prescrevam por inação e abstendo-se de promover a julgamento casos cuja absolvição seja previsível desde o início", disse José Ramos-Horta.

O chefe de Estado falava na cerimónia de tomada de posse do quinto procurador-geral da República do país, Nelson de Carvalho, nomeado segunda-feira por decreto presidencial e que substituiu no cargo Afonso Lopes.

Para o chefe de Estado, a judicialização não pode "estabelecer raízes em Timor-Leste" e o Ministério Público deve atuar com base nos "princípios da legalidade, objetividade, isenção e respeito à lei".

"Nesse sentido, não é admissível que atue de forma sectária, especialmente em relação aos setores políticos, com perseguições de caráter político a quaisquer setores", defendeu o Presidente.

Ramos-Horta considerou também que aquela instituição não deve ter uma "atuação incoerente", exigindo zelo e rigor para uma punição exacerbada para "determinadas personalidades políticas", enquanto para outras "dispensa-se tratamento leniente que beira a impunidade".

Na intervenção, o Presidente salientou que o Ministério Público deve também orientar-se por uma "perspetiva humanista", nomeadamente na proteção das mulheres, crianças, doentes e pessoas em situação de vulnerabilidade.

Num discurso proferido antes da intervenção de José Ramos-Horta, o novo procurador-geral da República afirmou que tudo fará para "exercer o cargo com o mais elevado sentido de serviço público".

Nelson de Carvalho apelou ao Governo para reforçar os recursos humanos do Ministério Público nos vários níveis, bem como para a necessidade de aprovar a legislação necessária para melhorar as carreiras dos funcionários daquela instituição. ANG/Lusa

 

  Alemanha/ Governo pede à Rússia para dar passo decisivo no caminho da paz

Bissau, 13 Mai 25 (ANG) - A Alemanha exortou hoje a Rússia a dar um passo decisivo para a paz, dois dias antes de conversações em Istambul para as quais o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, convidou o homólogo russo, Vladimir Putin.


"Rússia tem de dar um passo decisivo e mostrar que está disposta a sentar-se à mesa das negociações", disse o chefe da diplomacia alemã, Johann Wadephul, aos jornalistas em Berlim, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

Wadephul afirmou que Kiev "deu um grande passo em frente e está pronta para entrar em negociações incondicionais sobre um cessar-fogo e um acordo de paz".

Kiev afirmou na terça-feira que a ausência de Putin em Istambul seria o "último sinal" de que Moscovo não quer parar a guerra que iniciou em fevereiro de 2022, quando invadiu a Ucrânia.

O porta-voz do Kremlin (presidência russa) recusou-se hoje a comentar a proposta de Zelensky de se encontrar com Putin na cidade turca.

"A parte russa continua a preparar-se para as negociações que deverão ocorrer na quinta-feira. É tudo o que podemos dizer", respondeu Dmitri Peskov, quando questionado sobre a proposta de Zelensky.

"Por enquanto, não tencionamos fazer mais comentários", acrescentou Peskov, segundo a AFP.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros de vários países europeus pediram na segunda-feira à Rússia progressos "sem demora" para permitir negociações sobre uma paz "justa e duradoura" na Ucrânia e admitiram a possibilidade de novas sanções contra Moscovo.

Reunidos em Londres, os chefes da diplomacia do Reino Unido, da França, da Alemanha, da Itália, da Polónia, da Espanha e da União Europeia concordaram em tomar "medidas ambiciosas" para reduzir a capacidade russa de continuar a guerra.

As medidas passariam por limitar os rendimentos da Rússia, perturbar a chamada frota sombra com que tem torneado as sanções em vigor, aumentar o limite máximo do preço do petróleo e reduzir as restantes importações de energia russa.ANG/Lusa

                    EUA/ ONU critica deportações nos Estados Unidos

Bissau, 13 Mai 25 (ANG) - O Alto-Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos criticou hoje as expulsões de estrangeiros dos Estados Unidos, especialmente centenas de venezuelanos e outras pessoas que são enviadas para uma prisão em El Salvador.


"Esta situação levanta sérias preocupações em relação a uma vasta gama de direitos que são fundamentais tanto para o direito norte-americano como para o direito internacional, nomeadamente os direitos ao devido processo legal, à proteção contra detenções arbitrárias, à igualdade perante a lei, à proteção contra a exposição à tortura ou outros danos irreparáveis em outros Estados e a uma reparação eficaz", afirmou Volker Türk.

O Escritório das Nações Unidas para os Direitos Humanos alertou para a situação de pelo menos 245 venezuelanos e cerca de 30 salvadorenhos deportados para El Salvador e mantidos, na sua maioria, no "Centro de Confinamento do Terrorismo" (CECOT), onde o tratamento é "particularmente duro".

O Escritório da ONU, sob o comando de Volker, referiu que mais de 100 venezuelanos estão detidos nesta prisão, um símbolo das medidas adotadas pelo Governo do Presidente salvadorenho, Nayib Bukele, para combater a insegurança no país centro-americano.

A ONU afirmou que muitos dos detidos não tinham informações sobre a sua futura transferência para um país terceiro ou não conseguiram contactar um advogado ou apresentar qualquer tipo de recurso junto dos tribunais norte-americanos. Até à data, nem as autoridades dos Estados Unidos nem de El Salvador divulgaram listas oficiais de detidos.

As Nações Unidas conversaram com as famílias dos afetados, que manifestaram um sentimento de "total desamparo" e "dor" ao "verem os seus familiares rotulados e tratados como criminosos violentos, até mesmo terroristas, sem que nenhum tribunal tenha decidido sobre a validade das acusações contra eles".

"A forma como alguns foram detidos e deportados, até mesmo acorrentados, bem como a retórica degradante contra os migrantes, também foram extremamente perturbadoras", afirmou Turk.

O Alto-Comissário da ONU apelou ao Governo do Presidente norte-americano, Donald Trump, a tomar as medidas necessárias para garantir os direitos e liberdades destes indivíduos e elogiou o "papel essencial" do poder judicial e da sociedade civil dos Estados Unidos "em garantir a proteção dos direitos humanos".

O Presidente dos EUA, no entanto, criticou várias decisões tomadas pelos juízes do seu país, nomeadamente aquela que declara ilegal a utilização da Lei dos Inimigos Estrangeiros do século XVIII para deportar migrantes. ANG/Lusa

Gaza/Médicos do Mundo acusa Israel de usar desnutrição como arma de guerra

 Bissau, 13 Mai 25 (ANG) - A organização não-governamental Médicos do Mundo (MDM) criticou hoje Israel pelo bloqueio imposto ao território palestiniano, apontando que a desnutrição aguda na Faixa de Gaza está a ser usada como "arma de guerra".


Após 18 meses de guerra, a Faixa de Gaza atingiu níveis de desnutrição "comparáveis aos observados em países que enfrentam crises humanitárias prolongadas que duram décadas, como Iémen ou Nigéria", disse a organização.

Num relatório baseado em dados de seis centros de saúde de Gaza, a MDM aponta uma ligação entre o aumento das taxas de desnutrição e a diminuição dos volumes de ajuda que entram no território palestiniano.

Em novembro, por exemplo, foi observado um pico de desnutrição infantil de 17%, período que coincide com uma redução significativa no fluxo de ajuda humanitária.

A ajuda entra principalmente por corredores humanitários entre a Faixa de Gaza e Israel.

O de Rafah, na fronteira com o Egito, está inoperante desde que a cidade foi capturada pelo exército israelita na primavera de 2024.

Os volumes de ajuda têm flutuado desde o início da guerra, desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas em 07 de outubro de 2023, mas as autoridades israelitas fecharam as travessias desde 2 de março para forçar o Hamas a libertar os reféns.

O gabinete de segurança israelita estima que há "atualmente comida suficiente" em Gaza.

Mas, no terreno, as organizações de ajuda denunciam uma situação dramática.

O Programa Alimentar Mundial (PAM), por exemplo, anunciou, a 25 de abril, que tinha "esgotado o stock".

"Não estamos a testemunhar uma crise humanitária, mas uma crise de humanidade e falência moral com o uso da fome como arma de guerra", disse Jean-François Corty, presidente do MDM.

Segundo a MDM, em abril de 2025, quase uma em cada quatro crianças e uma em cada cinco mulheres grávidas ou a amamentar estavam no limite ou haviam excedido o limite para desnutrição aguda.

Na segunda-feira, um relatório do IPC (Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar) -- resultado do trabalho de organizações não governamentais, instituições e agências especializadas da ONU -- concluiu que a Faixa de Gaza enfrenta "um risco crítico de fome", com 22% da população prestes a entrar numa situação "catastrófica".

Entre 01 de abril e 10 de maio, o consórcio, que classifica o nível de insegurança alimentar em cinco níveis, classificou 1,95 milhões de pessoas (93% do total) em situação de "crise" (nível 3) "ou pior", incluindo 925 mil no nível 4 (emergência) e 244 mil pessoas em situação de desastre (nível 5).ANG/Lusa

 

segunda-feira, 12 de maio de 2025

Desporto Futebol/Sport Bissau e Benfica vence CDR Gabu por 1-0 e permanece isolado no comando da Liga Orange

Bissau, 12 Mai 25 (ANG) – O Sport Bissau e Benfica (SBB), visitou e venceu no último fim-de-semana, por 1-0, a sua congénere CDR.Gabu,  e com este resultado os encarnados  permanecem isolados no comando da Liga Orange com 06 pontos de vantagem sobre o seu perseguidor direto, a UDIB.

Os restantes encontros produziram os seguintes resultados: Flamengo de Pefine-0/Sporting Clube da Guiné-Bissau (SCGB)-0, Nuno Tristão FC.Bula-2/Arados FC.Nhacra-0, UDIB-1/Háfia FC.Bafatá-0, Portos de Bissau-0/FC.Pelundo-0, FC.Sonaco-2/Tigres de São Domingos-0, FC.Canchungo-0/Os Balantas de Mansoa-0, FC.Cuntum-0/FC.Cumura-0.

Eis a tabela classificativa após 20ª jornada da Liga Orange, a maior prova de futebol ao nível nacional:

1-Sport Bissau Benfica-47 pts                             9- Flamengo de Pefine-27 pts

2-UDIB-41 pts                                                         10-FC.Cuntum-25 pts

3-Os Balantas de Mansoa-35 pts                        11-FC.Canchungo-23 pts

4-FC.Cumura-30 pts                                             12-T.São Domingos-22 pts

5-AFC.Nhacra-29 pts                                       13-NTFC.Bula-21 pts

6-CDR.Gabú-28 pts                                          14-Hafia de Bafata-21 pts

7-Portos de Bissau-28 pts                                    15-FC.Pelundo-15 pts

8-Sporting Clube da Guiné-Bissau-28 pts        16-FC.Sonaco-12 pts.ANG/LLA/ÂC//SG

 

         

Vaticano/Papa defende libertação de jornalistas presos e liberdade de expressão

Bissau, 12 Mai 25 (ANG) - O Papa Leão XIV pediu hoje a libertação dos jornalistas presos e "a salvaguarda do bem precioso da liberdade de expressão e de imprensa", durante uma audiência com a comunicação social que acompanhou o conclave.

 

Perante milhares de jornalistas reunidos no Salão Paulo VI para a primeira audiência do seu pontificado, o primeiro Papa norte-americano disse querer "reiterar a solidariedade da Igreja para com os jornalistas presos por procurarem e reportarem a verdade", pedindo a sua libertação.

"A Igreja reconhece nestes testemunhos - penso naqueles que narram a guerra, mesmo à custa da própria vida - a coragem daqueles que defendem a dignidade, a justiça e o direito dos povos a serem informados, porque só as pessoas informadas podem tomar decisões livres", afirmou Robert Francis Prevost, na sua mensagem.

"O sofrimento destes jornalistas presos desafia a consciência das nações e da comunidade internacional e convoca-nos a todos para salvaguardar o precioso valor da liberdade de expressão e de imprensa", acrescentou.

O Papa, de 69 anos e eleito há quatro dias, iniciou a sua mensagem com as palavras: "Bem-aventurados os que trabalham pela paz", pedindo aos profissionais da imprensa que "usem um tipo diferente de comunicação, que não procure o consenso a todo o custo, que não se revista de palavras agressivas, que não abrace o modelo da competição e que nunca separe a busca da verdade do amor com que devemos procurá-la humildemente".

Para Leão XIV, a forma como comunicamos é de importância fundamental, pelo que se deve "dizer não à guerra das palavras e das imagens".

Admitindo que o mundo está "a viver tempos difíceis de navegar e de comunicar", o Papa lembrou aos jornalistas que "estão na linha da frente", quando narram conflitos e esperanças de paz ou situações de injustiça e pobreza".

Por isso, pediu-lhes que "escolham consciente e corajosamente o caminho da comunicação da paz", tendo sido aplaudido pelos jornalistas em vários momentos do discurso.

Leão XIV destacou ainda que o imenso potencial dos desenvolvimentos tecnológicos e da inteligência artificial exige responsabilidade e discernimento.

Um tema que já tinha abordado no fim de semana, quando explicou que a escolha do seu nome de Papa se deveu ao facto de acreditar que a Igreja deve enfrentar atualmente os desafios de "outra revolução industrial" que é o desenvolvimento da Inteligência Artificial.

"O Papa Leão XIII, com a histórica Encíclica 'Rerum Novarum', abordou a questão social no contexto da primeira grande revolução industrial e hoje a Igreja oferece a todos o seu legado de doutrina social para responder a uma nova revolução industrial e aos desenvolvimentos da Inteligência Artificial, que traz novos desafios na defesa da dignidade humana, da justiça e do trabalho", concluiu.ANG/Lusa

 

        Médio Oriente/ Povo de Gaza corre sério risco de morrer à fome

Bissau, 12 Mai 25 (ANG) - A população da Faixa de Gaza corre um risco sério de morrer à fome se Israel não levantar o bloqueio à ajuda humanitária e interromper a sua campanha militar, alertaram hoje especialistas em segurança alimentar.

fome total é o cenário mais provável para a região, a menos que as condições se alterem, de acordo com as conclusões da Classificação de Fases de Segurança Alimentar Integrada (conhecida como IPC), a principal autoridade internacional de avaliação da gravidade das crises de fome.

Quase meio milhão de palestinianos está em níveis "catastróficos" de fome, o que significa que enfrentam uma possível inanição, refere o relatório, adiantando que há mais outro milhão em níveis "emergenciais" de fome.

Israel proibiu a entrada de alimentos, abrigos, medicamentos e outros bens no território palestiniano nas últimas 10 semanas, apesar de ter reforçado os ataques aéreos e operações de ataque terrestres.

A população de Gaza, de cerca de 2,3 milhões de pessoas, depende quase inteiramente de ajuda externa para sobreviver, porque a campanha militar de Israel, que já dura há 19 meses, eliminou a quase totalidade da capacidade de produção de alimentos dentro do território.

O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, não comentou as conclusões do relatório do IPC.

O exército considera que entrou assistência suficiente em Gaza durante o cessar-fogo de dois meses que Israel quebrou em meados de março, quando relançou a sua campanha militar.

Segundo o Governo de Telavive, o bloqueio tem como objetivo pressionar o grupo islamita palestiniano Hamas a libertar os reféns que ainda mantém retidos na Faixa de Gaza.

Ainda assim, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, afirmou no domingo que o seu país "apoia totalmente" a iniciativa dos Estados Unidos de distribuir ajuda humanitária à região.

Há várias semanas que as Nações Unidas e as organizações não-governamentais (ONG) de ajuda humanitária no local têm alertado para a escassez de alimentos, medicamentos e combustível no território palestiniano.

Mas, na opinião do ministro israelita, o bloqueio de Israel justifica-se por o "Hamas ter roubado a ajuda ao povo e lucrado com ela. Usou-a para alimentar a sua máquina de guerra. Usou-a para preservar a sua posição de força, em detrimento da população civil", acusou Gideon Saar.

"Se a ajuda continuar a ir para o Hamas em vez ser dada ao povo de Gaza, a guerra nunca terminará", alertou.

Na sexta-feira, o embaixador norte-americano em Israel anunciou uma nova iniciativa que o seu país diz que vai implementar em breve para ajudar os palestinianos.

"Os israelitas estarão envolvidos no fornecimento da segurança militar necessária, uma vez que esta é uma zona de guerra, mas não participarão na distribuição de alimentos, nem mesmo na sua entrega a Gaza", disse.ANG/Lusa

Bélgica/UE mobiliza 100 milhões para empresas de mulheres e jovens no Quénia

Bissau, 12 Mai 25 (ANG) - O Banco Europeu de Investimento (BEI), em parceria com o Family Bank do Quénia, vai mobilizar 100 milhões de euros para financiar empresas detidas ou geridas por mulheres e jovens empresários no Quénia, segundo um acordo assinado hoje.

 

O acordo, assinado no lançamento do segundo Fórum Empresarial União Europeia (UE) - Quénia, que decorre em Nairobi, visa aumentar o fundo de maneio e o investimento de pequenas e médias empresas (PME), especialmente nos setores do comércio e da agricultura.

O BEI concederá uma linha de crédito de 50 milhões de euros ao Family Bank, que igualará o montante.

"Precisamos de impulsionar o setor privado para reforçar os setores da indústria transformadora e dos serviços, e uma das melhores formas de o fazer é apoiando o dinâmico setor das PME no Quénia, que impulsiona grande parte da economia do país", afirmou Thomas Ostros, vice-presidente do BEI, durante a sua participação no fórum.

Pelo menos 50% do financiamento destinar-se-á a empresas geridas ou detidas por mulheres e um mínimo adicional de 30% a jovens empresários.

"As PME representam mais de 80% da nossa base de clientes e as nossas receitas provenientes deste segmento continuam a aumentar, o que demonstra o forte potencial de crescimento do setor", afirmou Nancy Njau, presidente do Family Bank.

Njau sublinhou que a aliança irá permitir alargar a oferta de crédito, segmentar o mercado e responder "mais eficazmente" às necessidades específicas das PME ao longo de diferentes cadeias de valor.

A iniciativa faz parte da estratégia "Global Gateway" da UE, que promove sectores-chave para o Quénia, como o comércio, a agricultura, a indústria, os serviços e a ação climática.

Durante o discurso de abertura da segunda edição do fórum empresarial UE-Quénia, o comissário europeu do Comércio, Maros Sefcovic, afirmou, que a União Europeia (UE) quer fortalecer os seus laços comerciais com África, perante a crescente incerteza sobre o regime comercial multilateral, acentuada pelas tensões geradas pela política comercial do Presidente dos EUA, Donald Trump.

O fórum UE-Quénia, que este ano se centra no comércio digital, reúne representantes de alto nível do Governo queniano e da UE, juntamente com líderes empresariais e investidores, durante dois dias para promover o diálogo estratégico, reforçar as parcerias e facilitar o comércio bilateral.

A agenda do fórum inclui sessões plenárias centradas em áreas como o comércio eletrónico, a tecnologia 'blockchain', a inteligência artificial, os pagamentos digitais seguros e a facilitação do comércio digital.

Apesar das desigualdades sociais, o Quénia destacou-se de 2015 a 2019 como uma das economias em mais rápido desenvolvimento no continente, crescendo 5,7% ao ano durante esse período, de acordo com o Banco Mundial.

Graças à sua localização geoestratégica e às suas políticas económicas, o Quénia é frequentemente identificado pela comunidade internacional como uma potência estabilizadora no Corno de África e um parceiro fiel do Ocidente.ANG/Lusa

 

Reino Unido/Primeiro-ministro britânico anuncia medidas para reduzir imigração

Bissau, 12 Mai 25 (ANG) - Keir Starmer prometeu hoje "retomar finalmente o controlo das fronteiras do Reino Unido" ao anunciar um plano para reduzir a imigração, numa altura em que o Reino Unido assiste ao aumento da direita populista.

 Todas as áreas do sistema de imigração, incluindo os vistos de trabalho, os vistos de reagrupamento familiar e os vistos de estudo serão reforçadas para que possamos controlá-las melhor", afirmou, numa conferência de imprensa.

Starmer criticou o atual sistema de imigração "que parece quase concebido para permitir abusos, que encoraja algumas empresas a trazer trabalhadores com salários mais baixos em vez de investir nos nossos jovens". 

O discurso de Starmer foi feito para coincidir com a publicação de um Livro Branco sobre a Imigração com medidas para reduzir a imigração e "acabar com a dependência da mão de obra estrangeira". 

O Governo anunciou novas regras, nomeadamente a necessidade de os trabalhadores terem licenciaturas e salários mais elevados para obter um visto de forma a evitar o recrutamento de mão-de-obra estrangeira não qualificada. 

Outra medida anunciada foi o aumento do requisito para obter estatuto de residência permanente de cinco anos para dez anos, a não ser que demonstrem "uma contribuição efetiva e duradoura para a economia e a sociedade" e melhores conhecimentos da língua inglesa. 

Porém, certas profissões serão privilegiadas pelo Governo britânico para conceder vistos de residência e trabalho, como enfermeiros, médicos, engenheiros e especialistas em Inteligência Artificial.

Segundo o Governo, "os serviços públicos estão sobrecarregados, os custos da habitação dispararam e os empregadores trocaram o investimento na formação por mão de obra estrangeira barata". 

"Em setores como a engenharia, os estágios diminuíram quase para metade, enquanto os vistos de trabalho duplicaram", salientou, num comunicado. 

O Executivo britânico pretende também apertar as regras e estender as deportações para criminosos com penas inferiores a 12 meses de prisão, nomeadamente autores assaltos ou roubo, crimes sexuais ou violência doméstica. 

O plano anunciado hoje é visto como uma tentativa de contrariar a popularidade do Partido Reformista, de direita populista e anti-imigração, o qual ganhou as eleições autárquicas de 01 de maio, refletindo a frustração dos eleitores com este tema.  

A imigração tem sido uma questão importante no Reino Unido desde 2004, quando a União Europeia (UE) se alargou à Europa de Leste. 

Enquanto a maioria dos países da UE restringiu a imigração dos novos estados-membros por vários anos, o Reino Unido abriu imediatamente o seu mercado de trabalho, atraindo centenas de milhares de imigrantes daqueles países.

Em 2010, o então primeiro-ministro, David Cameron, comprometeu-se a reduzir o saldo migratório anual para menos de 100.000, um objetivo que quatro governos conservadores não conseguiram cumprir. 

Segundo o instituto de estatísticas Office for National Statistics, o saldo migratório anual foi de 728 mil pessoas nos 12 meses até junho de 2024, ou seja, continuam a chegar mais pessoas do que aquelas que deixam de residir no país. 

O voto para a saída do Reino Unido da UE num referendoem 2016 foi visto como um sinal de indignação dos britânicos com a incapacidade do Governo e controlar a imigração. 

Porém, o Brexit não reduziu o número de imigrantes com vistos de trabalho, de estudante e de reagrupamento familiar, apenas diminuiu o número de europeus por imigrantes de outras nacionalidades.ANG/Lusa

 

Regiões/MS lança campanha de vacinação contra febre amarela "Trícia" na região de Bolama Bijagós

Bolama, 12 Mai 25 (ANG) – O Ministério de Saúde(MS) lançou, no  fim de semana, em Bolama, a campanha Nacional de Vacinação contra Febre Amarela "Trícia" com a previsão de atingir 15.298 pessoas.

De acordo com o despacho do Correspondente da ANG na região de Bolama/ Bijagós, a cerimónia de lançamento da campanha que decorre sob o lema: “Vacine Hoje e Proteja-se por Toda a Vida”, contou com a presença das entidades religiosas, governo regional, parceiros do governo para área de saúde, e é financiada pelo  Banco Mundial, UNICEF, GAVI e OMS.

Na ocasião, Sabino Injai, Encarregado Regional de Contabilidade, em representação do Governador Regional de Bolama apelou a adesão popular à esta campanha gratuita de vacinação contra a febre amarela.

Indjai pediu  aos responsáveis das instituições públicas e privadas para que  fizessem mais trabalhos de sensibilização   nos seus locais de trabalho, bairros, e nas bancadas para que  crianças de 09 meses e adultos de até 60 anos de idade possam vacinar.

Por seu turno, a Delegada Adjunta da Região Sanitária  de Bolama, Cunná Mendes

pediu aos chefes religiosos, responsáveis das instituições estatais e privadas sedeadas na região, pais e encarregados de Educação, aos professores a maior participação na campanha.

Sublinhou que há mais de dez anos que não se fez campanha idêntica e que o povo deve arpveitar-se desta oportunidade.

Bacar Camará,  Imame  da região de Bolama/Bijagós, em representação das entidades religiosas, apelou a participação massiva da população .

Este responsável alertou a comunidade de Bolama sobre os rumores sobre essa campanha e pediu a população para seguir as recomendações dos técnicos  da saúde porque são conhecedores da matéria.

Tchumà Na M`banà, da Plataforma Política das Mulheres de Bolama, pediu todas as mães que apresentam com as suas crianças nos postos de vacinação a fim de protegeram da doença e  exortou-as sobre os rumores que correm por parte das pessoas que nâo sâo da área da saúde e pediu-lhe que haja colaboração e sensibilização à todos.

A doença de febre amarela tem como  sintoma  febre alta, pele e olhos amarelados. Para a sua prevenção é necessário fazer higiene, tirar todos os lixos perto da casa, cobrir todos os materiais da cozinha e água
de consumo.ANG/MI/ÂC//SG