quinta-feira, 27 de março de 2025

Política/Presidente da República reitera assunção dos custos das eleições gerais de Novembro pelo Governo

 Bissau, 27 Mar 25(ANG) – O Presidente da República destacou hoje que no decurso do seu mandato tornou-se regular a assunção pelo Governo, de 90 à 1000 por cento, dos custos das eleições  no país.

“Vim hoje presidir mais uma sessão ordinária do Conselho de Ministros em que foi debatido assuntos relacionados com os preparativos para eleições gerais de 23 de Novembro dentre os quais o orçamento do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral”, disse Umaro Sissoco Embaló, em declarações à imprensa, à saída da reunião do Conselho de Ministros.

Na ocasião, o chefe de Estado destacou que o Governo já tinha assumido os custos das eleições legislativas de junho de 2023, e que vai fazer a mesma coisa em relação as eleições gerais previstas 23 de Novembro próximo, tendo em conta que o país dispõem de condições internas para organizar as suas eleições sem recorrer à financiamentos  externos.

“Foi criado um Fundo de Democracia que nos permite assumir as nossas eleições, porque é uma questão de  soberania. Vamos para as eleições , devemos ver como tratar todos os itens existentes de forma a evitar os riscos”, afirmou.

O coletivo ministerial auscultou as preocupações do ministro da Administração Territorial e Poder Local e dos responsáveis do GTAPE sobre o andamento do processo eleitoral.

Abordado sobre as denúncias de maus tratos a que são sujeitos os guineenses na Mauritânia,  que alegam serem abandonados pelo Estado guineense,  Umaro Sissoco Embaló disse que  não corresponde à verdade.

“São desinformações das redes sociais. Depois de saber da situação, telefonei o meu homólogo da Mauritânia e ele afirmou-me  que existe um exagero na abordagem dessa situação, porque muitas imagens publicadas não são dos atos que aconteceram naquele país”, disse.

Acrescentou  que o próprio ministro dos Negócios Estrangeiros da Mauritânia telefonou ao seu homólogo guineense, Carlos Pinto Pereira e que os dois  abordaram o assunto, estando agora o Governo a  seguir , com muita atenção e de perto, essa situação.

Em relação aos ataques aos membros do Governo na diáspora, o Presidente da República disse  ser lamentável  e qualifica o ato de “selvajaria”.

“É uma questão de falta de educação das pessoas, atacar as pessoas sem uma justa causa. São atos vergonhosos porque isso não acontece com os cidadãos de outros países, nomeadamente os cabo-verdianos, angolanos entre outros”, frisou.

Umaro Sissoco Embalo afirmou que Moçambique  enfrenta uma crise eleitoral mais intenso do que da Guiné-Bissau, mas essas situações não acontecem com os seus governantes.

O embaixador da Guiné-Bissau em Bruxelas, que também cobre a  Suíça, Hélder Lopes Vaz  e o Secretário de Estado  da Juventude, Lesmes Mutna Freire Monteiro foram, recentemente, vítimas de agressões físicas por cidadãos guineenses residentes no estrangeiro. ANG/ÂC//SG

Comunicação Social / Diretor-geral do Jornal Nô Pintcha afirma que o jornal  cumpre seu papel de  informar  e formar opinião pública

Bissau, 27 Mar 25 (ANG) – O Diretor-geral do Jornal Nô Pintcha afirmou hoje que este jornal cumpriu e ainda cumpre o seu papel, disponibilizando aos leitores factos relevantes da atualidade, nacional e internacional e ajudando na formação de uma opinião pública informada, ativa e esclarecida.

Adulai Djaló, fez estas afirmações  em mensagem, apresentada  por ocasião dos 50 anos de existência do Nô Pintcha que hoje(27) se assinala.

Aproveitou a ocasião  para parabenizar todos os trabalhadores por mais um ano de exercício, que diz ter sido caracterizado por  sacrifícios, resiliência, empenho e dedicação dos seus “incansáveis profissionais”, que labutam, dia e noite, para manter o público informado sobre os acontecimentos do país e do mundo.

 “Volvidos 50 anos do aparecimento do primeiro e mais antigo periódico nacional, o jornal "No Pintcha" assumiu, desde logo, o propósito de oferecer aos guineenses uma informação que retratasse fielmente a nova realidade pós-independência, não só pelas mudanças verificadas a nível da sociedade, como na vida do cidadão comum, em particular”, disse Djaló.

Acrescenta que  a data impõe uma introspeção e análise profunda do percurso do órgão pioneiro da imprensa escrita guineense, e que, neste quadro, a Direção do Jornal organizou, na terça-feira, uma conferência, para a troca de experiências entre a velha e nova geração de jornalistas, um  torneio de futebol de salão envolvendo órgãos públicos e privados da comunicação social e uma exposição fotográfica  patente no Centro Cultural Franco-Bissau-Guineense.

Essas atividades, segundo Aduali Djaló, vão culminar com uma gala de confraternização a ter lugar numa data a indicar, devendo esse  evento ser animado por músicos de renome internacional, tais como Sidónio Pais, Sambala Kanuté, Abubacar Djamanca, entre outros.

Adulai Djaló disse  que os 50 anos na vida de um jornal significa um longo caminho percorrido, pelo que o   balanço é “demasiado extenso”.

“O momento é de reflexão sobre o passado,  presente e  futuro que projetamos com convicção e esperança de fazer mais e melhor, de forma a corresponder aos anseios dos  leitores, que cada vez exigem qualidade.

O Diretor-geral do Nô Pintcha afirmou que é imprescindível investir no jornal, tanto a nível de equipamentos assim como  na   qualificação profissional do pessoal.

Adulai Djaló diz estar certo de que vencidas as dificuldades de ordem técnica, material e humana, este semanário estará, sem dúvida, à altura de poder concretizar o sonho de vários anos, que é de passar , com sustentabilidade, para o bissemanário e, progressivamente, ao diário.

Djaló disse que agradece  os esforços do ministro da Comunicação Social, que traduzem as   orientações do Presidente da República, na busca de meios para dinamizar o jornal, para o tornar mais competitivo, e capaz de continuar a projetar uma imagem positiva do país, ao nível interno e além-fronteiras. ANG/LPG//SG

 

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Fonte:BCEAO


França/Presidente ucraniano pede à Europa para mostrar que sabe defender-se

 

Bissau,  27 Mar 25 (ANG) – O Presidente ucraniano exortou hoje a Europa a provar que pode defender-se, no início da cimeira dos aliados de Kiev, reunidos em Paris, na ausência dos Estados Unidos, para discutir garantias de segurança e possível acordo de paz.

 

“A Europa pode defender-se. Precisamos de o provar”, escreveu Volodymyr Zelensky nas redes sociais, acompanhando a sua mensagem com uma fotografia de família dos líderes presentes em Paris.


Cerca de 30 países – a chamada “coligação dos dispostos” - iniciaram hoje, em Paris, as discussões finais sobre “garantias de segurança” para a Ucrânia, incluindo uma possível mobilização militar europeia, como parte de um futuro acordo de paz com a Rússia.


O Presidente francês, Emmanuel Macron, convocou os líderes de quase 30 países aliados da Ucrânia a Paris para uma nova cimeira que visa finalizar as garantias de segurança a fornecer a Kiev no caso de um acordo de paz com a Rússia.


Além do seu homólogo ucraniano Volodymyr Zelensky, que já foi recebido no Palácio do Eliseu na noite de quarta-feira, onde recebeu a promessa de uma nova ajuda militar francesa de dois mil milhões de euros, Emmanuel Macron recebe, entre outros, os primeiro-ministros português, Luís Montenegro, britânico, Keir Starmer, italiana, Giorgia Meloni, o chanceler alemão, Olaf Scholz, e o vice-presidente turco Cevdet Yilmaz.


O chefe da NATO, Mark Rutte, também é esperado, assim como outros líderes da União Europeia.


Depois de uma série de reuniões políticas e militares organizadas sucessivamente desde meados de fevereiro por Paris e Londres, chegou o momento de “tirar conclusões operacionais”, explicou a presidência francesa.


A dupla franco-britânica está a liderar o processo paralelo de negociações iniciadas pelos Estados Unidos de Donald Trump com Kiev, de um lado, e Moscovo, do outro, para pôr fim à guerra três anos após a invasão russa da Ucrânia.


Na terça-feira, após negociações na Arábia Saudita mediadas por Washington, foi anunciado um acordo, sujeito a condições, para uma trégua no Mar Negro e uma moratória sobre ataques contra instalações energéticas.


Mas, desde quarta-feira, as autoridades russas e ucranianas acusam-se mutuamente de quererem perturbar este acordo inicial, com Moscovo a acusar Kiev de ter lançado operações contra instalações energéticas.


E apesar das intensas reuniões diplomáticas das últimas semanas, os militares sul-coreanos acusaram, na quinta-feira, a Coreia do Norte de ter mobilizado mais 3.000 soldados desde o início do ano para apoio da invasão russa, além dos 11.000 já enviados, e de continuar a fornecer armas a Moscovo.


O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, em viagem à Jamaica, reconheceu na quarta-feira que chegar a um acordo de paz “não será fácil” e “levará tempo”, moderando o otimismo manifestado durante semanas por Donald Trump.


Para Emmanuel Macron, ao continuar a atacar a Ucrânia, a Rússia “mostrou a sua vontade de continuar a guerra”, considerando que é “demasiado cedo” para pensar num levantamento das sanções a Moscovo.


“A Rússia está a ganhar tempo, temos de continuar a manter a pressão”, acrescentou o Presidente ucraniano na quarta-feira à noite.


Os dois responsáveis pediram que Moscovo aceitasse um cessar-fogo completo de 30 dias “sem condições prévias”.


A maioria dos países da União Europeia (UE) e da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) quer finalizar as decisões sobre “garantias de segurança” para a Ucrânia, sem esperar pela mediação norte-americana.


Segundo Londres e Paris, estas garantias podem assumir formas muito variadas: na “linha da frente”, a ajuda ao próprio exército ucraniano e, na segunda e mais discutida linha, a possibilidade de enviar uma “força de segurança” para a Ucrânia, composta por países europeus voluntários, no âmbito de um acordo de paz.

ANG/Inforpress/Lusa

 

        Regiões/ Técnicos de saúde de Bafatá prevêm greve de cinco dias

Bafatá, 27 Mar 25(ANG) – Os  técnicos de saúde afetos ao Hospital Regional de Bafatá, leste do país, prevêm a realização de uma greve de cinco dias,  a partir do próximo dia 31.

Segundo a Rádio Sol Mansi, em causa está  a mudança da atual direção do Hospital,  a não realização de uma auditoria financeira referente ao período de Maio de 2024 à Março de 2025, a não apresentação do plano orçamental e do caderno de receitas e despesas, bem como  do relatório financeiro de Janeiro à Fevereiro de 2025, com os respetivos justificativos.

O pré-aviso já foi entregue ao Ministério da Saúde Pública .

Nos últimos tempos, a unidade tem-se destacado pela realização de cirurgias bem-sucedidas, facto que terá originado o  aumentado da afluência popular àquele estabelecimento hospitalar. ANG/JD/ÂC//SG

Ecosistema/FAO alerta que um terço das espécies de árvores no mundo sofre ameaça de extinção

Bissau, 27 Mar 25 (ANG) - A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) alertou recentemente  que um terço das espécies de árvores no   mundo sofre  ameaça de extinção, incluindo  espécies raras das zonas tropicais.

O alerta foi tornado público através do  relatório  da FAO publicado, quarta-feira, à que a ANG teve acesso.

A FAO  chama a atenção sobre a necessidade  de aumentar a consciencialização das populações sobre a preservação das espécies florestais.

“Este é o primeiro  relatório desde o lançamento, em 2013, do Plano de Ação Global para assegurar a conservação e o uso sustentável dos recursos genéticos florestais (FGR), iniciado pela FAO, em que se recolheu dados de 77 países, que representam 77% das florestas: das 58.000 espécies existentes no mundo, 30% estão ameaçadas, especialmente as espécies raras das zonas tropicais”, lê-se no relatório de FAO.

Para esta organização da ONU, a preservação é crucial para a segurança alimentar e para os ecossistemas.

“Investir nos recursos genéticos florestais e geri-los de forma sustentável vai permitir que as florestas do mundo se adaptem às alterações climáticas, aumentando a produtividade e desenvolvendo novos produtos”, refere o Diretor-geral da FAO, Qu Dongyu, no prefácio do relatório.

A FAO considerou também que os esforços para garantir a conservação e a reprodução das espécies continuam a ser limitados, existindo lacunas na cooperação internacional, tendo informado que o Plano de Ação Mundial define 27 prioridades para a salvaguarda dos recursos florestais, e que as suas aplicações  pelos governos é voluntária e não vinculativa.

Um outro relatório da FAO publicado no dia 24 de Março em curso que trata dos  recursos genéticos das plantas utilizadas na alimentação e na agricultura, sublinhou igualmente a perda de diversidade.

“Das 6.000 espécies cultivadas para a agricultura, nove culturas (cana-de-açúcar, milho, arroz, trigo, batata, soja, dendê, beterraba sacarina e mandioca) são responsáveis, por si só, por mais de 60% da produção agrícola mundial nos últimos anos”, refere.

Segundo o  relatório baseado em informações fornecidas por 128 países, o mundo está a enfrentar um aumento da fome, da subnutrição e da pobreza, exacerbado pela perda de biodiversidade, pelas alterações climáticas, pela degradação dos solos e pelos conflitos. ANG/AALS/ÂC//SG

       Brasil/Jair Bolsonaro é acusado de tentativa de golpe de Estado

Bissau, 27 Mar 25 (ANG) - Jair Bolsonaro está oficialmente acusado de tentativa de golpe de Estado após os juizes do Supremo Tribunal Federal se terem exprimido favoravelmente.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, disse na terça-feira que há provas em como Bolsonaro tentou causar "uma ruptura da ordem democrática no país".

A decisão de acusar formalmente ou não o ex-líder brasileiro estava nas mãos de cinco dos 11 ministros do Tribunal, incluindo Alexandre de Moraes. Todos votaram favoralvelmente a acusação do antigo Presidente e apresentaram argumentos de peso para julgar os factos imputados a Jair Bolsonaro, chegando a comparar o seu mandato com a ditadura militar.

Quarta-feira, dia fulcral para a sua acusação, Bolsonaro decidiu não estar presente na sessão, e com a confirmação da sua acusação pode enfrentar uma pena acumulada de até 40 anos de prisão.

Na terça-feira, Paulo Gonet acusou Jair Bolsonaro de liderar uma organização criminosa que tentou impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após a derrota nas eleições de 2022 e até o assassinato de Lula e do ministro Alexandre de Moraes, um dos decisores neste processo de acusação.

Ainda na terça-feira, antes de Bolsonaro assistir ao primeiro dia desta sessão, o antifo líder braisleiro disse tratar-se "da maior perseguição político-judicial da história do Brasil, motivada por inconfessáveis desejos, por vaidades e por claros interesses políticos de impedir" que ele participe na eleição de 2026. Bolsonaro é inelegível até 2030 por ter propagado dúvidas sobre o sistema de votação eletrónica, mas considera que a sua pena nesse caso seja reduzida para poder concorrer em 2026.

Estão ainda acusadas outras sete pessoas, incluindo ex-ministros como Walter Braga Netto (Defesa), Anderson Torres (Justiça) e um ex-comandante da Marinha.

ANG/RFI

 

Tóquio/Lula diz que Trump "não é o xerife do mundo" e ameaça tarifas recíprocas do Brasil

 

Bissau, 27 Mar 25(ANG) – O Presidente brasileiro, Lula da Silva, criticou hoje o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, que “não é o xerife do mundo”, segundo Lula, ameaçando reagir com “reciprocidade” às tarifas dos EUA sobre as importações de aço brasileiro.

Numa conferência de imprensa hoje em Tóquio, durante a sua visita de Estado, Luiz Inácio Lula da Silva disse que o Brasil tem “duas decisões a tomar” em resposta às tarifas de 25% que entraram em vigor este mês: a primeira é recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) e, se isso não funcionar, “recorrer a outras ferramentas”.


Lula mencionou especificamente a opção de “aumentar as tarifas sobre os produtos americanos” importados pelo Brasil, o que definiu como “pôr em prática a lei da reciprocidade”.


“O que não podemos fazer é ficar calados, achando que só eles podem impor tarifas”, disse.

“Estou muito preocupado com a política do Governo americano por causa dessas tarifas sobre todos os produtos de todos os países”, disse ainda Lula à imprensa em Tóquio, no final da sua visita, quando questionado sobre as novas tarifas de 25% sobre todos os automóveis importados pelos EUA a partir de 02 de abril, anunciadas na véspera por Trump.


“Estou preocupado porque o livre comércio é que está a ser prejudicado, porque o multilateralismo está a ser derrotado, e estou preocupado porque o Presidente americano não é o xerife do mundo, é apenas o Presidente dos Estados Unidos”, sublinhou o líder de esquerda.


Em vez de impor “medidas unilaterais”, Lula considera que seria mais adequado “conversar com outros líderes” para chegar a acordo sobre políticas de preços benéficas para todas as partes.


“Sinceramente, não sei qual é o benefício de aumentar em 25% as tarifas sobre os carros comprados no Japão”, disse o líder brasileiro sobre o país asiático, um dos mais atingidos pelas novas medidas comerciais dos Estados Unidos, dado o peso da sua indústria automóvel.


“A única coisa que isso vai fazer é tornar os carros mais caros para os consumidores americanos e aumentar a inflação”, disse Lula, que também apontou o risco de os preços mais altos levarem a uma contração económica.


Lula chegou ao Japão na segunda-feira para uma visita de Estado de quatro dias, que termina hoje, antes de seguir para o Vietname, onde deverá encontrar-se com o primeiro-ministro vietnamita, Pham Minh Chinh, e com o Presidente vietnamita, Luong Cuong, a partir de sexta-feira.


Numa cimeira realizada na véspera com o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, os dois líderes concordaram em lançar iniciativas conjuntas de descarbonização e reforçar os laços comerciais, com um futuro acordo de comércio livre entre o país asiático e o Mercosul no horizonte e no atual contexto de guerra comercial e negacionismo climático.


Durante a visita, o Presidente brasileiro sublinhou a mensagem de que a democracia, o comércio livre e o multilateralismo estão em perigo a nível mundial perante o aumento do protecionismo, do autoritarismo e da “nova guerra fria” entre os Estados Unidos e a China.

ANG/Inforpress/Lusa

 

 

    Gâmbia/CEDEAO quer 10 milhões de turistas intracomunitários até 2029

 

Bissau, 27 Mar 25 (ANG)  - A Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) anunciou recentemente que pretende alcançar até 2029 um volume anual de 10 milhões de turistas dentro deste espaço geográfico, que inclui Cabo Verde e Guiné-Bissau.


"O director do Sector Privado da CADEAO, Anthony Elumelu, reiterou a ambição da região de alcançar, até 2029, um volume anual de 10 milhões de movimentos turísticos intracomunitários e sublinhou a importância da implementação coerente das políticas regionais”, lê-se num comunicado distribuído hoje, no final de um atelier regional sobre turismo responsável e livre circulação de pessoas.


Essas políticas, acrescenta, devem estar assentes em ações “que beneficiem diretamente os cidadãos, com particular enfoque na juventude e nas mulheres, promovendo simultaneamente a competitividade regional através de normas harmonizadas e de uma cooperação transfronteiriça reforçada".


A CEDEAO refere, no comunicado distribuído no final da reunião na Gâmbia, que "o setor do turismo contribui com cerca de 85 milhões de dólares [quase 79 milhões de euros] por ano para a economia, representando aproximadamente 20% do Produto Interno Bruto (PIB), e assegura mais de 42 mil empregos diretos, além de 40 mil postos de trabalho indiretos" neste país africano, perto de Cabo Verde e da Guiné-Bissau.


"Esta iniciativa estratégica constitui um marco fundamental na implementação da Política Regional de Turismo da CEDEAO (ECOTOUR 2021–2030), reafirmando o compromisso da Comissão em posicionar o turismo como vetor de integração regional, criação de emprego e desenvolvimento sustentável na África Ocidental", aponta-se também no comunicado.


Na sessão de encerramento, os responsáveis da CEDEAO salientaram também "a necessidade de reforçar a colaboração institucional com os serviços de imigração e de gestão de fronteiras, bem como a introdução de exercícios de simulação transfronteiriça, com vista a testar e consolidar a eficácia operacional do Protocolo da CEDEAO sobre a Livre Circulação de Pessoas, Bens e Serviços", diz-se ainda no comunicado.


A CEDEAO é composta, para além dos lusófonos Cabo Verde e Guiné-Bissau, pelo Senegal, Gâmbia, Mali, Níger, Nigéria, Benim, Togo, Gana, Costa do Marfim, Libéria, Burkina Faso, Serra Leoa e Guiné-Conacri.

ANG/Inforpress/Lusa

 

quarta-feira, 26 de março de 2025

Caju/Ministério do Comércio nega alteração da estrutura de custos para a comercialização da castanha no presente ano

Bissau, 26 Mar 25(ANG) – O Ministério do Comércio e Indústria refutou as acusações preferidas por uma franja do Sector Privado guineense, segundo a qual a estrutura de custos para a presente campanha de comercialização da castanha de caju foi alterada.

Em conferência de imprensa realizada hoje, os diretores-gerais do Comércio Interno e Externo, do Ministério do Comércio e Indústria, respetivamente Abdulai Mané e Lassana Fati, negaram  que as estruturas de custo tenham sido alteradas e disseram que são as mesmas que as do ano passado.

Lássana Fati  disse que a estrutura de custos em vigor foi aprovada por  Decreto número 7/2025 do Conselho de Ministros e  estipula que o preço de referência ao produtor é de 410 francos CFA ao quilo.

Acrescentou que o mesmo Decreto estipula que a licença de escoamento de castanha das oito regiões do país para a capital Bissau é de 150 mil francos CFA, a licença de exportação é de um milhão e meio de francos CFA por tonelada e a licença de abertura de postos de comercialização é de  15 mil francos cfa.

Segundo Abdulai Mané, Diretor Geral de Comércio Interno a licença de escoamento permite ao comerciante transportar a castanha de caju de um lugar para outro, e com base nas inovações feitas no ano passado decidiu-se  emitir uma licença única, no valor de 150 mil francos CFA, que permite ao  operador  comprar o caju em todas as localidades do país.

“A  definição das condições de emissão de licenças é uma prerrogativa do Estado, e  acontece no setor das pescas, minas, energia entre outros, e nunca o Governo se sentou com os interessados para negociar as referidas condições”, disse Abdulai Mané.

Para a presente campanha de comercialização da castanha de caju 2025, segundo Lássana Fati, o Governo introduziu uma novidade que se traduziu na  criação  da Taxa de Desenvolvimento Regional, e que irá beneficiar de 1 franco CFA  por cada tonelada de castanha exportada, para minimizar as diferentes dificuldades com que se deparam as regiões.

O Setor Privado no geral irá beneficiar de 2,5 francos CFA por cada tonelada de caju exportado para investir nas necessidades operacionais.

Em relação ao ponto de situação da campanha de comercialização do ano em curso, os dois responsáveis afirmam que tudo está a decorrer num bom ritmo, e afirmam não existir nenhuma localidade do país em que a castanha está a ser comprada ao preço menor que o estipulado oficialmente, 410 fcfa ,o quilo , na compra direta ao produtor. ANG/ÂC//SG

Desportos/ Guiné-Bissau participa na primeira corrida de Esqui  Internacional - “Taça de Caju da G-B”

Bissau, 26 Mar 2 5(ANG) – A Guiné-Bissau marcou momentos histórico em Arisseni, (Roménia) no dia 23 deste mês com a participação  na primeira corrida da  “Copa do Caju da Guiné-Bissau”, que reuniu  atletas do mundo para uma corrida de Esqui Inovadora da FIS Entry League.

Segundo um comunicado  à imprensa enviado hoje á ANG, a competição inclui duas  corridas de Slalom masculino e feminino, com talentos emergentes  a apresentarem “performances impressionantes”, nas pistas.

Segundo o comunicado, o que tornou o  evento “verdadeiramente especial” foi a  visão dos seus promotores.

   A Guiné-Bissau, como uma nação africana mais conhecida por suas exportações de castanha de caju do que pelos desportos de inverno, deu um passo ousado na premiação do Esqui e dos desportos  de neve como  parte de seu compromisso com o desenvolvimento da juventude, o intercâmbio internacional e a diversidade desportiva”, refere a nota.

A Taça Caju da Guiné-Bissau, contou com a participação de 16 países, e segundo os promotores do evento, representa a ambição do país de inspirar a participação em desportos de  inverno, em regiões  não tradicionais e manter uma colaboração internacional por meio do desporto.

“Este evento demonstra que os desportos de  inverno não têm fronteiras”, diz o Secretário-geral da FDIGB Thomas Tang.

A FDIGB foi fundada em 2024 na Guiné-Bissau e tem como missão inspirar e desenvolver o desporto de inverno numa  nação tropical.

Logo no seu primeiro ano, a Federação cresceu para mais de 500 membros, refletindo o  entusiasmo e apoio ao esqui, snowboaed e outras disciplinas de inverno.

A FDIGB se dedica a promoção de  oportunidades para atletas de todas as idades, promoção de parcerias internacionais e demonstração de  que os desportos  de inverno  podem transcender a geografia, por meio de iniciativas como a Copa do Caju da Guiné-Bissau e a participação em eventos internacionais.

A FDIGB visa também promover a diversidade, a inclusão e a cooperação global de atletismo de inverno. ANG/JD/ÂC//SG