quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

  Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara.Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

Mensagem à Nação/ Umaro Sissoco Embaló nega ser mais um Presidente de República entregue à sua rotina como tantos outros

Bissau,31 Dez.20(ANG) – O Presidente da República disse em mensagem à Nação por ocasião de  fim de ano que vai negar ser apenas mais um presidente de turno, entregue à sua rotina, à velha tradição de um exercício presidencial “muito próximo de irrelevância”.

 “Ganhei a disputa eleitoral. Mas não é para me tornar, simplesmente, mais um presidente de turno, entregue à sua rotina, à velha tradição de um exercício presidencial muito próximo da irrelevância”, disse Umaro Sissoco Embalo na  tradicional mensagem à Nação de  fim de ano.

O Presidente da República disse que ganhou para mudar, para reformar, para retirar a Guiné-Bissau do ponto-morto em que se encontrava há décadas, respeitando os preceitos constitucionais.

 “Posso afirmar, sem qualquer exagero, que os meus dez primeiros meses de mandato já forneceram bastantes provas de que a situação está a mudar e vai continuar a mudar para corresponder as legítimas aspirações dos guineenses”, destacou o Chefe de Estado.

Sissoco Embaló disse que, com o novo ciclo político, já em curso, o ano 2021 marca também o início de uma década, a de 2021-2030, que será de 10 anos de “grandes desafios”.

Afirmou que será um tempo desafiante para que a sua geração, que denomina de “Geração de Concreto”,  deixe legados de uma Guiné-Bissau  diferente, de desenvolvimento económico e de justiça social.

“Como aconteceu e ainda está a acontecer no mundo, a Guiné-Bissau também não escapou aos graves efeitos da pandemia da Covid-19. O estado de saúde da população guineense, o desempenho escolar das crianças e jovens, a actividade económica entre outras, todas foram atingidas com maior ou menor intensidade”, referiu.

O Presidente da República sublinhou que, sendo a Guiné-Bissau um país pobre e, decorrente disso, com um sistema de saúde pública longe de ser completamente resiliente aos choques da pandemia, o Estado não poupou esforços, desde o início, para debelar e controlar a anunciada crise sanitária.

“Foi criada, por decreto presidencial, a Alta Autoridade de Luta contra a Covid-19, que permitiu agilizar, no plano funcional, quer o acompanhamento, quer a resposta aos riscos e às ameaças derivadas da evolução da pandemia”, frisou.

Felicitou  em particular, a presença,  no terreno, de um Missão Médica Cubana, que veio reavivar os profundos laços de solidariedade que ligam os povos guineense e cubano, desde a luta de libertação nacional.

“Aos profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, auxiliares, quero deixar, em nome do Povo da Guiné-Bissau, o meu reconhecimento pelo esforço consentido e por tudo  que fizeram para, no contexto difícil da pandemia, correr riscos, tratar doentes e salvar vidas”,disse Umaro Sissoco Embaló.

O Chefe de Estado desejou que  2021 seja ano de celebração da unidade nacional e de orgulho de ser Guineense. ANG/ÂC//SG

 

 

ONU/Comissão  diz que Holanda violou direito de criança sem pátria à proteção

Bissau, 31 Dez 20 (ANG) - Um registro de nascimento, uma decisão judicial e um veredicto, assim se resume o caso do bebê “Denny”, nascido na cidade holandesa de Utrecht, em 2010. 

A mãe, uma chinesa de 21 anos, teria sido traficada para os Países Baixos ou Holanda em 2004 quando tinha apenas 15 anos de idade, e forçada a se prostituir.  Quatro anos depois, ela conseguiu fugir das mãos dos traficantes de seres humanos e contou à polícia o que tinha acontecido.

O status dela no país foi classificado de “estrangeira ilegal”. A polícia arquivou o caso por não ter conseguido identificar os criminosos. Quando deu à luz um bebê, ele recebeu uma certidão de nascimento do Registro de Dados Pessoais da Municipalidade Holandesa como “nacionalidade desconhecida”.

A mãe foi abandonada pelos pais na China logo após o nascimento e ela mesma não tinha certidão. Sem o documento, não podia obter um passaporte chinês. Sem poder comprovar a nacionalidade dela ou a da criança, de acordo com a lei holandesa, ficava impossível trocar o status do bebê para apátrida, ou seja: aquele que não tem pátria.

Com o impasse sob a lei da Holanda, a mãe de Denny entrou com uma petição perante a Comissão de Direitos Humanos da ONU em 2016. Após o órgão decidir que as autoridades violaram o direito do menor de receber proteção, a mãe e o bebê foram viver num centro para requerentes de asilo que têm crianças. 

No local, eles não têm contato com a sociedade holandesa e estão sob permanente ameaça de deportação. Um dos membros do Comitê da ONU lembrou que os países têm a responsabilidade de assegurar que crianças sem um Estado, mas que vivam em seu território, e que não têm a possibilidade de adquirir outra nacionalidade, serão protegidas.

Segundo o Departamento Central de Estatísticas da Holanda, 13.169 crianças menores de 10 anos estão registradas como “nacionalidade desconhecida”, muitas delas nascidos nos Países Baixos.

A Comissão da ONU pediu às autoridades holandesas para rever as decisões sobre a solicitação em nome do bebê Denny de ser reconhecido como “apátrida” no registro civil do país, e o pedido para que ele se torne cidadão holandês.

Os integrantes do grupo também instaram o país a rever sua legislação sobre elegibilidade para solicitação de cidadania holandesa.ANG/ONU NEWS

   Caso Alex Saab/PR  diz que homólogo venezuelano pediu sua intervenção  

 Bissau, 31 Dez 20 (ANG) – O Presidente  Umaro Sissoco Embaló, revelou quarta-feira ter sido “por várias vezes” contacto pelo seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro, no sentido de ajudar a resolver o caso do cidadão colombiano Alex Saab, detido em Cabo Verde.

Saab, de 48 anos, foi detido pela polícia cabo-verdiana em colaboração com a Interpol no cumprimento de um mandado de captura internacional emitido contra si pelos Estados Unidos de América (EUA) que agora querem a sua extradição.

Alex Saab é cidadão colombiano, mas também tem a nacionalidade da Venezuela.

O Presidente guineense, que  fez um balanço do ano, desmentiu que tenha sido, alguma vez, contactado pelas autoridades colombianas sobre o caso relacionado com Alex Saab.

Instado a comentar informações que circulam nos meios políticos e diplomáticos na Guiné-Bissau, segundo as quais a Colômbia estaria a pedir o apoio de Umaro Sissoco Embaló no sentido de facilitar a libertação de Alex Saab, o Presidente guineense desmentiu as alegações.

“Estou a ouvir isso pela primeira vez. Não existe nenhum pedido formal da Colômbia nesse sentido para a Guiné-Bissau”, afirmou Sissoco Embaló, para esclarecer que da parte da Venezuela tem havido contactos.

“Agora o que é verdade é que o Presidente Nicolás Maduro ligou-me várias vezes para pedir-me que interceda junto dos irmãos cabo-verdianos sobre o cidadão venezuelano que está detido em Cabo Verde e que está com um mandado de captura internacional emitido pelos americanos”, declarou Embaló.

Para o Presidente guineense, o pedido de apoio de Nicolás Maduro nesse sentido “é um bom sinal”, porque demonstra que a Guiné-Bissau “conta para alguma coisa”.

Umaro Sissoco Embaló disse ser normal que Maduro fale com o Presidente da Guiné-Bissau como também falou o Presidente (Vladimir) Putin da Rússia, o Presidente de Cuba e de outros países, destacou.

Embaló realçou aquilo que disse ter afirmado na sua recente visita privada a França, que a Guiné-Bissau “é feita de pessoas de bem” e que está disponível em tudo o que possa servir para trazer a paz no mundo.

Alex Saab foi detido em 12 de Junho pela Interpol e pelas autoridades cabo-verdianas, durante uma escala técnica no Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, na ilha do Sal, com base num mandado de captura internacional emitido pelos EUA que o consideram um testa-de-ferro do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. ANG/Inforpress/Lusa



Saúde pública/OMS pede maior vigilância em África para novas variantes da Covid-19

Bissau, 31 Dez 20 (ANG) - A Organização Mundial da Saúde, OMS, pede aos países africanos que aumentem a vigilância para detectar novas mutações do Covid-19 e fortalecer os esforços para conter a pandemia. 

Recentemente, foram notificadas novas variantes que aparentam um maior grau de contaminação na Nigéria e na África do Sul.  

No caso sul-africano, a variante é diferente da identificada no Reino Unido. Neste momento, está sendo realizada uma análise mais aprofundada para compreender a mutação. 

Já a Nigéria investiga uma variante identificada em amostras coletadas em agosto e outubro no país. 

Em comunicado, a diretora regional da OMS para a África, Matshidiso Moeti, disse que “o surgimento de novas variantes é comum”, mas avisou que “aquelas com maior velocidade de transmissão ou níveis de patógenos são muito preocupantes.” 

Segundo ela, as investigações em curso são “cruciais para compreender de forma abrangente o comportamento do vírus e orientar a resposta adequada.” 

Em setembro, a OMS e os Centros Africanos para Controle e Prevenção de Doenças lançaram uma rede de 12 laboratórios na África para reforçar o sequenciamento do genoma da Sars-CoV-2, conhecida como Covid-19. 

Até 23 de dezembro, 4.948 sequenciamentos haviam sido feitos representando apenas 2% do total global. 

A África do Sul, que realizou a maior parte desse trabalho, identificou 35 cepas do vírus e a Nigéria 18. Segundo a OMS, este esforço é importante para mostrar a ligação e importação do vírus entre países. 

O Escritório Regional da agência está fornecendo orientação técnica e mobilizando apoio financeiro para acelerar o sequenciamento na maioria dos países da região. O Escritório também assiste os Estados-membros que não possuem instalações especializadas no envio de amostras para laboratórios de referência.  

Moeti disse que esse trabalho de vigilância é essencial na resposta à pandemia, mas medidas de saúde pública, como lavagem das mãos, distanciamento físico e uso de máscaras, continuam sendo fundamentais.  

As novas variantes surgem num momento em que as infecções estão aumentando nos 47 países da região, chegando perto do pico visto em julho. 

Nos últimos 28 dias, Argélia, Botsuana, Burkina Fasso, República Democrática do Congo, Etiópia, Quênia, Namíbia, Nigéria, África do Sul e Uganda relataram aumento de casos que concentram 90% de todas as infecções na região. ANG/ONU NEWS

 

Covid-19/ “Grande desafio de 2021 é juntar 4 mil milhões para vacinas”, diz a OMS

Bissau, 31 Dez 20 (ANG) – A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou que o grande desafio no combate à pandemia da covid-19 em 2021 é juntar os quatro mil milhões de dólares que considera necessários para garantir acesso a vacinas para os países mais pobres.


Numa mensagem vídeo divulgada hoje, o director-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, apontou as vacinas já aprovadas e as restantes candidatas em avaliação como “a grande esperança para virar o curso da pandemia”, mas para isso é preciso “garantir que todas as pessoas em risco em todo o Mundo sejam imunizadas”.

A iniciativa global de partilha e acesso equitativo às vacinas promovida pela OMS, a Covax, “precisa de mais de quatro mil milhões de dólares urgentemente para comprar vacinas para os países de baixos e médios rendimentos”, reiterou.

“É o desafio que precisamos de superar no novo ano”, considerou, indicando que o objectivo é garantir o acesso a dois mil milhões de doses das várias vacinas candidatas contra o novo coronavírus.

Ghebreysesus declarou que há “uma escolha simples mas profunda” a fazer no próximo ano: “ignoramos as lições de 2020 e deixamos prevalecer a insularidade, sectarismo, teorias da conspiração e ataques à Ciência ou caminhamos juntos os últimos quilómetros desta crise, partilhando as vacinas de forma justa?”.

“Em 2020 vimos como as divisões políticas e entre comunidades alimentam o vírus e fomentam crises”, lamentou.

Como vai levar tempo para concretizar uma campanha global de vacinação em massa, será preciso continuar a cumprir medidas de distanciamento físico, uso de máscara, etiqueta respiratória e higiene das mãos, insistiu.

Na véspera do aniversário do primeiro anúncio de casos de “pneumonia de origem desconhecida” na cidade chinesa de Wuhan, que viriam a descobrir-se ser provocados pelo SARS-CoV-2, que causa a covid-19, o director-geral da agência da ONU salientou que foi um ano marcado por “tantas vidas perdidas e tantas perturbações nas famílias, sociedades e economias”.

Ao mesmo tempo, verificou-se “a resposta mais rápida e generalizada a uma emergência sanitária global da história da Humanidade”, ressalvou.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.791.033 mortos resultantes de mais de 81,9 milhões de casos de infecção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 6.751 pessoas dos 400.002 casos de infecção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direcção-geral da Saúde. ANG/Inforpress/Lusa

            Brexit/O novo normal para os cidadãos a partir de 01 de Janeiro

Bissau, 31 Dez 20 (ANG) – A partir de sexta-feira, o ‘Brexit’ torna-se uma realidade e cidadãos europeus e britânicos vão ter de se habituar ao “novo normal” nas relações entre o Reino Unido e a União Europeia (UE), com impacto em áreas como o turismo, trabalho e estudos.

O Acordo de Comércio e Cooperação UE-Reino Unido finalizado a 24 de Dezembro clarificou várias questões que afectam directamente pessoas e empresas.

Para além de turistas, a isenção recíproca de visto a estadias de até 90 dias durante um período de seis meses passa a abranger viagens de negócios. Em alguns casos, deslocações profissionais podem ser prolongadas até três anos. Estadias mais longas terão de ter em conta as leis nacionais.

Os britânicos terão de viajar com passaporte com pelo menos seis meses de validade e emitido depois de 2011. Os europeus podem continuar a usar cartões de identidade europeus como o Cartão do Cidadão até 30 de Setembro de 2021. A partir de 01 de Outubro de 2021, será necessário mostrar na fronteira um passaporte biométrico válido durante o período de estadia.

Em alguns países europeus os britânicos vão ter de apresentar uma carta de condução internacional para poder conduzir. As cartas de condução europeias serão aceites no Reino Unido.

Para viajar com animais de estimação, britânicos e europeus deixam de poder usar o actual “passaporte” e precisam de um certificado de saúde animal e vacinas em dia.

A partir de 01 de Janeiro de 2021, os viajantes do Reino Unido deixam de poder transportar produtos de origem animal na bagagem pessoal para a UE. Isto pode incluir, por exemplo, uma sanduíche de queijo ou fiambre ou um iogurte. Existem excepções para certas quantidades de leite infantil em pó e comida para crianças e animais de estimação.

Já no regresso ao Reino Unido vão poder transportar a uma quantidade de bebidas alcoólicas e tabaco sem pagar impostos à entrada (duty free). Uma pessoa tem direito a, no total, 42 litros de cerveja, 18 litros de vinho, quatro litros de bebidas espirituosas e 200 cigarros para consumo pessoal.

O envio de encomendas postais entre o Reino Unido e UE vai ser mais complicado, com a necessidade de preenchimento de formulários de declaração sobre o tipo de mercadoria, valor e peso e poderão ser sujeito a taxas e impostos.

O uso do telemóvel no estrangeiro (roaming) deixa de ser gratuito, mas o Acordo diz que ambos os lados devem encorajar os operadores a oferecer “tarifas transparentes e razoáveis”. Várias operadoras britânicas comprometeram-se a não cobrar chamadas, mensagens e uso de dados aos clientes durante viagens na UE.

O Acordo garantiu assistência médica recíproca durante o período de estadia temporária, seja de britânicos na UE ou de europeus no Reino Unido. Os cartões de saúde europeus detidos por britânicos vão permanecer válidos até o fim do prazo e depois substituídos por um Cartão de Seguro de Doença Global do Reino Unido. Porém, as autoridades britânicas continuam a aconselhar seguro de viagem porque cobre situações adicionais, como operações de socorro ou de repatriação.

Indivíduos que circulem entre o Reino Unido e a UE no futuro terão a sua situação protegida graças a uma coordenação entre sistemas, mantendo acesso a uma variedade de benefícios de seguridade social e a uma pensão de reforma do Estado actualizada. As pensões e outras prestações pecuniárias serão pagas, mesmo que o indivíduo resida noutro país.

Os europeus vão precisar de um visto de trabalho que pode custar entre 610 e 1.408 libras (676 e 1.561 euros) e pagar uma sobretaxa de 624 libras (692 euros) para ter serviços de saúde. Para se estabelecerem no Reino Unido por um período longo, precisam de uma oferta de emprego e provar alguma fluência na língua inglesa, com um nível de salário mínimo definido por lei.

Para os britânicos, um trabalho remunerado poderá necessitar de visto e / ou uma autorização de trabalho, dependendo da legislação em vigor no país da UE em causa.

Deixará de haver reconhecimento automático de qualificações profissionais, como médicos, enfermeiros, engenheiros ou arquitectos. O Acordo prevê, no entanto, um mecanismo através do qual a UE e o Reino Unido poderão concordar posteriormente, caso a caso e para profissões específicas, o reconhecimento mútuo de certas qualificações profissionais.

Os estudantes britânicos vão deixar de beneficiar do programa de intercâmbio de estudantes europeu Erasmus, que será substituído por um novo programa com o nome do matemático britânico Alan Turing para financiar experiências académicas em todo o mundo. Uma excepção para a Irlanda do Norte, que continuará a beneficiar graças a um protocolo com a República da Irlanda.

Os jovens europeus que queiram estudar nas conceituadas universidades britânicas vão ter de pagar 345 libras (383 euros) por um visto, a sobretaxa de saúde e pagar mensalidades mais onerosas, que podem ser até quatro vezes mais elevadas para estrangeiros. ANG/Inforpress/Lusa

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

  Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara.Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

Balanço do ano/Presidente da República considera que chegou a altura de os guineenses caminharem com seus próprios pés

Bissau,30 Dez 20(ANG) – O Presidente da República disse que é chegado o momento de os guineenses se entenderem e caminharem  juntos com os seus próprios pés sem interferência da comunidade internacional.

Umaro Sissoco Embaló, em conferência de imprensa realizada hoje, em que fez  o balanço do ano prestes a terminar, referiu que, hoje em dia, o país já não conta com a presença do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz(Uniogbis), depois de 21 anos da sua missão na Guiné-Bissau.

“Isso significa que a Guiné-Bissau, de facto, necessita agora de andar com os seus próprios pés. A título de exemplo, já não temos as Forças da Missão Militar da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental(Ecomig), que são nossos irmãos que estiveram no país para nos ajudar”, acrescentou.

O Presidente da República sublinhou que agora a Guiné-Bissau deve preparar para igualmente participar em missões internacionais de paz para ajudar outros países do mundo em conflito.

“A decisão da retirada do Uniogbis e da Ecomib  do país, foi um passo muito importante elogiado pela comunidade internacional”, disse.

O chefe de Estado sublinhou que actualmente as relações da Guiné-Bissau com os países e organizações parceiras, nomeadamente, a União Europeia, Portugal, China, França, Estados Unidos estão mais do que nunca no seu ponto mais alto, o que recolocou o país no concerto das nações.

Sissoco Embaló anunciou que á partir de Janeiro de 2021, um guineense vai representar a CEDEAO num dos 15 países membros desta organização, frisando que já é uma inovação que nunca chegou de acontecer.

“A Guiné-Bissau tem que reaparecer e ter a voz no concerto das nações e, para o efeito, o país vai ocupar o lugar de segundo vice-presidente do Banco Oeste Africano de Desenvolvimento(BOAD) e que igualmente é uma situação inédita”, disse.

O chefe de Estado realçou que isso significa que, em curto espaço de tempo do seu mandato, a Guiné-Bissau está a ganhar espaço no concerto das nações, salientando que, quando tem um um representante da CEDEAO, por exemplo no Senegal, Gana ou Benin, este irá dignificar os interesses do país e não do Presidente da República.

Disse que há 20 anos, o país participava nas reuniões das organizações internacionais como simples observador, porque não tinha voz por falta de pagamento das quotas, acrescentando que não houve nenhum Presidente da Guiné-Bissau que pode dizer que chegou de discursar na sede da União Africana nos últimos anos.

A propósito, disse que doravante, quando vai participar em qualquer organização como a Comunidade dos Países da Língua Portuguesa(CPLP) ou a União Africana, terá direito de usar da palavra, isso porque o país já tem a sua quota em dia.

“Eu enquanto Presidente da República, a Guiné-Bissau vai ter a voz tanto nas Nações Unidas, como na CPLP, União Africana entre outras organizações internacionais em que o país é membro”, prometeu.

O chefe de Estado guineense referiu  que a Guiné-Bissau abriu recentemente algumas representações diplomáticas nomeadamente no Qatar, Turquia e brevemente na Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, acrescentando que, os embaixadores dos referidos países irão
igualmente estar residido em Bissau.

“No próximo ano, o Qatar vai abrir a sua representação em Bissau, Cabo Verde pela primeira vez terá igualmente a sua embaixada no país e vamos no mínimo 15 à 20 embaixadas, o que é um facto muito importante para a nossa diplomacia”, disse, acrescentando que, isso vai dar empregos à muitos  guineenses.ANG/ÂC//SG

 

 

             CPLP/Guiné Equatorial realiza “Cimeira de Negócios” em Fevereiro

 Bissau, 30 Dez 20 (ANG) – A Guiné Equatorial vai acolher em Malabo de 14 a 16 de Fevereiro a primeira “Cimeira de Negócios” da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), desde que aderiu à organização em 2014, anunciou a embaixada equato-guineense em Lisboa.

A cimeira, patrocinada pelo Governo equato-guineense e pelo secretariado executivo da CPLP, e organizada pela Confederação Empresarial da CPLP, tem como objectivo “impulsionar, desenvolver e fortalecer a cooperação económica e empresarial” entre os Estados-membros da organização dos países de língua portuguesa e observadores associados.

Segundo um comunicado da embaixada equato-guineense, o encontro da CPLP deverá levar “à Guiné Equatorial grandes empresas de todos os nove países, espalhados por quatro continentes”.

Empresas dos sectores do petróleo e gás, indústria, pesca, agricultura, transformação alimentar, meio ambiente, turismo, transportes, saúde e formação dos nove países da CPLP vão ter acesso a um menu de “oportunidades de negócio no país”, a ser apresentado pelo governo anfitrião, assim como conhecer as instituições locais de suporte ao investimento internacional, ainda segundo o texto.

A queda dos preços do petróleo, em consequência da violenta quebra de consumo mundial provocada pela pandemia de covid-19, teve um forte impacto na economia da Guiné Equatorial, que em Agosto remodelou o Governo, e em Outubro substituiu o ministro das Finanças, como recurso de combate à crise, assumido pelo próprio Presidente Teodoro Obiang Nguema.

O chefe de Estado declarou na altura ter sido obrigado “a tomar medidas rigorosas para mitigar os efeitos de uma grave recessão económica e prevenir a instabilidade política e social”.

Obiang sublinhou então que “razões económicas” justificaram a dissolução do Governo anterior e que o novo executivo – ainda que fundamentalmente com o mesmo elenco – devia “procurar soluções específicas e viáveis para resolver os actuais problemas enfrentados pelos países do mundo e os problemas económicos”.

A consultora Economist Intelligence Unit (EIU) considerou no início do quarto trimestre deste ano que a Guiné Equatorial vai necessitar de mais ajuda financeira além do programa do Fundo Monetário Internacional (FMI), antevendo uma queda de 5,5% no PIB em 2021.

“Antevemos que a Guiné Equatorial vá pedir mais assistência além do seu actual pacote de financiamento, e cumprir as condições prévias de financiamento dos credores será uma das principais prioridades políticas, com o Governo a tentar encontrar maneiras de gerir o forte choque nas receitas causado pela pandemia”, escreveram os peritos da unidade de análise económica da revista britânica The Economist.

Numa nota sobre a economia do país enviada aos clientes, os analistas da EIU estimaram que a Guiné Equatorial enfrentará uma recessão de 12,7% do PIB este ano e que em 2021 a economia volte a quebrar, ao contrário do que prevê o FMI, que antecipa um crescimento da economia equato-guineense no próximo ano.

Desde a sua independência de Espanha, em 1968, a Guiné Equatorial tem sido considerada pelos grupos de direitos humanos como um dos países mais repressivos do mundo, devido a alegações de detenção e tortura de dissidentes e de fraude eleitoral.

Obiang, que tem liderado o país desde 1979, quando derrubou o seu tio, Francisco Macias, num golpe de Estado, é o Presidente em funções há mais tempo em todo o mundo.

A Guiné Equatorial integra a CPLP desde 2014, que é ainda composta por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.ANG/Inforpress/Lusa

 

Política/"Sector de saúde merecerá uma atenção  particular do actual governo" diz vice-primeiro ministro

Bissau, 30 Dez 20 (ANG) – O Vice-primeiro ministro, Soares Sambú garantiu esta quarta-feira que o sector de saúde vai continuar a merecer uma atenção particular do actual executivo “porque o chefe de Estado disse sempre que é uma área que constitui prioridade”.

Sambú  falava após uma visita ao novo morgue do Hospital Nacional Simão Mendes.

O governante entregou, na ocasião, uma  ambulância e motorizada ao ministro de saúde, que deverão ser afectadas ao serviço da Medicina Legal para aumentar as suas capacidades de intervenção.

Segundo Soares Sambú, as doações ao Ministério da Saúde estão a ser feitas na sequência da visita que o Presidente Umaro Sissoco Embaló efectuará recentemente ao Hospital Simão Mendes.

Para o ministro da Saúde a instituição que dirige está de parabéns porque houve uma inovação, porque “o ministro das finanças sempre declarou que vai investir na saúde para fazer virar a página da saúde na Guiné-Bissau”.

António Deuna disse que, o Morgue visitado já dispõe de um departamento encarregue de fazer autopsias, para esclarecimentos sobre a origem da morte.

"Infelizmente não temos ainda especialista na área de anatomia patológica. É um trabalho que o nosso colega da Medicina Legal  tem estado a fazer. Agora somos obrigados a formar especialista para essa área”, disse António Deuna. ANG/MI//SG      

      

   Brexit/Acordo assinado hoje em Bruxelas e Londres aplicado já sexta-feira

Bissau, 30 Dez 20 (ANG) – O Acordo de Comércio e Cooperação pós-Brexit negociado entre o Reino Unido e a União Europeia (UE) vai ser hoje assinado em Bruxelas e Londres, a tempo de entrar em vigor na sexta-feira, com cariz provisório.

Após o acordo alcançado pelos negociadores europeus e britânicos em 24 de Dezembro, o compromisso já recebeu o aval dos 27 Estados-membros da UE com vista à sua entrada em vigor em 01 de Janeiro de 2021, sendo hoje de manhã assinado em Bruxelas pelos presidentes da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do Conselho Europeu, Charles Michel.

A assinatura formal tem lugar depois de os embaixadores dos 27 Estados-membros junto da UE terem aprovado na segunda-feira, por unanimidade, a aplicação provisória do novo acordo entre o bloco europeu e Reino Unido a partir de 01 de Janeiro de 2021, decisão ‘confirmada’ pelo Conselho na terça-feira através de um procedimento escrito.

Também hoje, o acordo vai ser debatido e votado no parlamento britânico, a tempo de a legislação necessária para a sua ratificação entrar em vigor na sexta-feira, estando também prevista a assinatura formal do documento por parte do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.

Ambas as Câmaras do Parlamento foram convocadas, com a sessão dos Comuns a partir das 9:30 e os Lordes a partir do meio-dia, para aprovar num só dia a legislação que implementa o acordo no Reino Unido.

O presidente da Câmara dos Comuns, Lindsay Hoyle, escreveu aos deputados, pedindo-lhes para evitarem viajar para o Parlamento devido às restrições existentes em muitas partes do país ligadas à pandemia da covid-19, e a prevalência da doença em Londres.

As medidas de distanciamento social limitam a presença a apenas 50 pessoas dentro do plenário ao mesmo tempo, incluindo o presidente e funcionários administrativos, deixando espaço nas bancadas para apenas cerca de 35 deputados, incluindo ministros.

O debate será, por isso, aberto a intervenções por videoconferência e as votações feitas de forma remota.

A Proposta de Lei sobre o Relacionamento Futuro deverá ser aprovada sem dificuldades tendo em conta a maioria absoluta do Partido Conservador e o apoio do Partido Trabalhista, o principal partido da oposição.

O Partido Nacionalista Escocês (SNP), Liberais Democratas e Partido Unionista Democrata da Irlanda do Norte indicaram que votariam contra o Acordo, mas serão insuficientes para decidir um resultado, mesmo com a ajuda de alguns deputados conservadores ultra-eurocéticos ou trabalhistas pro-europeus que escolham desafiar a orientação das respectivas lideranças.

Apesar de alguma contestação interna, o líder Trabalhista, Keir Starmer, argumentou que está em causa a escolha entre um “acordo fraco” ou a ausência de acordo, por isso recusou votar contra ou mesmo abster-se.

“Mas deixem-me ser absolutamente claro – e digo-o directamente ao Governo -, entre escolher a ausência de acordo, nós aceitamos este acordo, mas as consequências dele serão vossas”, afirmou.

Após 10 meses de negociações, a União Europeia e o Reino Unido chegaram finalmente a um Acordo de Comércio e Cooperação em 24 de Dezembro para entrar em vigor a partir de 01 de Janeiro de 2021, logo a seguir ao fim do período de transição pós-Brexit que manteve os britânicos até agora no mercado único.

Com esta parceria económica e comercial, a UE oferece a Londres o acesso sem quotas nem taxas aduaneiras ao seu mercado de 450 milhões de consumidores, mas prevê sanções e medidas compensatórias no caso de incumprimento das regras de concorrência e apoios estatais às empresas, ambientais, laborais e fiscais.

O compromisso duramente conquistado sobre as pescas prevê um período transitório até Junho de 2026, durante o qual os europeus abandonarão gradualmente 25% de suas capturas nas águas do Reino Unido, após o qual as quotas de pesca passarão a ser negociadas anualmente.

Dado já não ser tecnicamente viável a ratificação com vista à sua entrada em vigor em 01 de Janeiro de 2021, os 27 concordaram com a aplicação do novo acordo de forma provisória até ser aprovado oficialmente pelo Parlamento Europeu o mais tardar até final de Fevereiro. ANG/Inforpress/Lusa

 

Turismo/Operadores contam organizar em 2021 um evento internacional para demonstrar as potencialidades do país

Bissau, 30 Dez 20 (ANG) - A Associação dos Operadores Turísticos e Similares da Guiné-Bissau em parceria com o Governo  prevê a organização de um certame  internacional para demonstrar as potencialidades turísticas, gastronómicas, culturais, artesanais e intercâmbios comerciais da Guiné-Bissau.

O anúncio foi feito esta quarta-feira pelo presidente da desta associação, Jorge Paulo Cabral, numa conferência de imprensa na qual procedeu ao balanço das actividades desenvolvidas pela associação ao longo de 2020.

Jorge Paulo Cabral disse que organização desse evento conta com a colaboração de parceiros da associação de Portugal, Senegal e Costa do Marfim.

 “Pretendemos construir uma sede para associação, escola de formação e capacitação, também vamos lançar a cooperação com os nossos parceiros da Sub-região, da Europa, Ásia e América”, acrescentou.

Por outro lado, Jorge Cabral explicou que iniciaram o ano 2020 com crise financeira provocada pelo impacto da pandemia de Covid-19 que abala o mundo.

“A pandemia de Covid-19 causou prejuízos económicos e financeiras incalculáveis aos operadores turísticos, o que levou a enormes dificuldades, obrigando  a suspensão parcial de trabalhadores, incumprimentos de compromissos com os bancos e fornecedores”, lamentou o Presidente da Associação dos Operadores Turísticos e Similares.

Sublinhou que estão a ter dificuldades para o relançamento das suas actividades e que por isso, esperam ter o apoio do governo para relançar o sector tal como está a acontecer em alguns   países vizinhos.

“Dos pontos  propostos  Governo, apenas um, que consiste em isentar os pagamentos de impostos e taxas no período de Março à Setembro,  foi atendido. Esperemos que os restantes também sejam atendidos”, desejou Jorge Cabral.

Os operadores turísticos ainda pediram ao Governo a actualização da legislação e regulamentação do fundo de turismo, criação de uma comissão mista que integre os Ministérios da Economia, Finanças, a Secretaria de Estado do Turismo, e o Instituto da  Segurança Social, com o objectivo de discutir as soluções para  a retoma das actividades turísticas, e evitar despedimentos massivos de trabalhadores.

Jorge Cabral disse que, apesar das dificuldades que enfrentaram ao longo do ano 2020,  conseguiram realizar algumas actividades como por exemplo: a participação da associação no fórum
do sector privado da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), em Burkina Faso, e que   assinaram acordos de cooperação com Associação dos Empresários Portugueses., com Agência Portuguesa de Viagens e com o Rancho Folclórico de Madeira.ANG/AALS//SG

 

Angola/Associação de juízes exige demissão do presidente Tribunal Supremo

Bissau, 30  dez 20 (ANG) - A Associação dos Juízes de Angola vai interpor nos próximos dias uma acção judicial contra Joel Leonardo, presidente do Tribunal Supremo e do Conselho Superior da Magistratura, por este ter indicado à revelia do plenário da instituição, os nomes de seis magistrados para serem formados em Portugal, entre os quais figuram familiares e próximos.

Violando a lei, segundo a Associação de Juízes de Angola - AJA - o juíz conselheiro Joel Leonardo enviou recentemente ao Procurador-Geral da República de Angola, Helder Pitta Grós uma lista de seis juízes, para frequentarem um curso em Portugal, sem a aprovação pelo plenário do CSMJ.

Na lista dos juízes indicados consta a sua própria filha, um sobrinho e familiares de amigos próximos, o que irritou o colectivo de juízes do Tribunal Supremo, que pretende "impugnar" este acto.

Associação de Juízes de Angola - AJA - sem questionar o alegado clientelismo, anunciou que vai avançar com um processo judicial com vista à anulação deste acto do Presidente do Tribunal Supremo, que viola a lei por não ter passado pelo plenário da CSMJ e exige a sua demissão, por não reunir condições éticas para continuar no cargo.

Adalberto Gonçalves, presidente da AJA, refere que "as competências relacionadas à formação são do plenário e não havendo nenhuma referência a isso, entendemos que é uma decisão que foi tomada pelo venerando juiz presidente, o que não está correto".

Adalberto Gonçalves alega ainda, que é preocupante a inexistência de "critérios objectivos" para a escolha dos magistrados que se candidatam a formações.

Joel Leonardo, nascido a 3 de maio de 1962, antigo juíz militar, foi nomeado a 30 de outubro de 2019 pelo Presidente João Lourenço, para presidente do Tribunal Supremo da República de Angola, em substituição de Rui Ferreira. ANG/RFI

 

 

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

 Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara.Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

Comunicação social/Diretor-geral da ANG considera de “razoável” o balanço de actividades do órgão durante  2020

Bissau 29 Dez 20 (ANG) – O Diretor-geral da Agência de Notícias da Guiné(ANG) considerou hoje de  “razoável” o balanço das actividades desenvolvidas por este órgão público de comunicação social durante  2020 prestes a terminar em termos de coberturas jornalísticas.

Salvador Gomes disse que o órgão para além da cobertura da agenda politica, social, económica, cultural e outras elabora anualmente o seu Plano de Ação -  uma programação própria de várias actividades a realizar.

 “Esse plano visa dar a conhecer a opinião pública nacional e internacional informações de interesse geral sobre  agricultura ,saúde, economia ,cultura , reformas em vigor ,entre outros assuntos. Permite a ANG ter uma agenda própria de actividades para não se depender de terceiros em termos de produção jornalística,  uma vez que se trata de ma agência de notícias que , entre os meios de comunicação social, funciona como um grossista de produção de notícias,”, disse

Fazendo um balanço do cumprimento desse plano, O director da ANG disse que não pode afirmar que as actividades programadas foram  todas realizadas.

“Não tivemos um cumprimento a 100 por cento na medida em que não se conseguiu saber o que está a ser feito em termos de reformas na Defesa e Segurança e na Função Pública. A Direcção de Informação não conseguiu realizar esses trabalhos para trazer a luz informações sobre as reformas de que muito se tem falado  no país”, afirmou.

Quanto a outros sectores de actividades inscritos no Plano de Acção para 2020 disse que entrevistas com responsáveis do sector agrícola permitiram dar a conhecer a opinião pública nacional e internacional as expectativas do Governo em relação ao presente ano agrícola, os apoios aos camponeses para o incremento das suas produções, as acções de  sensibilização

levados a cabo para as mudanças necessárias no sector, inscritas no Plano Nacional de Investimento Agrícola(PNIA).

  Acrescentou que a produção, a comercialização e a exportação da castanha mereceram a devida cobertura e acompanhamento, e que estando o processo já na fase de exportação,  a ANG  tem divulgado, periodicamente, o Boletim do Ministério do Comércio e Indústria sobre o processo de exportação da castanha e a respectiva previsão.

 De igual forma, segundo Gomes, mereceram devida divulgação as ações governamentais traduzidas em apoio aos agricultores e outros intervenientes no sector nomeadamente a  disponibilização de fundos para crédito aos comerciantes.

 Sobre o sector da Saúde, que este ano é dominado pelo aparecimento da pandemia da Covid-19, doença muito contagiosa, para além do acompanhamento das acções de combate a doença transmitidas pelas autoridades sanitárias nacionais e internacionais, disse que a ANG tem participado nas acções de sensibilização com publicação no seu portal ,de recomendações das autoridades sanitárias sobre as formas de prevenção da doença.

 “O nosso trabalho também regista  enormes dificuldades. A ANG está, podemos dizer, na fase de relançamento, uma vez que o país ainda não se dispõe de  uma agência de notícias com missões enquadradas numa estratégia político-diplomática de promoção do país no exterior. Estamos a cobrir só  Bissau enquanto que deveríamos  ter correspondentes nas oito regiões para melhor posicionamento na afirmação da verdade factual”, disse.

 Para Salvador Gomes a força de uma agência de notícias  reside nos trabalhos dos seus correspondentes espalhados pelo país e o mundo.

Disse que apesar de legítimo, não pode  por enquanto, pensar em Correspondentes no estrangeiro mas que seria de todo indispensável ter Correspondentes nas regiões.

“Deveríamos ter a esta hora as nossas populações como o sujeito das notícias. Saber do seu dia a dia, do que fazem, do que querem”, mas, havemos de lá chegar , pois existem boas perspectivas nesse sentido”, disse.

Em termos de cooperação, segundo ele, devia ser assinado este ano  um acordo  com a Agência de Noticias de Portugal(Lusa) para a formação de jornalistas e técnicos.

Salvador Gomes realçou as vantagens de filiação da ANG na Federação Atlântica das Agências de Notícias Africanas(FAAPA) sedeada em Rabat, Marrocos.

“A FAAPA organiza anualmente ações de formação para jornalistas e técnicos. E a ANG beneficia desde 2015 dessas formações para os seus quadros inclusive para o DG (sobre gestão de empresas jornalísticas)” ,referiu acrescentando que o portal da FAAPA representa o prolongamento da divulgação da produção diária da ANG, ao lado de mais de 20 agências de notícias africanas, incluindo Angop, Inforpress e STP-Press.

Disse que a visualização da plataforma de divulgação da ANG(angnotcias.blogspot.com) foi de 24.637 ,em novembro e que a produção têm estado a aumentar(2018-1308/2019-1611 e 2020 ate 28/12-2245 notícias publicadas).

 “Apesar de dificuldades, quatro computadores para nove jornalistas, a redação tem evidenciado  uma certa dinâmica. Com o melhoramento do nível de escrita, através de uma formação específica, a admissão do pessoal estagiário na Função Pública , que constitui o corpo redatorial da ANG, a aquisição de mais equipamentos  acredito que essa dinâmica pode se elevar”, disse.

Falando das perspectivas  para o próximo ano, Salvador Gomes disse esperar que, com a aprovação da taxa áudio visual o estado tenha mais possibilidades de investir nos quatro órgãos públicos do país.

“Entregamos a Secretaria de Estado da Comunicação Social um Plano de Investimento para a ANG, sem contar com salários, na ordem de pouco mais de 50 milhões de francos cfa. Se isso tiver financiamento  a ANG pode ter um bom ano, em 2021”, disse Salvador Gomes.

O Director-geral da ANG defendeu  que esses quatros – a ANG, o jornal Nô Pintcha , a RDN e TGB, não se substituem uns aos outros e que cada um é importante e tem o seu papel no xadrez da comunicação social nacional. ANG/MSC//SG