Comunicação
social/Diretor-geral da
ANG considera de “razoável” o balanço de actividades do órgão durante 2020
Bissau 29 Dez 20 (ANG) – O
Diretor-geral da Agência de Notícias da Guiné(ANG) considerou hoje de “razoável” o balanço das actividades
desenvolvidas por este órgão público de comunicação social durante 2020 prestes a terminar em termos de
coberturas jornalísticas.
Salvador Gomes disse que o
órgão para além da cobertura da agenda politica, social, económica, cultural e
outras elabora anualmente o seu Plano de Ação -
uma programação própria de várias actividades a realizar.
“Esse plano visa dar a conhecer a opinião
pública nacional e internacional informações de interesse geral sobre agricultura ,saúde, economia ,cultura ,
reformas em vigor ,entre outros assuntos. Permite a ANG ter uma agenda própria
de actividades para não se depender de terceiros em termos de produção
jornalística, uma vez que se trata de ma
agência de notícias que , entre os meios de comunicação social, funciona como
um grossista de produção de notícias,”, disse
Fazendo um balanço do
cumprimento desse plano, O director da ANG disse que não pode afirmar que as
actividades programadas foram todas
realizadas.
“Não tivemos um cumprimento
a 100 por cento na medida em que não se conseguiu saber o que está a ser feito
em termos de reformas na Defesa e Segurança e na Função Pública. A Direcção de
Informação não conseguiu realizar esses trabalhos para trazer a luz informações
sobre as reformas de que muito se tem falado no país”, afirmou.
Quanto a outros sectores de
actividades inscritos no Plano de Acção para 2020 disse que entrevistas com
responsáveis do sector agrícola permitiram dar a conhecer a opinião pública
nacional e internacional as expectativas do Governo em relação ao presente ano
agrícola, os apoios aos camponeses para o incremento das suas produções, as
acções de sensibilização
levados a cabo para as
mudanças necessárias no sector, inscritas no Plano Nacional de Investimento
Agrícola(PNIA).
Acrescentou que a produção, a comercialização
e a exportação da castanha mereceram a devida cobertura e acompanhamento, e que
estando o processo já na fase de exportação,
a ANG tem divulgado, periodicamente,
o Boletim do Ministério do Comércio e Indústria sobre o processo de exportação
da castanha e a respectiva previsão.
De igual forma, segundo Gomes, mereceram
devida divulgação as ações governamentais traduzidas em apoio aos agricultores
e outros intervenientes no sector nomeadamente a disponibilização de fundos para crédito aos
comerciantes.
Sobre o sector da Saúde, que
este ano é dominado pelo aparecimento da pandemia da Covid-19, doença muito
contagiosa, para além do acompanhamento das acções de combate a doença
transmitidas pelas autoridades sanitárias nacionais e internacionais, disse que
a ANG tem participado nas acções de sensibilização com publicação no seu portal
,de recomendações das autoridades sanitárias sobre as formas de prevenção da doença.
“O nosso trabalho também regista enormes dificuldades. A ANG está, podemos dizer,
na fase de relançamento, uma vez que o país ainda não se dispõe de uma agência de notícias com missões
enquadradas numa estratégia político-diplomática de promoção do país no
exterior. Estamos a cobrir só Bissau
enquanto que deveríamos ter
correspondentes nas oito regiões para melhor posicionamento na afirmação da
verdade factual”, disse.
Para Salvador Gomes a força de uma agência de
notícias reside nos trabalhos dos seus
correspondentes espalhados pelo país e o mundo.
Disse que apesar de
legítimo, não pode por enquanto, pensar
em Correspondentes no estrangeiro mas que seria de todo indispensável ter Correspondentes
nas regiões.
“Deveríamos ter a esta hora
as nossas populações como o sujeito das notícias. Saber do seu dia a dia, do
que fazem, do que querem”, mas, havemos de lá chegar , pois existem boas
perspectivas nesse sentido”, disse.
Em termos de cooperação,
segundo ele, devia ser assinado este ano um acordo
com a Agência de Noticias de Portugal(Lusa) para a formação de
jornalistas e técnicos.
Salvador Gomes realçou as
vantagens de filiação da ANG na Federação Atlântica das Agências de Notícias
Africanas(FAAPA) sedeada em Rabat, Marrocos.
“A FAAPA organiza anualmente
ações de formação para jornalistas e técnicos. E a ANG beneficia desde 2015
dessas formações para os seus quadros inclusive para o DG (sobre gestão de
empresas jornalísticas)” ,referiu acrescentando que o portal da FAAPA
representa o prolongamento da divulgação da produção diária da ANG, ao lado de
mais de 20 agências de notícias africanas, incluindo Angop, Inforpress e
STP-Press.
Disse que a visualização da plataforma
de divulgação da ANG(angnotcias.blogspot.com) foi de 24.637 ,em novembro e que
a produção têm estado a aumentar(2018-1308/2019-1611 e 2020 ate 28/12-2245
notícias publicadas).
“Apesar de dificuldades, quatro computadores
para nove jornalistas, a redação tem evidenciado uma certa dinâmica. Com o melhoramento do
nível de escrita, através de uma formação específica, a admissão do pessoal
estagiário na Função Pública , que constitui o corpo redatorial da ANG, a
aquisição de mais equipamentos acredito
que essa dinâmica pode se elevar”, disse.
Falando das perspectivas para o próximo ano, Salvador Gomes disse
esperar que, com a aprovação da taxa áudio visual o estado tenha mais
possibilidades de investir nos quatro órgãos públicos do país.
“Entregamos a Secretaria de
Estado da Comunicação Social um Plano de Investimento para a ANG, sem contar
com salários, na ordem de pouco mais de 50 milhões de francos cfa. Se isso
tiver financiamento a ANG pode ter um
bom ano, em 2021”, disse Salvador Gomes.
O Director-geral da ANG
defendeu que esses quatros – a ANG, o
jornal Nô Pintcha , a RDN e TGB, não se substituem uns aos outros e que cada um
é importante e tem o seu papel no xadrez da comunicação social nacional. ANG/MSC//SG