Dia
da Marinha Nacional/Chefe
de Estado Maior da Armada aposta na formação para enfrentar desafios de momento
Bissau, 21 Dez 20 (ANG) – O
Chefe de Estado Maior da Armada guineense, disse hoje que a sua Instituição
precisa de formar jovens quadros para fazer
face aos desafios da atualidade em matéria de protecção e vigilância das águas
marítimas da Guiné-Bissau.
Carlos Mandugal falava na abertura
da cerimónia comemorativa do 55º
aniversário da criação da Marinha
Nacional, que se assinala nos dias 21 e 22 de dezembro .
Aquele responsável disse que o governo já fez visitas e levantamentos das necessidades da Marinha, para modernizar a instalação, pelo que vai necessitar de quadros bem preparados para manejar equipamentos e garantir a defesa da integridade territorial marítima a nível
nacional.
Segundo o Chefe de Estado-maior
da Armada(CEMA), o território marítimo ocupa maior percentagem da superfície
total da Guiné-Bissau, por isso, segundo
disse, Amílcar Cabral sempre deu atenção especial a esse ramo das Forças Armadas,
efectuando a sua criação em Conacri para
proteger a vasta área marítima guineense, com recursos haliêuticos abundantes.
Mandugal lamentou que as
instalações da Marinha não dignificam os fuzileiros navais, acrescentando que nas
actuais condições nem servem para um pequeno aquartelamento do interior do país,
tendo em conta a inexistência de meios para uma fiscalização plena das águas
nacionais.
"Espero que um dia a
Marinha Nacional seja igual às outras da
África e da subregião. Vai zelar plenamente em defesa da integridade territorial de forma condigna”, diz Carlos Mandungal
No ato, o veterano de guerra
e co-fundador da Marinha Nacional, Raul Plácido Domingos Gomes, Médico militar,
partilhou com os presentes o momento e as experiências vividas na criação da Marinha
ao lado do Amílcar Cabral, tendo aconselhado aos jovens fuzileiros a serem
corajosos e determinados no cumprimento das suas missões para dignificar o ramo.
"Não estou arrependido
de ter participado na luta da libertação nacional e de participar no momento
histórico da criação da Marinha nacional, de ter a nossa bandeira e Hino”, afirmou Plácido Gomes.
Por outro lado, este
veterano fuzileiro lamentou a atual situação difícil em que se encontram os
fuzileiros, mas encoraja-os a seguirem os
ideais que nortearam a criação da Marinha, e defenderem a integridade
territorial do pais.
A Marinha deu iniciou hoje a
celebração de 55 anos da sua criação, em Conacri, à 22 de Dezembro de 1965, com djumbais e
partilha de experiencias entre os veteranos e jovens fuzileiros.
As celebrações vão culminar terça-feira com um acto oficial de encerramento. ANG/CP/ÂC//SG
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