Justiça/ONU promete continuar a proteger Aristides
Gomes
Bissau, 14 dez 20 (ANG) – A
Representante Residente do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a
Consolidação da Paz no país, (UNIOGBIS), declarou que o ex-Primeiro-ministro, Aristides
Gomes continuará sob a protecção da ONU com base no seu mandato de proteger
qualquer pessoa que necessitar da proteção da organização.
Rosine Coulibali que falava
esta segunda-feira na última conferência de imprensa do UNIOGBIS cuja missão no
país já foi encerrada na passada sexta-feira, acrescentou que mesmo com o fim da missão, a ONU vai
continuar com esse mandato de proteger pessoas com situações semelhantes à de Aristides Gomes.
“O antigo Primeiro-ministro
veio as instalações da UNIOGBIS porque temia da sua vida e a ONU tem esse dever
de proteger qualquer pessoa que esteja numa situação semelhante a do Aristides
Gomes. Portanto, mesmo com a saída do UNIOGBIS isso não significa que perdemos
esse mandato. E também vai continuar no país o Coordenador residente”,
explicou.
Coulibali disse que existe
um fundo das Nações Unidas para a Guiné-Bissau que é um recurso suplementar
para ajudar o país no trabalho da consolidação da paz.
Salientou que, para poder continuar
nesse trabalho foi feita análise da situação atual do país e foram
identificadas áreas de intervenções que podem fazer a diferença para melhorar a
situação.
Aquela responsável citou o desenvolvimento económico e sustentável para
todos, a continuação de diálogo político, apoio à agenda da reforma do país,
nomeadamente reformas legais e institucionais, da Lei eleitoral, da
Constituição, entre outras, sublinhando que todas as áreas de prioridades foram
identificadas em conjunto com os atores políticos nacionais.
Disse que a equipa de países
das Nações Unidas sob a coordenação do Coordenador residente do Sistema das
Nações Unidas, Mamadou Djao vão trabalhar no sentido de implementar essas áreas
de intervenções identificadas.
Coulibali afirmou ainda que
existe progresso no país durante a missão da UNIOGBIS, salientando que nenhum
país do mundo é perfeito.
Acrescentou que houve
esforços e progressos após o conflito militar de 1998 e que devem ser
consolidados, justificando que para fazer o país avançar nesse processo é
preciso a liderança nacional sobretudo a ação dos guineenses.
Aquela responsável disse que
com o diálogo entre os atores políticos e se houver a vontade política, a
Guiné-Bissau pode avançar e dar esperança ao seu Povo através de algum
desenvolvimento económico.
Após mais de 20 anos, a
Missão especial da ONU encerra missão na Guiné-Bissau.ANG/DMG/ÂC//SG
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