Balanço do ano/Presidente da República considera que chegou a altura de os guineenses caminharem com seus próprios pés
Bissau,30 Dez 20(ANG) – O
Presidente da República disse que é chegado o momento de os guineenses se
entenderem e caminharem juntos com os
seus próprios pés sem interferência da comunidade internacional.
“Isso significa que a
Guiné-Bissau, de facto, necessita agora de andar com os seus próprios pés. A
título de exemplo, já não temos as Forças da Missão Militar da Comunidade
Económica dos Estados da África Ocidental(Ecomig), que são nossos irmãos que
estiveram no país para nos ajudar”, acrescentou.
O Presidente da República
sublinhou que agora a Guiné-Bissau deve preparar para igualmente participar em
missões internacionais de paz para ajudar outros países do mundo em conflito.
“A decisão da retirada do
Uniogbis e da Ecomib do país, foi um
passo muito importante elogiado pela comunidade internacional”, disse.
O chefe de Estado sublinhou
que actualmente as relações da Guiné-Bissau com os países e organizações
parceiras, nomeadamente, a União Europeia, Portugal, China, França, Estados
Unidos estão mais do que nunca no seu ponto mais alto, o que recolocou o país
no concerto das nações.
Sissoco Embaló anunciou que
á partir de Janeiro de 2021, um guineense vai representar a CEDEAO num dos 15 países membros desta organização,
frisando que já é uma inovação que nunca chegou de acontecer.
“A Guiné-Bissau tem que
reaparecer e ter a voz no concerto das nações e, para o efeito, o país vai
ocupar o lugar de segundo vice-presidente do Banco Oeste Africano de
Desenvolvimento(BOAD) e que igualmente é uma situação inédita”, disse.
O chefe de Estado realçou
que isso significa que, em curto espaço de tempo do seu mandato, a Guiné-Bissau
está a ganhar espaço no concerto das nações, salientando que, quando tem um um
representante da CEDEAO, por exemplo no Senegal, Gana ou Benin, este irá dignificar
os interesses do país e não do Presidente da República.
Disse que há 20 anos, o país
participava nas reuniões das organizações internacionais como simples
observador, porque não tinha voz por falta de pagamento das quotas,
acrescentando que não houve nenhum Presidente da Guiné-Bissau que pode dizer
que chegou de discursar na sede da União Africana nos últimos anos.
A propósito, disse que doravante,
quando vai participar em qualquer organização como a Comunidade dos Países da
Língua Portuguesa(CPLP) ou a União Africana, terá direito de usar da palavra,
isso porque o país já tem a sua quota em dia.
“Eu enquanto Presidente da
República, a Guiné-Bissau vai ter a voz tanto nas Nações Unidas, como na CPLP,
União Africana entre outras organizações internacionais em que o país é membro”,
prometeu.
O chefe de Estado guineense
referiu que a Guiné-Bissau abriu
recentemente algumas representações diplomáticas nomeadamente no Qatar, Turquia
e brevemente na Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, acrescentando que, os
embaixadores dos referidos países irão
igualmente estar residido em Bissau.
“No próximo ano, o Qatar vai
abrir a sua representação em Bissau, Cabo Verde pela primeira vez terá
igualmente a sua embaixada no país e vamos no mínimo 15 à 20 embaixadas, o que
é um facto muito importante para a nossa diplomacia”, disse, acrescentando que,
isso vai dar empregos à muitos guineenses.ANG/ÂC//SG
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