ONU/Guterres
pede ao mundo para fazer as pazes para que 2021 seja ano de cura
Bissau,, 29 Dez 20 (ANG) – O secretário-geral da ONU apelou hoje ao
mundo para que faça as pazes entre si e com a natureza, para que 2021 seja um
ano de cura, tanto em relação à covid-19 como às mudanças climáticas.
“Façamos juntos as pazes
entre nós e com a natureza para enfrentar a crise climática, impedir a
disseminação da covid-19 e fazer de 2021 um ano de cura”, afirmou António
Guterres, numa mensagem de Ano Novo, divulgada hoje através de vídeo.
Segundo o
secretário-geral, a ambição central das Nações Unidas para 2021 é “construir
uma coligação global em prol da neutralidade de carbono até 2050”.
“Cada governo, cidade,
empresa e indivíduo pode contribuir para a concretização desta visão”, disse.
Admitindo que 2020 “foi
um ano de provações, tragédias e lágrimas” e que a covid-19 virou a vida das
pessoas “do avesso e mergulhou o mundo em sofrimento e tristeza”, o
secretário-geral das Nações Unidas lembrou que o ano também ensinou a ter
esperança.
“Tanto a mudança
climática como a pandemia da covid-19 são crises que só podem ser enfrentadas
por todos nós, juntos, como parte de uma transição para um futuro inclusivo e
sustentável”, afirmou.
E, embora se tenham
perdido “muitos entes queridos” e a pandemia continue a alastrar-se, o novo ano
traz “raios de esperança”, sublinhou.
Ao mesmo tempo que se vê
“a pobreza, as desigualdades e a fome a aumentar”, também se encontram “pessoas
a estenderem a mão a vizinhos e estranhos”, disse.
“Embora os empregos
estejam a desaparecer e as dívidas a subir”, “as crianças enfrentem
dificuldades” e “a violência em casa esteja a aumentar”, Guterres lembra que 2020
mostrou “trabalhadores na linha da frente a darem tudo o que têm” e “cientistas
a desenvolverem vacinas em tempo recorde” ou “países a assumirem novos
compromissos para prevenir a catástrofe climática”.
Um “ano difícil” que
deixou uma lição, adiantou Guterres: “se trabalharmos juntos, em união e
solidariedade, esses raios de esperança podem chegar a todo o mundo”.
Para o secretário-geral
das Nações Unidas, 2021 deve servir para “curar o impacto de um vírus mortal,
curar economias e sociedades destruídas, curar divisões e começar a curar o
planeta”. ANG/Inforpress/Lusa
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