Saúde pública/OMS pede maior vigilância em África para novas variantes da Covid-19
Bissau, 31 Dez 20 (ANG) - A Organização Mundial da
Saúde, OMS, pede aos países africanos que aumentem a
vigilância para detectar novas mutações do Covid-19 e fortalecer
os esforços para conter a pandemia.
No caso sul-africano, a variante é
diferente da identificada no Reino Unido. Neste momento, está sendo
realizada uma análise mais aprofundada
para compreender a mutação.
Já a Nigéria investiga uma
variante identificada em amostras coletadas em agosto e outubro no
país.
Em comunicado, a diretora regional
da OMS para a África, Matshidiso Moeti, disse
que “o surgimento de novas variantes é comum”, mas avisou que
“aquelas com maior velocidade de transmissão ou níveis de
patógenos são muito preocupantes.”
Segundo ela, as investigações em
curso são “cruciais para compreender de forma abrangente o comportamento
do vírus e orientar a resposta adequada.”
Em setembro, a OMS e os Centros
Africanos para Controle e Prevenção de Doenças lançaram uma rede de 12 laboratórios
na África para reforçar o sequenciamento do genoma da Sars-CoV-2,
conhecida como Covid-19.
Até 23 de dezembro, 4.948
sequenciamentos haviam sido feitos representando apenas 2% do
total global.
A África do Sul, que realizou a maior
parte desse trabalho, identificou 35 cepas do vírus e a Nigéria
18. Segundo a OMS, este esforço é importante para mostrar
a ligação e importação do vírus entre países.
O Escritório Regional
da agência está fornecendo orientação técnica e mobilizando apoio
financeiro para acelerar o sequenciamento na maioria dos países da região.
O Escritório também assiste os Estados-membros que não
possuem instalações especializadas no envio de amostras para laboratórios de referência.
Moeti disse que esse trabalho
de vigilância é essencial na resposta à
pandemia, mas medidas de saúde pública, como lavagem das mãos,
distanciamento físico e uso de
máscaras, continuam sendo fundamentais.
As novas variantes surgem num
momento em que as infecções estão aumentando nos 47 países da
região, chegando perto do pico visto em julho.
Nos últimos 28 dias, Argélia, Botsuana,
Burkina Fasso, República Democrática do Congo, Etiópia, Quênia, Namíbia,
Nigéria, África do Sul e Uganda relataram aumento de casos que
concentram 90% de todas as infecções na região. ANG/ONU NEWS
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