Caso caducidade da CNE/ Advogado de Cipriano Cassamá entrega contestação à
queixa do PAIGC no STJ
Bissau,04 Abr 23(ANG) – O advogado da defesa
do Presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), Nelson Moreira, entregou, segunda-feira,
uma contestação ao Supremo Tribunal de
Justiça (STJ) relativa ao processo judicial movido pelo Partido Africano da Independência
da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e a União para a Mudança (UM) contra a ANP sobre
a caducidade do secretariado da Comissão Nacional de Eleições (CNE).
Em declarações à imprensa , o também deputado
da nação pela lista do Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15)
acusou o PAIGC e a UM de pretenderem com o processo impedir a realização das
eleições legislativas marcadas para 4 de Junho.
“Nós estamos disponíveis para irmos às
eleições. Se há partidos que não estejam em condições de participar das
próximas eleições que fiquem fora e deixem-nos ir renovar os mandatos dos
deputados. Ouvimos que pretendem coligar nas próximas eleições, que a façam.
Esta manobra de entrar com os processos aqui e acolá, não vai resultar.
Pensamos que o STJ vai fazer o seu trabalho, aplicando a lei. Estou em crer que
as pretensões de Domingos Simões Pereira e Agnelo Regala vão ser indeferidas”.
Para Moreira, o atual secretariado da CNE
deve ser permitido que organize as eleições, “porque uma equipa que ganha não é
mudada”.
“É este secretariado que organizou as
eleições legislativas de 2019 e as presidenciais de 2020. Essas eleições foram
consideradas livres, justas e transparentes. Portanto, não há nada que
justifique a renovação do secretariado. Aliás, mesmo que justificasse não há
como fazê-la em termos legais” alegou Moreira, lembrando que, antes da
dissolução do hemiciclo, se podia renovar o secretariado, mas os partidos
representados na ANP, incluindo PAIGC e UM, não se dignaram resolver essas
questões, “preocuparam-se em organizar complô, inventar golpes, acordo de
petróleo e situação de avião”.
Nelson Moreira disse que o PAIGC e UM
entendem que a Comissão Permanente da ANP tem poderes para renovar o atual
secretariado da CNE. Uma alegação que diz ser “falsa”, porque, em termos
legais, o secretariado da CNE é eleito por dois terços (2/3) dos deputados,
afiançando que o Presidente da ANP, Cipriano Cassamá, tem atuado com base no
“princípio de legalidade” sobre o processo de caducidade do secretariado da
CNE.
Moreira afirma que o líder do parlamento está
tranquilo em relação a esse processo da CNE, acusando o PAIGC de querer que
Cassamá faça valer as encomendas do partido.
Para além da sua caducidade, a CNE funciona
sem o seu presidente eleito, José Pedro Sambú, que se transferiu para o Supremo
Tribunal de Justiça onde exerce funções de presidente da instituição.
Fala-se igualmente da vacatura provocada pela
inatividade de um dos vice-secretários
executivos agora apontado como
funcionário do Tribunal de Contas. ANG/O Democratagb
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