Pescas/A Unidade de Conservação e Transformação do pescado de Alto Bandim
dispõe de capacidade para armazenar 600 toneladas de peixes
Bissau,06 Abr 23(ANG) – A
recém inaugurada Unidade de conservação e transformação de pescado de Alto
Bandim dispõe de capacidade para armazenar 600 toneladas de pescado, das quais
prevê-se o processamento diário de 30 toneladas.
Segundo uma fonte contatada
pela ANG disse que a Unidade irá igualmente facilitar o Ministério das Pescas
na sua política de controle das descargas de pescados para abastecimento do
mercado nacional pelas frotas da pesca industrial que operam nas águas
territoriais da Guiné-Bissau, por ter a capacidade de armazenamento de 600
toneladas de pescados, visto que, outrora muitos navios tinham como pretexto de
não desembarque dos seus pescados com a falta das infrastruturas de
armazenamento de frio.
A fonte acrescenta que a Unidade para além de
comprar os pescados proveniente da pesca artesanal para posterior processamento,
transformação e conservação vai também efectuar vendas de gelos e num médio e
longo prazo vai montar uma cadeia de pestação de serviços para os pescadores de
pesca artesanal que vai desde venda de redes, motores fora de bordo e outros
materiais de pescas artesanal.
Disse que, em termos de
matéria prima, a Unidade vai passar a comprar as capturas de pescadores artesanais, para efeitos de
transformação e posterior venda ao mercado nacional assim como para exportação
para países da União Europeia e o resto de mundo.
A fonte adianta que, com a
entrada em funcionamento desta Unidade de Conservação e Transformação do
pescado, estão reunidas as condições para que a União Europeia autorize a exportação
do pescado guineense para o mercado europeu.
“A nossa maior preocupação tem a ver com a
fraca capacidade dos nossos pescadores para atender a nossa demanda. Muitos
pescadores artesanais se deparam com enormes dificuldades nas suas atividades,
dentre as quais a falta de meios materiais e financeiros para praticarem as
suas actividades”, salientou.
Por isso, de acordo com a
fonte, a empresa Chinesa “Zhongyu Global Seafood Corporation (ZGSC)”, que
financiou a construção da Unidade, prevê apoios aos pescadores artesanais, onde
já estão em curso o plano da modernização deste sector com a possibilidade de
fornecer embarcações de pesca artesanal modernas que vão garantir maior
segurança e possibilidade de maior captura para que estejam à altura de
abastecer a Unidade com quantidade de pescado suficiente para o seu normal
funcionamento, possibilitando desde modo o aumento da renda e de nivel de vida
dos nossos pescadores e consequentemente criar uma cadeia positiva para todos
os intervenientes neste sector e não só.
Diz a fonte que está em
curso um trabalho conjunto entre a empresa ZGSC e o Ministério das Pescas de
forma a definir um modelo de gestão da Unidade de Transformação e Conservação
do pescado.
Disse que a Unidade ainda
está a precisar de muito investimento de capital financeiro bem como aquisição
de muitos materiais para a entrada em funcionamento pleno.
Assim que a Unidade de
transformação e conservação do pescado atingir o seu funcionamento pleno, terá
a capacidade de empregar entre 100 à 200 trabalhadores.
A Unidade de transformação e
conservação de pescado foi construído pela empresa Chinesa “Zhongyu Global
Seafood Corporation (ZGSC) no valor de oito milhões de dólares.
A sua inauguração ocorreu no
passado 17 de Março , numa cerimónia
presidida pela ministra de Estado dos Negócios Estrangeiros, Cooperação
Internacional e das Comunidades, Suzi Barbosa, em representação do Presidente
da República Umaro Sissoco Embaló e contou com a presença do senhor Zong
WenFeng presidente da empresa China National Fisheries Corporation (CNFC) que é
Mãe da ZhongYu Global Seafood Corporation.
ANG/ÂC//SG
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