Afeganistão/Habitantes procuram
familiares nos escombros, ajuda internacional é escassa
Bissau, 09 Out 23 (ANG) - No
Afeganistão, os habitantes das aldeias atingidas pelo sismo continuam
desesperadamente à procura de sobreviventes, dois dias depois do terramoto que
matou mais de 2 000 pessoas no Oeste do país.
Segundo a ONU, 11 aldeias
foram totalmente destruídas, não restando nenhuma habitação em condições.
"As
pessoas estão a tentar procurar e socorrer os seus familiares nos escombros",
descreveu o porta-voz do ministério afegão da Gestão das catástrofes, o mullah
Janan Sayeq, apontando para uma "situação
muito má".
Camiões carregados de comida, água e coberturas
continuam a chegar às aldeias isoladas, a cerca de 30 km a Norte de Herat, zona
mais afetada pelo sismo de magnitude 6,3 e as seguintes oito réplicas que
abalaram a região no sábado 7 de Outubro, uma região já enfraquecida por uma
situação de seca que tem paralisado inúmeras comunidades desde há vários
anos.
Khalid, 32 anos, habitante da aldeia de
Kashkak explicou, em declarações à agência France Presse, que "muitas
pessoas vieram de regiões distantes para ajudar a socorrer as vítimas".
No sábado, os talibãs no poder pediram
ajuda às organizações locais para ajudar a levar os feridos para os
hospitais.
No domingo, a União Europeia enviou equipas de
socorro à zona do desastre mas a ajuda internacional é escassa e o sistema de
saúde afegão, que depende quase por completo da ajuda estrangeira, confronta-se
com importantes cortes financeiros.
Desde que os talibãs tomaram o poder em
Agosto de 2021, tem-se assistido a uma retirada geral da ajuda internacional
país, somando esta catástrofe natural a uma crise humanitária que já se vinha
alastrando no país.
Morreram mais de 2 400 pessoas na sequência do sismo
e mais de 2 000 ficaram feridas, dos quais dois terços são crianças e mulheres,
segundo a Organização Mundial da Saúde. ANG/RFI
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