China /Pequim adverte que vai retaliar aumento de taxas alfandegárias dos EUA
Bissau, 03 Mar 25 (ANG) - A China advertiu hoje que vai tomar "todas as medidas necessárias" para defender os seus
interesses, em resposta às taxas alfandegárias que os Estados Unidos planeiam
implementar a partir de terça-feira.
China opõe-se firmemente à decisão dos Estados Unidos de impor
mais taxas sob o pretexto de alegadas ameaças à sua segurança", disse o
porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Lin Jian, em conferência de
imprensa.
"Tomaremos todas as medidas necessárias para proteger os
nossos interesses legítimos", acrescentou.
O porta-voz acusou Washington de "politizar questões
económicas e comerciais" e disse que "numa guerra comercial não há
vencedores".
"As ações dos EUA minam a cooperação económica normal e
prejudicam a sua própria economia e credibilidade internacional", disse
Lin.
O Governo chinês não detalhou como vai retaliar, mas um jornal
oficial afirmou que Pequim pode tomar contramedidas contra produtos agrícolas e
alimentares dos EUA.
Pequim também avisou hoje que "tentar desacreditar e
confrontar a China não trará qualquer benefício para as relações
bilaterais" e instou os EUA a regressar ao "caminho correto do
diálogo e da cooperação com base no respeito mútuo".
"Uma mentira, por mais vezes que seja repetida, nunca se
tornará verdade", concluiu o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
As tensões comerciais entre as duas potências voltaram a
intensificar-se nos últimos dias, depois de o Presidente norte-americano,
Donald Trump, ter anunciado um novo aumento de 10% das taxas sobre produtos
chineses, para além dos 10% já aplicados recentemente, citando os esforços
insuficientes de Pequim para travar o tráfico de fentanil.
Pequim rejeitou estas acusações e defendeu, na semana passada,
que mantém "uma das políticas de controlo de drogas mais rigorosas do
mundo".ANG/Lusa
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