Emigração/Governo promete resolver problemas de falta de documentação dos guineenses residentes na Mauritânia
Bissau,
13 Mar 25 (ANG) - O Governo, através
do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades, e na pessoa do Secretário de Estado das Comunidades, prometeu,
esta quinta-feira, resolver o problema de falta de documentação que os
emigrantes guineenses enfrentam na Mauritânia.
Nelson
António Pereira deu a garantia em conferência de imprensa realizada em reação à
carta sobre situações de aflições que
os guineenses enfrentam na Mauritânia devido a falta de documentação, e que
terá estado na origem de detenção de muitos deles.
Disse
que, de acordo com a carta que recebeu da embaixada da Guiné-Bissau naquele
país, os guineenses passam por dificuldades na Mauritânia devido a falta de documentação,
razão pela qual muitos emigrantes foram detidos por não se disporem de Carta de Residência(CR).
Disse
que, a carta indica que, nas últimas semanas o Estado Mauritaniano tem
intensificado ações de fiscalização no seu território, para controlo de CR, com
alegação de que tais medidas estão a ser aplicadas devido a falta de iniciativa dos emigrantes em
relação a regularização das suas situações.
Nelson
Pereira acrescenta citando a carta, de que , em 2022, o governo da Mauritânia
realizou uma campanha gratuita de recenseamento, na sequência do qual 130 mil
emigrantes receberam, à custo zero, os respetivos Cartão de Residência, mas que
passados dois anos apenas sete mil emigrantes renovaram os seus documentos.
Segundo
Pereira, o que está a acontecer de momento na Mauritânia não se trata da
perseguição aos emigrantes, mas sim aplicação das leis nacionais que respeitam
a dignidade humana.
O
governante disse que a maioria dos cidadãos
guineenses residentes na Mauritânia não
tem a Carta de Residência em dia, e que as
desculpas têm sido alegações de que há
dificuldades de obtenção e renovação dos documentos naquele país, devido a
exigência de apresentação de Contrato de Trabalho e comprovativo da residência.
Nelson António Pereira disse, entretanto, citando a representação diplomática da Guiné-Bissau na Mauritânia, que parte significante de emigrantes guineenses encontram-se em na situação irregular, porque entraram de forma clandestina, sem Passaporte e sem Bilhete de Identidade , o que dificulta a sua regularização junto das autoridades mauritanianas .
"Independente
do que estamos a falar sobre a falta de documentação dos emigrantes guineenses
residentes na Mauritânia, houve um incidente que envolveu um maliano e um mauritaniano, em que o maliano
prestou serviço ao mauritanianas mas este
recusou lhe pagar. Foram á polícia, e
segundo as informações que recebemos, o maliano perdeu a justiça e, por sua vez,
resolveu fazer a justiça com as suas próprias mãos, acabando por
matar o mauritaniano. Daí a ira contra todos os emigrantes que foram
pegos em situação irregular. Muitos pedreiros, sobretudo malianos e
senegaleses, foram levados à prisão ou para a fronteira”, contou Nelson Pereira
. ANG/MI/ÂC//SG
Sem comentários:
Enviar um comentário