sexta-feira, 2 de março de 2018

Homenagem à Nino Vieira e Tagme Na Waie


       Movimento “Nino Ka Muri” deposita coroas de flores e reclama justiça

Bissau, 02 Mar 18 (ANG) – O Movimento “Nino Ka Muri”(Nino não morreu) depositou hoje no Cemitério Municipal de Bissau,  coroas de flores nas sepulturas do ex-Presidente da República, João Bernardo Vieira (Nino) e na do ex. Chefe de Estado-Maior das Forças Armadas, Tagme na Waié assassinados nos dias 1 e 2 de Março de 2009. 

Na ocasião, Amílcar Vieira, um dos filhos de malogrado João Bernardo Vieira que exige justiça disse tratar-se do  dia mais difícil na história do país, passados 9 anos, acrescentando que até agora a dor e o sofrimento permaneceu nos corações dos familiares e amigos, sobretudo porque nada se fez para traduzir os autores dos crimes à justiça.

Lamentou a forma como seu pai foi assassinado, afirmando que o país perdeu um grande filho e combatente, acrescentando que “espera” que um dia os guineenses tenham   paz e estabilidade duradoura. 

Falando em nome dos combatentes da Liberdade da Pátria, o Presidente de honra do PAIGC e ex-primeiro-ministro, Carlos Correia manifestou a sua convicção de que um dia a justiça  será feita e os culpados serão punidos por este “crime bárbaro”.

A veterana do `Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Francisca Pereira referiu, por seu lado, que trabalhou com os dois malogrados durante a luta armada na zona sul do país e salientou que Nino Vieira foi grande combatente e autor da proclamação da independência do país.

 “Ele era um irmão  para mim” deu tudo para que a Guiné-Bissau seja um país soberano e teve um fim que não mereceu”, lamentou Francisca Pereira. 

Nino Vieira foi assassinado na sua residência pelos militares, um dia depois do assassínio de Tagme na Waie, e a Procuradoria-geral da República decidiu recentemente arquivar os processos de  investigações  sobre os dois casos. ANG/JD/ÂC/JAM/SG

Sanções da CEDEAO



                    Bancos comerciais bloqueiam contas dos sancionados

Bissau,02 Mar 18 (ANG) - Os bancos comerciais em Bissau já estão a aplicar as medidas emitidas pela CEDEAO no sentido de bloquear as contas dos 19 guineenses alvos de sanções. Fernando Vaz, um dos visados, confirma a medida.

Com as sanções, as 19 personalidades guineenses ficam proibidas de viajar pelo menos para os outros 14 países da CEDEAO, terão os seus bens financeiros congelados e ainda estão proibidas de quaisquer operações nos bancos da comunidade africana.

Desde o início desta semana que os cinco bancos comerciais existentes em Bissau receberam ordens escritas da CEDEAO, através do representante da organização na Guiné-Bissau, Blaise Diplo, para bloquearem as contas das 19 personalidades.

O ministro do Turismo do Governo demissionário, Fernando Vaz, que é também o líder do partido União Patriótica Guineense, confirmou que a medida já está em vigor: 

Efectivamente existem alguns bancos que bloquearam a conta de alguns elementos. Eu, pessoalmente, recebi, no meu banco fui receber e recebi sem qualquer problema.”

A RFI apurou que a CEDEAO emitiu a ordem mas nem todos os bancos comerciais estão a cumprir, com o argumento de que não receberam orientações das suas direcções que estão fora da Guiné-Bissau. Dos cinco bancos comerciais existentes em Bissau, apenas um tem a sua direcção no país.

A RFI também sabe que o embargo às contas bancárias ainda não entrou em vigor a nível do próprio BCEAO, Banco Central de Estados da África Ocidental, que estaria a aguardar que a decisão lhe seja comunicada por uma instância superior da comunidade que não seja através de um simples ofício. ANG/RFI

Coreia do Norte


         Pyongyang nega ter ajudado a Síria a produzir armas químicas

Bissau, 02 Mar 18 (ANG) – A Coreia do Norte negou hoje ter cooperado com a Síria no desenvolvimento de armas químicas, responsabilizando os Estados Unidos por uma conspiração para aumentar a pressão sobre o regime e manter as sanções internacionais.

Um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros norte-coreano assegurou que o país se “opõe ao uso de armas químicas” e, “como referiu em várias ocasiões, não há registos de que a RPDC [República Popular Democrática da Coreia, nome oficial do país] tenha desenvolvido, produzido ou armazenado” este tipo de armamento.

Um relatório de peritos das Nações Unidas, divulgado esta semana pelo jornal norte-americano The New York Times, indicava que Pyongyang forneceu à Síria, ao longo de anos, materiais que podem ser utilizados no fabrico de armas públicas.

O documento, que não foi divulgado publicamente e cujo conteúdo a ONU não quis confirmar, estuda possíveis violações da Coreia do Norte às sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Em declarações à agência estatal de notícias KNCA, o porta-voz norte-coreano acusou os EUA de terem “incitado” o comité de sanções da ONU para que “cozinhasse a teoria de cooperação entre Pyongyang e Damasco”.

“Trata-se de um subterfúgio para avivar o ambiente de sanções contra a RPDC por posse e proliferação de armas químicas (…) e justificar uma invasão militar da Síria”, acrescentou.

O Governo de Bashar al-Assad comprometeu-se em 2013 a destruir todo o seu arsenal químico sob supervisão internacional, mas desde então foi acusado em várias ocasiões de voltar a utilizar substâncias proibidas com fins militares.

Sobre a Coreia do Norte foram impostas pesadas sanções, por parte do Conselho de Segurança da ONU, como represália pelo desenvolvimento do seu programa militar e de mísseis. ANG/Inforpress/Lusa


Bissau


                                                               
     União Europeia financia equipamento  de 25 mil casas com Gás Butano 

Bissau, 02 Mar 18 (ANG) - Um projeto bienal da UCCLA, Câmara Municipal de Bissau e Fundação Galp, aprovado e financiado pela União Europeia (UE), vai permitir equipar com gás butano 25.400 casas de bairros pobres da cidade de Bissau.



Um protocolo entre a União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA) e a Fundação GALP, deve ser assinado esta sexta-feira, e visa a realização do projeto e segue-se a um acordo anterior celebrado entre a organização lusófona e a Câmara Municipal de Bissau, em novembro 2017.

Com início em abril deste ano, o projeto "envolve o fornecimento de 25.400 'kits', que são pequenos fogões com botija de gás (bico de fogão) e acessórios de ligação", como referiu à agência Lusa o secretário-geral da (UCCLA), Vítor Ramalho.

"Estes 'kits' são fornecidos com base nos estudos previamente identificados em bairros pobres de Bissau de caracterização das famílias", notou Vítor Ramalho.

O secretário-geral da UCCLA adiantou que este programa a desenvolver em Bissau "é um incentivo à substituição do carvão, que tem efeitos nefastos para o ambiente e a saúde, por uma energia limpa, o gás butano".
Vítor Ramalho salientou também que "haverá campanhas de sensibilização e formação".

Trata-se de um projeto  apoiado e financiado pela UE, inserido no Pacto dos Autarcas para a África Subsaariana - Fase II.

O carvão vegetal e a lenha foram as energias com maior procura na Guiné-Bissau em 2012, de acordo com os indicadores do Plano de Ação Nacional para a Eficiência Energética da Guiné-Bissau, que tem como período de desenvolvimento de 2015 a 2030.

Nos indicadores de consumo em 2012, a lenha representou 75 por cento e o carvão vegetal 14 por cento, enquanto os produtos petrolíferos ficaram pelos 10 por cento e apenas se registou 1por cento de eletricidade. ANG/Lusa

Rússia



Putin promete cortar para metade a taxa de pobreza em seis anos

Bissau, 02 Mar 18 (ANG) - O Presidente russo, Vladimir Putin, prometeu esta quinta-feira cortar para metade a taxa de pobreza nos próximos seis anos, ou seja, a duração do mandato que deverá garantir nas eleições de 18 de março.

O chefe de Estado disse que o número de pessoas a viver com menos de 150 euros por mês é atualmente cerca de 20 milhões
"Devemos resolver uma das tarefas chave da próxima década: garantir o crescimento sustentado dos rendimentos reais dos cidadãos e, em seis anos, reduzir pelo menos para metade a taxa de pobreza", disse Putin no seu discurso anual no Parlamento, transmitido em direto pela televisão.

O chefe de Estado disse que o número de pessoas na pobreza no país - ou seja, que vivem com menos de 150 euros por mês - passou de 42 milhões em 2000 para cerca de 20 milhões atualmente.

A Rússia tem cerca de 146 milhões de habitantes.

No discurso de hoje, perante centenas de responsáveis e deputados, Putin disse que a Rússia tem de dar um salto tecnológico para um futuro desenvolvimento de sucesso. Considerou imprescindível ampliar o espaço das liberdades e fortalecer as instituições democráticas para garantir o crescimento da Rússia.

"Para ir em frente, crescer de forma dinâmica, devemos ampliar o espaço de liberdades, em todas as esferas, fortalecer as instituições democráticas, o autogoverno local, as estruturas da sociedade civil, a justiça", afirmou Putin.

O líder do Kremlin acrescentou que a Rússia deve ser "um país aberto ao mundo, a novas ideias e iniciativas".

Putin, cuja taxa de aprovação é superior a 80%, deverá vencer sem dificuldade as eleições presidenciais de 18 de março, às quais concorrem sete outros candidatos.

ANG/DN/Lusa
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