Pyongyang nega ter ajudado a Síria a produzir armas químicas
Bissau, 02 Mar 18 (ANG) – A Coreia do Norte negou hoje ter
cooperado com a Síria no desenvolvimento de armas químicas, responsabilizando
os Estados Unidos por uma conspiração para aumentar a pressão sobre o regime e
manter as sanções internacionais.
Um porta-voz do
Ministério dos Negócios Estrangeiros norte-coreano assegurou que o país se
“opõe ao uso de armas químicas” e, “como referiu em várias ocasiões, não há
registos de que a RPDC [República Popular Democrática da Coreia, nome oficial
do país] tenha desenvolvido, produzido ou armazenado” este tipo de armamento.
Um relatório de peritos
das Nações Unidas, divulgado esta semana pelo jornal norte-americano The New
York Times, indicava que Pyongyang forneceu à Síria, ao longo de anos,
materiais que podem ser utilizados no fabrico de armas públicas.
O documento, que
não foi divulgado publicamente e cujo conteúdo a ONU não quis confirmar, estuda
possíveis violações da Coreia do Norte às sanções aprovadas pelo Conselho de
Segurança das Nações Unidas.
Em declarações à
agência estatal de notícias KNCA, o porta-voz norte-coreano acusou os EUA de
terem “incitado” o comité de sanções da ONU para que “cozinhasse a teoria de
cooperação entre Pyongyang e Damasco”.
“Trata-se de um
subterfúgio para avivar o ambiente de sanções contra a RPDC por posse e
proliferação de armas químicas (…) e justificar uma invasão militar da Síria”,
acrescentou.
O Governo de Bashar
al-Assad comprometeu-se em 2013 a destruir todo o seu arsenal químico sob
supervisão internacional, mas desde então foi acusado em várias ocasiões de
voltar a utilizar substâncias proibidas com fins militares.
Sobre a Coreia do
Norte foram impostas pesadas sanções, por parte do Conselho de Segurança da
ONU, como represália pelo desenvolvimento do seu programa militar e de mísseis.
ANG/Inforpress/Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário