Aviação Civil vai demolir casas construídas no
espaço aeroportuário
Bissau,06 Mar 18 (ANG) - A Agência da Aviação Civil da
Guiné-Bissau, anunciou recentemente que vai demolir as casas construídas, de
forma ilegal, no espaço do Aeroporto Internacional “Osvaldo Vieira” e, que põem
em perigo o sistema da navegação área, no único aeroporto com a capacidade de
receber voos internacional.
Segundo um documento divulgado pela Agência para a
Segurança da Navegação Aérea em África e Madagáscar (ASECNA), a Agência da
Aviação Civil vai demolir estas casas, porque se não, o Aeroporto vai ser
encerrado devido à essa situação.
Em conferência de imprensa, o primeiro vogal do Conselho
da Administração da instituição, Nelson Moreira adiantou que a Agência da
Aviação Civil já contratou um gabinete jurídico para ocupar desse dossiê.
“Foram identificadas um total de cincos casas, mas
estamos a falar de cinco casas que estão no ponto crítico. E o relatório
recomenda que todas as casas sejam demolidas, porque senão o aeroporto
internacional vai ser encerrado. E já estamos a receber os relatórios pilotos
das companhias aéreas que apontam neste sentido”, explicou Moreira.
Moreira disse que
a Agência da Aviação Civil já reuniu várias vezes com os proprietários das
casas no sentido de suspenderem as obras, mas que continuam a não acatar a
decisão da instituição.
Perante este cenário, o primeiro vogal do Conselho da
Administração da Aviação Civil assegurou que a instituição vai avançar para a
demolição.
“Estamos aqui para trabalhar, por isso, vamos demolir
estas casas doa a quem doer, porque aquele espaço é nosso e ninguém foi
autorizado a construir casas no local”, afirmou Moreira na presença de alguns
membros do Conselho da Administração da Aviação Civil.
Na ocasião, o representante da ASECNA na Guiné-Bissau,
Marcos Galina Correia, mostrou-se preocupado com a situação, tendo considerado
comprometedora para o aeroporto, mas alertou que é fundamental respeitar áreas
protegidas por decreto dos servidores aeronáuticos.
“Para além desta situação atual que é comprometedora para
nosso aeroporto a curto, médio e longo prazo, o princípio deve passar pelo
respeito as áreas protegidas pelo decreto dos servidores aeronáuticos, senão
este problema poderá se repetir no futuro”, argumentou Galina Correia.
Estas obras, segundo Galina, para além do o perigo que
põem ao sistema da navegação área do Aeroporto Internacional “Osvaldo Vieira”, comprometerem também muito voos internacionais que sobrevoam o espaço
área da Guiné-Bissau .
Criada a 12 de dezembro de 1959 pela Convenção de
Saint-Louis (norte do Senegal) e modificada pela de Dakar em 1974, a ASECNA tem
por incumbência garantir a segurança de voos no espaço aéreo que lhe compete.
ANG/Rádio Jovem
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