terça-feira, 6 de março de 2018

Tráfico aéreo



Aviação Civil vai demolir casas construídas no espaço aeroportuário
 
Bissau,06 Mar 18 (ANG) - A Agência da Aviação Civil da Guiné-Bissau, anunciou recentemente que vai demolir as casas construídas, de forma ilegal, no espaço do Aeroporto Internacional “Osvaldo Vieira” e, que põem em perigo o sistema da navegação área, no único aeroporto com a capacidade de receber voos internacional.

Segundo um documento divulgado pela Agência para a Segurança da Navegação Aérea em África e Madagáscar (ASECNA), a Agência da Aviação Civil vai demolir estas casas, porque se não, o Aeroporto vai ser encerrado devido à essa situação.

Em conferência de imprensa, o primeiro vogal do Conselho da Administração da instituição, Nelson Moreira adiantou que a Agência da Aviação Civil já contratou um gabinete jurídico para ocupar desse dossiê.

“Foram identificadas um total de cincos casas, mas estamos a falar de cinco casas que estão no ponto crítico. E o relatório recomenda que todas as casas sejam demolidas, porque senão o aeroporto internacional vai ser encerrado. E já estamos a receber os relatórios pilotos das companhias aéreas que apontam neste sentido”, explicou Moreira.

 Moreira disse que a Agência da Aviação Civil já reuniu várias vezes com os proprietários das casas no sentido de suspenderem as obras, mas que continuam a não acatar a decisão da instituição.

Perante este cenário, o primeiro vogal do Conselho da Administração da Aviação Civil assegurou que a instituição vai avançar para a demolição.

“Estamos aqui para trabalhar, por isso, vamos demolir estas casas doa a quem doer, porque aquele espaço é nosso e ninguém foi autorizado a construir casas no local”, afirmou Moreira na presença de alguns membros do Conselho da Administração da Aviação Civil.

Na ocasião, o representante da ASECNA na Guiné-Bissau, Marcos Galina Correia, mostrou-se preocupado com a situação, tendo considerado comprometedora para o aeroporto, mas alertou que é fundamental respeitar áreas protegidas por decreto dos servidores aeronáuticos.

“Para além desta situação atual que é comprometedora para nosso aeroporto a curto, médio e longo prazo, o princípio deve passar pelo respeito as áreas protegidas pelo decreto dos servidores aeronáuticos, senão este problema poderá se repetir no futuro”, argumentou Galina Correia.

Estas obras, segundo Galina, para além do o perigo que põem ao sistema da navegação área do Aeroporto Internacional “Osvaldo Vieira”,  comprometerem também muito  voos internacionais que sobrevoam o espaço área da Guiné-Bissau .

Criada a 12 de dezembro de 1959 pela Convenção de Saint-Louis (norte do Senegal) e modificada pela de Dakar em 1974, a ASECNA tem por incumbência garantir a segurança de voos no espaço aéreo que lhe compete.
 
ANG/Rádio Jovem

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