Vacina cubana mostra resultados positivos em
testes com humanos
Bissau,06 Mar 18(ANG) - Uma vacina terapêutica destinada
a reduzir a carga viral de uma infecção por HIV, e atualmente em fase de
ensaios clínicos para garantir sua segurança, apresentou efeitos positivos em
nove pacientes testados, de acordo com informações do site Cuba Debate.

Na fase anterior, de testes pré-clínicos realizados em
animais, os pesquisadores já haviam compreendido que a vacina de fato reforçou
a resposta imunológica do corpo. Agora, o mesmo foi observado em seres humanos.
Yayri alertou para
a criação de falsas expectativas. Segundo ela, trata-se de um projeto que já
levou vários anos e ainda demorará para estar disponível para uso clínico.
Ainda são necessários mais ensaios com um número maior de amostras para que
seja determinado se o medicamento poderá ou não ser aproveitado.
Ressaltou que as
instituições científicas do país, e em particular o CIGB, manterão a busca de
candidatos à vacina entre suas prioridades, mas que, atualmente, o principal
método ainda é a prevenção pelo uso de preservativos. O objetivo da TERAVAC-HIV
é substituir a terapia atual, que consiste na combinação de diferentes
inibidores retrovirais que bloqueiam a expansão do vírus. Embora seja
considerada eficiente, em alguns casos pode vir acompanhada de efeitos
colaterais.
A vacina é administrada via mucosa (spray) e
intramuscular (injeção) simultaneamente, e foi desenvolvida para induzir uma
resposta celular contra o vírus por meio de uma espécie de proteína
recombinante –de diversas técnicas de engenharia genética. Os resultados
preliminares do estudo mostraram que ela de fato conseguiu diminuir a carga
viral nos linfócitos T citotóxicos (CD8) nos pacientes testados.
A proposta da equipe foi apresentada a pesquisadores no
primeiro Congresso BioProcess 2017, realizado recentemente em Cuba. De acordo
com o Infomed, portal da rede de saúde pública do país, o primeiro caso de
transmissão de HIV em Cuba foi registrado há 31 anos.
Segundo afirmou a OMS
(Organização Mundial da Saúde), em 2015, a ilha se tornou o primeiro lugar do
mundo a erradicar a transmissão do vírus por meio da gravidez (de mãe para
filho).
ANG/ site Cuba Debate
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