“CPLP é pouco
activa”, diz presidente do parlamento de
Cabo Verde
Bissau, 13 Mar 18 (ANG) – O presidente do
parlamento de cabo Verde, Jorge Santos, criticou segunda-feira, na capital
são-tomense , o que diz ser o papel pouco activo da assembleia parlamentar da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Jorge Santos, que falava durante uma
sessão parlamentar de boas vindas, lembrou que em Julho o seu país assumirá a
presidência da CPLP, na sequência da cimeira dos chefes de Estados e de Governo
da organização, na ilha do Sal.
“A anteceder a cimeira realizar-se-á,
nos dias 14 e 15 de Julho, a 8.ª Assembleia Parlamentar da CPLP, onde a
Assembleia Nacional de Cabo Verde assumirá a presidência dessa instância
parlamentar”, disse Jorge Santos, destacando que durante o mandato Cabo Verde
terá como objectivo “destacar e consolidar o papel da assembleia parlamentar da
CPLP que não tem tido uma acção tão activa nos nossos relacionamentos”.
“Queremos uma CPLP que seja muito mais
do que uma comunidade de Estados. Que seja uma comunidade de países de
princípio, de valores, de pessoas, mas também dos seus interesses e negócios”,
sublinhou.
O dirigente cabo-verdiano disse que
“essa nova visão da CPLP será marcada por uma agenda” que o seu país pretende
“discutir e consensualizar com todos os colegas presentes” na próxima cimeira.
Jorge Santos sublinhou que a nova agenda
contemplará três aspectos fundamentais, designadamente “uma reflexão profunda
sobre a livre circulação de pessoas, serviços, bens e capitais” e que irá
“analisar e promover o intercâmbio mais intenso e consolidado em matéria de
investigação, economia azul e mar, ciência, cultura e tecnologia”.
Por último, Cabo Verde propõe também
debater neste evento “a necessidade de um sistema de informação lusófona que
possa permitir uma cooperação em matérias policiais e judiciais”.
Jorge Santos recordou que no que
concerne à livre circulação de pessoas, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde “estão
dando passos importantes”, uma vez que os parlamentos dos dois países já
aprovaram legislação para a livre circulação das pessoas e a isenção de vistos
para europeus e outras nacionalidades.
O parlamentar cabo-verdiano garantiu que
“é transformando a assembleia parlamentar da CPLP num fórum de discussão de
todas essas questões” que se conseguirá “almejar um espaço lusófono
caracterizado pela liberdade de circulação, pelo livre transito, comércio e
pela segurança”.
O presidente do parlamento de Cabo Verde
realçou também a importância estratégica de São Tomé e Príncipe e de Cabo Verde
no golfo da Guiné que, disse, “constituem território de capital importância nas
relações transatlânticas”.
“O nosso posicionamento geopolítico e
geoestratégico conferiu-nos o estatuto de plataformas naturais na construção e
na manutenção da paz de da segurança no atlântico e particularmente no Golfo da
Guiné, uma região estratégia na geopolítica internacional, tanto do ponto de
vista do desenvolvimento sustentável quanto do ponto de vista particularmente
económico”, referiu. ANG/Inforpress/Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário