Presidente
do Tribunal de Contas denuncia irregularidades financeiras em nove empresas públicas
Bissau, 10 Mar 18 (ANG) – O Presidente do Tribunal
de Contas disse haver “irregularidades” em algumas empresas públicas
auditadas.
Dionísio Cabi fez estas
afirmações no acto de entrega, esta sexta-feira, dos relatórios finais das
auditorias financeiras de nove instituições e empresas de capitais públicos
nomeadamente a Empresa de Electricidade e Águas da Guiné-Bissau (EAGB), Administração
dos Portos da Guiné (APGB), Instituto de Segurança Social (INSS), Autoridade
Reguladora Nacional (ARN), Agência de Aviação Civil da Guiné-Bissau (AACGB)Fundo
de Conservação Rodoviária, GUINÉ-TEl, GUINÉ TELECOM e gastos militares.
Cabi não revelou entretanto
as irregularidades cometidas pelas empresas visadas.
Disse que a sua instituição ainda
prevé a entrega de relatórios de cerca
de outras 12 empresas até 2019, afirmando que o referido documento serve para
ajudar no saneamento financeiro como elemento fundamental da vida económica do
país.
Questionado sobre se o
documento não está ameaçado devido ao alto nível de corrupção existente no país
respondeu que haverá mais conclusões porque a equipa está preocupada com a
saúde financeira do país, o que determina o
bem estar social e político de uma nação.
Dionísio Cabi referiu que
recebeu uma solicitação do Ministério das Finanças em colaboração com o Fundo
Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial para elaboração do documento ora
entregue.
Revelou ainda que a
auditoria das nove empresas teve duração de dois meses e serão entregues ao
Ministério Público brevemente.
Segundo o ministro cessante das Finanças, João Aladje
Mamadú Fadia trata-se da primeira vez
que o país realiza auditoria nas instituições públicas, com
total isenção e imparcialidade.
Sublinhou que a partir deste
relatório vão fazer as instituições que gerem o que é de todos cumprir a
prestação de contas.
ANG/JD/ÂC/SG
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