quinta-feira, 22 de março de 2018

Facebook


Engenheiro Informático aconselha ponderação na  utilização da rede social

Bissau, 22 Mar 18 (ANG) – O Engenheiro Informático e docente na Universidade Lusófona da Guiné(ULG),Braima Nhamadjo aconselhou hoje os usuários da rede social Facebook a serem prudentes no uso desta ferramenta, na escolha dos conteúdos a explorar e nos cuidados a ter na partilha de dados.

 Nhamadjo que falava em entrevista exclusiva à ANG sobre as acusações contra a maior rede social do mundo de indícios de utilização indevida de dados de milhões de seus utilizadores, disse que a suspeita não começou com a eleição de Trump como Presidente dos Estados Unidos de América.

“Os problemas de uso indevido de dados dos utilizadores começaram a partir dos anos 2011 à 2012, quando o facebook entrou nas bolsas de valores de mercado de Nova Iorque. A partir daí, começou a aparecer os chamados  “tráfico de dados” ou seja quando facebook aceitou que empresas terceiras  interferissem directamente na plataforma “,lembrou.

Para o docente informático da Universidade Lusófona da Guiné, o ponto central de tudo isso foi quando a Inglaterra decidiu abandonar a zona euro, explicando que há uma empresa denominada “Cambrech Analitic”, especializada no marketing digital e de recolha de dados que lançam campanhas publicitárias na internet que influenciou muito a saída dos ingleses da União Europeia.

 “Depois de consolidada a saída da Inglaterra da União Europeia, o sistema saiu da Europa e entrou para os Estados Unidos, onde se falou muito das interferências da Rússia nas últimas eleições americanas que provavelmente teria contribuído para a derrota da Hilary Clinton “,disse.

O técnico informático disse que na Guiné-Bissau a influência da rede social é muito reduzida com uso específico, e não contribui para decisão alguma..

“Se formos ver em cem por cento dos utilizadores nacionais, só dez por cento é que se interessa pela informação. A maioria se limita a enviar fotos, vídeos, mensagens, e os perigos são as notícias sobre terrorismo, pornografias, prostituição infantil, entre outros, que podem influenciar, negativamente, os jovens “,explicou.

Nhamadjo chama atenção aos usuários das redes sociais com os chamados aplicativos terceiros, que clicam para fazer testes. Citou o  exemplo de uma mulher  que quer ficar grávida, daqui a 10 anos. Que rosto vai ter ? São aplicativos mais de recolha de dados onde as pessoas cedem dados pessoais  e os de amigos.

“Por isso deve-se ter o cuidado em sair de facebook para entrar num outro aplicativo”, aconselhou.

Referiu  que muitas  vezes já ouviu pessoas a dizer  que o facebook acertou, errou, fez este ou aquilo, sem saber  que não é o facebook mais sim os aplicativos terceiros que têm um contrato de parceria com a facebook. “Apesar de tudo, vale a pena continuar a usar as redes sociais, mas com prudência”, avisou.

“É preciso escolher o que é bom porque é um campo muito vasto com tudo: tanto de bom como do mal”, aconselhou.

Braima Nhamado referiu que o objectivo da criação do facebook em 2004 e 2005, nos Estados Unidos de América por dois colegas que partilhavam o mesmo quarto é de se comunicar e fazer trabalhos da universidade nos momentos em que não se encontravam juntos. 
ANG/MSC/ÂC/SG










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