“A prevalência
do fenómeno está a diminuir globalmente” diz UNICEF
Bissau, 07 Mar 18 (ANG) – O Fundo das Nações Unidas para Infância
(UNICEF) disse no seu mais recente relatório que a prevalência do casamento
infantil está a diminuir globalmente, observando-se em vários países reduções
significativas nos últimos anos.
A informação consta num comunicado de imprensa enviado hoje à ANG, que afirma que a proporção
de mulheres que casaram ainda crianças diminuiu 15 por cento na última década, de
1 em cada 4 para aproximadamente1 em cada 5.
De acordo com os dados do UNICEF, estima-se que o número
total de crianças casadas na infância é de cerca de 12 milhões por ano. Os
novos números apontam para uma redução global acumulada de menos de 25 milhões
de matrimónios do que foi antecipado a nível mundial há 10 anos.
Entretanto, o documento refere ainda que o mundo comprometeu
a acabar com o casamento infantil até
2030, destacando a necessidade de se redobrar esforços colectivos para se
evitar que milhões de raparigas vejam a
sua infância roubada através desta prática devastadora.
O relatório indica que a Àsia testemunhou o maior declínio no
casamento infantil em todo o mundo nos últimos 10 anos, já que o risco de casar
antes de 18 diminuiu para mais de um terço, de quase 50 por cento para 30 por
cento, uma grande parte devido ao progresso na Índia.
Segundo o relatório, cerca de 650 milhões de mulheres
casaram em criança, a Ásia do sul está a liderar a redução do casamento
infantil na última década, enquanto o peso global deslocou para a Árica Subsariana
onde as taxas de progresso precisam de ser ampliadas dramaticamente para compensar
o crescimento populacional.
Das mais recentes
noivas crianças casadas, 1 em cada 3 são de África Subsariana, em comparação
com 1 em cada 5 anteriormente, subescreve o documento.
O documento refere que o aumento das taxas de educação das
meninas, os investimentos proactivos do governo em raparigas adolescentes e
fortes mensagens públicas em torno da ilegalidade do casamento infantil e os
danos causados são uma das razões da mudança.
Para acabar com a prática até 2030, o UNICEF estabeleceu os
Objectivos de Desenvolvimento Sustentável
e o progresso deve ser acelerado.
“Sem o mesmo, mais de 150 milhões de meninas menores de 18
anos poderão se casar até 2030”, refere o comunicado.
ANG/JD/ÂC/SG
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