sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Angola


Embaixador em Bissau  nega violação dos Direitos Humanos no âmbito da operação “transparência”

Bissau, 07 Dez 18 (ANG) – O embaixador de Angola na Guiné-Bissau, Daniel António Rosa negou  as informações de violação dos direitos humanos no âmbito da “Operação Transparência” levado a cabo pelo governo daquele país na província da Lunda Norte e disse decorrer em legítimo direito de defesa da sua soberania e integridade territorial.

A nota de defesa foi tornada publica em jeito de reacção as informações postas a circular pela imprensa internacional, acusando as autoridades angolanas de violação dos direitos humanos contra cidadãos estrangeiros no decurso da “Operação Transparência”.

O comunicado à imprensa, da Embaixada de Angola na Guiné Bissau, enviada hoje à ANG esclarece que foram deportados para os seus países de origem, em observância as normas internacionais, explicando que, os cidadãos de várias nacionalidades entre os quais congoleses, libaneses, sul-africanos e mauritanianos que se encontravam ilegalmente no território angolano, explorando diamantes e outras pedras preciosas.

“Estas práticas ilícitas lesam o Estado angolano na ordem de milhões de dólares, recursos necessários para implementação de programas sociais para melhoria da qualidade de vida dos cidadãos angolanos”, refere o documento.

Por isso, segundo o comunicado, a Angola enquanto Estado soberano, reserva-se ao direito de garantir a inviolabilidade das suas fronteiras, bem como a preservação e uso adequado dos seus recursos naturais, beneficiando, em primeira instancia os seus progressos económico.

O Embaixador da República da Angola na Guiné-Bissau reafirma o seu interesse, em nome do Estado angolano, de estabelecer relações fraternais e de cooperação com todos os países, na base do respeito mútuo.
ANG/LPG/ÂC//SG

Saúde



Bissau,07 Dez 18 (ANG) - A organização não-governamental ,Corações com Coroa e a direção do Hospital Simão Mendes  inauguraram quinta-feira uma nova ala da maternidade naquele estabelecimento hospitalar com equipamentos do antigo hospital de Vila Franca de Xira.

"A verdade é que houve a informação de que havia um hospital público de Vila Franca de Xira que estava desativado e cujo material estava sob a tutela da Santa Casa da Misericórdia de Vila Franca de Xira e contataram-me no sentido de saber o que poderiam fazer e imediatamente me surgiu à cabeça a Guiné-Bissau", afirmou Catariana Furtado, presidente da Coração com Coroa e embaixadora do Fundo das Nações Unidas para a População.

Segundo Catarina Furtado, que há 12 anos desenvolve projetos na área da saúde na Guiné-Bissau, a decisão de doar aquele equipamento à Guiné-Bissau surgiu por "conhecer a realidade no que diz respeito às carências" que existem no país, principalmente na saúde materno-infantil e neonatal.

"Achei que fazia sentido fazer um projeto cá", afirmou. "Está aqui montada uma nova ala na maternidade e também uma enfermaria. Vamos tentar manter o acompanhamento ao projeto para perceber em quê que podemos ajudar mais", acrescentou.

A maternidade do Hospital Nacional Simão Mendes, em Bissau, realiza mensalmente cerca de 900 partos e segundo dados da organização não-governamental portuguesa o "mobiliário hospitalar é insuficiente e obsoleto".

Ao todo, a Coração com Coroas instalou 100 camas articuladas de adulto, colchões, berços, camas de criança, mesas-de-cabeceira, marquesas para partos, marquesas cirúrgicas, macas, cadeirões articulados, lençóis de adulto e crianças, cobertores, atoalhados e vestuário de bebé.

"Estamos convictos de que esta oferta vai colmatar a situação que se vive na maternidade, incluindo que se ponham duas grávidas na mesma cama. Vamos acarinhar estes equipamentos, cuidar com muito rigor. Vamos ser exigentes com material e a limpeza", afirmou o diretor do Hospital Nacional Simão Mendes, Agostinho Semedo. ANG/Lusa

Sociedade


         " A UNTG−CS repudia sindicalismo lucrativo ", diz Alberto Djata

Bissau, 07 Dez 18 (ANG) – O Vice-secretário Geral da União Nacional dos Trabalhadores Guineense−Central Sindical, Alberto Djata, disse que a sua instituição repudia o sindicalismo lucrativo na Guiné-Bissau, que tem vindo a descredibilizar o sector.
Sede da UNTG em Bissau

Em entrevista exclusiva à ANG, sobre a alegada oferta, por parte do Presidente da República, de viaturas à alguns dirigentes sindicais filiados naquela Central Sindical, o Vice-secretário Geral desta organização, disse que a actual direcção da UNTG tem vindo a denunciar e desencorajar  situações dos líderes sindicais de tirarem proveitos pessoais em nome dos seus associados.

"Quem escolheu a vida de sindicalista, deve estar pronto para sacrificar para o bem dos trabalhadores e não ao contrário", disse Alberto Djata.

Segundo este responsável, o assunto tornado  público no decorrer da semana passada sobre a entrega das viaturas pelo Presidente da República aos dois sindicatos afiliados na Central Sindical, nomeadamente Sindicato Democrático de Professores (SINDEPROF) e Sindicato dos Técnicos de Saúde (STS), não constitui surpresa.

Fez questão de salientar que os líderes envolvidos no escândalo não fazem parte da direção da UNTG, para sustentar que o caso demonstra  a equidistância da actual direcção da UNTG em relação aos assuntos obscuros que prejudicam os trabalhadores guineenses.
Djata garante que a UNTG vai continuar a distância, a observar o desenrolar deste episódio, embora reconhece que o nome de setor sindical  está em causa.

Alberto Djata, também  culpou aos governantes, e os acusa de serem os patrocinadores de actos de desacreditação da luta pelo direitos e  melhoria da vidas dos trabalhadores.

Alberto Djata exorta a todos os trabalhadores guineenses  para se manterem  serenos e confiantes de que a UNTG vai defender e dignificar sempre os seus associados de forma transparente e honesta. ANG/CP/ÂC//SG

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Diplomacia


                               Chefe de Estado visita Guiné Equatorial

Bissau,06 Dez 18 (ANG) – O Presidente da República deslocou-se esta manhã  à República da Guiné Equatorial à convite do seu homologo, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo , para uma visita oficial de dois dias.

A informação consta numa nota informativa do gabinete de comunicação e das relações publicas da presidência da República a que ANG teve acesso.

Segundo o documento, nesta deslocação realizada com o objetivo de reforças as relações de cooperação entre os dois países, José Mário Vaz fez-se acompanhar pelo ministro de Negócios Estrangeiros, João Butian Có , da Defesa Nacional, Eduardo Sanhá e alguns conselheiros da Presidência da República.  ANG/JD/ÂC//SG

Energia elétrica


“A taxa de eletrificação e consumo de energia elétrica continuam deficitárias no país”, diz ministro da Energia

Bissau,06 Dez 18 (ANG) – O ministro da Energia, Indústria e Recursos Naturais afirmou que a taxa de eletrificação e do consumo da energia eléctrica continuam extremamente deficitária no país.

António Serifo Embaló que falava hoje na cerimónia de abertura da primeira Conferência Internacional sobre Energia Sustentável na Guiné-Bissau, disse que essa situação conduz cada vez mais à pressão sobre as florestas para alimentar as necessidades das populações em energia que assenta essencialmente na utilização da biomassa.

“Isso provoca a exploração irracional da lenha e carvão provocando enorme impacto negativo no equilíbrio do ambiente”, frisou o governante.

Serifo Embaló disse que o país tem que enveredar, em definitivo, para a produção de energias renováveis, recorrendo as fontes da energia hidráulica, solar e eólica. 

Disse que qualquer país que se quer desenvolver tem na energia um pré-requisito indispensável e sem a qual não consegue atingir esse desiderato.

“Sem o acesso à energia fiável e a um preço acessível dificilmente o país poderá encorajar o investimento, particularmente do sector privado e da indústria conducentes a transformação dos nossos produtos agrícolas em particular o caju e assim gerar um emprego para a juventude”, destacou.

O governante afirmou que a realização da Conferência Internacional sobre Energias Sustentáveis na Guiné-Bissau, certamente irá criar condições e apontar melhores caminhos que permitam a definição das políticas nacionais sobre as energias renováveis.

Por sua vez, a Diretora Executiva da Associação Lusófona de Energias Renováveis (ALER), contou que iniciaram esse trabalho há um ano, com a redacção do relatório nacional sobre o ponto de situação das energias renováveis e deficiência energética.

Isabel Cancela de Abreu explicou que seguidamente em Maio passado organizaram em Lisboa um Workshop de Investimento em energia sustentável na Guiné-Bissau e que funcionou como um evento preparatório desta Conferencia.

“Na verdade precisaremos da contribuição de todos para que a Guiné-Bissau possa cumprir as suas metas ambiciosas e aumentar a taxa de eletrificação dos atuais 15 por cento para os 81 em 2030, com uma contribuição de 75 por cento das energias renováveis”, almejou. 

Ao sector privado, prosseguiu, Isabel Cancela de Abreu fez um apelo para se investir e desenvolver projetos de energias sustentáveis no país.

Ao Governo pediu igualmente para que crie condições e facilite a participação do sector privado.

 “É verdade que que isso pode ser um desafio para todas as partes, mas podem contar com a Associação Lusófona das Energias Renováveis (ALER), de forma a trabalharmos em conjunto”, disse.

Segundo Isabel Abreu, a ALER, criada há quatro anos, pretende criar uma plataforma para a troca de informações e geração de consensos, constituindo a voz comum das energias renováveis na lusofonia.

A Conferência Internacional sobre Energia Sustentável na Guiné-Bissau termina na sexta-feira e conta com 170 participantes. ANG/ÂC//SG