segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Sudão


                           Ex-Presidente condenado a dois anos de prisão por corrupção
Bissau, 16 dez 19 (ANG) - Um tribunal de Cartum condenou,  sábado, o ex-presidente do Sudão a dois anos de prisão por corrupção.
 Esta é a primeira condenação contra Omar al-Bashir, afastado do poder em Abril. O antigo presidente vai cumprir a pena num centro de detenção para pessoas de idade.
O ex-presidente do Sudão, Omar al-Bashir, que governou o país durante 30 anos com mão de ferro e que foi destituído a 11 de Abril face à pressão popular, foi julgado por um tribunal especial e declarado culpado por "corrupção" e "posse ilegal de fundos estrangeiros". O processo tinha começado em Agosto e tratava de fundos recebidos da Arábia Saudita.
O juiz explicou que o ex-presidente, de 75 anos, vai cumprir a pena num centro de detenção para pessoas de idade avançada porque, segundo a lei sudanesa, os cidadãos com mais de 70 anos não podem ir para a prisão.
À saída do tribunal, um dos seus advogados, Ahmed Ibrahim, declarou que o ex-presidente vai apelar, apesar de "não confiar no sistema judicial sudanês".
A Defesa de Omar al-Bashir falou, ainda, em "julgamento político".
Durante as audiências, o ex-presidente reconheceu ter recebido um total de 90 milhões de dólares (81 milhões de euros) da parte dos dirigentes sauditas, mas o processo visou apenas 25 milhões de dólares (22,5 milhões de euros) recebidos, pouco antes da sua destituição, da parte do príncipe herdeiro saudita Mohammed ben Salmane.
Porém, Omar al-Bashir argumentou que o dinheiro não foi usado para fins pessoais mas como “donativos”.
De acordo com uma testemunha no processo, o ex-presidente teria dado cerca de 5 milhões de euros ao temível grupo paramilitar das Forças de Apoio Rápido.
O Sudão é um dos países mais afectados pela corrupção ao ocupar o número 172 numa lista de 180 países da ONG Transparency Internacional.
O tribunal também ordenou o confisco dos recursos encontrados na residência do ex-chefe de Estado após a sua detenção: 6,9 milhões de euros, 351.770 dólares e 5,7 milhões de libras sudanesas.
Fora do tribunal, dezenas de apoiantes de Omar al-Bashir expressaram a sua decepção com o veredicto. Outras centenas de manifestantes protestavam no centro de Cartum contra as novas autoridades.
Paralelamente, as autoridades de transição anunciaram,  sábado, a dissolução das organizações profissionais criadas durante a antiga presidência, respondendo, assim, às reivindicações do movimento de contestação social que em Abril levou à destituição do antigo chefe de Estado.
O Sudão está actualmente a ser dirigido por um governo de transição com um Primeiro-ministro e um Conselho soberano composto por militares e civis.
Este primeiro processo judicial não tratou das acusações contra Omar al-Bashir do Tribunal Penal Internacional que emitiu dois mandados de captura por “crimes de guerra”, “crimes contra a humanidade” e “genocídio” no Darfur. Esta província ocidental sudanesa foi palco de uma guerra entre rebeldes e forças pró-governamentais que fez 300.000 mortos e 2,5 milhões de deslocados, de acordo com a ONU.
Até agora, o governo de transição ainda não autorizou a extradição do antigo dirigente para Haia. Ainda que o Sudão não tenha ratificado o Estatuto de Roma - tratado fundador do TPI – o país tem a obrigação jurídica de prender Omar al-Bashir porque a investigação do Tribunal Penal Internacional sobre os crimes no Darfur foi feita sob a alçada da ONU, da qual o Sudão é membro.
As Forças para a Liberdade e a Mudança, que lideraram os protestos contra ele, indicaram que não se opõem à extradição.
Omar al-Bashir poderá também ser obrigado pela justiça a responder a outras acusações. A 12 de Novembro, as autoridades emitiram um novo mandado de captura pelo seu papel no golpe de Estado de 1989 – quando chegou ao poder - para o qual está a ser feita uma investigação pela Procuradoria de Cartum.
Além disso, o Procurador-Geral indicou que o ex-presidente é acusado de envolvimento nas mortes de manifestantes durante os protestos populares que levaram à sua destituição. ANG/RFI

Cooperação


Turquia pode apoiar as autopridades guineenses para construção de um novo aeroporto internacional

Bissau, 16 Dez 19(ANG) – O Presidente da Turquia admitiu recentemente, a possibilidade de  apoiar a Guiné-Bissau na construção de um novo aeroporto internacional , noticiou o Jornal Nô Pintcha na sua edição de 12 de dezembro.

O semanário estatal que cita uma nota do gabinete do Primeiro-ministro como fonte dessa informação refere que Aristides Gomes e o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan mantiveram um encontro de análises da cooperação entre os dois países, à margem da Conferência da OCI.

Segundo o jornal, Gomes e Erdogan falaram ainda da possibilidade de a Turquia abrir uma embaixada em Bissau, bem como de uma linha de crédito para o investimento público/privado na Guiné-Bissau.

“Aristides Gomes ainda promoveu um encontro de trabalho com o líder do Fórum da Juventude da OCI, que manifestou o desejo de atribuir à Guiné-Bissau a organização da próxima cimeira , como forma  de estimular  elaborações  de projectos a favor dos jovens guineenses”, refere o jornal.

A conferência de alto nível da OCI sobre Investimento Público e Privado foi realizada na semana passada, em Estambul, Turquia sob o lema:”Invesatimento para a Solidariedade e Desenvolvimento”, e visa explorar as possibilidades de investimento nos países membros, na base de alargamento da cooperação  ao sector privado.

A OCI foi criada na trigéssima  oitava sessão do Conselho de Ministros das Relações Exteriores(AMCEN) realizada em Astana /Casaquistão, de 28 a 30 de Julho de 2011.  ANG/JD//SG

Mudanças climáticas


                                        COP 25 chega a acordo mínimo
Bissau, 16 dez 19 (ANG) – Os participantes da COOP25, após duas noites de intensas negociações,  chegaram finalmente no domingo (15) a um acordo em Madri, mas o compromisso alcançado foi mínimo e está longe de responder com firmeza à urgência climática, conforme reivindicado pelos cientistas e pela sociedade civil.
No encerramento da Conferência do Clima das Nações Unidas, a comunidade internacional ressaltou a “necessidade urgente” de agir contra o aquecimento global, mas fracassou em estabelecer as regras do mercado internacional de carbono.

 Esse sistema estabelece que os países que emitiram gases demais poderão compensar essa poluição comprando créditos de CO2 daqueles que conseguiram despejar menos gases do que previam as suas metas.

Após duas semanas de negociações, os participantes concordaram apenas em pedir aos países que aumentem suas metas para reduzir as emissões de gases que provocam o efeito estufa no próximo ano. A medida é essencial para tentar conter o aquecimento a menos de +2°C.
A conferência, que negociava os termos da implementação do Acordo de Paris sobre o Clima, que entra em vigor em 2020, deveria ter acabado na sexta-feira (13) à noite, mas a falta de consenso arrastou as discussões até a manhã de domingo.

O fracasso ameaçava o encontro e, durante a última noite, a jovem ativista sueca Greta Trunberg tuitou que a COP 25 “estava se despedaçando”.

A ONU considera necessário reduzir as emissões em 7,6% ao ano entre 2020 e 2030. A porcentagem elevada visa compensar a alta registrada de gases lançados na atmosfera em 2019.
No atual ritmo de emissão de gases do efeito estufa, a temperatura pode aumentar até 4 ou 5°C até o final do século. Mesmo se os signatários do Acordo de Paris respeitassem seus compromissos, o aquecimento global seria superior a 3°C. Todos os Estados deverão apresentar até a COP26 de Glasgow uma versão revisada de seus compromissos.
Até agora, cerca de 80 países se comprometeram a apresentar um aumento de suas ambições, mas eles representam apenas cerca de 10% das emissões globais. E quase nenhum dos maiores emissores, China, Índia ou Estados Unidos, parece querer se juntar a este grupo.
 Somente a União Europeia "endossou" esta semana em Bruxelas o objetivo de neutralidade de carbono até 2050. Mas sem a Polônia, muito dependente do carvão. E os europeus ainda vão levar meses para decidir sobre um aumento de seus compromissos para 2030. ANG/RFI/AFP

Presidenciais /2ª volta


Umaro Sissoco Embalo  promete unir todos os guineenses, caso for eleito Presidente da República

Bissau 16 Dez 19 (ANG) – O candidato apoiado pelo Movimento para Alternância Democrática (Madem –G15),afirmou esta semana que caso for eleito no dia 29 de Dezembro Presidente da República vai trabalhar para unir todos os guineenses numa só Nação rumo ao desenvolvimento.

Umaro Sissoco proferiu estas afirmações durante o comício na cidade de Canchungo, Norte do país .

Afirmou ser um candidato limpo em relação ao seu opositor e que por isso os guineenses têm duas escolhas que segundo ele, passa por votar no eixo do mal ou no do bem que ele representa.

Embalo acusou Domingos Simões de ter complexo dos muçulmanos ao contrário dele que considera os cristãos de irmãos,frisando que a sua esposa é cristã.

“Serei um Presidente da Concórdia Nacional  e exemplo disso podem ver o núcleo que está a apoiar a minha candidatura, e aproveito essa oportunidade para informar que no próximo dia 26 de Dezembro vai chegar à Bissau o seu amigo de nome Al-Waleed bin Faal que é o homem mais rico do mundo “,informou.

Embalo afirmou que Al-Walled virá com quatro aviões e com diferentes materiais para oferecer, entre os quais medicamentos para hospitais ,geradores ,botes para transportar doentes nas ilhas entre outros artigos.

Disse ainda que este homem árabe  vem com um chegue visado no valor de 1 bilião de dólares que será entregue ao director do Banco Central da África Ocidental (BCEAO), logo após o seu empossamento.

Disse que  esse dinheiro será da Guiné-Bissau salientando que não precisa da Mesa Redonda .

Sissoco Embalo disse ser um homem limpo e que não teme a justiça como o seu concorente que, segundo ele,  recusou responder a convocação da Procuradoria Geral da República ,frisando que ele é da “geração dos concretos”, humilde e  capaz de unir todos os guineenses numa mesa .

Por seu turno, o coordenador do Madem G-15, Braima Camará agradeceu o povo de Canchungo pelo voto no seu candidato na primeira volta ,tendo felicitado o líder da Aliança Popular Unida (APU-PDGB) Nuno Na Bian pela coragem e firmeza em aceitar a proposta de Umaro Sissoco, que diz ser uma personalidade de estabilidade ,reconciliação e de uniao dos filhos da Guiné-Bissau .

Tomaram parte no comício os candidatos derrotados na primeira volta e os seus mandatários que apoiam Umaro Sissoco Embaló.

A camapanha eleitoral para a segunda volta das presidenciais marcadas para 29 deste mês, cumpre hoje o seu quarto dia, Domingos Simões Simões Pereira cumpre  uma agenda especial e Umaro Sissoco Embaló realiza mais um comício popular, em Bissorã, no Norte da Guiné-Bissau. ANG/MSC//SG

EUA


Comissão valida acusações contra Trump e dá sinal verde para voto do impeachment
Bissau, 16 dez 19 (ANG) - A ata de acusação de Donald Trump foi aprovada na sexta-feira (13) por uma comissão de maioria democrata do Congresso norte-americano, superando uma etapa decisiva antes de uma votação histórica no processo de impeachment do presidente dos Estados Unidos.
No entanto, a maioria republicana do Senado torna praticamente impossível uma destituição do chefe da Casa Branca.
O voto da Comissão Judiciária da Câmara de Representantes estava previsto para quinta-feira (12), mas democratas e republicanos se enfrentaram noite adentro, adiando o resultado.
Os defensores de Trump tentaram bloquear o processo por meio de emendas e, após 14 horas de debate, a Comissão aprovou por 23 votos a favor, e 17 contra, duas acusações contra o republicano: "abuso de poder" e "obstrução do Congresso".
"Hoje é um dia solene e triste", disse o presidente do comitê, Jerry Nadler, depois das votações, convocadas com surpreendente rapidez após um maratônico debate televisionado no dia anterior e que se estendeu até quase meia-noite. Agora, a ata segue de volta para a Câmara, que deve votar neste texto em sessão plenária prevista para quarta-feira, de acordo com a imprensa local.
A maioria democrata na Casa já avisou que a acusação será aprovada, mas, diante do domínio republicano no Senado, é pouco provável que Trump seja afastado do cargo. Enquanto na Câmara basta uma maioria simples para aprovação, no Senado é necessária uma maioria de dois terços.
A Casa Branca considerou a aprovação das acusações contra Trump como o "final vergonhoso" de uma "farsa desesperada". "O presidente espera receber, no Senado, o tratamento justo e o devido processo que a Câmara continua negando, vergonhosamente", disse a secretária de Imprensa de Trump, Stephanie Grisham, em um comunicado.
Trump voltou a chamar o processo contra ele de "caça às bruxas" e "fraude", afirmando, porém, que está sendo beneficiado politicamente. "As pesquisas estão nas nuvens", disse ele à imprensa, ao receber na Casa Branca seu colega paraguaio, Mario Abdo.

Nas redes sociais, o presidente também ironizou o debate sobre sua possível destituição. "Como se alvo impeachment quando não se fez nada de errado, se cria a melhor economia da história do nosso país (...) gera empregos, empregos, empregos? Loucura!", disse o chefe da Casa Branca. 
Os congressistas democratas afirmam que Trump reteve, por interesses eleitorais e pessoais, ajuda militar para a Ucrânia.
Ele também é acusado de oferecer uma visita à Casa Branca ao presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, em troca de Kiev abrir uma investigação contra o ex-vice-presidente Joe Biden. O democrata é um dos principais rivais democratas do republicano para as eleições de 2020.

Os democratas também consideram que Trump cometeu obstrução ao tentar bloquear os esforços do Congresso de investigar as ações do presidente. Os rivais de Trump alegam que se trata de uma violação da Constituição, a qual concede ao Legislativo um mandato de supervisão do Poder Executivo.
Antes de Trump, dois presidentes americanos enfrentaram um julgamento político: Andrew Johnson, em 1868, e Bill Clinton, em 1998. Mergulhado no "Watergate", o republicano Richard Nixon renunciou, em 1974, antes da votação, evitando o impeachment. ANG/RFI

Presidenciais/ 2ª volta


Domingos Simões Pereira prometeu reduzir subsídios de representção dos titulares dos órgãos da soberania

Bissau, 16 dez 19 (ANG) – Domingos Simões Pereira prometeu trabalhar para a redução dos subsídios de representação dos titulares dos órgãos da soberania para que o executivo possa aumentar o salário dos funcionários que ganham pouco, caso venha a ser eleito Presidente da República, dia 29 de dezembro.

A promessa do candidato suportado pelo Partido Africano da Guiné e Cabo-Verde foi feita num comício popular no sector de Bula, Região de Cacheu, no qual justificou a sua promessa com facto de maior parte das receitas recolhidas pelo Estado serem gastos com pagamento de ordenados dos responsáveis políticos.

Neste comício de abertura da campanha eleitoral da segunda volta, Domingos Simões Pereira pediu aos eleitorado guineenses a procurarem conhecer o perfil de cada um dos candidatos para descobrir o que cada um sabe e  pode fazer e o nível de conhecimento que tem sobre o desenvolvimento do país.

A “raiva” que tenho é de construir e unir a nação guineense,mas não para vingar os que fizeram-me mal no passado”, disse.

Neste particular, disse que, se for eleito, a primeira coisa que vai fazer é de convocar um diálogo nacional para promover a união no seio do povo guineense.

Simões Pereira salientou que a sua função não será a de governar, mais sim de criar condições para que o  governo possa resolver os problemas nos sectores sociais, nomeadamente na Educação, Saúde, infraestruturas rodoviárias, e garantir o fornecimento regular da água potável à toda a população guineense , “porque é injusto que em pleno século XXI, as pessoas  continuassem a pedir água , saúde e escola”.

O candidato suportado pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde  revelou que alguns políticos condicionaram o apoio à sua candidatura na segunda volta das eleições presidenciais  à demissão do  governo liderado por Aristides Gomes. Disse que não concordou com as exigências desses políticos porque a formação do  governo não  compete ao Presidente da República, mas sim ao povo,  que já decidiu sobre essa matéria em março passado com a votação maioritária no PAIGC.

No comício de abertura de campanha, no sector de Bula, Domingos Simões Pereira prometeu uma nova guiné, assente no diálogo, no perdão, porque conforme o candidato, ele também merece ser perdoado.

A campanha eleitoral para a segunda volta das presidenciais marcadas para 29 deste mês, cumpre hoje o seu quarto dia, Domingos Simões Simões Pereira cumpre  uma agenda especial e Umaro Sissoco Embaló realiza mais um comício popular, em Bissorã, no Norte da Guiné-Bissau. ANG/LPG//SG

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Cultura/música


   Dr. Gaus lança  primeiro álbum discográfico intitulado “Orgulho Nacional

Bissau, 13 Dez 19 (ANG) – O músico da nova geração, Gaudêncio Nosoline Espírito Santos Vaz Martins vulgo  “Dr. Gaus”, promoveu quinta-feira no Centro Cultural Franco Bissau Guineense, o lançamento do seu primeiro álbum discográfico com 17 faixas musicais intitulado “Orgulho Nacional”.

Em declarações à imprensa,no final da apresentação pública do seu primeiro trabalho discográfico Dr. Gaus considerou positivo o balanço do show, porque, segundo ele, conseguiu transmitir a mensagem do álbum ao seu público.

Acrescentou, por outro lado, que a  apresentação do álbum representa  um começo testemunhado por um núcleo de pessoas.

“Porque no futuro, o álbum Orgulho Nacional, terá um concerto de outra dimensão, onde os que não poderiam presenciar a apresentação feita hoje, por causa de limitação de espaço, terão a oportunidade de o fazer no próximo concerto ao ar livre”, garantiu.

Questionado sobre o que lhe motivou a chamar o álbum de “Orgulho Nacional”, explicou que, de acordo com um dos pioneiros do estilo “HIP/HOP RAPP” na Guiné-Bissau,  o nome do album foi inspirado na tentativa de mostrar aos guineenses o amor e o orgulho que tem para o seu país, e, por outro lado, demonstrar  que ele é um “verdadeiro patriota”.

Satisfeita e animada com o trabalho apresentado pelo filho, a mãe do músico Felicidade Manuel Nosoline, revelou que desde pequeno o Dr. Gaus costumava cantar em casa, pelo que não  ficou surpreso com o sucesso do seu filho.

“Espero que tudo continue a correr da forma que ele desejar, e que o seu sonho continue a se concretizar, para que consiga alcançar os seus objectivos”, declarou a mãe do cantor.

Por seu turno, o ex-colega do  agrupamento musical “MVD Positivo” de Dr. Gaus José Fernandes Júnior, vulgo  “Zezinho” felicitou ao seu colega pela persistência e dedicação demonstrado na suas andanças artísticas. ANG/LLA/ÂC//SG  

Economia


“Ano 2019 termina com retração de 5,9 por cento do crescimento”,  diz o economista Aliu Soares Cassama

Bissau 13 dez 19(ANG) – A economia guineense atravessa momentos difíceis devido a constante instabilidade política e não diversificação da economia dependente da castanha de cajú, o principal produto de exportação do país.

A constatação é do economista guineense, Aliu Soares Cassama numa análise de retrospectiva e perspectiva económica da Guiné-Bissau para 2019/2020.

Cassamá disse que 2019 está quase a acabar e que a economia nacional não registou um crescimento aceitável, não obstante aos esforços que estão a ser feitos para que se possa estar numa posição de convergência  com alguns países da União Económica e Monetária Oeste Africana.

Esta situação, conforme o economista, se deve  as elevadas despesas não previstas e o facto de o défice público nos meados de 2019 ultrapassar, significativamente, a meta projectada no Orçamento.

“ A castanha de cajú, principal produto de  exportação foi vendido à 500 fcfa em 2019 . É ano em que a Guiné-Bissau rubricou o acordo de livre comércio africano, que estabelece a liberalização de serviços e mercadorias e tem como objectivo eliminar as tarifa aduaneiras em 90 por cento, e em que se emitiu títulos do Tesouro num montante de 10 mil milhões de francos cfa”,recordou Aliu Cassama.

O economista acrescentou que a inflação atingiu 1.3 por cento,  num país que já teve taxas anuais de inflação significativas com um percurso assinalável em relação ao qual se deve orgulhar.

Disse que, sendo um país com uma economia aberta ao exterior, importa a maior parte dos bens de consumo para assegurar a estabilidade dos preços.

Para além disso, é o ano em que se registou um défice fiscal na ordem dos 6 por cento do Produto Interno Bruto(PIB),nível muito acima do previsto pelos critérios de convergência da UEMOA  e que é igualmente o ano em que a taxa de financiamento da economia permanece abaixo  dos 15 por cento em relação a media da mesma organização que é de 30 por cento.

Para superar estas situações, o economista recomenda a diversificação da economia guineense,e de  modo a diminuir a sua dependência da castanha de cajú, para evitar que o país entre numa situação paradoxal.

Frisou que, mesmo com muitos recursos,o país não vai conseguir crescer do ponto de vista económico e passa a viver num ambiente de “estagnação ou de contracção económica”.

Disse que, apesar de as perspectivas serem favoráveis, a dependência das receitas da castanha de cajú  deixa a economia numa situação de vulnerabilidade a choque externo.

Por estas e outra razões, o economista sugere o governo a apostar na agricultura, para trazer o alivio necessário à inflação nos bens alimentares, viabilizar projectos de industrialização, com maior celeridade e pragmatismo, integração dos agentes da economia informal na economia formal, o  combate à corrupção, em todos os níveis, por ser um flagelo que abala o aparelho do Estado guineense, “porque quando se fala constantemente de corrupção os empresários sentem o medo de investir”.

O economista encoraja o executivo a privilegiar acordos com o Fundo Monetário Internacional (FMI) porque a economia nacional enfrenta uma situação financeira adversa, por causa da quebra das receitas que teve sérias implicações nas  contas fiscais do país, na balança de pagamento e na economia real.

Sustenta que um novo acordo com o Fundo pode relançar o crescimento económico através de algumas medidas a serem implementadas para melhorar politicas fiscais, bem como garantir maior solidez ao sector financeiro.

“Em 2020, o país precisa de continuar a crescer. Hoje já não há duvidas que o crescimento económico é a condição essencial para o desenvolvimento e sem esse crescimento não há progresso”, disse o economista Aliu Soares Cassama.ANG/LPG/ÂC//SG

Justiça/tráfico de drogas


Julgamento de envolvidos no processo “Operação Navarra” agendado para Janeiro próximo

Bissau,13 Dez 19(ANG) – A primeira sessão de julgamento do processo de tráfico de droga conhecido por “Operação Navarra”, está  agendado para o dia 07 de Janeiro de 2020.

De acordo com o comunicado à imprensa da Procuradoria Geral da República enviado hoje à ANG, em relação ao referido caso, doze indivíduos são constituídos arguidos, nomeadamente, Armando Foreto Ortiz, Domingos José Biaguê, Abulai Culubali, Apollinair Mendes, Avito Domingos Vaz e John Fredy Valencia Duque.

Outros suspeitos mencionados no comunicado da Procuradoria Geral da República, são Pedro Nel Mahecha Marentes, Saido António Seidi Bá, Mussa Seidi Bá, Braima Seidi Ba, Ricardo Ariza Monge e Baba Henrique José.

São  sete guineenses, três colombianos, um mexicano e um maliano.

O Ministério Público informa que neste rol de acusações, impendem sobre os suspeitos em causa, fortes indícios de prática de crimes de tráfico de droga, associação criminosa e branqueamento de capitais.

A nota refere que o referido processo relativo a apreensão de cerca de duas toneladas de droga, teve lugar no dia 02 de Setembro do ano em curso, nos sectores de Canchungo e Caio, região de Cacheu, norte do país.

A acusação definitiva contra os suspeitos foi feito pelo Ministério Público a 25 de Setembro passado. ANG/ÂC//SG

2ª volta presidenciais 2019


Plataforma dos partidos políticos sem assento parlamentar formaliza apoio ao Sissoco Embalo

Bissau,13 dez 19(ANG) – Os partidos políticos sem assento parlamentar e outras personalidades vão apoiar o candidato Úmaro Sissoco Embalo na segunda volta das eleições presidenciais agendada para 29 do corrente mês, cuja a campanha arranca  hoje.

Em nome dos referidos partidos, Ibraima Djaló e Fernando Vaz, de um lado e Umaro Sissoco Embalo, o candidato, assinaram  quinta-feira um acordo político para o efeito.

Nos termos do referido acordo, a plataforma dos partidos políticos se obriga  a desenvolver  acções de campanha política de apoio a favor de Umaro Sissoco Embalo, mobilizando o eleitorado a votar no candidato , sob a orientação e a coordenação da directoria nacional da campanha deste.

“Os partidos políticos e as personalidades pretendem funcionar como estruturas independentes a favor do candidato e caso seja necessário coordenar as suas actividades com a diretoria nacional da campanha e de outras organizações de apoio”, refere o texto de acordo.

Por seu lado, o candidato se compromete  a colocar a disposição da plataforma e de personalidades meios materiais e financeiros necessários  para realização da campanha eleitoral.

Em caso de vitória, as partes se comprometem a promover acções conjuntas visando a  concórdia e unidade nacional, e criação de um clima de paz, estabilidade, que consideram elementos indispensáveis para o bom desempenho das funções de Presidente da República.

Na ocasião, o candidato suportado pelo Movimento para Alternância Democrática MADEM-G15, Umaro Sissoco Embalo disse que será o próximo Presidente da República da Guiné-Bissau.

Justificou a sua afirmação apontando os apoios  que tem recebido, quer dos candidatos derrotados na primeira volta,nomeadamente Nuno Gomes Nabiam, Carlos Gomes Júnior, o presidente cessante José Mário Vaz, e de outras formações politicas sem assento no hemiciclo guineense.

Embalo disse qu,e se for eleito no próximo dia 29, irá trabalhar para a unificação ou seja manter a unidade entre os guineense e que nunca vai promover o divisão na sociedade guineense como se tem dito.

“Serei aquele Presidente que obriga ao governo a proceder  ao pagamento de quotas do país em todas as organizações em que fazemos parte”, prometeu o candidato.

Por outro lado, Umaro Embalo afirmou que caso venha a ser eleito, os restos mortais do falecido General e ex.Presidente da República da Guiné-Bissau, João Bernardo Vieira serão transferidos do Cemitério Municipal de Bissau para o aquartelamento de Amura.

Em nome da plataforma dos partidos políticos, Alípio Silva exortou ao candidato a prestar muita atenção aos sectores sociais, nomeadamente a educação, saúde, justiça bem como favorecer e proteger a camada mais desprotegida da sociedade durante o seu mandato.

Porque segundo ele, é inadmissível que mulheres guineense continuem a morrer durante o parto, por isso pediu ao candidato, caso for eleito, que use  a sua influência junto do governo para acabar com a morte materna e criar condições para aquisição de meios materiais para os hospitais e centros sanitários do país.

“Sabemos que um homem formado é capaz de dar um contributo para o desenvolvimento acelerado do país. E se assim for, reclamaremos junto de si, enquanto primeiro magistrado, em articulação com governo,  a construção de estabelecimentos de ensino superior onde vão sair homens preparados para assegurar o nosso futuro, e bem como o pagamento das dividas contraídas com os docentes para permitir que as aulas funcionassem  de forma regular na Guiné-Bissau”, disse, Alípio Silva. ANG/LPG/ÂC//SG

Religião/Papa Francisco


"Conversão ecológica" e justiça social são destaques de mensagem de fim de ano 
Bissau, 13 dez 19 (ANG) - O papa Francisco clamou pela redução das desigualdades e condenou as guerras, além de pedir uma saída para as mudanças climáticas em sua mensagem para o início de 2020, divulgada nesta quinta-feira (12) pelo Vaticano.
O texto do pontífice argentino, que será lido em todas as paróquias do mundo por ocasião do Dia Mundial da Paz, em 1º de janeiro, é uma análise aprofundada da situação mundial, congregando todos os temas contemporâneos, já reivindicados por ele em outros pronunciamentos.
O líder da Igreja Católica explica no documento as razões pelas quais os fiéis devem se engajar contra todas as guerras e a favor do desarmamento nuclear e da defesa do meio ambiente.
"O abismo entre os membros de uma sociedade, o aumento das desigualdades sociais e a recusa em usar as ferramentas para o desenvolvimento humano integral comprometem a busca pelo bem comum", afirmou o papa em uma das mensagens mais fortes de seu pontificado, em que ele retoma grande parte dos assuntos discutidos durante o ano.
"A guerra é nutrida pela perversão dos relacionamentos, das ambições hegemónicas, dos abusos de poder, do medo do outro e da diferença vista como obstáculo; e ao mesmo tempo alimenta tudo isso", diz Francisco no documento.
Na mensagem, divulgada com antecedência para ser lida e estudada por padres em todos os continentes, Francisco reitera sua forte posição contra as injustiças sociais em todos os cantos do planeta. "Nunca haverá uma verdadeira paz a menos que consigamos construir um sistema econômico mais justo", reiterou.
O primeiro pontífice latino-americano, que conhece esse problema de perto, embora não se refira diretamente ao ano marcado pelos protestos na América Latina e no Caribe contra as desigualdades, anuncia que a igreja está comprometida com a busca de "uma ordem justa”.
O papa argentino também citou o sínodo na Amazônia, realizado em outubro no Vaticano, no qual a igreja declara que quem devasta a natureza está pecando. "Precisamos de uma conversão ecológica", disse o papa, que condena "a falta de respeito pela casa comum, a exploração abusiva dos recursos naturais, vista como ferramentas úteis apenas para benefício imediato, sem respeito pelas comunidades locais, pelo bem comum e por natureza ", escreveu ele.
Em sua mensagem, Francisco novamente condenou a ideia de que a posse da bomba atômica fosse desenvolvida como dissuasão a possíveis ataques, como já o havia dito em recente viagem ao Japão.
"Não podemos afirmar que manteremos a estabilidade no mundo com medo de aniquilação, em um equilíbrio altamente instável, suspensos à beira do abismo nuclear", afirmou.ANG/RFI

2ª volta presidenciais


                 CNE pede cumprimento do Código da ética eleitoral

Bissau, 13 dez 2019 (ANG) - A Comissão Nacional de Eleições(CNE)  apelou quinta-feira aos candidatos à segunda volta das presidenciais, cuja campanha eleitoral inicia esta sexta-feira, a cumprirem o Código de Conduta e Ética eleitoral e respeitarem os valores democráticos.
Num comunicado  à imprensa, o presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), José Pedro Sambú, pede às candidaturas e aos cidadãos para cumprirem o "código de conduta e ética eleitoral de forma a proporcionar um ambiente favorável, para que as eleições decorram num clima de paz, de reforço da cultura de tolerância política recíproca".

José Pedro Sambú pediu também  o respeito aos valores e princípios do Estado de Direito, para que se crie um "ambiente conducente à eleições livres, justas, transparentes, pacíficas e democráticas".

No comunicado, o presidente da CNE exorta as candidaturas a se absterem de utilizar "propaganda indecorosa e linguagem ou prática de ações que possam conduzir ou incitar o ódio, intimidação, violência e outros males que possam assolar a consciência social e moral dos cidadãos".

Às forças de segurança e à comunicação social, o presidente da CNE pede para serem isentos, profissionais e tratarem aos candidatos  de forma igual.

"A CNE reafirma, uma vez mais, o seu total empenho e dedicação nos termos do seu mandato de fazer eleições livres, justas e transparentes", concluiu no comunicado.

A segunda volta das eleições presidenciais, marcada para dia 29, vai ser disputada entre Domingos Simões Pereira, apoiado pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e por Umaro Sissocó Embaló, apoiado pelo Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15).

A campanha eleitoral  inicia hoje e termina no dia 27. ANG/Lusa


Diplomacia


           Em resposta a Berlim, Rússia expulsa dois diplomatas alemães
Bissau, 13 dez 19 (ANG) - Moscovo anunciou  quinta-feira (12) a expulsão de dois diplomatas alemães, em resposta a uma medida idêntica tomada na semana passada pelo governo de Angela Merkel.
A tensão aumenta entre os dois países após o assassinato de um ex-combatente separatista checheno em um parque de Berlim.
O Ministério russo das Relações Exteriores convocou o embaixador alemão no país, Géza Andreas von Geyr, para informá-lo que "dois funcionários da embaixada serão declarados 'persona non grata' e terão sete dias para deixar" a Rússia.
 Para a Alemanha, essas expulsões "enviam um sinal ruim e não são justificadas".
No último 4 de dezembro, o governo alemão anunciou que dois membros da embaixada russa em Berlim deixariam imediatamente do país. A Alemanha teceu fortes críticas a Moscou por não cooperar com a investigação do assassinato de um georgiano que pertencia à minoria chechena, cometido em 23 de agosto.

"Uma cooperação séria e imediata das autoridades russas continua sendo uma necessidade urgente, na opinião do governo", ressaltou o ministério das Relações Exteriores da Alemanha, depois da decisão de Moscou.
No entanto, o presidente russo Vladimir Putin garantiu na segunda-feira (9) que essas expulsões mútuas não significavam que havia uma crise diplomática. Segundo ele Moscou fará "o possível" para ajudar a Alemanha a esclarecer as circunstâncias do crime.
O georgiano morto foi identificado como Tornike Khangochvili. Ele tinha 40 anos e recebeu três tiros. Testemunhas descreveram o crime como "uma verdadeira execução".
O tribunal federal alemão, responsável por questões de espionagem está conduzindo a investigação. O principal suspeito até agora é um russo de 54 anos que foi preso após o crime e que usava uma identidade falsa.
Para a justiça alemã, o crime foi cometido "por encomenda de entidades ligadas ao Estado da Federação Russa ou por encomenda da República Autônoma da Chechênia", dirigida por Ramzan Kadyrov.
Vários ex-combatentes chechenos foram mortos no exílio, incluindo o presidente separatista Zelimkhan Ianderbiev, que morreu na explosão de bomba quando viajava em um carro no Catar em 2004. Dois agentes secretos russos foram condenados por esse crime.
Tornike Khangochvili é uma figura pouco conhecida na Rússia, mas lutou ao lado dos chechenos por volta do ano 2000. Na última segunda-feira (9), durante uma cúpula sobre o conflito ucraniano em Paris, Putin disse que a vítima "participou ativamente de atividades separatistas" e era uma pessoa procurada pelos serviços russos por ter organizado, entre outros, "ataques ao metrô de Moscou".
Entre 2004 e 2010, a capital russa sofreu vários ataques no metrô perpetrados por guerrilheiros islâmicos, na época muito ativos em várias repúblicas russas do norte do Cáucaso. No entanto, a imprensa russa enfatizou, um dia após a declaração de Putin em Paris, que o nome de Khangochvili nunca havia sido mencionado nas investigações desses ataques.ANG/RFI/AFP