sexta-feira, 22 de outubro de 2021

       
       Moçambique
/Sociedade civil pede cancelamento total das dívidas

Bissau, 22 Out 21(ANG) - O Fórum de Monitoria do Orçamento(FMO) em Moçambique, que congrega várias associações da sociedade civil, reiterou o pedido de cancelamento total das dívidas e compensação aos moçambicanos.

 A demanda surge depois de o banco Credit Suisse se ter dado como culpado de conspiração para cometer transferência financeira fraudulenta e de se ter comprometido a pagar 475 milhões de dólares, num acordo com os Estados Unidos, relativamente ao escândalo das dívidas ocultas de Moçambique.

“O reconhecimento do Credit Suisse da sua responsabilidade (incumprimento da lei, negligência e envolvimento de seus funcionários nos subornos) reforça a justeza e legitimidade da exigência do FMO de cancelamento total das dívidas ilegais”, escreveu o FMO em comunicado.

O Fórum considera que “este reconhecimento reforça a ideia de que as dívidas são odiosas” e que “nunca foram para beneficiar a Moçambique”

“Por isso, o FMO continua a exigir a compensação justa e à medida dos efeitos e impactos do escândalo, nomeadamente, a crise da dívida, a redução dos investimentos no país (perda de credibilidade), a retirada dos parceiros de cooperação, os efeitos económicos que empurraram milhões de moçambicanos para a pobreza, continua o comunicado.

Em entrevista à RFI, André Manhice, membro do Fórum de Monitoria do Orçamento, reiterou que “não podem ser os moçambicanos a pagar essas dívidas que não foram feitas para os seus interesses e que tiveram “um impacto muito grande na vida dos moçambicanos”

O Centro de Integridade Pública, que também é membro do FMO, aponta para custos económicos e financeiros que ascendem a 11 biliões de dólares até este momento e, se Moçambique for obrigado a pagar essas dívidas, esses custos vão subir até 16 biliões de dólares, afirmou André Manhice.

Além disso, “este reconhecimento do Credit Suisse reforça aquilo que o FMO vem defendendo que é o facto que as dívidas efectivamente não foram contratadas para benefício dos moçambicanos” mas sim por “interesses pessoais de altos dirigentes do Governo para interesses dos intermediários e dos bancários e dos seus respectivos bancos”.

 

“Aquilo que já tinha sido verificado, como a falta de cumprimento das leis, a violação da regra de aprovação pelo Parlamento, a audição na Procuradoria Geral da República por parte dos gestores moçambicanos, mas também a violação dos regulamentos dentro dos bancos, mostrou intenção culposa dessas pessoas de beneficiarem desses recursos, que não são dos moçambicanos. Portanto, para nós, não podem ser os moçambicanos a pagar essas dívidas”, explicou André Manhice.

De acordo com a agência de informação financeira Bloomberg, a unidade europeia do Credit Suisse deu-se como culpada na acusação de conspiração para cometer fraude na transferência internacional de verbas durante uma audição que decorreu num tribunal em Brooklyn, Nova Iorque.

O Credit Suisse vai assim pagar cerca de 475 milhões de dólares, o equivalente a 408 milhões de euros, no acordo feito com as autoridades judiciais financeiras nos Estados Unidos, no Reino Unido e noutros locais.

De acordo com a Autoridade de Conduta Financeira britânica, o Credit Suisse aceitou perdoar 170 milhões de euros das “dívidas ocultas” a Moçambique.

Horas depois de conhecido o acordo com o Credit Suisse, a Comissão de Valores Mobiliários norte-americana anunciou que o banco russo VTB aceitou pagar mais de seis milhões de dólares pelo seu papel nas dívidas ocultas de Moçambique.

Porém, em declarações à agência Lusa, o banco russo disse que continua a preferir "resolver amigavelmente" com Moçambique a disputa sobre 817,5 milhões de dólares que reclama do Estado, relativos às dívidas ocultas e que espera que "o governo de Moçambique regresse à mesa das negociações da reestruturação da dívida com o VTB".

A descoberta das dívidas ocultas de Moçambique em 2016 levou a uma crise financeira no país que redundou numa série de processos judiciais contra o Credit Suisse e contra o banco russo VTB, lançados pela Procuradoria-Geral da República moçambicana.

 No entanto, os bancos colocaram também o país no banco dos réus por falta de pagamento, argumentando que o destino e aplicação das verbas emprestadas não era sua responsabilidade.

Num julgamento que decorre em Maputo, a justiça acusa 19 arguidos de se terem associado em “quadrilha” e delapidado o Estado moçambicano em 2,7 mil milhões de dólares (2,28 mil milhões de euros) angariados junto de bancos internacionais através de garantias prestadas pelo Governo. Este valor, apontado pela procuradoria, é superior aos 2,2 mil milhões de dólares até agora conhecidos no caso.

As dívidas ocultas foram contraídas entre 2013 e 2014 pelas empresas estatais moçambicanas Proindicus, Ematum e MAM para projectos de pesca de atum e protecção marítima que nunca avançaram.

Os empréstimos foram secretamente avalizados pelo Governo da Frelimo, liderado pelo Presidente da República à época, Armando Guebuza, sem o conhecimento do parlamento e do Tribunal Administrativo.ANG/RFI

 

 

 


Ambiente
/Presidente da República promete usar influencia para que a Guiné-Bissau sinta benefícios da Convenção de Alterações Climáticas

Bissau, 22 Out  21 (ANG) – O Presidente da República prometeu hoje que vai usar toda a sua magistratura de influência para que a Guiné-Bissau sinta, num futuro próximo, os benefícios decorrentes da Convenção de Alterações Climáticas.

Umaro Sissoco Embaló falava esta sexta-feira na cerimónia de lançamento da Contribuição Nacional Determinada(CDN) realizada no âmbito do acordo de Paris sobre o novo regime climático.

ʺQuero  enaltecer aqui que, embora a Guiné-Bissau participa,de forma insignificante, na emissão  global de gases poluentes, neste documento CDN está bem patente o compromisso com uma meta quantificada de emissões que cobrem os principais sectores, ou seja a agricultura, florestas, uso dos solos, energias e resíduos, disse”, disse.

Acrescentou que outra ambição do país é a redução de emissões de gases com efeito de estufa para  menos de 30 por cento até 2030, em comparação com o cenário de referência.

Por sua vez, o ministro do Ambiente e Biodiversidade,  Viriato Luís Soares Cassamá agradeceu o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento(PNUD), a União Europeia, CEDEAO e outros parceiros que disponiblizaram  fundos para que a Contribuição Nacional Determinada seja ratificada  no passado dia 12 de Outubro de 2021, em cumprimento dos preceitos da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre alterações climáticas.

O governante disse que, os grandes sectores emissores de gases com efeito de estufa na Guiné-Bissau  são três, nomeadamente afolo que ê agricultura, floresta e uso do solo, o sector da energia e dos resíduos.

ʺDe acordo com a nossa Contribuição Nacional Determinada, o país assumiu o compromisso de reduzir até 2030, 30 por cento das suas emissões de gases com efeito de estufa, embora as nossas emissões são residuais, porque toda a África emite  4 por cento de gases com efeito de estufa”, explicou.

Viriato Cassamá defendeu que a Guiné-Bissau precisa do apoio de parceiros internacionais para cumprir o seu engajamento e implementação das metas  estabelecidas.

Disse que, o livro intitulado “a Guiné-Bissau a caminho da Glasgow”, espelha os principais resultados alcançados ao longo dos diferentes corpos e servirá para os estudiosos da matéria do clima e os interessados que querem aprender sobre alterações climáticas. ANG/MI/ÂC//SG    

Covid-19/África com mais 232 mortes e 4.733 infectados nas últimas 24 horas

Bissau, 22 Out 21 (ANG) - África registou 232 mortes associadas à covid-19 nas últimas 24 horas, elevando para 216.496 o total de óbitos desde o início da pandemia, e 4.733 novos contágios, de acordo com os dados oficiais mais recentes.

Segundo o Centro de Controlo
e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o total acumulado de casos de infecção no continente desde o início da pandemia é agora de 8.455.197 e o de recuperados é de 7.836.860, mais 11.997 nas últimas 24 horas.

A África Austral continua a ser a região mais afectada do continente, com 3.917.980 casos e 110.891 óbitos associados à covid-19. Nesta região, encontra-se o país mais atingido pela pandemia, a África do Sul, que contabiliza 2.918.366 casos e 88.835 mortes.

O Norte de África, que sucede à África Austral nos números da Covid-19, atingiu hoje 2.572.952 contágios pelo vírus SARS-CoV-2 e 69.579 mortes associadas à covid-19.

A África Oriental contabiliza 1.044.900 infecções e 22.514 mortos, e a região da África Ocidental regista 658.823 casos de infecção e 9.873 mortes. A África Central é a que tem menos casos de infecção e de mortes, 260.542 e 3.639 respectivamente.

A Tunísia, o segundo país africano com mais vítimas mortais a seguir à África do Sul, regista 25.132 mortes e 711.397 infectados, seguindo-se o Egipto, com 18.151 óbitos e 321.967 casos, e Marrocos, com 943.222 contágios, mas menos mortes do que os dois países anteriores, 14.593 óbitos associados à doença.

Entre os países mais afectados estão também a Etiópia, com 6.316 vítimas mortais e 361.027 infecções, a Argélia, com 5.881 óbitos e 205.599 pessoas infectadas, e o Quénia, com 5.238 mortes associadas à doença e 252.375 contágios acumulados.

Em relação aos países de língua oficial portuguesa, Moçambique contabiliza 1.927 mortes associadas à doença e 151.174 infectados acumulados desde o início da pandemia, seguindo-se Angola (1.685 óbitos e 63.576 casos), Cabo Verde (347 mortes e 38.098 infecções), Guiné Equatorial (163 óbitos e 13.097 casos), Guiné-Bissau (141 mortos e 6.131 infectados) e São Tomé e Príncipe (56 óbitos e 3.613 infecções).

O primeiro caso de Covid-19 em África surgiu no Egipto, em 14 de Fevereiro de 2020, e a Nigéria foi o primeiro país da África subsahariana a registar casos de infecção, em 28 de Fevereiro.ANG/Angop

 

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

   Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)


Lei da Terra
/Governo pretende aplicar imposto  aos beneficiários de mais de cinco hectares de terra

Bissau, 21 Out 21 (ANG) – O Governo da Guiné-Bissau através do projecto “Ntene Terra”, financiado pela União Europeia, promoveu hoje um ateliê de consultas  aos diferentes parceiros, visando a identificação de  mecanismos para a implementação de impostos para os beneficiários de mais de cinco hectares de posse da terra.

Durante o acto, o Director-geral das Contribuições e Impostos Gino Mendes, destacou que a Constituição da República garante à todos os cidadãos guineenses, sem distinção de género, e independentemente da sua condição social ou económica, o direito de posse de terra.

“A terra é um dos principais factores de produção natural, portanto, se a sua gestão não for exercida de forma eficaz por parte do Estado, este fenómino pode contribuir para grandes desiquilíbrios na sociedade, nomeadamente a pobreza e conflitos nas comunidades”, disse Gino Mendes.

Acrescentou  que a Guiné-Bissau tem vivido, com frequência,  conflitos sobre   posse de terra, resultante do crescimento demográfico, e  de assambarcamento da cultura extensiva da castanha de caju.

“Com a implementação do imposto fundiário, considerado um dos objectivos no quadro da execução do projecto “Ntene Terra”, sendo uma novidade no quadro da fiscalidade nacional, não deixa de ser um tributo para a redução da devastação de floresta e a redução de conflito da posse”, justificou Gino Mendes.

Por seu turno, o Presidente de Comissão Fundiária Nacional (CFN) Mário Lopes Martins revelou que a implementação do referido imposto  é um mecanismo para tentar desincorajar  a apropriação de grande parte de terras.

“De acordo com a lei, uma pessoa, por direito, só pode beneficiar de cinco hectáres da terra, e isso significa que se a pessoa possuir por exemplo 5,1 ou 5,5 por cento de terra,  é obrigada a pagar imposto ao Estado”, disse Mário Lopes Martins.

De acordo com o responsável, populares que dependem da terra para a sobrevivência tem direito a cinco hectares, mas , segundo Martins, quem pretender beneficiar de mais tem que criar mecanismo de produção para, anualmente, pagar imposto ao Estado.

Conflitos sobre posse de terra tem prduzido muitos processos judiciais que envolvem casos de mortes, na sequências de brigas entre famílias e entre ocupantes tradicionais e ponteiros. ANG/LLA/ÂC//SG    

    

Covid-19/Nova vaga alastra na Europa sobretudo em regiões com menos vacinação

Bissau, 21 Out 21(ANG) – Uma nova vaga de covid-19 está a ganhar terreno em toda a Europa, atingindo sobretudo os países com taxas de vacinação baixas, mas também os jovens, e obrigando os governos a reimpor restrições.

A situação é sentida com mais impacto no centro e leste europeu, onde os níveis de vacinação seguem o cenário russo e se mantêm baixos.

Naquela zona, a Ucrânia, a Letónia, a Roménia, a Bulgária, a República Checa, a Polónia, a Sérvia e a Croácia são os países onde o aumento das infecções está a pressionar mais os sistemas de saúde e a alarmar o resto da Europa.

+++ Ucrânia +++

Na terça-feira, a Ucrânia, onde apenas 16% da população está vacinada, registou um recorde de 538 mortes e 15.579 novos infectados em 24 horas.

Desde o início da pandemia, mais de 61.000 pessoas morreram oficialmente devido ao coronavírus na Ucrânia, pelo que o país, onde vivem 45 milhões de habitantes, é proporcionalmente um dos que mais mortes apresentam na Europa.

O Governo de Kiev decidiu, face à situação, voltar a adoptar restrições em eventos públicos e salas de espectáculos.

+++ Letónia +++

Também a Letónia, um dos países com menor taxa de vacinação na União Europeia, decidiu voltar ao confinamento – durante cerca de um mês – e ao recolhimento obrigatório face ao agravamento do número de infecções por covid-19.

Na segunda-feira, o Centro de Prevenção e Controlo de Doenças da Letónia avançou que a taxa de incidência da doença no país é de 864 pessoas por cada 100.000 habitantes, constituindo actualmente uma das mais altas do mundo.

+++ Roménia +++

A Roménia, que até agora só conseguiu vacinar um terço dos seus 19 milhões de habitantes, apresenta actualmente a segunda taxa mais alta do mundo em termos de mortes por tamanho de população, registando 18 vítimas mortais por cada milhão de pessoas.

+++ Bulgária +++

A baixa taxa de vacinação também está a afectar a Bulgária que, na terça-feira, registou quase 5.000 novas infecções em 24 horas, o maior número desde Março passado, enquanto 214 pessoas morreram de covid-19 num único dia.

A Bulgária continua no último lugar da lista de países da União Europeia em termos de população vacinada, com apenas 23,9% das pessoas com o esquema completo.

Por isso, o Governo admitiu estar a ponderar a introdução de novas restrições, como limitar o acesso a eventos desportivos, culturais e de lazer apenas a pessoas vacinadas, curadas ou com um teste de coronavírus negativo.

+++ República Checa +++

A República Checa foi também atingida por um aumento acentuado do número de infectados, contabilizando, na terça-feira, 3.246 novos casos em 24 horas, o que representa mais do dobro dos casos diários na semana anterior.

O valor constituiu um recorde desde 20 de Abril e levou o Governo a reintroduzir medidas restritivas para controlar a pandemia, como o uso obrigatório de máscaras faciais em locais de trabalho e escolas.

+++ Polónia +++

Mais drástico foi o ministro da Saúde da Polónia que, perante a duplicação do número de novos casos em 24 horas registada na quarta-feira, propôs que a polícia passe a emitir multas em vez de “simplesmente repreender os cidadãos que não cumpram as restrições”.

Segundo o ministro, Adam Niedzielski, a Polónia está a viver uma “explosão pandémica”, com 5.559 novos infectados e 75 mortos entre terça e quarta-feira, o que, alertou, “vai obrigar a tomar medidas drásticas”.

A campanha de vacinação na Polónia está estagnada há alguns meses e apenas 52% dos polacos têm o esquema já completo.

+++ Sérvia +++

Após várias semanas a ultrapassar os vários milhares de novas infecções diárias e as cerca de 50 mortes por dia, a Sérvia decidiu, na quarta-feira, adoptar os passes covid-19 para locais de entretenimento fechados, como restaurantes, bares e discotecas.

A primeira-ministra sérvia, Ana Brnabic, disse que a nova medida entra em vigor no sábado e será aplicada a partir das 22:00.

A decisão foi também tomada na sequência de vários pedidos de especialistas médicos para que as autoridades imponham restrições severas face às baixas taxas de vacinação no país.

A Sérvia já soma mais de 1 milhão de infectados e quase 10.000 mortes no país desde o início da pandemia, mas só cerca de metade dos adultos estão vacinados.

+++ Croácia +++

As infecções pelo coronavírus SARS-Cov-2 também têm aumentado na Croácia, onde foram registados, na quarta-feira, mais de 3.000 novos casos em 24 horas, atingindo o maior número dos últimos meses.

O número representa uma subida de cerca de 1.000 doentes em relação à média diária contabilizada na semana passada.

A Croácia também tem uma taxa de vacinação de cerca de 50% de sua população adulta, mas, segundo a imprensa local, as pessoas começaram, na quarta-feira, a fazer filas nos locais de vacinação da capital, Zagreb, após a divulgação do aumento mais recente do número de novos infectados.

+++ Rússia +++

A nova vaga no leste da Europa parece reflectir o que se passa na Rússia, onde os números associados à pandemia continuam a bater recordes diários, com o país a registar mais de mil mortes diárias causadas pela covid-19.

Até ao momento, 47,2 milhões de russos receberam as duas doses da vacina contra a covid-19 em todo o país, ou seja, menos de um terço da população, tendo o organismo de saúde pública do país defendido, esta semana, a necessidade de adoptar aquilo que chamou “dias não úteis”, ou seja, sem trabalho, para combater os contágios.

Em Moscovo, a cidade onde a situação é mais grave, serão, pela primeira vez, adoptados confinamentos para aqueles com mais de 60 anos e ainda não vacinados.

+++ Reino Unido +++

O Reino Unido registou, na terça-feira, 223 mortes por covid-19 em 24 horas, o maior número diário desde Março e que confirmou o aumento sustentado das últimas semanas.

O surto está concentrado nos menores de 20 anos não vacinados, mas está a espalhar-se também para os seus pais de meia-idade, aumentando gravemente as hospitalizações.

O director executivo da confederação do NHS (o serviço inglês de saúde pública), Matthew Taylor, pediu na quarta-feira ao Governo britânico que restabeleça restrições face ao aumento contínuo de casos e consequente pressão sobre os hospitais, sobretudo numa altura em que está a chegar o inverno.

Perante os indícios de nova vaga de covid-19, o Governo britânico admitiu ter se de preparar para “um inverno difícil”, mas afastou a possibilidade de voltar a adoptar as restrições já suspensas.

A Irlanda, por seu lado – que já vacinou quase 90% das pessoas com mais de 12 anos – decidiu adiar o levantamento, agendado para a próxima semana, de algumas medidas de restrição e manter a obrigação de usar máscara em espaços interiores, como discotecas, lojas e transportes públicos.

+++ Países Baixos +++

Outro país da Europa ocidental que está a viver um ressurgimento da covid-19 é os Países Baixos, que registou um crescimento de 44% no número de novos infectados na semana passada.

As autoridades sanitárias locais registaram 25.750 novos casos de covid-19 nos últimos sete dias, face aos 17.850 contabilizados na semana anterior, aumento que aconteceu sobretudo nas regiões de maioria calvinista, onde as taxas de vacinação são muito mais baixas.

Para já, não estão a ser ponderadas novas medidas restritivas de combate ao surto.ANG/Inforpress/Lusa


      Ensino
/Escolas públicas sem alunos para início do novo ano letivo

Bissau, 21 Out 21 (ANG) – O Presidente da Confederação Nacional de Associações Estudantes da Guiné-Bissau (CONAEGUIB), Bacar Darame, disse hoje que as dificuldades para o  início pleno do novo ano letivo estão relacionadas  à falta de alunos inscritos nas escolas públicas.

Em entrevista exclusiva  à ANG, Bacar Darame, disse que os pais e encarregados da educação e princilpalmente os estudantes perderam a confiança nas escolas públicas e muitos optaram por inscrever os seus educandos nas escolas privadas.

Por outro lado, o Presidente da CONAEGUIB alegou a inconclusão de alguns exames do ano letivo passado e o processo de matricula  em curso, como outras razões que  inviabilizaram o início do presente ano letivo conforme anunciado pelo Ministério da Educação.

Este responsável ainda apontou a observância da greve por parte do Sindicato Independente dos Professores SINDEPROF, como outra razão para o não início, à tempo, das aulas em escolas públicas.

Bacar Darame disse que, contudo, algumas  escolas públicas já estão em condições de iniciar as aulas tal como as escolas de  auto-gestão.

“Esta situação evidência as  desigualidades nas próprias escolas, e a solução requer um esforço de Governo para sanar estas situações adversas  e crônicas”,disse.

Darame  exorta o executivo a criação de  condições para o diálogo com os sindicatos dos professores em greve para que se possa criar condições favoráveis para a normalização das aulas nas escolas públicas, e recuperação da confiança dos pais e encaregados da educação e dos alunos no sistema educativo público.

No quadro da Central sindical, a UNTG que decretou uma greve de 30 dias,pelo menos dois sindicatos de professores observam a paralisação das aulas no ensino público.ANG /CP/ÀC//SG

 

 

 

 

   Covid-19/Putin dá uma semana de férias aos russos para travar pandemia

Bissau, 21 Out 21 (ANG) – O Presidente russo, Vladimir Putin, deu quarta-feira uma semana de férias pagas à população, de 30 de Outubro a 07 de Novembro, para travar o avanço da pandemia de covid-19, que continua a agravar-se.

“Neste momento, é particularmente importante deter o pico da nova vaga da pandemia”, disse Putin durante uma reunião com o Governo sobre a situação sanitária na Rússia.


A ‘task-force’ do combate à pandemia anunciou hoje que morreram 1.028 pessoas com covid-19, nas últimas 24 horas, o número mais elevado desde o início da pandemia, que eleva o número total de mortos na Rússia para 226.353 – o maior da Europa.

Putin disse que apoia a proposta do Governo de introduzir um período de férias que se inicia em 30 de Outubro e se estende até à semana seguinte, numa altura em que quatro dos sete dias já são feriados estaduais.

Putin acrescentou que em algumas regiões, onde a situação é mais ameaçadora, o período de férias pode começar já no sábado.

Em várias zonas, o aumento das infecções forçou as autoridades a suspender a assistência médica à população, já que as unidades de saúde foram forçadas a concentrar-se no tratamento de pacientes infectados com o novo coronavírus.

Os números diários de mortalidade com covid-19 na Rússia tem aumentando há diversas semanas e ultrapassaram 1.000 pela primeira vez no passado fim-de-semana – uma realidade atribuída a taxas de vacinação lentas, medidas de restrição frouxas e a relutância das autoridades em endurecer as medidas de combate à pandemia.

Nesta altura, apenas cerca de 45 milhões de russos, ou 32% dos quase 146 milhões de habitantes do país, estão totalmente vacinados.

Embora a Rússia, em Agosto de 2020 se tenha tornado o primeiro país do mundo a autorizar uma vacina contra a covid-19 e tenha doses em números generosos, os russos mostram hesitação em receber as vacinas, um cepticismo atribuído a sinais contraditórios enviados pelas autoridades.

Enquanto elogiavam a Sputnik V e três outras vacinas domésticas, os ‘media’ controlados pelo Estado criticavam os fármacos produzidos no Ocidente – uma mensagem polémica que muitos viram como alimentando as dúvidas do público sobre as vacinas em geral.

Até agora, o Kremlin descartou um novo confinamento geral, como o que ocorreu no início da pandemia, que afectou fortemente a economia e minou a popularidade de Putin, dando autoridade às autoridades regionais dos 11 fusos horários do país autoridade para decidir sobre as restrições locais, dependendo da sua situação.

Muitas das 85 regiões da Rússia já restringiram a participação em grandes eventos públicos e decretaram o acesso limitado a teatros, restaurantes e outros locais.

Alguns tornaram mesmo a vacinação obrigatória para certos funcionários públicos e pessoas com mais de 60 anos.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, admitiu que a situação é “muito triste”, lembrando que o nível de vacinação nessas regiões é particularmente baixo.

Em Moscovo, no entanto, a vida voltou ao normal, com restaurantes e cinemas lotados de gente, multidões enchendo bares e passageiros ignorando as regras de uso de máscara no transporte público, mesmo com as unidades de cuidados intensivos nos hospitais lotados.

Na terça-feira, o presidente da Câmara de Moscovo, Serguei Sobyanin, disse que as pessoas com mais de 60 anos não vacinadas terão de ficar em casa e recomendou às empresas para manterem pelo menos um terço dos seus funcionários a trabalhar remotamente por três meses, a partir de 25 de Outubro.ANG/Inforpress/Lusa

Cooperação/Presidente da República qualifica Mamadi Doumbouya de “homem estruturado e organizado”

Bissau,21 Out.21(ANG) – O Presidente da República Umaro Sissoco Embalo qualificou o líder de transição da Guiné-Conacri, o coronel Mamadi Doumbouya, de um “homem estruturado e organizado”.

“Durante a minha estada na Guiné-Conacri, fiquei muito surprendido com o Presidente de transição daquele país, o coronel Mamadi Doumbouya, porque encontrei um homem muito estruturado e organizado”, afirmou Umaro Sissoco Embaló,em declarações à imprensa, quarta-feira, após o seu regresso de uma visita de algumas horas à Guiné-Conacri.

O chefe de Estado guineense disse que o  Presidente de Trânsição da Guiné- Conacri demonstrou-lhe preocupações sobre a salvaguarda da unidade nacional no país.

“Essa tradição já tinha sido quebrada na Guiné-Conacri: unir um Povo sem distinção da raça, ou seja quem é fula, mandinga entre outros. Ele agora está a unir uma Nação e esse aspecto me tocou bastante com o coronel Doumbouya”, referiu o Presidente Sissoco.

Segundo disse, durante o encontro aconselhou ao Presidente de Transição da Guiné-Conacri sobre os caminhos a seguir para a construção de uma Nação.

 “O incremento do tribalismo e sectarismo é um aspecto condenável e perigoso em qualquer país”, disse.

Umaro Sissoco Embalo disse ter declarado ao Coronel Presidente de Transição que não é apoiante de golpe de Estado.”Sou republicano  por isso deixei o quartel e os fardamentos para  fazer a política”, indicou.

O Presidente da República prometeu o reforço das relações de cooperação com a Guiné-.Conacri bem como a partilha de experiència em todos os domínios, porque são dois Povos irmãos, condenados a viverem juntos e a caminharem de mãos dadas no concerto das Nações.

“Temos organizações internacionais que partilhamos nomeadamente a ONU, CEDEAO, Francofonia entre outras, e por isso, neste momento em que a Guiné-Conacri está a precisar de enquadramento nestas instàncias, a Guiné-Bissau vai partilhar a sua experiência nesse sentido”,disse.

Interrogado pelo jornalista sobre a existência de duas comissões para a Revisão da Constituição: uma do parlamento e outra criada pela Presidência da República, respondeu que o parlamento está a lhe dar razão para o destituir.

Em 05 de setembro, uma junta militar liderada pelo coronel Mamadi Doumbouya derrubou o Presidente Alpha Condé, de 83 anos, que se mantém detido desde então, e dissolveu o parlamento e os poderes civis eleitos, tendo ainda suspendido a Constituição.

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) decidiu, após uma cimeira extraordinária, suspender a Guiné-Conacri de todas as instituições da organização na sequência do golpe que afastou o Presidente Alpha Condé e exigiu a sua libertação.ANG/ÂC//SG

       Líbia/Dez anos após morte de Muammar Kadhafi futuro continua  incerto

Bissau, 21 Out 21 (ANG) - Dez anos depois da morte de Muammar Kadhafi pelos seus opositores armados, a Líbia mergulhada no caos político e militar, continua a lutar para superar o clima de violência que prevalece no país do norte de África.

Um  ano após o cessar-fogo e o processo de paz, encetado sob a égide das Nações Unidas, as divisões políticas subistem no que diz respeito ao futuro da Líbia.   

Muammar Kadhafi, que estava foragido depois da intervenção da NATO, foi detido por um grupo de opositores armados na sua cidade natal de Sirto e foi abatido a 20 de Outubro de 2011, depois de ter sido torturado.

Kadhafi que governava a Líbia com uma mão de ferro há 42 anos, após o golpe de Estado militar de 1969, durante o qual foi derrubada a monarquia liderada pelo rei Idris I, considerava-se um revolucionário árabe e herói africano que se revelou impiedoso com a oposição.

 Antigo estudante de direito, antes de enveredar por uma carreira militar e chegar ao poder aos 27 anos no dia 1 de Setembro de 1969, panafricanista convicto, Muammar Kadhafi  foi também influenciado pelo  "socialismo árabe" do egípcio Gamal Abdel Nasser.

Em 2011 ele foi afastado do poder por uma rebelião inspirada pela chamada "Primavera Árabe"  e apoiada  pela  NATO.

A morte de Kadhafi, a 20 de Outubro de 2011, não trouxe à Líbia as almejadas democracia e estabilidade. Pelo contrário prevaleceu um caos militar e político, caracterizado por uma luta entre facções armadas.

Segundo os analistas o processo de paz marca passo e a eleição presidencial de 24 de Dezembro  de 2021, assim como  as legislativas de Janeiro de 2022 não deveriam pôr um termo à longa crise Líbia.

O país norte-africano continua dividido segundo linhas regionalistas e ideológicas e de acordo com o académico líbio Mahoud Khalfallah, as eleições estão longe de ser o remédio que vai  curar o mal líbio.

A  incerteza do futuro, dez anos depois, leva alguns sectores da população líbia a glorificar Muammar Kadhafi e a afirmar que, durante  a vigência  do líder da Jamahira (República Popular Socialista Árabe)  os líbios eram os donos do seu próprio destino. ANG/RFI

 

 

 

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

  Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

Covid-19/Europa é a única região do mundo com aumento de novos casos - OMS

Bissau, 20 Out 21 (ANG) - A Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que houve um aumento de 7% nos novos casos de coronavírus na Europa na semana passada, a única região do mundo onde os novos casos aumentaram.

Na avaliação semanal da pandemia divulgada esta terça-feira, a agência de saúde da ONU disse que houve cerca de 2,7 milhões de novos casos de covid-19 e mais de 46 mil mortes na semana passada, números semelhantes aos relatados na semana anterior. A Grã-Bretanha, Rússia e Turquia foram os responsáveis pela maioria dos casos.

A maior queda nos casos de covid-19 foi observada em África e no Pacífico Ocidental, onde as infecções caíram 18% e 16%, respectivamente.

O número de mortes em África também diminuiu cerca de um quarto, apesar da escassez de vacinas no continente.

Outras regiões, incluindo as Américas e o Oriente Médio, relataram números semelhantes aos da semana anterior, acrescentou a OMS.

Pela terceira semana consecutiva, os casos de coronavírus aumentaram na Europa, com cerca de 1,3 milhão de novos casos. Mais da metade dos países da região relatou um aumento nos números.

Na semana passada, a Rússia bateu novos recordes diários de casos de covid-19 e o número de infecções no Reino Unido subiu para níveis não vistos desde meados de Julho.

Embora o chefe do Serviço Nacional de Saúde da Grã-Bretanha tenha instado o governo a introduzir protocolos covid-19 mais rígidos, incluindo o uso de máscaras e a vacinação mais rápida de crianças, os políticos têm questionado até agora a aplicação de tais medidas.

Na Rússia, as autoridades têm lutado para vacinar a sua população e apenas cerca de 32% das pessoas foram imunizadas, apesar da disponibilidade da vacina Sputnik V. É de longe o país com maior número de mortos na Europa, com mais de 225 mil óbitos.ANG/Angop


Ensino/
Presidente do SINAPROF confirma funcionamento de algumas escolas públicas

Bissau, 20 Out 21)ANG) – O  Presidente do Sindicato  Nacional dos Professores (SINAPROF) afirmou hoje  que algumas escolas públicas estão a funcionar e outras que tinham observado  a greve estão a concluir exames da segunda época e a realizar matriculas em simultâneo..

Domingos de Carvalho que falava a ANG, revelou  que as escolas públicas do regime de  auto gestão, todos   terminaram o ano lectivo 2020 / 2021 sem qualquer interrupção.

Aquele responsável sindical disse que os alunos aparecem  a conta gota nas salas  porque já é um hábito de décadas. “Sempre na primeira semana a maioria não comparece”,disse.

Por sua vez, Noémio dos Santos professor do Liceu Nacional Kwame N´krumah disse que iniciaram as aulas depois da  abertura oficial pelo Estado no dia 18 do mês em curso, frisando que, apesar de fraca participação dos alunos, os professores  estão sempre nas salas prontos para leccionar.

Núria José Nhaga estudante do liceu Samora Moisés Machel afirmou que estão a fazer inscrições para exames da segunda época que terá início nesta quinta-feira.

Questionada se tem ideia da data do início das aulas respondeu que não porque depois dos exames vão iniciar as matriculas para eventualmente iniciar o ano lectivo 2021/2022.

A repórter de ANG, constatou que o liceu Kwame N´krumah está a funcionar a conta gota, mas nos liceus Agostinho Neto, Rui Barcelos da Cunha e Samora Moisés Machel se encontram em fase de conclusão de exames, e de realização de matrículas para ano lectivo 2021/2022.

A  Escola do Ensino Básico Salvador Allende, igualmente visitada pela repórter da ANG se encontrava completamente vazia sem professores nem alunos.

 A repórter constatou ainda que quase   os edifícios das escolas públicas que visitou necessitam de reabilitação devido a mau estado de degradação, particulamente  o Liceu Nacional Kwame N´krumah onde os tetos apresentam sinais de desabamento, aliás a direcção do Liceu afixou um cartaz com os dizeres “Perigo de Morte”na porta principal do edifício.

O Ministério da Educação procedeu no sábado o encerramento do ano lectivo 2020/2021 e a abertura do novo ano lectivo, mas alguns sindicatos de professores anunciaram a continuidade da greve e pediram aos professores para não se apresentarem nas respectivas escolas.

Dois outros sindicatos entre os quais o Sinaprof numa posição contrária pediu aos seus filiados para se apresentarem nas escolas para o arranque do novo ano lectivo.

Os  professores cujos sindicatos estão filiados na  central sindical a União Nacionals dos Trabalhadores da Guiné(UNTG) estão em greve desde o ano passado. exigem a implementação da Carreira Docente, o pagamento de atrasados salariais, entre outras reivindicações ANG/JD/ÂC//SG

 

            Covid-19/Rússia regista novo recorde com 1.028 óbitos num dia

 Bissau,20 Out 21 (ANG) – A Rússia voltou a registar hoje um recorde de mo
rtes pela covid-19, com 1.028 óbitos nas últimas 24 horas, segundo dados oficiais do centro de combate ao novo coronavírus do país.

O último recorde foi registado na terça-feira, com 1.015 mortes.

Em Moscovo, epicentro da pandemia na Rússia, 76 pessoas morreram, totalizando 30.381 óbitos na capital russa. Em São Petersburgo, a segunda maior cidade do país, foram registadas 62 mortes nas últimas 24 horas.

O número total de mortes por covid-19 é de 225.353 no país desde o início da pandemia do SARS-CoV-2, embora os dados oficiais sobre o excesso de mortes no mesmo período indiquem o triplo desse número.

Além disso, foram registadas 34.073 novas infecções nas 85 regiões do país nas últimas 24 horas, sendo 3.067 casos de pessoas assintomáticas.

A maioria das novas infecções foi observada em Moscovo (5.847), São Petersburgo (3.274) e nos arredores de Moscovo (2.590). No resto das regiões, as infecções ainda estão abaixo da marca de mil por dia.

Desde o início da pandemia, a Rússia identificou 8.094.825 casos do novo coronavírus, tornando-se o quinto país mais atingido no mundo, atrás apenas de Estados Unidos, Índia, Brasil e Reino Unido.

As autoridades atribuem o aumento dos casos não só à maior agressividade da variante delta do novo coronavírus e à coincidência com a temporada de gripe, mas também ao baixo índice de vacinação e ao não cumprimento das medidas sanitárias pela população.

Até ao momento, 47,2 milhões de cidadãos receberam as duas doses da vacina contra a covid-19 em todo o país, ou seja 32,3% da população, o que é insuficiente para alcançar a imunidade de grupo.

Algumas regiões começaram a expandir as categorias de funcionários que devem ser vacinados.

Diante dessa situação, o Governo russo propôs na terça-feira declarar dias não úteis de 30 de Outubro a 7 de Novembro para todo o país, e avançar com essa medida nas regiões com maior número de infecções até 23 de Outubro.

As autoridades da capital russa ordenaram o retorno ao teletrabalho de pelo menos 30% dos funcionários não vacinados contra o novo coronavírus e dos que não tiveram a doença, e decretaram que maiores de 60 anos nas mesmas condições devem permanecer em casa até Fevereiro.

A covid-19 provocou pelo menos 4.902.638 mortes em todo o mundo, entre mais de 241,03 milhões de infecções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e actualmente com variantes identificadas em vários países.ANG/Inforpress/Lusa

 

Covid-19/Guiné-Bissau inicia na próxima segunda-feira campanha nacional de vacinação

Bissau, 20 Out 21(ANG) – A  Guiné-Bissau inicia na próxima segunda-feira(25) uma  campanha de vacinaçao em massa contra a Covid-19, com duraçáo de 10 dias.

Segundo Plácido Cardoso,secretário-geral do Alto Comissariado para a Covid-19, esta primeira campanha de imunização em massa,  visa atingir  70% da população até ao final do ano, através de um plano amplo de vacinação móvel, avançada e fixa para as onze áreas sanitárias do país.

A  campanha está orçada em cerca de um milhão de dólares. 

A Guiné-Bissau atravessa a terceira vaga da pandemia, observando o Estado de Calamidade que termina no próximo dia 26 de Outubro.

Até aqui foram registados 141 óbitos provocados pela Covid-19, no universo de 6.130 casos acumulados de infecção.

 Segundo o Alto Comissariado para COVID-19, o país dispõe de mais de meio milhão de vacinas e mais de 120 mil pessoas já receberam a primeira e a segunda dose, equivalente a 12% da população. ANG/RFI