Cooperação/ Embaixador
da China defende preservação de boa
relação entre o seu país e Guiné-Bissau para salvaguardar progressos comuns
Bissau, 07 Nov
23 (ANG) - O Embaixador da República Popular da China na Guiné-Bissau advertiu
segunda-feira que, a boa relação de cooperação e amizade existente entre os dois países precisa
de ser valorizada e bem cuidada por ambas as partes, com a finalidade de salvaguardar
o progresso comum.
Guo Ce fez a
referida advertência durante um intercâmbio sobre as potencialidades dos dois países,
promovido pela Embaixada da República Popular da China e que contou com a
participação do Secretário de Estado da Comunicação Social e porta voz do
Governo, dos ministros da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural e o do
Comércio, respectivamente, Francisco Muniro Conté, Mamasaliu Lambá e Jamel
Handem.
O diplomata
chinês salientou na ocasião que a
promoção do desenvolvimento necessita de união.
“Na atualidade,
a situação da segurança alimentar global é complicada e séria. Por isso, a China está a trabalhar com a
Guiné-Bissau, rumo ao futuro
compartilhado, no reforço da cooperação nas áreas de segurança alimentar e
redução da pobreza, para o aumento do bem-estar do povo”, disse Guo Ce.
Referiu que, nos
últimos três anos, a China ofereceu à Guiné-Bissau um total de 5000 toneladas
de arroz, entre os quais 2500 em 2022, através do Programa Alimentar Mundial,
em Março do 2023 corrente ofereceu mais de mil toneladas de arroz e que perspectiva
doar mais 1000 toneladas na base do pedido feito recentemente pelo Governo
guineense.
Aquele diplomata contou que, desde 1998 a China tem concluído 11 fases de
assistência técnica agrícola na Guiné-Bissau e que ao longo de duais décadas os
especialistas chineses das missões técnicas agrícolas têm selecionado e
cultivado um total de 37 variedades de arroz e formaram mais de 20 mil pessoas.
“Promovemos a
exportação de castanha de caju para China. A Guiné-Bissau possui melhor
qualidade de caju, o mesmo é o principal
motor para o desenvolvimento do país. Mas infelizmente, o seu preço reduziu nos
últimos tempos devido a declinação da demanda internacional e da disposição do
consumo”, lamentou.
Guo Ce anunciou que a Guiné-Bissau e China já
completaram as suas comunicações sobre os textos do Protocolo de Exportação da
castanha de caju. Diz esperar que após
as investigações da missão chinesa no próximo ano, possa ser assinado o Protocolo
de Acordo sobre o setor.
Acrescentou que
algumas empresas chinesas já reconheceram a qualidade de castanha de caju da
Guiné-Bissau e que está prevista a vinda de uma missão ao país para efeitos de
investigações, ainda este ano.
“Estamos a abordar
com o Governo a possibilidade de
desenvolver a piscicultura na Guiné-Bissau ainda no decorrer de 2023. Especialistas
chineses devem igualmente fazer uma investigação nas ilhas de Bijagós, antes da
implementação desse projeto de desenvolvimento da piscicultura”, revelou.
O Embaixador assegurou
que, se o referido projeto for implementado, o país pode, além de reduzir os
preços dos pescados no mercado interno, melhorar ainda as condições de vida dos
cidadãos nas ilhas da Guiné-Bissau.
“Temos em
manga os projetos de bem-estar do povo, como por exemplo o de fazer furos de
água e reabilitar estradas, com o objetivo de melhorar as condições de vida do
povo guineense”, contou aquele responsável.
Ce disse que o
Estado de Direito é a maior garantia de um ambiente de negócio e que por isso,
a obrigação de qualquer que seja Governo é de garantir a continuidade das
políticas de execução das leis, de modo
a facilitar a materialização dos investimentos. ANG/AALS/ÂC//SG