terça-feira, 3 de setembro de 2024

Venezuela/Justiça  ordena detenção de líder da oposição González Urrutia

Bissau, 03 Set 24 (ANG) - Um tribunal venezuelano especializado em crimes relacionados com terrorismo emitiu um mandado de prisão para o líder da oposição Edmundo González Urrutia, candidato presidencial do maior bloco anti-Chávez nas eleições de 28 de julho.

O mandado foi emitido menos de uma hora depois de o Ministério Público o ter solicitado.

O Ministério Público publicou a ordem na rede social Instagram, especificando que, uma vez efetuada a de, González Urrutia "deve ser imediatamente colocado à disposição” do Ministério Público, que, por sua vez, “deve apresentá-lo perante [o tribunal] no prazo de 48 horas após a detenção”.

Isto para que se realize uma “audiência oral na presença das partes e se resolva o que for conveniente”, uma vez que o ex-candidato é acusado pelo Estado venezuelano de ter alegadamente cometido os crimes de “usurpação de funções”, “falsificação de documentos públicos”, “instigação à desobediência das leis”, “conspiração”, “sabotagem de danos no sistema e associação [para cometer crimes]”, de acordo com o documento.

O Ministério Público pediu à justiça que emitisse um mandado de prisão para González Urrutia depois deste não ter comparecido a três convocatórias, nas quais devia prestar declarações no âmbito de uma investigação relacionada com alegações de fraude nas presidenciais.

A investigação está relacionada com a publicação de uma página na Internet em que a principal coligação da oposição - Plataforma Unitária Democrática (PUD) - afirma ter carregado “83,5% das atas eleitorais” recolhidas por testemunhas e membros das mesas de voto para reforçar a afirmação de que González Urrutia ganhou as eleições por uma ampla margem.

A PUD divulgou as atas, que o executivo, por sua vez, qualificou de falsas, depois de o Conselho Nacional Eleitoral ter proclamado Maduro como vencedor das eleições.

A vitória do atual Presidente foi questionada por vários países, alguns dos quais apoiam a afirmação de que González Urrutia ganhou a liderança do país.

ANG/Lusa

EUA /Governo apreendem avião usado por Presidente da Venezuela alegando violação de sanções

Bissau,03 Set 24 (ANG) – O Governo dos Estados Unidos apreendeu um avião utilizado pelo Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, alegando violações das sanções e das leis de controlo das exportações, informou hoje o Departamento de Justiça norte-americano.

As autoridades norte-americanas alegam que a aeronave foi comprada ilegalmente, através de uma empresa de fachada, e contrabandeada para fora dos Estados Unidos.

O avião, registado em San Marino, foi frequentemente utilizado por Maduro para viagens ao estrangeiro, incluindo algumas realizadas no início deste ano à Guiana e a Cuba.

A 22 de agosto, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, controlado pelos chavistas, validou a reeleição de Maduro para um terceiro mandato presidencial de seis anos, nas eleições de 28 de julho - uma validação de vitória rejeitada por numerosos países que instaram as autoridades venezuelanas a divulgarem os resultados eleitorais pormenorizados.

Nicolás Maduro, de 61 anos, foi, após o ato eleitoral, proclamado vencedor das presidenciais, com 52% dos votos, pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) que, no entanto, não divulgou as atas das assembleias de voto, afirmando-se vítima de um ato de pirataria informática.

Tal argumento foi então considerado pouco credível pela oposição e por numerosos observadores, que nele viram uma manobra do poder para evitar ter de apresentar a contagem de votos exata.

O anúncio da reeleição do Presidente socialista no escrutínio de julho desencadeou manifestações espontâneas, que foram violentamente reprimidas. Os protestos causaram pelo menos 27 mortos e 192 feridos e 2.400 pessoas foram detidas, de acordo com fontes oficiais.

Segundo a oposição, que tornou públicas as atas de votação obtidas graças aos seus escrutinadores, o seu candidato, Edmundo González Urrutia, venceu as eleições com mais de 60% dos votos.

Sem as mostrar, o TSJ assegurou a 22 de agosto ter verificado as atas da votação que lhe foram entregues pelo poder, bem como a veracidade do ataque informático ao CNE.

Os Estados Unidos e dez países latino-americanos rejeitaram nesse dia, num comunicado conjunto, a validação pelo TSJ dos resultados eleitorais, argumentando que a vitória presidencial de Maduro foi anunciada “com base numa ata de resultados parcial, emitida de forma oral, com números que evidenciavam impossibilidades matemáticas e sem apresentar os resultados em separado”.

ANG/Lusa

 


      RDC
/Pelo menos 129 mortos em tentativa de evasão da maior prisão

Bissau, 03 Set 24 (ANG) - Pelo menos 129 pessoas morreram durante uma tentativa de evasão ocorrida na noite de domingo para segunda-feira na maior prisão da República Democrática do Congo, em Kinshasa, segundo um balanço estabelecido esta terça-feira pelas autoridades que dizem estar a investigar o caso com contornos ainda pouco claros.

Numa declaração vídeo transmitida hoje à imprensa, o vice Primeiro-Ministro e Ministro do Interior Jacquemain Shabani anunciou um balanço "ainda provisório" de 129 mortos nesta tentativa de evasão, ocorrida segundo testemunhas locais por volta das 2 horas da madrugada desta segunda-feira.

"O balanço provisório no plano humano eleva-se a 129 mortos, dos quais 24 por balas após disparos de advertência, os restantes por empurrões, asfixia e algumas mulheres foram violadas. A Comissão de inquérito também identificou 59 feridos, actualmente atendidos pelo governo para tratamento adequado. No plano material, lamenta-se o incêndio dos edifícios administrativos, da enfermaria e dos depósitos de alimentos", disse o Ministro que ao apresentar os seus pêsames às famílias enlutadas, também deu conta de um regresso à normalidade.

O governo que diz estar a investigar o sucedido, não deu mais detalhes sobre o número de detidos que tentaram fugir naquela noite, nem se alguns conseguiram efectivamente escapar. Numa mensagem na rede X, o Ministro da Justiça, Constant Mutamba, garantiu que se estão a envidar esforços "para identificar e punir severamente os responsáveis por esses actos de sabotagem".

A prisão de Makala, a maior do país, tem capacidade para 1.500 pessoas. Mas ela está nitidamente superlotada e acolhe 14 a 15 mil reclusos, segundo estatísticas oficiais. Para além de denunciar regularmente as condições de detenção naquele estabelecimento, organizações de defesa dos Direitos Humanos indicam igualmente que a maioria dos presos ainda aguarda julgamento.

Já em 2017, a cadeia tinha sido palco de um ataque perpetrado por homens armados que possibilitou a fuga de mais de 4 mil presos, alguns dos quais considerados "perigosos" pela polícia. As circunstâncias do sucedido nunca chegaram a ser esclarecidas, apesar da criação de uma comissão de inquérito.

ANG/RFI

Israel/Netanyahu pede perdão às famílias dos reféns e Biden acusa-o de não cooperar

Bissau, 03 Set 24 (ANG) - Após a descoberta de mais seis corpos de reféns israelitas prisioneiros do Hamas, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu pediu perdão às famílias que se têm manifestado nas ruas contra a acção do Governo.

Joe Biden considera que Netanyahu não tem feito o suficiente para chegar a um acordo de paz.

Pela primeira vez, o primeiro-ministro israelita desculpou-se face às famílias dos reféns feitos pelo Hamas no dia 7 de outubro de 2023.

Numa conferência de imprensa após a descoberta de mais seis corpos de reféns, Benjamin Netanyahu pediu perdão por não ter conseguido trazer aqueles cidadãos de volta ao seu país com vida, dizendo que as autoridades israelitas estavam muito perto de o conseguir.

Nesta mesma conferência de imprensa, o líder do Governo israelita disse ainda que os seis reféns foram mortos com um tiro na parte de trás da cabeça, acusando o Hamas de ter executado estas pessoas, defendendo que face a estas mortes, Israel não fará quaisquer concessões para um cessar-fogo.

Netanyahu insistiu ainda que Israel vai continuar a fazer tudo ao seu alcance para manter o controlo da fronteira entre Gaza e o Egipto, um ponto de discórdia nas conversações que estão a ser mediadas pelos Estados Unidos, Egipto e Qatar para trazer a paz ao Médio Oriente.

Na noite de segunda-feira, e após as declarações de Netanyahu, o Presidente Joe Biden disse que Israel não estava a fazer esforços suficientes para parar a guerra na Faixa de Gaza, já o Reino Unido anunciou na segunda-feira a suspensão de certas licenças de exportação de armas para Israel já que a sua utilização em território palestiano é considerada uma violação do direito internacional.

Face ainda às declarações de Netanyahu, o Hamas disse que todos os reféns vão voltar a Israel "dentro de caixões", acrescentando que não serve "de nada" tentar libertá-los através da força militar, mas sim que o Estado de Israel devia estar apostado na negociação.ANG/RFI

segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Comunicação Social/"Adopção de um  modelo de negócio é melhor saída para o jornalismo na Guiné-Bissau", diz António Nhaga

Bissau, 02 Set 24 (ANG) – O Bastonário de Ordem dos Jornalistas da Guiné-Bissau(OJGB), António Nhaga defendeu hoje que a definição e aplicação de um  “Modelo de Negócio” é a melhor saída para o jornalismo na Guiné-Bissau.

António Nhaga falava à imprensa após um encontro de boas vindas ao  novo ministro da Comunicação Social, Florentino Fernando Dias, à quem entregou uma proposta de mudança da situação laboral no setor da comunicação social .

O documento  entregue ao ministro traduz a preocupação de melhorar as condições de trabalhos dos profissionais, tanto ao nível salarial assim como ao nível de equipamentos.

“Uma saída para que a imprensa possa ter condições de financiar seus trabalhos e os seus profissionais terem condições de sustentar suas famílias”, disse.

Para a Ordem, diz Nhaga, a prioridade de momento  é resolver o problema dos jornalistas para que possam ter condições, por isso sempre entregaram o referido documento à cada ministro que passa pelo  sector.

"O objetivo do encontro é  dar boas vindas ao novo ministro da Comunicação Social pela sua nomeação, e  também  discutir algumas questões que podem interessar ao governante”, salientou.

Dentre os problemas enumerados por António Nhaga constam a emissão de Carteira Profissional e Modelo de Negócio para sustentabilidade da imprensa nacional.

 “E apresentamos-lhe uma proposta concreto sobre este modelo para o jornalismo no país, e ficamos com a ideia de que é uma pessoa que está disposta a trabalhar connosco e também estamos a vontade para trabalhar com ele," salientou.

António Nhaga disse acreditar que a proposta apresentada ao ministro vai servir para se encontrar uma saída da crise no jornalismo guineense e diz que também pode acabar com a história de espancamentos dos jornalistas, porque serão criadas as condições para fazerem os seus trabalhos. ANG/MI/ÂC//SG

Sociedade/ Comissão Nacional de Direitos Humanos pede justiça em relação a morte de uma menina em Catió

Bissau,02 set 24 (ANG) - A Comissão Nacional para os Direitos Humanos (CNDH) exige a responsabilização criminal dos presumíveis autores pelo espancamento até a morte, de uma menina, na localidade de Catche Balanta, setor de Catió,Região de Tombali, por alegadamente ter rejeitado se submeter ao casamento forçado.

O caso ocorrido recentemente e que que envolve 14 mulheres foi abordado no sítio da CNDH, consultada pela ANG.

De acordo com a mesma publicação, a Presidente da instituição, Fernanda Maria da Costa condenou “com veemência” o assassínio dessa menina de 18 anos de idade.

Fernanda Maria da Costa, afirma que a CNDH não se compactua com comportamentos do género, porque, atualmente, ninguém pode obrigar o outro a fazer o que não quer. "Podemos ter filhos, mas eles não são nossas propriedades", referiu.

"Basta! Não é possível continuarmos a comportar-se como selvagens. Até quando vamos continuar com esse tipo de atitudes e a cultura de violência que vem crescendo na nossa sociedade”, questionou.

Suege que se deve começar a pensar e agir como seres humanos. “Estamos num mundo moderno, temos de aceitar a realidade", sublinhou.

Segundo Fernanda Maria da Costa ,  situações de violências estão a aumentar cada vez mais, por isso apela às autoridades competentes, responsáveis pela investigação criminal, neste caso a Polícia Judiciária, a levarem esse caso a sério, traduzindo os supostos culpados à justiça e a sua consequente condenação, de acordo com a lei.

A Presidente da Comissão Nacional dos Direitos Humanos lamentou o facto de as coisas estarem a piorar, porque dantes as mulheres é que denúnciavam  os maus tratados que sofriam dos homens,  mas que agora  as tendências se inverteram, sendo que as mulheres se matam entre si.

Fernanda da Costa lembra que, recentemente, a CNCH recebeu denúncias, também vindas da zona de Catió, de um caso em que uma menina foi violentada, por ter recusado a se casar com um homem de idade  avançada, e diz que o pior só não aconteceu porque  a vítima conseguiu se escapar, e foi parar na esquadra de polícia local, antes de acolhida  por pessoas de boa vontade, que a impediram de voltar para casa.

Nos últimos tempos, de acordo com Fernanda da Costa, casos de violência contra raparigas, sobretudo ligados ao casamento forçado, têm-se multiplicado no Sul da Guiné-Bissau, nas regiões de Tombali e Quínara,.ANG/LPG/ÂC//SG

Transporte marítimo//Coordenação Nacional da FIT entrega à tutela 11 textos da Convenção  para efeitos de ratificação

Bissau 02 Set 24 (ANG) – O Comité de Coordedenação Nacional da Federação Internacional dos Transportes(FIT) entregou hoje 11 textos da Convenção do sector de transportes maritimo e terrestres ao Ministério dos Transportes, Telecomunicações e Economia Digital para efeitos da  ratificação .

Falando depois da entrega dos respectivos documentos internacionais, o Ponto Focal da FIT para a Guiné-Bissau, Januário Biagué disse que os sindicatos como parceiro do desenvolvimento do  Governo devem andar juntos e o Ministério como tutela deve facilitar na ratifiçação desses textos.

“Os documentos  entregues vão  ser levados ao Conselho de Ministros para  tratamento e  sua aprovaçao depois será levado à Assembleia Nacional Popular(ANG) . A ratificação das convenções dá força em termos de obtenção de financiamentos de grande envergadura para a reabilitação das infraestruturas do sector”,explicou.

Biagué salientou que, como membro da Organização Internacional de Trabalho (OIT, a Guiné-Bissau deve ratificar as Convenções que, segundo ele, beneficiará ao Governo, em primeiro lugar, e depois o desenvolvimento das infraestruturas portuárias do país, contribuindo para o avanço do país.

O ministro dos Transportes, Telecomunicações e Economia Digital assegurou que vai os levar as instâncias competentes para efeitos de ratificação e consequente aplicação.

Marciano Barbeiro garantiu que os documentos que acabaram de receber serão analisados  pelo governo através do ministério competente, antes de serem encaminhados ao Conselho de Ministros - orgão máximo de execução da política do país para a sua revisão, receção de  contribuições que o Executivo entender e depois remetê-los  a ANP.

“As Convenções são o que são ou seja, não há muita coisa a mudar, uma vez que são entendimentos internacionais entre os parceiros que regulam a nossa  convivência, forma de trabalhar e de cooperar com o objectivo de resolver problemas dos técnicos do sector, nesse caso dos transportes sobretudo maritimos”,disse o governante.

Segundo aquele responsável,  o Executivo fará tudo o que estiver ao seu alcance para que essas Convenções sejam bem aplicadas, em prol do desenvolvimento do sector maritimo nacional.ANG/MSC/ÂC//SG

           Rússia/Queda de helicóptero  matou todos os 22 ocupantes

Bissau, 02 Set 24(ANG) – Os 22 ocupantes do helicóptero Mi-8T que se despenhou no sábado na península de Kamchatka, no extremo oriente da Rússia, morreram no acidente, segundo dados preliminares divulgados hoje pela comissão que investiga o caso.

“As primeiras informações indicam que os membros da tripulação e os passageiros morreram. Não há sobreviventes”, declarou uma fonte da comissão, citada pela agência Interfax.

O Ministério da Rússia para as Situações de Emergência informou, por sua vez, que os socorristas que se encontram no local do acidente encontraram, até ao momento, os corpos de 17 pessoas e continuam à procura dos outros cinco ocupantes do Mi-8T.

O helicóptero, com três tripulantes e 19 passageiros, havia descolado de uma zona do vulcão Vachkazhets e dirigia-se para a cidade de Nikolaevka, situada a 17 quilómetros a sudoeste do aeroporto internacional de Elizovo.

A aeronave acidentada pertence à companhia aérea Vitiaz-Aero.

Fonte da investigação citada pela agência russa indicou que a causa mais provável do acidente será “um erro de pilotagem em condições meteorológicas adversas”.

Acrescentou também que não se descarta a possibilidade de o Mi-8T ter sofrido uma falha mecânica. ANG/Inforpress/Lusa



Ulan Bator
/Putin chega à Mongólia na primeira viagem a um país-membro do TPI

Bissau, 02 set 24 (ANG) - O Presidente russo, Vladimir Putin, aterrou hoje na Mongólia, na sua primeira visita a um estado-membro do Tribunal Penal Internacional (TPI) desde que enfrenta um mandado de detenção, emitido em março de 2023.

O líder russo saiu do avião à noite no aeroporto de Ulan Bator, capital da Mongólia, segundo imagens transmitidas pela televisão russa.

Após a confirmação da viagem, na semana passada, vários governos internacionais, incluindo o da Ucrânia, lembraram à Mongólia que, como signatário do Estatuto de Roma, é obrigada a cumprir todas as ordens provenientes do tribunal sediado em Haia.

As autoridades mongóis não fizeram comentários nos últimos dias, mas o Kremlin já deixou claro que não está preocupado.

Hoje, o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, negou que existissem problemas com o Governo da Mongólia ligados à ordem do TPI, segundo a agência Interfax.

A visita vai durar até terça-feira e inclui reuniões de Putin com as autoridades locais, com as quais espera discutir, entre outros temas, as ligações de gás à China.

Putin participará em eventos oficiais para assinalar o aniversário da vitória militar das tropas soviéticas e mongóis em 1939 sobre as forças japonesas.

Desde março de 2023 que Putin tem pendente um mandado de detenção devido à deportação forçada de crianças ucranianas, considerada como um crime de guerra.

O tribunal pediu também este ano a detenção do ex-ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, e do chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Valery Gerasimov, por crimes relacionados com a invasão da Ucrânia, inciada em fevereiro de 2022. ANG/Lusa


Portugal/Fórum China-África será marcado pelo reforço do "alinhamento político" - analistas

Bissau, 02 Set 23(ANG) – Analistas contactados pela Lusa estimam que o próximo Fórum de Cooperação China-África será marcado pelo reforço do “alinhamento político” entre Pequim e o continente africano e por uma “maior clareza em relação à iniciativa chinesa de segurança global”.

Cinquenta e quatro representantes africanos, incluindo numerosos chefes de Estado e de Governo, assim como largas centenas de ministros setoriais estarão esta semana em Pequim para o 9.º Fórum de Cooperação China-África (FOCAC, na sigla em inglês, que se realiza trianualmente desde outubro de 2000), numa cimeira de mais alto nível do que a realizada em 2021 em Dacar, em plena pandemia de covid.

“Todas as embaixadas em Pequim estão completamente ocupadas com o fórum, todos os governos africanos estão ocupados. Há mais presidentes africanos a participar no FOCAC do que na Assembleia Geral da ONU, que é a maior cimeira do mundo. O FOCAC é o ponto mais importante do calendário diplomático de África”, sublinha Paul Nantulya, investigador do Africa Center for Strategic Studies (ACSS), especialista nas relações África-China.

Apesar das numerosas representações de alto nível e do “reforço do prestígio” deste FOCAC em relação ao anterior, Jana de Kluiver, investigadora do Institute for Strategic Studies (ISS), em Pretória, prevê que esta primeira cimeira pós-covid não será marcada pelo aumento da “dimensão do investimentos” anunciados.

Em primeiro lugar, refere, porque a China “está consciente do problema da dívida em África e da forma como a situação se apresenta a nível internacional”, e depois, porque se espera este ano um maior envolvimento do setor privado, o que “coloca uma maior ênfase na rentabilidade dos projetos, o que implica projetos mais pequenos, com um retorno mais rápido”.

Em contrapartida, Kluiver acredita que se irá assistir ao anúncio do investimento em projetos de energias renováveis e no aumento de projetos relacionados com o "Crescimento Verde", assim mais investimento tecnológico, em alinhamento com os objetivos internos da China.

Um e outro analista apontam também a importância que deverão assumir as três grandes iniciativas anunciadas pelo Presidente chinês, Xi Jiping, já depois do último FOCAC de 2021, a saber, Iniciativa de Segurança Global (ISG), Iniciativa de Desenvolvimento Global (IDG) e Iniciativa de Civilização Global (ICG).

“Um elemento importante que sairá deste FOCAC é o alinhamento político”, sublinha Nantulya. “A China está a procurar um alinhamento político mais forte com os países africanos, como parte da sua estratégia para o Sul Global, que vê como uma espécie de contrapeso ao que chama o sistema internacional dominado pelo Ocidente”, acrescenta o investigador.

“Penso que teremos uma maior clareza sobre a nova ISG e a IDG, em particular; Este FOCAC será marcado pelo elemento da segurança, e na forma como Pequim tenta remodelar a ordem internacional” através destas iniciativas, afirmou Jana de Kluiver.

Nantulya sublinha que os países africanos têm vindo a reclamar uma reforma do sistema multilateral, que inclua, nomeadamente, uma representação permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, mas a China “não tem sido muito clara na sua posição” sobre este tema.

A estas exigências por parte dos países africanos, a China tem respondido com a promessa ajudar a “ampliar a sua influência e os seus interesses a nível internacional, por exemplo, defendendo os pedidos de mais financiamento para o desenvolvimento”, acrescenta o investigador.

“A China está a criar muitas organizações internacionais, muitas das quais são paralelas a organizações internacionais existentes, como o Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas, de que muitos países africanos são membros, ou o novo Banco de Desenvolvimento, que funciona no âmbito dos BRICS, e outras organizações de que os países africanos fazem parte”, ilustrou ainda.

Finalmente, ambos os analistas apontam falha importante que representa a falta, mais uma vez, de uma estratégia comum dos países africanos para negociações com um gigante como a China.

“África não tem uma posição comum em relação à China, nem em relação a qualquer ator externo. Há certas orientações continentais que seriam altamente positivas, se os países e os seus compromissos bilaterais com a China pudessem ter em mente o quadro mais vasto do desenvolvimento do continente”, diz Kluiver.

“Mas não existe uma agenda definida ou uma abordagem comum, o que prejudica os países africanos, em termos do seu poder de negociação”, acrescentou.

A China dispõe de muitos recursos, especificamente em termos de desenvolvimento da conectividade, tecnologias de informação e comunicação, recursos humanos, bem como de financiamento de projetos, mas, para que pudesse realmente ser aproveitado, seria preciso que os países africanos alcançassem um “nível de coordenação” mínimo, que lhes permitisse, por exemplo, articular de forma eficaz grandes projetos como o Acordo de Comércio Livre Continental Africano e a iniciativa chinesa "Uma Faixa, Uma Rota", sublinha a analista sul-africana.

É fundamental, sublinha Kluiver, que “exista um nível de concordância” entre os países africanos, que “garanta que estes grandes projetos estão alinhados, porque é importante desenvolver projetos de infraestruturas regionais que, em última análise, promovam o comércio intra-africano e não se limitem a reforçar as cadeias de valor e as ligações com, por exemplo, a China ou qualquer potência externa”. ANG/Inforpress/Lusa

 

China/Trocas comerciais com PALOP sobem 22 % para 12,3 mil ME até junho

Bissau,  02 Set 24(ANG) - As trocas comerciais entre a China e os países africanos lusófo
nos subiram, em média, 22 % no primeiro semestre deste ano, para 13,7 mil milhões de dólares (12,3 mil milhões de euros), segundo dados da alfândega chinesa.

O volume de 13,7 mil milhões de dólares em trocas comerciais é liderado por Angola, o maior parceiro económico da China no continente, muito por efeito da venda de petróleo angolano ao gigante asiático, que valeu a quase totalidade das exportações de Angola para a China, num total de 10,6 mil milhões de dólares, (cerca de 9,5 mil milhões de euros).

Já as exportações da China para Angola valeram apenas 1,5 mil milhões de dólares.

Em segundo lugar entre os maiores parceiros chineses nos lusófonos africanos está Moçambique, que vendeu 721 milhões de dólares em bens e serviços, e comprou o equivalente a 1,6 mil milhões de dólares.

Na comparação entre o primeiro semestre deste ano e o período homólogo do ano passado, constata-se, segundo os dados das autoridades chinesas, uma subida de 22 % nas trocas comerciais, tendo havido, ainda assim, uma quebra de 12,8 % e 6 % nos casos da Guiné Equatorial e de Moçambique, respetivamente.

O aumento das trocas comerciais dos países lusófonos com o 'gigante asiático' reflete um objetivo da China de aumentar não só o relacionamento comercial com África, mas principalmente o volume de importações, para contrapor à crítica de desequilíbrio na balança comercial a favor da China.

Em 2021, no mais recente Fórum sobre a Cooperação China-África (FOCAC), a China prometeu aumentar as importações de produtos africanos para 300 mil milhões de dólares (271 mil milhos de euros) até 2024, acima dos 275 mil milhões de dólares exportados nos três anos anteriores, ou seja, entre 2019 e 2021.

"Não sendo uma meta demasiado ambiciosa, foi importante, primeiro porque foi a primeira meta de importações africanas, e depois porque foi o primeiro objetivo de importações africanas estipulado por qualquer parceiro de desenvolvimento", escreveu a analista Rosie Wigmore, da consultora Development Reimagined, num dossier especial feito em conjunto com a revista African Business.

No artigo, a propósito de mais um FOCAC, que vai decorre esta semana em Pequim, a analista diz que faltam apenas 14 mil milhões de dólares para a meta ser atingida.

Destaca, contudo, que apesar de ter havido um aumento das exportações africanas para a China, as compras dos africanos cresceram mais depressa, agravando o défice da balança comercial.

"A boa notícia é que a meta deve ser cumprida, mas a má notícia é que desde 2022 o défice comercial na verdade agravou-se, de 39 mil milhões de dólares em 2021 (35,24 mil milhões de euros) para 63 mil milhões de dólares (56,9 mil milhões de euro) em 2023", escreve Rosie Wigmore.

No ano passado, acrescenta, 83 % do volume das exportações para a China foram feitas por apenas oito países, todos eles ricos em recursos naturais.

Entre as medidas que os líderes africanos e chineses podem aprovar esta semana em Pequim, a analista sugere mecanismos para financiar os bancos africanos, diminuir as taxas alfandegárias e aproveitar as potencialidades do acordo de livre comércio continental em África.

O FOCAC 9, com o lema 'Unir as Mãos para avançar a modernização e construir uma comunidade de alto nível sino-africana com um futuro partilhado', realiza-se de 4 a 6 de setembro em Pequim, com reuniões preliminares já hoje, e contará com a presença do Presidente chinês, Xi Jinping.

Trata-se de "uma plataforma para um diálogo coletivo, unindo a China com a Comissão da União Africana e com os 53 países africanos que mantêm relações diplomáticas com a China", segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.

TROCAS COMERCIAIS....1º SEM 2024.....VAR. HOMÓLOGA

Angola................10.628...............4,6 %

Cabo Verde................56,6............11,4 %

Guiné-Bissau..............35,1............80,8 %

Guiné Equatorial.........675.............-12,8 %

Moçambique.............2.388..............-6,0 %

São Tomé e Príncipe.......9,3.............56,5 %

FONTE: Estatísticas dos Serviços de Alfândega da China

VALORES em milhões de dólares

ANG/Inforpress/Lusa

 

Venezuela/Líder da oposição  acusa Maduro de condenar jovens a violência e prisão

Bissau, 02 Set 24(ANG) - A líder da oposição venezuelana Maria Corina Machado acusou o Presidente do país, Nicolás Maduro, de ter condenado os jovens “à violência e à prisão”, referindo-se aos adolescentes detidos após as presidenciais de julho.

“Maduro não só condenou os nossos filhos ao exílio, à pobreza e à falta de oportunidades, como também os condenou à violência e à prisão, independentemente da idade ou origem”, escreveu no domingo a ex-deputada nas redes sociais.

A responsável disse ainda que o executivo venezuelano violou os direitos e a dignidade dos adolescentes, “separando-os das famílias e condenando não só estes jovens, mas também pais e amigos ao terror”.

“Nas últimas horas, e como resultado da indignação do mundo, muitos deles foram libertados, mas outros continuam reféns”, notou.

Machado disse que uma das adolescentes detidas, no estado de Sucre, no nordeste do país, sofreu um colapso, “que lhe causou danos cerebrais”, e precisou de ser levada para o hospital.

“Aí, foi processada judicialmente, sem direito a defesa, pelo crime de incitação ao ódio, com uma pena de 24 anos de prisão”, acrescentou.

A organização não-governamental venezuelana Foro Penal declarou, no domingo, que, entre 29 de agosto e 01 de setembro, 86 dos mais de 100 adolescentes detidos após os protestos contra o resultado oficial das eleições presidenciais de 28 de julho foram libertados da prisão com medidas cautelares.

Através da rede social X (antigo Twitter), a ONG indicou que os jovens libertados têm entre 14 e 17 anos e são de diferentes estados venezuelanos, sendo 74 do sexo masculino e 12 do sexo feminino.

De acordo com os números oficiais, mais de 2.400 pessoas foram detidas desde 29 de julho, algumas em manifestações e outras em operações policiais, e 25 foram mortas em atos de violência que o Governo atribui à oposição, enquanto a oposição antichavista culpa as forças de segurança do Estado. ANG/Inforpress/Lusa

 

     Sociedade/DG da Pecuária apela vacinação de  animais de estimação

Bissau, 02 Set 24 (ANG) – A Diretora-geral da Pecuária apelou hoje aos donos de animais de estimação para os levarem aos  serviços da Viterinária para efeitos de vacinação.

Em entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné (ANG), Maria Henriqueta Rozalia Vieira sustentou que os donos dos animais de estimação devem ter a paciência de cuidar deles para protegé-los de certas doenças infeciosas.

“Devemos vacinar os nossos cães e outros animais de estimação, e  contra a raiva, pelo menos uma vez por ano, e manté-los sempre limpo e desparazitá-los de três em três meses, para evitar que os mesmos, tragam doenças transmisíveís  para os homens dentro das nossas casas”, aconselhou Rozália Vieira.

Segundo Rozália Vieira, independentemente do Dia Mundial de Luta contra a Raiva a assinalar no dia  28 de Setembro, o Serviço da Veterinária sempre está com as suas portas abertas para vacinar animais.

 “Cão é um animal amigo do homem, por isso merece um tratamento digno, não deve ser abandonado pelo dono, e por andar de um lado a outro, a nossa porta está aberta todos os dias, tragam os vossos animais, a fim de vaciná-los contra a raiva que sabemos que é uma doença muito perigosa para o corpo humano”, apelou.

Aquela responsável disse que 5000 francos, é muito, mas para uma vacina que manterá o seu animal saudável durante um ano, não é nada mau.

Acrescentou  que, anteriormente, as vacinas eram grátis, porque havia  apoios dos  parceiros para o efeito, e diz que não havendo esse apoio agora  a vacina está sendo cobrada por  5000 francos CFA.

Maria Henriqueta Rozália Vieira disse que os seus serviços estão inclisive dispostos a prestar serviços nas residências , bastando para isso que o dono do animal assegure a deslocação do veterenário indigitado.ANG/LLA/ÂC//SG

 

Cooperação/Presidente da República  à caminho de  Pequim para participar no Fórum  China-África

Bissau, 02 Set 24(ANG) – O  Presidente da República deslocou-se na manhã de hoje à Pequim para participar no 9º Fórum de Cooperação China-África(FOFAC) 2024, que será marcado pelo reforço do “alinhamento político” entre Pequim e o continente africano.

O referido fórum que decorre entre os dias 04 e 6 do corrente mês, irá debruçar-se ainda  sobre  a  iniciativa chinesa de Segurança Global.

Questionado pela a imprensa no aeroporto internacional Osvaldo Vieira sobre o tema que irá abordar no Fórum a “Industrialização agrícola em África”,  o chefe de Estado guineense destacou ser a primeira vez  que o país terá este previlégio.

Umaro Sissoco Embaló adiantou que, no regresso, fará uma visita de Estado ao Vietnam, onde irá assinar vários acordos na área agrícola, frisando que o Vietnam é um dos  maiores produtores de arroz no mundo e por isso pretendem aproveitar das suas experiências nesse domínio.

Informou que, seguidamente irá deslocar-se ao Emirados Árabes Unidos.

O chefe de Estado disse que a Guiné-Bissau não deve continuar a mendigar junto dos seus parceiros, razão pela qual se fez acompanhar de  alguns empresários nacionais que vão fazer a prospeção de oportunidades de paceirias junto de empresas vietnamitas para atração de   empréstimos e investimentos para o país.

O FOFAC nº9 contará com a participação de 54 representantes africanos, incluindo numerosos chefes de Estado e de Governo, assim como largas centenas de ministros setoriais, e decorre tri-anualmente desde Outubro de 2000.

O última foi realizado, em Dacar(Senegal), em 2021, em plena pandemia da Covid 19.ANG/JD/ÂC//SG

Centenário de Amílcar Cabral/  Cabo Verde e Guiné-Bissau promovem  Simpósio internacional na cidade da Praia e  em Bissau

Bissau, 02 Set 24 (ANG) – No âmbito da comemoração do Centenário de Amílcar Cabral, a Guiné-Bissau e Cabo Verde organizam nos dias 9 à 10 de Setembro no Campu do Palmarejo Grande, na cidade de Praia e  11 e 12 , em Bissau, no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa da Guiné-Bissau, (INEP) um Simpósio Internacional, sob o lema “Amílcar Cabral, Um Património Nacional e Universal”.

A informação consta na página oficial do INEP no Facebook, consultada hoje pela ANG, segundo a qual  no dia  12 de Setembro  assinalar-se-á o primeiro centenário do nascimento de Amilcar Cabral, e a instituição convida  as Instituições académicas, politicos e todos aqueles que o conheceram ou tiveram contacto com a  obra de Amílcar Cabral  a fazerem desta data uma efeméride comemorativa.

O Simpósio contará com a participação de vários historiadores, cientistas, escritores cientistas, artistas e ativistas sociais, estudiosos de Amílcar Cabral,  universidades e centros de pesquisa nacionais e internancionais e ainda, de personalidades de diversos continentes, que apresentarão  contribuições importantes para o aprofundamento dos temas a serem debatidos.

“Nascido em Bafatá, há exatamente 100 anos, Amílcar Cabral passou a ser um filho que todos aprenderam a amar. Celebrar o centenário de Amílcar Cabral é festejar pós morte a memória daquele que foi um dos mais ilústres filhos de África é render homenagem à uma das mais importantes figuras do século XX”, lê-se na mesma publicação.

Acrescenta que “ um simples africano” “ cumprindo o seu dever no contexto do seu tempo”, como ele próprio se descreveu, Amílcar Cabral ganhou projeção mundial ao conhecer e dirigir a mais bem- sucedida luta de libertação nacional das antigas colónias portuguesas, em África que levou à fundação de dois Estados independentes, a Guiné-Bissau e Cabo Verde.

De acordo com o INEP, que cita o site da Universidade de Cabo Verde, a dinâmica resultante desse processo revolucionário foi fator decisivo na derrota e extinção do império colonial português, cujo impacto determinante para a evolução e reconfiguração politica do continente africano é amplamente reconhecido.

O que distingue e projecto Amílcar Cabral e o situa entre as grandes figuras da história contemporânea, conforme a mesma publicação, é a excecional conjugação de atributos reunidos na sua personalidade, enquanto líder político carismático, diplomata exímio e sagaz estratega militar, assim como de produtor de um fecundo pensamento teórico, resultantes das suas reflexões sobre a luta, mas que se estende para diversos domínios do conhecimento, constituindo hoje um valioso património.

Para o INEP, a celebração do centenário do nascimento de Amílcar Cabral oferece uma oportunidade única de abordar, analisar e discutir a contribuição de novas visões da África e do mundo, quer através da ação direta quer através da sua obra escrita. “É o desafio que as instituições dos dois países, cujas independências resultam da luta que Cabral iniciou e dirigiu, decidiram lançar conjuntamente, através da realização deste Simpósio internacional, que também constitui uma  forma de honrar a memória do homem e reconhecer o seu legado e as suas contribuições para a história africana e mundial”, lê-se na públicação..

No âmbito das comemorações do centenário de Amílcar Cabral,  o Centro de Estudos Sociais Amílcar Cabral (CESAC), a Universidade Colinas de Boé (UCB), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (INEP) e a Universidade Amílcar Cabral (UAC)  levam a  cabo, desde 20 de Janeiro deste ano, um conjunto de atividades para honrar Cabral e deixar um marco histórico às gerações vindouras.

Estas atividades se iniciaram com a realização de uma conferência internacional de grande porte, envolvendo particularmente académicos e políticos dos países da região oeste africana, nomeadamente Cabo Verde, Gâmbia, Guiné-Conacri e Senegal. ANG/LPG//SG

Fórum China-África/Presidente da República vai ser orador do tema "Industrialização agrícola em África"  

Bissau,02 Set 24(ANG) – O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló vai ser orador do tema"Industrialização da Agricultuta em Àfrica", no IX Fórum de Cooperação China -África(FOFAC), que reúne chefes de Estados africanos entre os dias 4 e 6 de Setembro, em Pequim.

Os chefes de Estados africanos reúnem entre os dias 4 e 6 do corrente mês, em Pequim, no Nono Fórum de Cooperação China-África(FOFAC) 2024, para desbravar o caminho de desenvolvimento comum.

Segundo o site da Rádio Difusão Nacional(RDN), consultado hoje pela ANG, o Presidente da República, que deixou Bissau esta segunda-feira para o efeito, chefia uma delegação que integra, a Primeira-dama, Dinísia Reis Embaló, os Ministros da Economia, Plano e Integração Regional, Soares Sambú, dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacioanal e das Comunidades, Carlos Pinto Pereira e dos Recursos Naturais, Malam Sambu.

O fórum deste ano decorre sob o lema: “Trabalhar em Conjunto para Promover a Modernização e Construir Uma Comunidade Com Futuro Compartilhado China-África de Alto Nível."

Segundo a RDN, a Guiné-Bissau conta aproveitar esta oportunidade para apresentar vários projetos inscritos na sua estratégia de desenvolvimento durável, que conta com apoio das autoridades cheninesas.

Há cerca de dois meses, em visita oficial à China, o Presidente Embaló apresentou às autoridades chinesas um conjunto de projetos, com destaque para a construção de um centro universitário e a construção de infraestruturas rodoviárias adequadas de 300km.

A República Popular da China, um dos principais parceiros da África já concedeu aos países africanos biliões de dólares em donativos e em empréstimos concessionais no âmbito de apoio aos projetos de desenvolvimento  de uma "Comunidade com Futuro Compartilhado China-África."

Na Guiné-Bissau, a título donativo, a China  invnestiu em vários projetos de desenvolvimento, nomeadamente nos sectores das Infraestruturas, Pescas, Educação, Saúde, entre outros.

Além disso, os chineses estão a aumentar e diversificar os seus investimentos na Guiné-Bissau, sobretudo na exportação e transformação local da castanha de caju, criando postos de trabalho.

A castanha de caju é o principal produto de exportação da Guiné-Bissau, cuja industrialização será lançada através dos investidores chineses.

O Fórum de Cooperação China-África (FOCAC) tem como objectivo revitalizar e fortalecer as relações sino-africanas, erguidas desde a década de 1950, pela Conferência de Bandung, Indonésia.ANG/RDN