quinta-feira, 10 de abril de 2025

Eleições Gerais 2025/GTAPE  adia atualização de Caderno Eleitoral para diáspora por razões  ligadas ao  atraso na obtenção de vistos

Bissau, 10 Abr 25 (ANG) – O Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE), anunciou, quarta-feira, o adiamento de atualização do Caderno Eleitoral para a diáspora, cujo o início estava previsto para o dia 09 de Abril, por razões  de atraso na obtenção de vistos.

DG do GTAPE
Segundo um comunicado enviado à ANG pelo Gabinete Técnico de Apoio ao Processo (GTAPE), o mesmo informa à todos os cidadãos guineenses, sobretudo os que residem na diáspora, de que, por razão de ordem administrativa e logística, como seja obtenção de vistos, para os países em que esta operação de atualização vai decorrer, os trabalhos de atualização dos cadernos eleitorais ficaram adiados para uma nova data  a anunciar.

A mesma nota acrescenta que o Gabinete de Apoio Técnico ao Processo Eleitoral (GTAPE), está a encetar  diligências necessárias junto do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades, e assim como das Finanças, para o mais breve possível, ultrapassar a situação.

O processo de atualização de Caderno Eleitoral abrangerá à todos os que perderam cartões eleitorais, as que mudaram de residências, e de igual modo, os que acabam por completar 18 anos.

O processo já decorre  em todo o território nacional, desde o dia 09 de Março de 2025, e deve terminar à  09 de Maio.

As eleições gerais(Presidenciais e Legislativas) estão marcadas para 23 de Novembro próximo.ANG/LLA//SG     

Economia/Ministro das Finanças reafirma  compromisso do Governo de simplificar  processos de  registo fiscal

Bissau, 10 Abr 25 (ANG) - Ministro das Finanças reafirma o compromisso do Governo de simplificar os processos ligados ao registo fiscal e  obrigações tributárias.

Ilídio Vieira Té que falava na cerimónia de enceramento da 1ª Conferência Nacional  sobre Formalização e Desenvolvimento de Empresas, disse que tem plena consciência de que o caminho da formalização ainda está repleto de desafios. “Barreiras como a burocracia, a desinformação, os custos administrativos e a desconfiança persistem”, referiu.

Vieira Té disse que a presença do Estado Centro de Formalização de Empresas(CFE) é mais do que simbólica, diz ser  uma demonstração concreta de que o Estado está ao lado do sector privado, desde o nascimento da empresa até à sua consolidação, para fortalecer a presença e a capacidade dos  serviços junto dos cidadãos;

Vieira Té, destacou que durante esta conferência, ficou claro que a formalização não deve ser entendida como uma imposição, mas sim como uma oportunidade para o crescimento das  empresas e para o fortalecimento da economia nacional.

“Prova disso, é a nossa participação activa no Centro de Formalização de Empresas, onde disponibilizamos dois representantes permanentes,” frisou.

Informou que existe um técnico responsável pela emissão do Número de Identificação Fiscal (NIF), que permite ao cidadão dar o primeiro passo para se tornar um agente económico reconhecido pelo Estado.

 Também um exactor cuja função é assegurar a cobrança justa e transparente dos tributos devidos, contribuindo para a sustentabilidade das finanças públicas e a equidade fiscal.

O governante afirmou que o Executivo vai  reforçar a educação fiscal e empresarial, para que a formalização seja compreendida como uma porta de acesso à novos direitos e oportunidades.

A 1ª Conferência Nacional sobre Formalização e Desenvolvimento das Empresas decorreu entre 8 e 9 de Abril sob o lema: “Formalização Empresarial e Crescimento Sustentável: um horizonte para o sector privado”. ANG/JD//SG

 

Taxas de câmbio para quinta-feira, 10 de abril de 2025

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Fonte: BCEAO

China/Entram em vigor as taxas chinesas de 84% sobre produtos norte-americanos

Bissau, 10 Abr 25 (ANG) - A nova subida de 34% para 84% das taxas sobre produtos provenientes dos Estados Unidos que chegam à China entrou em vigor ao meio-dia no horário local (06h00, em Bissau), num novo episódio da guerra comercial.


O aumento, anunciado na véspera pelo Ministério das Finanças chinês, é a resposta de Pequim à taxa adicional de 50% anunciada na terça-feira pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que elevou para 104% o total de taxas cobradas sobre produtos chineses que entram no mercado norte-americano.

Na sequência do anúncio de Pequim, Trump voltou a aumentar as taxas sobre a China para 125%, com efeito imediato, ao mesmo tempo que declarou uma trégua de 90 dias na aplicação da maioria das taxas sobre os restantes países do mundo, anunciada a 02 de abril.

Até à data, a China ainda não anunciou a sua reação a este novo aumento.

A par do aumento para 84% das taxas sobre produtos norte-americanos, a China acrescentou na quarta-feira 12 novas empresas norte-americanas à lista de controlo das exportações, incluindo fabricantes de equipamentos e empresas de engenharia, algumas das quais relacionadas com veículos aéreos não tripulados (BRINC), aeronáutica (Novotech), maquinaria (Marvin Engineering Company) e radares (Echodyne).

Além disso, acrescentou seis outras empresas à lista de entidades não fiáveis, incluindo fornecedores de equipamento militar como a Cyberlux e a Sierra Nevada.

Estas restrições têm por objetivo impedir o comércio de artigos civis e militares de "dupla utilização", sublinhou em comunicado o Ministério do Comércio.

Pequim garantiu que vai "lutar até ao fim" e que tem "uma vontade firme" e "recursos abundantes" para responder "com determinação" se os Estados Unidos insistirem em "intensificar ainda mais as suas medidas económicas e comerciais restritivas".

Ao anunciar a última resposta, o Ministério das Finanças afirmou que as taxas de Trump "infringem seriamente os direitos e interesses legítimos da China" e "minam seriamente o sistema comercial multilateral baseado em regras". ANG/Lusa

 

França/Tarifas americanas: "Estratégia arriscada com consequências imprevisíveis"

Bissau, 10 Abr 25 (ANG) - Os Estados Unidos aplicaram na quarta-feira,, novos aumentos das taxas aduaneiras sobre produtos provenientes de quase 60 países.

Em resposta a essa decisão, as bolsas de valores na Europa e na Ásia abriram em baixa. A guerra comercial iniciada por Donald Trump intensificou-se no sábado, quando o Presidente dos Estados Unidos impôs taxas aduaneiras a cerca de 100 países, incluindo grandes potências económicas, como a China e a União Europeia.

 "A estratégia é arriscada e pode ter consequências imprevisíveis", defende o economista e professor na Universidade de Paris Dauphine, Carlos Vinhas Pereira.

RFI: A guerra comercial iniciada por Donald Trump marca o fim da globalização, a seu ver?

Carlos Vinhas Pereira: Acho que não, não podemos dizer isso. Acho que é uma jogada do Presidente Trump, que quer, como anunciou, ou seja, ele está simplesmente a fazer o que anunciou na campanha das eleições. E está também, neste momento, a ver até onde os países do mundo, sejam eles na Ásia, sejam na Europa, podem ir. Estamos a ver que, aparentemente, há mais de 50 países que já pediram um encontro com os serviços do Trump para poder negociar um a um. Ou seja, é ele que o diz: fazer uma negociação sob medida, em função do país, em função do défice que um país tem com o outro. E, a partir daí, vamos ver, dentro de poucos dias, o resultado destas negociações, sabendo que, efectivamente, as bolsas têm que reagir e têm que antecipar. Um dia estão em baixa, outro dia estavam a subir, hoje já estão outra vez a baixar e, até se encontrar um equilíbrio, vai ser assim.

Já há consequências destas medidas. Até onde é que pode ir Donald Trump?

As consequências é de algumas empresas pararem completamente o negócio, as exportações para os Estados Unidos. Portanto, são perdas de 10, 20, 30% do volume de negócio, directamente. Estas são as consequências imediatas, consequências que estão a ser previstas. Há uma baixa, efectivamente, na taxa de crescimento, tanto da Ásia como da Europa, onde já se prevê uma baixa de 0,5% no crescimento, só impactado pelas medidas do Trump.

E para os Estados Unidos?

Para os Estados Unidos também é um pouco paradoxal. A estratégia, pelo menos do Trump, pelo menos foi o que ele anunciou, vai ser complicada no início. Ou seja, pode efectivamente perder em termos de taxa de crescimento e até haver uma subida da inflação, até ao momento em que toda a parte da industrialização e da fabricação seja feita a partir dos Estados Unidos. Ou seja, o objectivo dele é contrariar os fornecedores que estão fora e encorajar as empresas americanas a integrar a produção nos Estados Unidos, para poder criar empregos e, novamente, relançar a taxa de crescimento no país.

Mas isso é uma aposta a médio ou longo prazo?

É uma aposta, efetivamente. O que é dito é que, para poder industrializar novamente ou repatriar, são precisos entre cinco e sete anos.

Esta política, a seu ver, é uma ruptura com as políticas económicas liberais de Reagan e de Clinton, por exemplo, ou é uma continuidade disfarçada?

Podemos dizer que é uma marca de fábrica do Trump, que sempre pensou de uma maneira um pouco simplista: que bastava aumentar os direitos aduaneiros para poder, pelo menos para já, angariar fundos para os Estados Unidos. Isso é verdade. Eles vão angariar muitos fundos, e, a partir daí, iriam compensar os défices. É verdade que os Estados Unidos, neste momento, têm um défice que é um montante efectivamente muito importante. E eu acho que, em vez de estar a impor este tipo de negociações, podia ter falado antes e realmente não estar a alertar o mundo inteiro, a fazer panicar as bolsas, onde nós sabemos que há até muitos amigos dele que estão em causa. Ou seja, os grandes amigos do Trump perderam muitos biliões nestes dias por causa dele. O que podemos dizer também é que há um factor positivo, mesmo assim: é a baixa do petróleo, que vai permitir, até para nós todos no dia a dia, baixar o custo da energia, mas também - e o que ele também diz - baixar o custo de transporte.

Porque o petróleo não está sujeito ao aumento destas tarifas?

Não está sujeito. Por isso é que o petróleo está a baixar, porque vai haver um crescimento. Neste momento, as pessoas ou os agentes económicos estão a prever esta baixa, porque os Estados Unidos também vão despejar, podemos dizer, a energia deles. E, até agora, não se falou de aplicar direitos aduaneiros ao gás americano, ao petróleo americano. Portanto, estamos a beneficiar, entre aspas, desta medida, neste momento.

A China já contra respondeu às tarifas norte-americanas com o aumento de taxas na ordem de 84%. Hoje, os Estados Unidos aumentam também, mais uma vez, as taxas aos produtos e exportações chinesas nem 104%. A Europa corre o risco também de enfrentar uma recessão económica?

Sim. A Europa, neste momento, está a impor-se um tempo de reflexão. Vocês já notaram que não houve aumento das taxas relativamente ao Bourbon, que estava em causa num certo momento. Vão fazer uma proposta, ou seja, vão fazer como os outros 50 países, de poder negociar. Não um por um, porque a Europa quer negociar de uma maneira global, tirando a Itália, que vai ser recebida hoje para poder negociar directamente com o Trump, porque, aparentemente, dão-se bem.

Eu acho que, em termos de estratégia, devia ser a Europa, na sua globalidade, e nos 500 milhões de consumidores que ela representa, para poder ter um peso relativamente aos Estados Unidos. Porque, se amanhã - e vai ser o caso - aumentarem os direitos sobre os computadores, os telefones, tudo o que são redes sociais, isso pode ter uma consequência muito importante. E a Europa tem um trunfo nas mãos, que pode utilizar ou não, em função da reação do Trump.

E o que é que se pode esperar dos Estados Unidos perante estas represálias de parceiros como a China e a União Europeia?

A China também tem um grande trunfo, que são as chamadas terras raras. A China tem um monopólio em algumas terras raras, que permitem a fabricação de telefones, material informático, alta tecnologia. E, efectivamente, os 104% que estão, neste momento, em vigor com a China não fazem sentido, porque seria o fim efectivo do comércio bilateral entre a China e os Estados Unidos. O nosso amigo, entre aspas, Trump também decidiu ontem aumentar as taxas sobre os pequenos pacotes. Está, nomeadamente, a visar as encomendas que são feitas de produtos chineses a baixo custo, e ele quer efectivamente aproveitar, ganhando dinheiro sobre estas entregas - que são em milhões e milhares, dia após dia.

Eu acho que, entre a China e os Estados Unidos, vai haver um entendimento, porque a China tem realmente matéria para poder negociar. Agora, cada um deles está a mostrar os músculos. Isto faz parte da diplomacia entre países e grandes potências, porque estamos a falar das duas maiores potências do mundo. A meu ver, isto é realmente um pico, e, a partir daí, só vai haver negociações e só taxas a baixar. Claro que haverá sempre um montante que vai ficar, mas que poderá ser compensado nas margens das empresas.

E quem é que fica a ganhar?

Neste momento, quem fica a ganhar é o governo americano, que vai diminuir o défice comercial. Tirando os Estados Unidos, os outros países ficam relativamente penalizados nos produtos exportados para os Estados Unidos. O consumidor final não fica a ganhar, porque vai pagar mais - fora a parte energética. É melhor dizer quem é que vai ter que suportar os custos: O custo vai ser suportado entre os consumidores finais, que somos nós, e os intermediários, ou seja, os distribuidores, que vão baixar as margens.

Dou-lhe um exemplo: a margem sobre um iPhone é de 47%. É a margem do iPhone, neste momento. Se amanhã impuserem uma taxa de 20%, ele pode muito bem ou diminuir a margem de 20%, ou repartir entre o custo final e também absorver uma parte via margem. Ainda há muita margem antes de chegar ao ponto de aplicar de forma matemática os montantes das taxas directamente ao consumidor final. ANG/Lusa

 

EUA/Donald Trump suspende aumento das taxas aduaneiras excepto para a China

Bissau, 10 Abr 25 (ANG) - O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na quarta-feira uma pausa nos aumentos das taxas aduaneiras, levando à subida das bolsas um pouco por todo o Mundo.


O único aumento mantido pela Casa Branca é contra a China, com 125%, com Pequim a responder com 84%.

Noventa  dias é a duração da pausa nos aumentos das taxas aduaneiras anunciada na quarta-feira por Donald Trump. Segundo o Presidente norte-americano, a sua administração terá recebido solicitações de pelo menos 75 países que querem negociar as percentagens das taxas aduaneiras, admitindo um ligeiro aumento.

O líder norte-americano disse que estava disposto "a ser flexível" e que tinha percebido que os seus homólogos estavam "a ficar nervosos" e "com medo". Para Trump, neste período de três meses, os Estados Unidos vão encontrar acordos comerciais com todos os países do Mundo, sendo que se aplicam à mesma os aumentos de 10% universais.

Já em relação à China, as taxas de 125% vão manter-se, mesmo se o Presidente norte-americano acredita que será possível negociar com Pequim. Para Trump, os chineses "não sabem como começar" a discutir sobre um possível acordo. No entanto, Pequim mantém-se irredutível e acabou por aumentar as taxas recíprocas para 84%.

Os mercados reagiram de forma eufórica a esta pausa nas taxas aduaneiras e os indíces norte-americanos fecharam em alta, assim como a bolsa de Tóquio que ganhou mais de 9%. Também a bolsa de Paris abriu em alta, com ganhos de mais de 5%.

Esta pausa nos aumentos tarifários levou já a União Europeia a congelar também os seus aumentos previstos sobre os produtos vindos do outro lado do Atlãntico. Na quarta-feira, os 27 tinham adoptado as primeiras contramedidas contra bens vindos dos Estados Unidos, incluindo produtos agrícolas como a soja, frango ou arroz. Estava também programado ainda um agravamento das taxas aduaneiras sobre produtos como madeira, motas, plástico e equipamentos eléctricos. ANG/Lusa

 

      Bélgica/UE adopta primeira resposta às taxas alfandegárias dos EUA

Bissau, 10 Abr 25 (ANG) - A União Europeia adoptou na quarta-feira, a primeira resposta às taxas alfandegárias aprovadas pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao aço e alumínio da Europa.

A Comissão Europeia anunciou quase 1700 produtos norte-americanos que vão passar a pagar pelo menos 25% para entrarem no espaço europeu.

Os Estados-membros da União Europeia deram luz verde à primeira ronda de taxas de Donald Trump sobre o aço e o alumínio que chegam ao território norte-americano a partir da Europa. A Comissão Europeia anunciou quase 1700 produtos norte-americanos, desde produtos de cosmética, perfumes e maquilhagem, a produtos agrícolas, como soja, milho e amêndoas, passando por componentes do sector automóvel e madeira, que vão passar a pagar pelo menos 25% para entrarem em território europeu.

Inicialmente, a ideia era visar produtos provenientes de estados republicanos, o partido de Donald Trump. Todavia, a Europa optou por poupar o bourbon da sua lista de produtos específicos.

Vários países produtores de vinho, incluindo Itália e França, temiam que isto conduzisse a retaliações contra vinhos e bebidas espirituosas europeus, uma vez que Donald Trump já tinha ameaçado com novas taxas. A maioria destes impostos vai entrar em vigor em meados do mês de Maio, e outros, como os das amêndoas, em Dezembro.

Antes da votação, a Hungria, país próximo de Donald Trump, anunciou que se opunha a estas medidas, sublinhando que vão ter um impacto negativo no bolso dos consumidores europeus.

No início da próxima semana, Bruxelas vai apresentar a resposta aos impostos americanos sobre automóveis e todos os outros produtos europeus. No momento, o tom difere entre os Vinte e Sete no nível de firmeza da resposta.

Cabe agora à Comissão Europeia diligenciar o resto do processo, depois desta primeira fase. É esperado que as novas taxas sobre produtos norte-americanos entrem em vigor já na próxima semana, entre os dias 15 e 16 de Abril.No entanto, a União Europeia sublinhou que está disposta a suspender as taxas alfandegárias “a qualquer momento”, no caso de um acordo “justo e equilibrado” com Washington. 

ANG/Lusa

 

            República Dominicana/Pelo menos 184 mortos em discoteca

Bissau, 10 Abr 25 (ANG) - Pelo menos 184 pessoas morreram na sequência do desabamento do teto de uma discoteca em Santo Domingo, capital da República Dominicana, na madrugada de terça-feira, indica um novo balanço divulgado pelas autoridades locais.


"Infelizmente, temos de informar que, até à data, temos 184 pessoas recuperadas [sem vida], de acordo com o certificado do Inacif [instituto médico forense]", anunciou, pelas 22:30 de quarta-feira (03:30 de hoje em Lisboa), o diretor do centro de operações de emergência, Juan Manuel Méndez.

Um balanço anterior apontava para 113 vítimas mortais.

Méndez disse que as equipas no local continuam à procura de vítimas e potenciais sobreviventes, embora ninguém tenha sido encontrado com vida desde terça-feira à tarde (horário local).

"Não vamos abandonar ninguém. O nosso trabalho vai continuar", assegurou.

A tragédia ocorreu na discoteca Jet Set na madrugada de terça-feira, quando estava a atuar o cantor de merengue Rubby Pérez. Segundo o empresário musical Enrique Paulino, que agenciava o artista, Pérez e o saxofonista do grupo estão entre as vítimas mortais.

"É verdade", declarou Paulino à agência de notícias France-Presse, confirmando a morte do artista de 69 anos, cujo nome completo era Roberto Antonio Pérez Herrera.

Também Nelsy Cruz, a governadora da província de Monte Cristi (no noroeste do país) e irmã do famoso jogador de basebol Nelson Cruz, está entre os mortos do incidente.

Entre os feridos encontra-se o ex-jogador da Major League Baseball [a liga profissional norte-americana de basebol] Octavio Dotel e o legislador Bray Vargas, segundo as autoridades.

A discoteca Jet Set era famosa pelos concertos e festas realizados às segundas-feiras, sendo frequentada por celebridades locais.

As autoridades não informaram quantas pessoas estavam ao certo no interior da discoteca quando ocorreu o desabamento e os motivos que levaram à queda do teto ainda não foram esclarecidos.

O Presidente dominicano, Luis Abinader, já visitou o local para acompanhar os trabalhos e prestar apoio às vítimas.

Por meio de um decreto, Abinader declarou três dias de luto oficial, a terminar hoje, devido à "trágica situação ocorrida", informou a Presidência dominicana. O decreto ordena que a bandeira nacional seja hasteada a meia haste em instalações militares e edifícios públicos em todo o país.

Vários Governos estrangeiros expressaram publicamente as condolências ao país pela tragédia, como Espanha, Cuba, El Salvador, Panamá e Brasil. ANG/Lusa

quarta-feira, 9 de abril de 2025

Saúde Pública/Coordenadora Nacional da Saúde de Visão defende   criação de “Saúde Ocular Escolar” no país

Bissau, 09 Abr 25 (ANG) – A Coordenadora do Programa Nacional de Saúde de Visão, pede empenho do Governo para a criação de programa através do qual se garantir  a “Saúde Ocular” nas escolas.

Salimato Sanhá, em entrevista à ANG  sustentou que, o Gabinete que Coordena está a trabalhar para criar um programa de “Saúde Ocular Escolar”, no país, mas diz que, para que a ideia torne uma realidade, precisa de apoio e atenção do Governo .

Segundo Sanhá, é a primeira vez no país, que o Programa Nacional de Saúde de Visão (PNSV), está a tentar implementar este projeto para as escolas públicas primárias e secundárias , e para Jardins Infantis, visando a redução  de problemas de vista nas crianças.

“Ao nível nacional, o país alberga centenas de crianças com problemas visuais, e muitos delas, por este motivo, acabam por abandonar a escola, porque são vistas pelos colegas e professores como péssimos alunos. Pelo contrário, são bons, e precisam de  consulta médica para melhorar a  visão", disse Salimato Sanhá.

De acordo Salimato, a Glaucoma
, Pacibere, Catarata Congenete e outros problemas visuais são frequentes nos olhos de muitas crianças guineenses.

“Em 2017 fizemos um rastreamento na região de Oio, e  apuramos que, em cada 1000 crianças,  300  se deparavam com problemas de vista, e não podiam ir para a escola, devido a falta de condições financeiras por parte dos seus encarregados de educação. Não têm condições para  comprar  óculos de vista para  seus filhos”, disse a Coordenadora.

Para fazer face à situação, Salimato Sanhá disse  que o Ministério da Saúde Pública (MSP), através do Programa Nacional de Saúde de Visão (PNSV), está a mobilizar fundos junto de parceiros e Governo, com a finalidade de criar “Saúde Ocular Escolar”.

Prevê-se que  em cada ano, se promova  uma campanha de rastreamento a nível nacional, em diferentes escolas do país, com a finalidade de detetar, a quantidade de crianças que sofrem de problemas visuais , e que os seus pais carecem de meios para comprar óculos.

“Como forma de apoiar essas crianças vulneráveis, o Programa Nacional de Saúde de Visão, através de parceiros, lançará uma campanha de oferta de óculos de vista, para as referidas crianças, a fim de lhes permitir enxergar com prefeição, tanto na escola  assim como nos  seus dia-à-dia”, salientou Sanha.

Questionada sobre que efeitos negativos as poeiras registadas nos últimos tempos no país podem ter nos olhos das pessoas, Salimato disse que a poeira provocada por excesso de ventos que por vezes acabam penetrando nos olhos das pessoas não representam  grandes perigos para o olho humano.

Disse que só podem causar à pessoa um desconforto,a  inflação de conjuntivite, ou gerar uma inflamação , sem tanta gravidade para a Saúde Ocular.

Quanto as pessoas que costumam passar horas a navegar no telefone ou no computador, a Coordenadora Nacional da Saúde de Visão sublinhou que também não é assim tão grave como as pessoas pensam.

“O único problema que essa preocupação pode trazer à uma pessoa  chama-se “Espasma muscular”,que  passa por um momento em que os nervos visuais ficam presos e irritados e começam e provocar imensa dor da cabeça. Mas, ao relaxar a mente, a dor desaparece”, conculiu a Coordenadora. ANG/LLA/ÂC//SG       

Turismo/Gerente do MAG Palace Hotel pede mais empenho do Governo para tornar a Guiné-Bissau um  destino turístico na sub-região

Bissau, 09 Abr 25(ANG) – O gerente do MAG Palace Hotel pede mais  atenção do governo ao sector turístico, para que a Guiné-Bissau possa atingir um patamar elevado em termos de destino turístico por excelência na sub-região.

Herredino Quibna, em declarações exclusivas hoje à ANG, sublinhou que o Governo deve criar as condições indispensáveis para atrair mais investimentos para o  sector turístico, à semelhança do que  acontece noutros países da sub-região, nomeadamente Cabo Verde, Senegal e Gâmbia .

Aquele responsável frisou que o país dispõe de potencialidades naturais no sector do turismo, apontando, a título de exemplo, as praias do Arquipélago de Bijagós e de outras localidades, mas diz que tudo isso deve ser complementado com políticas e incentivos para que os operadores do sector possam investir e tirar proveitos dessas potencialidades.

“Muitos países já estão a ganhar muito rendimento nas suas economias, graças ao enorme fluxo de turistas que, anualmente, procuram os seus hotéis, empreendimentos turísticos e praias para passarem as suas férias”, disse.

O MAG Palace Hotel iniciou as suas atividades em Bissau no ano passado, e  Herredino Quibna disse que, paulatinamente , o número de clientes tem estado a aumentar.

 “O hotel ainda é novo e  conta com 124 quartos mas  atualmente    apenas 50 quartos estão operacionais . Os restantes estão  em fase de acabamentos e novos arranjos ”, disse.

Herredino Quibna acrescentou que , não obstante abrirem as suas portas recentemente, o MAG Palace Hotel já pode concorrer com qualquer hotel de Bissau, porque “oferece serviços de quartos de qualidade capaz de atrair qualquer cliente”.

Afirmou que, para além disso, o hotel fica situado numa zona tranquila e à poucos quilómetros do Aeroporto de Bissau. ANG/ÂC//SG

 

Regiões/ Estudantes da Universidade de Ciências e Tecnologias-Reino Bassarel em Canchungo denunciam  falta de  equipamentos informáticos

Canchungo, 09 Abr 25 (ANG) -  Os Estudantes da Universidade de Ciências e Tecnologias-Reino Bassarel ,em Canchungo, região de Cacheu, norte do país,  denunciaram a  falta de  equipamentos informáticos, carteiras  e outros  materiais didáticos naquele  estabelecimento de Ensino Superior.

A denuncia foi feita hoje, pelo representante dos estudantes, João Batísta Djata, em declarações ao Correspondente regional da ANG, em Cacheu.

Batista Djata  pediu à direção desta Universidade para equipar as salas de aulas com  materiais didáticos para garantir um bom funcionamento das atividades letivas

Em resposta às preocupações  denunciadas pelos estudantes, o  Administrador da Universidade, Bacari Pok disse   que os materiais exigidos  já estão na Republica da Gâmbia e que deverão  chegar brevemente à Guiné-Bissau para serem instalados.

A Universidade de Ciências e Tecnologias-Reino Bassarel, em Canchungo funciona pelo segundo ano consecutivo com poucos alunos. ANG/AG/LPG/ÂC//SG

Peregrinação 2025/"Não há bolsa para peregrinação este ano" diz Califa Soares Cassamá

Bissau, 09 Abr 25 (ANG) – O Alto Comissário para Peregrinação, Califa Soares Cassamá  alertou aos interessados à peregrinação que este ano não há Bolsas para  ida à cidade Santa de Meca.

Califa Soares Cassamá que falava em conferência de imprensa realizada, terça-feira, pela Agência de viagem Al Djana sobre lançamento da Peregrinação 2025 , aponta como algumas das razões para essa situação, as dificuldades económicas.

“A peregrinação apesar de fazer parte dos cinco pilares de islão, não é obrigatória. É feita quando se tem possibilidades para a fazer”, disse.

Cassamá recomenda que  quem tem dinheiro para fazer a peregrinação que se dirija para a Agência AI Djana , que lhe oferece mais confiança para efeitos de  pagamento ou   para o Alto Comissariado para Peregrinação.

Aquele responsável apelou aos muçulmanos no sentido de que, quem não tiver  condições este ano para a peregrinação que aguarde até as ter para se deslocar  à Meca.

Disse que têm estado a receber informações  sobre os prazos mas que sem condições financeiras não podem fazer nada, uma vez que, quem financia a peregrinação são as contribuições dos próprios peregrinos.

“Por exemplo, para alugar um avião de viagem é fundamental ter disponibilidade financeira para  garantir avião alugado que vai sair no dia 26 de Maio para a Meca e voltar no dia 11 de  Junho como previsto”, salientou.

Segundo Califa , o tempo é cada vez mais curto, pelo que é preciso que os intensados reagissem, o mais rápido possível, o que passa pelo pagamento da contribuição para a peregrinação no valor de quatro milhões de franco CFA, valor um pouco mais baixo do que o praticado no ano passado, que era de 4.250.000,00fcfa(quatro milhões e duzentos e cinquenta mil fcfa).

"A Arábia Saudita reforçou a questão sanitária porque para as questões de segurança é fundamental que as pessoas que querem fazer  a peregrinação  à Meca estejam a par do seu estado de saúde”, frisou.

Califa Soares Cassamá disse que no pacote de medidas sanitárias que as autoridades da Arábia Saudita  mandaram, fez-se um  resumo de seis pontos, pelo que é importante as pessoas saberem se têm ou não problemas oncológicos ou seja cancro, problemas de rins entre outros.

Disse que as mulheres grávidas de mais de dois meses não são permitidas fazer a peregrinação, assim como as pessoas com doenças contagiosas tais como tuberculose e outras  não podem igualmente viajar nesse quadro.

Aquele responsável garante que vão trabalhar num protocolo sanitário através de uma equipa médica  constituída para o efeito, e que encarregar-se-á  de  instruir os candidatos sobre os  exames médicos a  serem realizados.

Acrescentou que o Alto Comissariado para a Peregrinação está  em contacto com as autoridades sanitárias do país para facilitar a realização de exames à custos  razoáveis.

Califa Cassamá disse que para o presente ano querem introduzir novas formas de comunicação para facilitar o contacto  entre os peregrinos e sua família. A
outra inovação tem a ver com o pagamento eletrónico na Arábia Saudita.

A propósito, disse  que estão em curso negociações com o Ecobank para que cada  peregrino tenha acesso a um cartão multibanco pré-pago, que será carregado a partir de Bissau,  para que o peregrino possa fazer seus pagamentos lá fora.

Este ano, segundo Califa, os vistos  para entrada na Arábia Saudita vão ser emitidos  na sede do Alto Comissariado para Peregrinação, em Bissau, sendo que as condições para o efeito já estão criadas.

Quanto a documentação, Soares Cassamá disse que ,para além da vacina internacional, são exigidos  passaportes com pelo menos seis meses de validade, e duas fotos.ANG/MI/ÂC//SG      

Clima/ “Ilha de Bubaque sofre desgastes devido a subida do nível da  água do mar” diz Graciete Brandão

Bubaque, 09 Abr 25 (ANG) – “A Ilha de Bubaque está a sofrer desgastes devido a  subida da água do mar, que tem estado a derrubar  árvores e casas, disse terça-feira, em Bubaque a representante do Ministério do Ambiente , Biodiversidade e Ação Climática numa   formação sobre “riscos Climáticos”, que envolveu 24 participantes representantes dos setores administrativos  da região de  Bolama/Bijagós .

Graciete Brandão  que falava  na cerimónia de abertura da formação promovida pelo projeto  de Reforço da Capacidade de Adaptaçâo e de Resiliência das Comunidades Vulneráveis das zonas Costeiras da Guiné-Bissau aos riscos climáticos (COASTAL) ,disse que essa situação deve preocupar à todos os guineenses.

Na  formação  que decorre sob o lema :” Juntos por um Ambiente Inclusivo e Resiliente”, Graciete Brandão acrescentou que a  problemática do clima,  não afeta apenas os arquipélagos, mas sim  todo o país.

Advertiu que, se  não forem tomadas  medidas corretas, a Guiné-Bissau  poderá  tornar-se o mais vulnerável à alterações climáticas.

O comandante adjunto  da Esquadra Setorial de Bubaque, Mamadú Nanque, em representação do Comissário  da Polícia da Ordem Pública, pediu aos participantes da formação para  se empenharem bastante a fim de se prepararem melhor  para ajudar os populares da zona insular a fazer face às mudanças climáticas.

A  formação de três dias foi  financiada pelo GEF,  PNUD e Fundo Global para o Ambiente  .

Durante os três dias os participantes vão abordar diferentes temas, nomeadamente “Fundamentos das mudanças climáticas e sua relação com o género, e como  afetam homens e mulheres de maneira diferente; associativismo e cooperativismo, gestão de negócios, segurança alimentar e agricultura sustentável, educação ambiental e sensibilização comunitária.ANG/SC/JD//SG