quinta-feira, 10 de julho de 2025

Religião/UNI declara que   mendicidade praticada pelas crianças talibés não faz parte do Islão

Bissau, 10 Jul 25 (ANG) – A União Nacional dos Imâmes da Guiné-Bissau (UNI-G-B),declara que a prática de mendicidade pelas crianças talibés não faz parte dos princípios da religião islâmica, pelo que deve ser banida.

A posição da UNI foi tornada pública, hoje numa conferência de imprensa, e foi assumida em  Resoluções finais das conferências dos Imâmes da Guiné-Bissau relizadas entre 16 e 19 de Junho, em Bissau, Bafatá e Gabu.

No documento, apresentado pelo  Vice-Presidente da UNI, Mussa Boaró, os conferêncistas defenderam a abolição da prática e em contrapartida  pediram que o Estado e seus parceiros  encontrassem  soluções, que passam pela criação de condições para  um ensino de Alcorâo  que repeite  os  direitos das crianças.

Mussa Boaró  disse que  as crianças que mendigam nas ruas não o fazem porque querem,mas por causa das dificuldades, frisando que isso não significa que é obrigatória mendigar, uma vez que quem deve assumir as suas responsabulidades perante as crianças são os pais e encarregados de educação, que devem buscar o sustento das suas famílias não o contrário.

“O relatório sobre as constatações no terreno já esta feito e será partilhado, em breve, com o Governo da Guiné-Bissau. Apresenta    soluções para os problemas que se registam, nomeadamente, acabar com  a mendicidade,   criação de  escolas dignas, melhor educação religiosa baseada nos princípios islâmicos e humanos,para que as crianças possam estudar normal, sem virem seus direitos fundamentais serem postos em causa”,disse Mussa Boaró.

Referiu que depois da preocupação apresentada  pelo  Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, em  Gabu,  em 2023 e em outras oacasiões sobre a fim da mendicidade das crianças talibés na Guiné-Bissau, a UNI sentiu  a necessidade de fazer algo para ajudar as crianças visadas a encontrarem  uma solução para o problema.

Buaró acrescenta que, para o efeito, era preciso conhecer as causas do problema e que, por isso,   foram organizadas  as conferências  nas três localidades referidas.

A Conferência Nacional dos Imames da Guiné-Bissau que decorreu de 16 á 19 de Junho em Bissau ,Bafata e Gabu  contou com o apoio do estado da Guiné-Bissau através do Ministério da Mulher e Solidariedade Social e do Fundo das Nações Unidas para a Infância(UNICEF). ANG/MSC//SG

Regiões/Delegado Regional da Agricultura de Cacheu apela diversidade da produção alimentar

Cacheu, 10 Jul 25 (ANG) – O Delegado Regional da Agricultura  de Cacheu, apelou quarta-feira aos agricultores locais para diversificarem a produção dos alimentos, na presente época chuvosa.


Em entrevista exclusiva ao Correspondente regional da Agência de Notícias da Guiné (ANG) em Canchungo, Arnaldo Sadjo Baldé recomendou  aos camponeses  de Cacheu a passarem a produzir arroz, feijão, mancarra, milho, inhame, manfáfa, mandioca e batata doce como nos velhos tempos, a fim de enriquecer  a dieta alimentar da comunidade, num futuro próximo.

Arnaldo baldé anunciou na ocasião que  o Governo através do Ministério da Agrícultura e Desenvolvimento Rural, já forneceu à região,oito toneladas de sementes de arroz de mangal e planalto e cinco toneladas de sementes de milho, que  serão brevemente destribuídos aos agrícultores de Cacheu, para darem início aos trabalhos no terreno.ANG/AG/LLA//SG

França/Joãozinho Costa em Avignon: "A Guiné-Bissau está sempre comigo em palco"

Bissau, 10 Jul 25 (ANG) - O bailarino guineense Joãozinho Costa sobe ao mítico palco do Palácio dos Papas com NÔT, de Marlène Monteiro Freitas.

Pela primeira vez em 79 edições, o festival de Avignon, o abriu com dança. Em cena, a pulsação é contínua, o corpo é total e a Guiné-Bissau está presente em cada gesto de Joaozinho Costa.

No Festival de Avignon, o corpo fala, ou melhor: o corpo convoca e revela. Em NÔT, da coreógrafa cabo-verdiana Marlène Monteiro Freitas, a linguagem é feita de carne, músculo e ritmo. Entre os oito intérpretes está Joãozinho Costa, bailarino guineense, que descreve o espectáculo como “uma história de As Mil e Uma Noites contada com energia, com tudo aquilo que o corpo tem para oferecer”.

“É a pulsação, não é?”, começa por explicar. “A vontade de contar essa história As Mil e Uma Noites… tentar passar de uma forma mais energética possível toda a mensagem através da linguagem corporal e de todos os movimentos coreográficos que nós temos trabalhado”. Em palco, não se entra de leve e “cada noite de espectáculo é para ser mais emocionante e marcante, para os espectadores e para nós também”, conta.

Este ano, pela primeira vez, em 79 edições, o Festival de Avignon foi inaugurado com dança. NÔT abriu o festival no dia 5 de Julho, coincidindo, como Joãozinho Costa sublinha, com uma data simbólica: “Se não me engano, o dia 5 de Julho também foi a comemoração da independência de Cabo Verde. Isso torna tudo ainda mais fantástico. A presença da Marlène na abertura do festival torna o nome dela ainda mais aclamado e mostra que o seu trabalho é válido para qualquer palco e qualquer momento”.

No monumental Palácio dos Papas, onde a arquitectura parece amplificar os movimentos e o som de cada gesto, Joãozinho descreve uma atmosfera distinta: “Sente-se uma energia completamente diferente dos outros palcos. Mesmo vazio, sente-se uma energia arrebatadora.” E acrescenta: “É um palco magnífico. Estar aqui é como estar em casa. A equipa técnica é magnífica, e isso deixa-nos ainda mais confortáveis”, partilha.

A cumplicidade entre os intérpretes, que o público não tarda a perceber, vem de bastidores: “Estamos prontos para o colega e prontos para o espectáculo. Estamos com os sentidos completamente ligados”. Segundo o bailarino, esse estado de atenção constante é também uma transformação pessoal: “Trabalhar com a Marlène é entrar num outro mundo, um mundo que obriga a descobrirmo-nos dentro dele e a forma como ela pensa coisas transforma-nos”.

Essa transformação faz-se através da minúcia. “Temos de prestar atenção às coisas mais pequenas. Gestos minúsculos também contam. Até a expressão do olhar conta”, sublinha. E aqui, a exigência aproxima-se da de um atleta: “Eu comparo o trabalho da Marlène ao dos atletas de alta competição. Os sentidos têm de estar todos activados. E como vim do futebol, isso ajuda-me. É preciso estar sempre em alerta. É um estado físico e mental”.

Nesse estado, Joãozinho Costa carrega o peso e a leveza do seu país: “A Guiné-Bissau está sempre comigo e acho que nunca poderá estar ausente. Só o facto de eu existir já traz a Guiné comigo”. Os seus movimentos não são neutros: “Têm um tom que vem do Gumbé, do Dina, trazem uma maneira de estar que é diferente dos outros intérpretes”. E essa diferença não separa, antes acrescenta: “Acho que isso enriquece o trabalho e complementa a narrativa que a Marlène quer passar”.

Mas Avignon não é um lugar fácil: “O público aqui é bastante exigente. É o primeiro público em que sentimos, de forma clara, o que estão a sentir durante o espectáculo”. E quando o espectáculo não os conquista? “Há público que sai. E nós sentimos essa energia. É impossível esconder. O espaço é tão grande que tudo se vê e tudo se ouve”, descreve.

Ainda assim, a deserção não desanima, antes pelo contrário: “Quando sentimos que alguém sai porque não está a gostar, isso dá-nos uma posição mais confortável para continuar a pressionar a boa energia. É quase como pensar: ‘Se eu estava a perder bateria, então deixa-me agora pressionar aqui mais um bocadinho, para ver se a bateria aguenta mais um tempo'”.

Para Joãozinho Costa, o que o público vê tudo: “Vêem a nossa cumplicidade em cena. Aquilo que está nos bastidores está também no palco. E isso sente-se. Acho que não há nada a esconder”. Essa transparência é total e a entrega é plena: “Estamos ali, corpo e alma, sentidos ligados, prontos para dar”.

E quando lhe pedem que resuma tudo numa só palavra: o Festival, a cidade, a experiência, Joãozinho não hesita muito: “Diversidade. Diversidade no seu máximo esplendor”. É isso que sobe a palco com ele: a vibração de um corpo que escuta, a memória de uma terra que nunca o abandona, a coragem de expor tudo perante dois mil olhares.

Em NÔT, como no próprio festival, não há lugar para o meio termo. Ou se gosta, ou não se gosta, mas o que se vê ali não é apenas dança é o corpo como linguagem e o gesto como território.ANG/RFI

 

 Bélgica/Travessias irregulares de fronteiras da UE recuam 20% no 1.º trimestre

Bissau, 10 Jul 25 (ANG) - No primeiro semestre de 2025, as travessias irregulares para a União Europeia (UE) tiveram um recuo homólogo de 20%, para 75.900, graças a quebras significativas nas rotas do Mediterrâneo Oriental e da África Ocidental, segundo dados da Frontex.

De acordo com a Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex), mantém-se a pressão elevada na rota mais utilizada: a do Mediterrâneo Central (para Itália), cujos números subiram 12%, para 29.340.

As travessias irregulares das fronteiras na rota dos Balcãs Ocidentais tiveram um recuo de 53%, para 4.930, nos primeiros três meses do ano, face ao mesmo período de 2024.

Nas fronteiras terrestres de leste as entradas caíram 50%, para 3.830, e na rota da África Ocidental (para a Espanha insular) recuaram 41%, para 11.317.

No Mediterrâneo Central (para a Grécia), as deteções de entradas irregulares na UE diminuíram 24%, para 19.607.

Quanto à rota do Mediterrâneo Ocidental (Espanha continental), as travessias irregulares de migrantes aumentaram 19%, para 6.714.ANG/Lusa

 

 Arábia Saudita/Número de estrangeiros executados  ultrapassou centena

Bissau, 10 Jul 25 (ANG) - número de estrangeiros condenados à morte este ano na Arábia Saudita subiu hoje para 101, depois de o Ministério Público do país ter anunciado a execução de dois cidadãos etíopes acusados de tráfico de droga.

O número de cidadãos estrangeiros executados na Arábia Saudita corresponde a uma contagem efetuada pela Agência France Presse (AFP) desde o princípio do ano.  

Os etíopes Khalil Qasim Mohammed Omar e Murad Yaqoub Adam Siyo foram executados depois de terem sido condenados por contrabando de canábis, refere um comunicado judicial citado hoje pela Agência Saudita de Imprensa (SPA).

No total, 189 pessoas foram executadas desde o início de 2025, de acordo com a contagem da AFP, incluindo 88 cidadãos sauditas.

Em 2024, o limite de 100 estrangeiros executados foi ultrapassado em novembro.

A pena de morte é aplicada com frequência no reino saudita.

De acordo com uma contagem anterior da France Presse, pelo menos 338 pessoas foram executadas no ano passado, em comparação com 170 em 2023, bem acima do limite anterior de 196 em 2022. ANG/Lusa

 Nova Iorque/Amnistia e ONU criticam sanções dos EUA à relatora para a Palestina

Bissau, 10 Jul 25 (ANG) - Organizações de defesa de direitos humanos, como a Amnistia Internacional e o Conselho dos Direitos Humanos da ONU, criticaram hoje as sanções impostas pelos Estados Unidos à relatora especial da ONU para a Palestina, Francesa Albaneses.

Para a organização não-governamental Amnistia Internacional, as sanções anunciadas na quarta-feira pelo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, são "vergonhosas e vingativas".

"As medidas são uma continuação do ataque da administração [de Donald] Trump ao direito internacional, bem como dos esforços para proteger, a todo o custo, o Governo israelita de qualquer responsabilidade", afirmou a secretária-geral da Amnistia Internacional, Agnès Callamard.

Rubio impôs sanções a Albanese, acusando-a de "antissemitismo flagrante" e de ter travado "uma campanha" contra Israel.

"A campanha política e económica de Albanese contra os Estados Unidos e Israel não será mais tolerada. Apoiaremos sempre os nossos parceiros no direito à autodefesa", disse Marco Rubio, através das redes sociais.

A Amnistia Internacional sublinhou que os relatores especiais não são nomeados "para agradar" aos governos, mas sim para defender os direitos humanos e o direito internacional, sobretudo numa altura em que "está em causa a própria sobrevivência dos palestinianos na Faixa de Gaza ocupada".

Também o presidente do Conselho de Direitos Humanos da ONU, Jürg Lauber, lamentou a decisão dos Estados Unidos e pediu aos membros das Nações Unidas para que "cooperem plenamente com os relatores especiais e os titulares de mandatos do Conselho e se abstenham de quaisquer atos de intimidação ou represálias contra eles".

Depois de ter acusado Israel "de genocídio" na guerra em Gaza, Albanese, que foi nomeada pelo Conselho de Direitos Humanos, mas não fala em nome da ONU, tem afirmado repetidamente ter recebido ameaças.

Os relatores "são um instrumento essencial para que o Conselho possa cumprir o mandato de promover e proteger todos os direitos humanos em todo o mundo", afirmou Lauber.

A italiana Francesca Albanese é a relatora especial da ONU para os Direitos Humanos nos Territórios Palestinianos ocupados desde 1967 e acusou duramente Israel de cometer crimes de guerra na Faixa de Gaza.

As sanções impostas pelos Estados Unidos são uma resposta a uma ordem executiva assinada em fevereiro por Trump para congelar bens e revogar vistos norte-americanos a qualquer pessoa que colabore com a investigação do Tribunal Penal Internacional (TPI) sobre Israel.

As sanções vão provavelmente impedir Albanese de viajar para os EUA e bloquear quaisquer bens que tenha no país, de acordo com a emissora britânica BBC.

O secretário de Estado norte-americano considerou que "a colaboração direta" entre Albanese e o TPI levou à emissão de mandados de captura contra o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o antigo ministro da Defesa Yoav Gallant, por crimes de guerra e contra a humanidade na Faixa de Gaza.

Por sua vez, a secretária-geral da Amnistia Internacional defendeu que estas medidas fazem parte de uma série de políticas adotadas pelo Governo norte-americano para "intimidar e silenciar aqueles que ousam manifestar-se em defesa dos direitos humanos do povo palestiniano".

A Amnistia Internacional instou ainda os Estados a "rejeitarem firmemente" estas sanções e a exercerem a máxima pressão diplomática sobre o Governo norte-americano para as revogar.ANG/Lusa

 

Economia/Exportação de peixe da Guiné-Bissau vale mais que as vendas de castanha de caju

Bissau, 10 Jul 25 (ANG) – O Fundo Monetário Internacional afirmou que as exportação de peixe da Guiné-Bissau estão significativamente sub-representadas, valendo mais do que as vendas de caju, e influenciando decisivamente indicadores como o PIB e a dívida.

Na análise ao setor pesqueiro e às implicações para os indicadores macroeconómicos da Guiné-Bissau, os economistas do FMI apontam que “a produção pesqueira industrial é significativa” no país.

Detalhou que “o volume das capturas na Zona Económica Exclusiva atingiu cerca de 167 mil toneladas por ano nos últimos cinco anos”, no seguimento da reativação do acordo de pesca com a União Europeia, em 2014.

“O domínio acentuado das exportações de caju, como é comummente percecionado, não representa adequadamente a verdadeira situação da diversificação económica na Guiné-Bissau”, lê-se numa nota técnica de enquadramento para o mais recente relatório de análise do país, datado deste mês, assinada pelos economistas Nour Bouzouita, Yugo Koshima e Babacar Sarr.

Na análise ao setor pesqueiro e às implicações para os indicadores macroeconómicos da Guiné-Bissau, os economistas do FMI apontam que “a produção pesqueira industrial é significativa” neste país lusófono africano e detalha que “o volume das capturas na Zona Económica Exclusiva atingiu cerca de 167 mil toneladas por ano nos últimos cinco anos”, no seguimento da reativação do acordo de pesca com a União Europeia, em 2014.

“Utilizando os preços de desembarque do peixe nos portos portugueses obtidos pelo EUROSTAT, estima-se que o valor das capturas seja de 310 milhões de euros por ano, em média, nos últimos cinco anos, muito superior ao valor das exportações de caju, que ascendeu a 201 milhões de euros por ano no mesmo período”, acrescenta o FMI.

Contrariando a perceção geral de que o caju é o principal motor do crescimento económico da Guiné-Bissau, a análise do FMI mostra que “se todas as capturas dos barcos de pesca industrial fossem registadas como exportações oficiais da Guiné-Bissau, teriam acrescentado 20,8% ao PIB por ano, em média, nos últimos cinco anos, mais do que as exportações de castanha de caju, que representaram 13,4% do PIB”.

Isto, salientam, “alteraria drasticamente o panorama dos principais indicadores macroeconómicos”, como o saldo da balança corrente, que passaria a apresentar um excedente significativo em todos esses anos.

Em 2022, por exemplo, o PIB nominal seria reajustado em 20%, o que, por seu turno, reduziria o rácio da dívida pública de 80,7% para 67,1% do PIB nesse ano, com potenciais implicações significativas nas escolhas dos investidores internacionais.

Na nota técnica, os analistas do departamento africano do FMI explicam que a exportação de peixe da Guiné-Bissau está “severamente sub-representada” por falta de atribuição da origem do peixe.

“Os relatórios das contrapartes [dos países que compram o peixe pescado nas águas da Guiné-Bissau] incluem um volume significativo de importações de peixe da Guiné-Bissau, que não são registadas nos dados oficiais de exportação das autoridades; se as exportações de peixe fossem incluídas, a quota-parte do caju ficaria limitada a 65% do total das exportações”, lê-se no artigo citado pela  Lusa.

As exportações de peixe da Guiné-Bissau seriam “pelo menos o dobro das registadas nos dados oficiais se as exportações das capturas dos barcos de pesca industrial fossem formalizadas na Guiné-Bissau”, ao invés de serem contabilizadas “noutros países da região, de onde o peixe guineense é enviado para os destinos finais na Europa e na Ásia”.

O FMI afirma também que vários países ‘escondem’ a verdadeira origem do pescado por a Guiné-Bissau não ter a certificação da União Europeia relativa a pesca ilegal, não declarada e não regulamentada (IUU), o que fez com que em 2023 mais de 85% das capturas não estejam nos relatórios dos países compradores, “tornando-se invisíveis nos dados do comércio internacional”.

O peixe da Guiné-Bissau “ainda não obteve a certificação de qualidade necessária para exportar para a UE, o que suscita sérias preocupações em matéria de IUU se um país terceiro importar peixe da Guiné-Bissau e o reexportar para a UE, sendo suscetível de motivar os compradores dos países terceiros a não declarar as importações de peixe da Guiné-Bissau, ocultando a sua origem”, alerta o FMI. ANG/Lusa

 

Eleição no CO-GB/ Presidente da Federação  Aquático pede  retirada das forças policias para permitir eleição da nova direção do Comité Olímpico

Bissau, 10 Jul 25 (ANG) – O Presidente da Federação dos Desportos aquáticos da Guiné-Bissau, Sebastião Arrozeira pediu a retirada das forças policias instaladas no local para permitir a  eleição da nova direção do Comité Olímpico da Guiné-Bissau.

O pedido de Sebastião Arrozeira foi tornada publica, esta quarta feira, em conferência de imprensa, em reação às recentes declarações da ministra da Cultura, Juventude e dos Desportos, Maria da Conceição Évora, segundo as quais algumas Federações carecem de legitimidade para participar na eleição no Comité Olímpico, entre eles a Federação dos Desportos Aquáticos da Guiné-Bissau, com duas direções.

Arrozeira lamentou o impedimento da realização das eleições no comité Olímpico da Guiné-Bissau.

Referindo-se a suposta existência de duas direções na Federação dos Desportos Aquáticos, o seu Secretário-geral, Edwilson Cabral da Luz Lopes disse que as suas ações baseiam se sempre pela legalidade, tanto assim que dispõe de uma Escritura Publica e o Estatuto, que diz  ter sido elaborado pelos clubes.

De acordo com Edwilson Lopes, não faz sentido nunhuma retórica sobre a falta de legitimidade da direção, porque a Federação é constituida por pessoas provenientes de clubes.

“Isso nos faz entender, supostamente,  que há uma interferência polítia no processo de eleição no Comité Olímpico da Guiné-Bissau”, admitiu

Edwilson Cabral da Luz Lopes pede a ministra para repensar a sua posição relacionadas a  existência de  duas direcções  na Federeção dos Desportos Aquáticos da Guiné-Bissau.

Edwilson Cabral da Luz Lopes disse que aquando da realização da assembleia eletiva no passado dia 26 de Abril solicitaram a presença do ministério no ato, através de um Ofício, mas não obteram resposta satisfatória, mas disse que souberam através dos meios de comunicação Social que o ministério fez se representar numa outra Assembleia pelo seu Diretor, António Nala.

Edwilson Lopes acrescentou que depois de terem realizado a assembelia informaram a ministra da existência de uma direção na Federação dos Desportos Aquático.

“Por isso,temos  o direito de participar e de  votar nas eleições do Comité Olímpico da Guiné-Bissau, porque temos as quotas em dia”, disse Cabral da Luz Lopes.

A eleição da nova direção do Comité Olímpico deveria ter lugar no passado dia 05, do mês curso, mas foi adiado, por causa dos protestos de uma das partes que originaram a  intervenção dos agentes da Ordem Pública.  ANG/LPG//SG

 Regiões/ PLAN Internacional doa mais  de duas  toneladas de arroz para as vítimas de catástrofe

Gabu,10 Jul 25 (ANG) – A PLAN Internacional  doou , terça-feira,  duas toneladas e meia de arroz para 50 famílias  vitimas de catástrofe, que abalou a cidade de Gabu, no passado mês de Junho.

Segundo o Corresponde da ANG em Gabu, o donativo foi  entregue ao governo Regional, e  a distribuição esta a ser feita pelos Serviços de Proteção Civil e dos  Bombeiros humanitários  local.

Na ocasião, o  Comandante Regional dos Serviços de Proteção Civil e Bombeiros de Gabu, Mamadú Aliu Djaló afirmou  que a maioria das vítimas já recebeu o donativo, embora, segundo ele, foi destinado às pessoas mais necessitadas .

Mamadú Djaló disse esperar que haja mais apoios da parte  do Governo e outras organizações nacionais e estrangeiras.

Mamadú Aliu Djaló lamentou a difícil situação em que o seu serviço se encontra, principalmente a falta de  ambulância de transporte.

Elogiou a vontade dos seus homens que trabalham de acordo com a realidade local e dos interesses das populações da Região.

Djaló disse que  a maioria da população que vive em casas de construção precária, correm o  riscos de serem atingidas pelos catástrofes naturais, por isso aconselha a todos para fecharem as portas e janelas sempre que comece a fazer ventos.

Em Junho último uma forte tempestade  atingiu a cidade de Gabu, destruindo  totalmente 50 casas enquanto que  87 outras ficaram parcialmente destruídas.

ANG/SS/JD//SG

Moçambique/Chefe da bancada parlamentar da Frelimo    apela  reabertura do parlamento  guineense

Bissau, 10 Jul 25 (ANG) - O deputado moçambicano Feliz Sílvia disse hoje que não vai interferir no caso da dissolução do parlamento da Guiné-Bissau em 2023, mas apelou à retoma do funcionamento o "mais rápido possível", antecipando o encontro do órgão da CPLP em Maputo.

"Neste momento gostaria de manifestar a nossa solidariedade aos colegas e deputados da Guiné-Bissau pela crise institucional naquele país irmão. A nossa posição é de não ingerência nos assuntos internos de Estados soberanos", disse o deputado Feliz Sílvia, chefe do grupo nacional da Assembleia da República junto da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)

Em conferência de imprensa esta quarta feira, em Maputo, para abordar a 14.ª Assembleia Parlamentar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (AP-CPLP), que vai decorrer na capital moçambicana em 14 e 15 de Julho, o deputado disse que "é desejável que a Guiné-Bissau restabeleça o mais rápido possível a ordem parlamentar, o que implica a retomada de funcionamento do respetivo parlamento".

O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embalo,dissolveu o parlamento  do país em dezembro de 2023, antes de passados os 12 meses, fixados pela Constituição, das eleições Legislativas   ganhas pela Plataforma Aliança Inclusiva (PAI-Terra Ranka), liderada pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC).

Presidente do partido que lidera a coligação, o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira  foi também afastado da presidência da Assembleia e da comissão permanente.

Com o parlamento dissolvido, membros do grupo Nacional do parlamento da Guiné-Bissau vão representar órgão na 14.ª AP-CPLP, conforme informações avançadas em conferência de imprensa pelo deputado Feliz Sílvia.

Mais de 100 delegados, incluindo os presidentes dos parlamentos dos Estados-membros, confirmaram a presença na 14.ª AP-CPLP, avançou o chefe do grupo nacional da Assembleia da República junto da CPLP, referindo que os órgãos vão debater, durante dois dias, a promoção da paz, democracia e boa governação na CPLP.

Moçambique, vai assumir a presidência rotativa da AP-CPLP na 14.ª reunião que vai decorrer no Centro de Conferências Joaquim Chissano, em Maputo, sucedendo a Guiné-Equatorial, num mandato focado na paz e inclusão.

Conforme esclareceu Feliz Sílvia, também chefe da bancada parlamentar da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), no seu mandato de dois anos, Moçambique vai apostar no fortalecimento da democracia e Estado de Direito e o acompanhamento da implementação do acordo de mobilidade entre os países-membros, incluindo a realização de reuniões periódicas entre os membros com vista a assegurar acordos que facilitem a mobilidade na CPLP.

O responsável avançou também que Moçambique vai focar-se na atração de investimentos privados com harmonização de taxas alfandegárias e fiscais entre países-membros e a promoção da língua portuguesa e da cultura dos países da CPLP.

ANG/Lusa

 

 

 

EUA/Donald Trump recebeu cinco chefes de Estado africanos na Casa Branca

Bissau, 10 Jul 25 (ANG) - O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu na Casa Branca ,na quarta-feira, os líderes do Gabão, Guiné-Bissau, Libéria, Mauritânia e Senegal para um fórum inédito na Casa Branca.

A reunião centrou-se na cooperação económica, segurança e investimento em recursos naturais, especialmente minerais estratégicos como o ouro e as terras raras como indicou o líder norte-americano.

"Quero agradecer a todos estes grandes líderes por se juntarem a nós aqui na Casa Branca. O  vosso continente está representado pelo Gabão, Guiné-Bissau, Libéria, Mauritânia e Senegal. Lugares muitos vibrantes com terras muito valiosas, muitos minerais, muitos depósitos de petróleo e pessoas maravilhosas", disse Trump.

Esta iniciativa visa fortalecer a presença dos EUA em África, num momento em que cresce a influência de potências como a China e a Rússia na região.

O presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló que também mantêm uma boa relação com a Rússia enalteceu as relações com os Estados Unidos deixando claro que apoia as diferentes acções diplomáticas americanas, nomeadamente no Médio oriente e no conflito entra Rússia e a Ucrânia.

“A Guiné Bissau é um país da paz e nós contribuímos e queremos acompanhar esta dinâmica do presidente Trump. Uma paz mundial. Somos um pequeno país, mas somos um grande Estado. A nossa teoria não há pequenos estados, grandes Estados, há Estados. E para terminar quero dizer ao presidente Trump que nós estamos a acompanhar a dinâmica da paz entre a Ucrânia e a Rússia, no Médio Oriente, entre Israel e a Gaza. E podes contar com a Guiné-Bissau", disse Embaló.

Trump espera concluir acordos de cooperação económicos com as nações presentes neste fórum depois do encerramento da Agência Americana de Ajuda ao Desenvolvimento que distribuía 40 mil milhões de dólares a diversos países africanos. Um encontro com mais países do continente africano terá lugar em Setembro à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque.

ANG/RFI

quarta-feira, 9 de julho de 2025

Saúde Pública/ “A crise de insegurança alimentar afecta 121 mil pessoas na Guiné-Bissau”, diz o nutricionista do PAM-GB

Bissau, 09 Jul 25(ANG) – O nutricionista do Programa Alimentar Mundial na Guiné-Bissau, PAM-GB afirmou hoje que  121 mil pessoas estão afetadas pela crise da insegurança  alimentar no país.

Pita Correia, que falava na cerimónia de abertura de um Workshop sob o lema” Soluções e Oportunidades para o Reforço das cadeias de Valor Nutricionais Locais na Guiné-Bissau”, disse que é preciso fazer uma intervenção de emergência mais efetiva para  colmatar as sequelas que estão a devorar as populações.

“Quando se fala das crianças, mulheres grávidas e as que estão a amamentar, é neste Workshop que o Governo deve aproveitar para mobilizar os parceiros para financiar fundos, para programas do Ministério da Agricultura e outras instituições que atuam nesta área, a fim de minimizar a questão da insegurança alimentar no país.

Correia afirmou que a maioria dos produtos alimentares consumido pela população é importada, e que, por essa razão, deve ser incentivada a produção  local, apoiando os pequenos produtores e preparar os campos agrícolas (as bolanhas) para poderem produzir mais.

O nutricionista afirmou que as zonas mais afetadas pela crise alimentar  são as regiões de Oio, Gabu, Tombali e Cacheu.

Por sua vez, o  Representante residente do PAM-GB, Claude Kakuke sublinhou que durante os últimos dois anos em que trabalhou  na Guiné-Bissau, ouviu, frequentemente, homens e mulheres  falarem  da produção alimentar local do país após a independência.

“As pessoas ainda se lembram de produtos emblemáticos como o leite Blufo de Bissau, o óleo de amendoim de Cumere, as compotas de fruta de Bolama e o arroz local de Quinara e Tombali. Mas hoje, o país importa grande parte do que a sua população consome, mesmo produtos que poderiam ser cultivados ou produzidos localmente, como o arroz, alimento básico”, disse.

Segundo Claude kakuke , 68 por cento da população não tem meios para ter uma alimentação saudável e nutritiva,  e diz que  a má nutrição continua a ser um problema grave, especialmente para  as crianças e  mulheres.

 

Em consequência
dessa situação, e segundo dados do VI inquérito de Indicadores Múltiplos conglomerados de 2019,  28 por cento das crianças com idades entre 6 e 59 meses apresentam atraso no crescimento e cinco  por cento das crianças com menos de cinco anos sofrem  de emaciação.

 

Para Kakuke, produzir, transformar e comercializar alimentos localmente significa criar empregos sustentáveis, valorizar os saberes locais, reforçar a segurança alimentar, promover uma alimentação mais saudável e construir comunidades mais fortes.

“Investir nas cadeias de valor nutritivas locais não é apenas uma escolha de desenvolvimento, é um caminho para a resiliência e a soberania”, disse.

O Representante Residente do PAM-GB disse estar satisfeito com o esforço do Governo, para a identificação e  transformação dos sistemas alimentares, incluindo as cadeias de valor, como uma prioridade nacional.

“As Nações Unidas, através do PAM e da FAO, têm a honra de apoiar esses esforços, promovendo o desenvolvimento de um tecido agroalimentar estruturado, inclusivo e sustentável”, disse Claude Kakuke.ANG/JD/ÂC//SG

Eleições no CO-GB/Ministra dos Desportos apela “contenção e respeito” à legalidade

Bissau, 09 Jul 25 (ANG) – A ministra da Cultura, Juventude e dos Desportos, Maria da Conceição Évora apelou a “contenção e respeito” à legalidade pelas partes em conflito no congresso do Comité Olímpico da Guiné-Bissau(CO-GB).

O pedido da ministra, de acordo com a Rádio “Voz do Povo”, foi feito na sequência do adiamento da eleição da nova direção do CO-GB, que deveria ter lugar no passado dia 05, do mês curso, devido a intervenção dos agentes da Ordem Pública.

Segundo Maria da Conceição Évora,  a direção de  algumas federações desportivas se encontram em situação, supostamente, de caducidade, nomeadamente a Federação de Atletismo, Ténis de Mesa e Ténis de Campo e a Federação de Aquáticos com duas direções.

A governante acrescentou que, no início, as partes haviam chegado ao entendimento de que as federações em causa não vão participar no processo de eleição, mas que depois estas compareceram no local para exercer o direto de voto.

A ministra informou que, antes dessa situação, teria recebido uma carta de uma das listas concorrentes à liderança do Comité Olímpico, alertando sobre essa questão de irregularidade, relacionada  com a “caducidade” de algumas federações desportivas filiadas no Comité Olímpico e ainda àqueles cuja a utilidade pública foi retirada pelo Ministério Público , por incumprimento de algumas normas.

Nessa altura, Maria da Conceição Évora disse que deu orientações para que o processo seja conduzido em conformidade com os Estatutos da Organização para evitar possível cenários de conflitualidade grave.

Uma vez adiadas as  eleições, a ministra da Cultura, Juventude e dos Desportos pediu as listas concorrentes a se sentarem a mesa com a direção cessante para se encontrar uma solução consensual sobre  nova data de realização da eleição da nova direção do CO-GB.

Na corrida à presidência do CO-GB estão dois dirigentes desportivos: Eugénio de Oliveira Lopes e Fernando Arlete.ANG/LPG/ÂC//SG

Justiça/LGDH solicita “urgente intervenção” do PGR junto do Ministério do Interior e da Ordem Pública para a libertação de Braima Conté

Bissau, 09 Jul 25 (ANG) – A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), solicitou com caracter de urgência a  intervenção” do Procurador Geral da República (PGR) Bacar Biai junto do Ministério do Interior e da Ordem Pública  para a libertação do cidadão Braima Conté.

Segundo a LGDH, Conté terá sido  sequestrado pelas forças de segurança desde o passado 14 de Junho .

Segundo a carta de denúncia dirigida ao Procurador Geral da República, com data de 07 de Julho, à que a Agência de Notícias da Guiné (ANG) teve acesso, a LGDH disse receber uma denúncia por parte dos familiares ,  segundo a qual, Braima Condé terá sido  sequestrado no dia 14 de Junho do ano em curso, por um grupo das forças de segurança, que o conduziram  para as Instalações do Ministério do Interior.

Segundo o mesmo documento , desde essa data, Braima Conté se encontra privado da sua liberdade, sem ter sido presente ao Ministério Público (MP), e nem lhe ter sido permitido o contacto familiar, ou com advogados ou amigos.

“Tal situação representa uma clara violação dos seus direitos e liberdade fundamentais, consagrados  na Constituição da República”, lê-se no documento.

Para o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) Bubacar Turé, o PGR , na qualidade de único titular da ação penal e fiscalizador da legalidade, deve intervir  junto do Ministério do Interior e da Ordem Pública, para assegurar  o escrupuloso respeito à  lei e a consequente restituição da liberdade ao cidadão em causa, que se encontra “ilegalmente detido”, há já 23 dias. ANG/LLA/ÂC//SG

Médio Oriente/ Hamas diz que só libertará reféns em Gaza com "acordo sério"

Bissau, 09 Jul 25 (ANG) - O movimento islamita palestiniano Hamas afirmou hoje que Israel só conseguirá a libertação de todos os reféns através de um "acordo sério" para um cessar-fogo e do fim da ofensiva na Faixa de Gaza.


Izat al-Rishq, alto funcionário do grupo islâmico, citado pelo jornal palestiniano Filastin, sublinhou que as declarações do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sobre a libertação dos reféns na Faixa de Gaza "refletem ilusões de uma derrota psicológica".

"As afirmações de Netanyahu sobre 'a libertação de todos os reféns e a rendição do Hamas' refletem ilusões de uma derrota psicológica, não a realidade no terreno", argumentou.

"Depois de os líderes inimigos terem reconhecido o seu fracasso em recuperar os prisioneiros [numa referência aos reféns] através de operações militares, ficou claro que a única forma de os libertar é através de um acordo sério com a resistência", acrescentou al-Rishq.

Nesse sentido, o responsável do Hamas enfatizou que "Gaza não se renderá" e que "a resistência imporá as condições, assim como impôs as equações" com os ataques de 07 de outubro de 2023, numa altura em que decorrem contactos indiretos entre as delegações de Israel e do Hamas para um possível cessar-fogo, depois de o exército israelita ter quebrado, a 18 de março, uma trégua definida em janeiro e relançado a sua ofensiva.

As palavras de al-Rishq surgiram horas depois de Netanyahu ter voltado a defender a "pressão militar" exercida sobre a Faixa de Gaza, após um segundo encontro na terça-feira com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, "centrado na libertação dos reféns". 

"Não desistimos nem por um momento, e isso é possível graças à pressão militar exercida pelos nossos heróicos soldados", declarou o primeiro-ministro de Israel.

A ofensiva contra Gaza, lançada em resposta aos ataques de outubro de 2023, que provocaram cerca de 1.200 mortos e 251 sequestrados, segundo o governo israelita, deixou até o momento mais de 57.700 palestinianos mortos, afirmam autoridades do enclave palestiniano, controladas pelo Hamas, embora se tema que o número seja superior.ANG/Lusa