Candidato
do PRS promete 60 % de ganhos de caju ao agricultor
Bissau, 23 Mar. 14 (ANG) – O
candidato a eleição presidencial do Partido da Renovação Social (PRS), assumiu
que em caso de vitória irá, em colaboração com o executivo, trabalhar para que
o preço de comercialização de castanha de caju garanta 60 por cento de ganhos
ao produtor.
“Vamos fazer uma sondagem do
preço deste produto no mercado internacional para fixar o nosso preço em benefício
do agricultor”, acrescentou criticando o facto de hoje os serem os
intermediários e exportadores que acumulam os lucros de caju.
O candidato prometeu
concentrar a sua atenção no sector agrícola e adiantou que vai trabalhar ainda
com executivo para modernizar o sistema de produção e torna-lo mecanizado em
todo o território nacional, através de cooperação com os parceiros
estrangeiros.
Insistindo sempre em
colaborar com o executivo e a comunidade internacional, afiançou que irá mobilizar
também fundo para resolver a questão dos atrasados internos, sobretudo,
decorrentes dos prejuízos da guerra de 7 de Junho e que levou a ruína o sector
empresarial guineense.
Abel Incada defendeu a união
de todos os guineenses a volta do projecto do desenvolvimento nacional e
revelou ter-se inspirado nos feitos do patrono da independência nacional, Amílcar
Cabral, ao escolher a unidade nacional como seu maior desafio, em caso de
vitória.
“Queremos inspirar-nos na
pessoa de Cabral que, na altura, conseguiu unir os guineenses sem distinção de
raça, cor ou religião o que resultou no sucesso da luta armada de libertação
nacional”, sublinhou o candidato.
Reconheceu que o papel de um
presidente da República é de regular o funcionamento dos restantes três
poderes, nomeadamente o executivo, legislativo e o judicial e prometeu ser
vigilante e cooperante neste aspecto se for escolhido.
No discurso que proferiu,
Abel Incada identificou as desconfianças reinantes na sociedade e entre os
políticos e militares, como razões da permanente instabilidade no país.
“Como é que o país pode
progredir neste ambiente”, questionou lembrando que assim torna-se difícil promover
as reformas no sector da defesa e segurança, pois não pode haver condições materiais
e financeiras para tal.
Prometeu cumprir
estritamente o papel que lhe é reservado pela constituição caso vencer os
restantes 12 concorrentes a cadeira presidencial e agradeceu e pediu ao povo de
Bafatá para apostar na sua figura.
ANG/JAM